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Estudos dos conceitos herméticos de

Tar Valon
Por Blake grão-mestre da torre do pentaclo e 1ª cadeira do círculo interno da sociedade dos sete

ara os familiarizados com o conceito de mullti realidade Tar Valon é o plano material
da realidade ₰. É a primeira observação real do conceito teórico de frequência
hexatônica, com certeza um avanço em nossas pesquisas.

Os estudos já teorizavam que a realidade hexatônica, diferente das pentatônicas;


(Yrth ϡ) monotonias (Loren’dil ⱡ) duotônicas (Gabrook ₪) e tetratônica (Terra ᵹ)
extrai a quintessência de uma fonte totalmente diferente das demais.

A quintessência em Tar Valon não é gerada no plano material ou em um semi


plano e sim na quarta dimensão o tempo.

Via de regra meus estudos não contemplam a influência da magia nas civilizações,
uma vez que estas são efêmeras, porem neste caso abrirei uma exceção, pois é curioso
notar a civilização se moldando em virtude da frequência hexatônica.

Minhas pesquisas têm sido realizadas in loco, vim para Tar Valon após a
tentativa realizada pelo Tenebroso de adentrar o plano material de Yrth. Realizei o ritual
do Sono do tempo de Emmett o marrom, e meu corpo repousa em segurança na caverna
de Hamelin, protegido pelos mecanismos de Niall, as fortificações de Fédor e obviamente
meus encantamentos.
rata se de um plano material parecido com Yrth orbitando um sol, porem com duas
luas. Os dias tem aproximadamente a mesma duração que os nossos e as estações
são apenas duas inverno e verão. Os únicos seres inteligentes são os humanos a fauna é
bem mais pobre e composta apenas de animais mundanos e mesmos esses com pouca
variedade. Não sinto nenhum traço de quintessência essa é a característica mais notável.

Essas condições não vigoram ab incunabulis, mais ou menos há 1000 anos


ocorreu o cataclismo que os nativos denominam “Ruptura”. Esse evento foi o ápice de
uma contenda que se arrastava a décadas envolvendo forças magicas.

A casus belli está bem documentada, porem para entender a amplitude deste
conflito precisamos antes compreender o funcionamento da frequência hexatônica.

Nesta frequência a quintessência é extraída do fluxo temporal, dividido em passado


nomeado Saídar e de futuro nomeado Saídin não coincidentemente os mesmos nomes das
luas que orbitam o planeta.
saídar é a origem dos elementos tudo que existe mesmo que intangível produz
quintessência. Usar essa fonte consome o passado quanto mais próximo da origem
maior a força extraída. Entretanto essa força é limitada, o poder retirado do passado não
pode superar a soma de quintessência gerada pelos elementos. A quintessência que um
canalizador do Saídar está apto a manipular é equivalente a quintessência que ele criou no
decorrer da sua vida.

Se por exemplo recorre ao Saídar para atear fogo algo estará acessando a
energia gerada por qualquer fogueira que ele tenha acendido em sua vida porem de forma
concentrada, caso a quintessência utilizada seja superior o Saídar “procura” por mais
fontes relacionadas como, a energia gasta para cortar a lenha, depois a energia gerada
pelo crescimento da arvore voltando cada vez mais ao passado até drenar a energia da
própria semente por fim obliterando da existência aquela fonte.

Por sua vez o Saídin acessa a quintessência das inúmeras possibilidades futuras
que o canalizador pode criar, quanto maior o número de variáveis maior a energia
disponível. Porem quanto mais quintessência extraída mais se restringe as variáveis
limitando as possibilidades futuras do canalizador.

Ao usar o Saídin, hipoteticamente, para purificar o ar a sua volta o canalizador


extrai a quintessência de algo que ainda fará, desta forma estará destinado em algum
momento da vida colher flores. Ao serem colhidas as flores poderiam se tornar uma
guirlanda, maceradas como perfume, secas como remédio ou moídas em tintas, milhões de
possibilidades caso a energia gerada não for suficiente o Saídin consome essas variáveis
até restar apenas uma possibilidade. Ao canalizar o Saídin está restringido
possibilidades, caso use quintessência demais destruirá seu próprio futuro.
ponto de convergência destes fluxos é o momento onde algo passa do passado para o
futuro se transforma e retorna novamente de forma infinita como um moto perpetuo.
O nome essencial potencializa a quantidade de quintessência.

Tomemos uma rocha como exemplo, sendo quebrada e pulverizada a marretadas


um canalizador do Saídar pode usar toda a energia gerada neste processo para erguer
uma pequena parede, caso soubesse o nome essencial poderia erguer uma casa.

Porem neste momento a rocha deixou de ser rocha e passou a ser parede, que
poderia se tornar uma casa, estalagem, açougue, etc. os manipuladores do Saídin podem
usar essa energia para fazer chover e se soubesse o nome essencial um a tormenta.

Esse processo transforma a parede em pó e não mais é parede... Dando início a


um novo ciclo.
endo dominado esses princípios superficiais podemos começar a entender a história
de Tar Valon, os registros mostram que na era que antecede a ruptura a existência
era mais diversificada, certamente existiam outras raças sapientes, aparentemente seres
semelhantes aos minotauros, porem muito inteligentes e exímios construtores.

Também existem lendas sobre dragões, mas não posso confirma las, de acordo
com essas lendas apenas os dragões seriam capazes de manipular tanto o Saídar quanto
o Saídin. O padrão que sempre vigorou é que os homens dominem o Saídar e as
mulheres o Saídin.

A crença local narra o mito da criação como uma epopeia divina a meu ver
extremamente lugar comum, enfadonha e sem relevância.

A gênese da desgraça de Tar Valon é a descoberta dos homens que é possível


retirar energia do Saídar de outro ser inteligente. A escalada de ganância e poder que se
sucede é previsível e lastimável.

Geração após geração facções se formam e consomem mais e mais do passado


exterminado raças, artefatos, estruturas e conhecimento em uma guerra que visa apenas a
dominação do mais fraco pelo mais forte.

Este nefasto cenário surge o Tenebroso, aqui chamado de Shaitan, um poderoso


mago que sistematicamente foi acumulando seguidores e poder, transformando seus
inimigos em servos. Aparentemente ele foi o único homem a manipular Saídin e Saídar
simultaneamente isso lhe confere a visão simultânea do passado e futuro.

E talvez seja essa a origem da loucura que o possuiu a ponto de exaurir tanta
quintessência que corrompeu o próprio Saídar enlouquecendo a maior parte dos seus
canalizadores.

Esse foi o ápice de seu poder o momento onde todos os outros canalizadores, em
sua maioria mulheres, se unissem com o objetivo de banir o Tenebroso e seus Tomados
para um semi-plano entre realidades que não houvesse tempo, negando assim sua fonte
de poder.
A contenda logrou êxito, mas não sem custo altíssimo para todo o planeta e seus
habitantes. Muito conhecimento se perdeu e a cultura regrediu séculos a geografia mudou
o mundo perdeu “cores” o uso do Saídin foi tão intenso que restringiu as possiblidades
do mundo todo.

Isso foi há 1000 anos e até hoje eles sentem reflexos, os homens não podem
mais canalizar e os poucos que nascem com essa habilidade são perseguidos eliminados.

A sociedade se dividiu em classes e castas tão rígidas que não permitem nenhum
tipo de mobilidade, totalmente arraigados aos poucos fragmentos de tradições que dispõe e
sem perspectivas futuras.

As ordens das Aes Sedai mantem o monopólio da magia, foram elas a liderar a
união contra Shaitan, são elas a eminencia parda sobre toda sociedade em Tar Valon

A ordem é bem cooperativa as minhas pesquisas inclusive fornecendo o histórico


dos Tomados tais relatos são no mínimo curiosos e podem auxiliar na derrota deles
ivador, segundo dos Tomados, Edward Whelan, o poderoso xamã que desenvolveu
a técnica de manipular o Saídar de seres inferiores, ou seja, animal.

Apesar de inicialmente parecer extremamente promissora essa técnica logo


demostrou seu revés. O Saídar extraído destas fontes é extremamente selvagem e de
difícil manipulação, apesar de poderoso é instável e tem a tendência a falhar.

Ao devolver essa técnica Edward foi lentamente corrompido pela natureza animal e
quanto mais a usava mais regredia a uma condição irracional e selvagem.

Seu intelecto outrora brilhante se tornou obtuso, foi encontrado em uma condição
quase animal pelo Tenebroso que soube reconhecer o potencial e os perigos desta forma
de manipulação.

Ele reverteu um pouco da humanidade a Edward apenas o suficiente para que


este percebesse a sua sanidade se esvaindo em pânico aceitou a submissão completa ao
Tenebroso sem ressalvas. Percebeu que esta seria a única forma de manter a sua
racionalidade.

ussurro, vaidoso talvez seja essa a caraterística mais marcante de Ian Anderson de
Hamelin. Musico nato criado em uma caravana itinerante de artistas o aplauso
sempre foi seu alimento. Isso o levou a arrogância, de técnica apurada procurou maneiras
de aperfeiçoa la nunca se contentado com nada menos que a perfeição.

De sensibilidade extremamente aguçada, percebeu que dominava todos os espectros


mundanos de sua arte e se enveredou pelos caminhos místicos.

Em anos de estudo aprendeu a manipulação mais sutil possível, o Saídin o


aspecto feminino da magia, e até onde se sabe foi o único homem a dominar.

Usava sua habilidade para sugerir modificações no comportamento de sua plateia,


manipulava a todos a sua volta para saciar seu crescente desejo de adulação.

Petulante e ambicioso passou a procurar plateias que estivessem à altura do seu


talento. Essa busca o levou até o Tenebroso, que ao notar a singularidade das
habilidades de Ian o escravizou sem dificuldades.
Seu ego logo foi partido e com a alma alquebrada passou anos como servo
submisso do Tenebroso.

Usou essa proximidade para aperfeiçoar seus poderes. Se tornar poderoso seria
a única maneira de escapar do julgo do seu mestre. Com o conhecimento real veio a
humildade e anseio cada vez maior de escapar.

Tomado conhecido como o Enforcado (Sagar Ish Qeryoth) não era um mago
interessado e política ou controle seu cerne é de um pesquisador arcano.

Claro que o ramo escolhido por ele como objeto do seu estudo não é bem aceito na
maioria das sociedades, afinal necromancia e morte são tabus para a maioria das
civilizações.

E talvez a excentricidade de se seus estudos tenham atraído à atenção do


Tenebroso, um mago recluso vivendo em sua mansão mal-assombrada com vampiros e
demônios chama a atenção.

Quando o enforcado recusou a generosa oferta a de dividir seu conhecimento com o


Tenebroso em troca de uma vida eterna de servidão, seu futuro mestre o proporcionou
uma nova ótica dos estudos necromânticos, não estudaria mais os mortos ele seria um
morto.

Ele carrega o nome da forma escolhida para sua execução, depois de enforcado e
ressuscitado inúmeras vezes e com doses crescentes de crueldade o enforcado cedeu todo
seu conhecimento e sua vontade.

Curiosamente o arranjo não foi de todo mal para ele uma vez que os recursos e
conhecimentos de seu mestre são de grande valia na sua pesquisa, se eventualmente é
necessário interromper seus estudos por algum tempo para seguir ordens qual o
problema? Ele agora tem todo o tempo que precisa para aprender sobre a morte

Ele foi o terceiro Tomado, na época o Tenebroso ainda não havia consolidado
seu domínio e buscava assiduamente por mais conhecimento e poder.

O enforcado nunca se importou muito com sua imagem, portanto não fez nenhum
esforço para amenizar a aparência grotesca que adquiriu após seu último retorno, o
pescoço quebrado se move em direções incômodas os sinais de deterioração em seu corpo
não parecem incomoda ló, na verdade até o auxiliam em manter todos afastados assim
seus estudos não são interrompidos.

oe Ossos, (Erwin Rommel) talvez seja o Tomado menos voltado ao conhecimento


arcano, apesara de ter uma forte vocação natural para canalizar magia nunca teve
estudo formal todo seu conhecimento é intuitivo e baseado em suas necessidades.

Era o general de campo mais cruel e sádico de todo o reino suas habilidades
chamaram a atenção do Tenebroso, que não teve trabalho em convencer o general
ambicioso a se juntar a sua cruzada de dominação.

Seus métodos de coerção e terror encontram reverberação perfeita nas novas


habilidades adquiridas através do mestre,

Seu desempenho como general de campo das tropas mortais do Tenebroso ficou
acima do esperado. A ganancia e ambição de Roe ossos o tornam um fiel defensor de
seu mestre.

panhador de Almas, essa sacerdotisa de um pequeno culto a uma divindade menor


conseguiu de maneira heroica manter seu rebanho longe da influência do Tenebroso.
Ela foi a quarta tomada.

Por semanas o pequeno vilarejo em que pregava resistiu a influência amoral dos
Tomados, tamanha ousadia despertou a curiosidade e a fúria do Tenebroso.

evora lua é o Tomado mais recente, mas isso não significa que ele seja menos
poderoso, seus domínios são a ilusão luzes e trevas de origem incerta seu passado e
cheio de rumores e boatos. Ora apresentado como mago poderoso, hora chamado de
charlatão ilusionista.

rauto da tormenta foi o primeiro Tomado escolhido pelo Tenebroso essa é a única
informação que tenho.
esmo que todos os Tomados usem alcunhas para proteger seus nomes verdadeiros
ao menos dois são amplamente conhecidos, isso não implica que sejam os nomes
essenciais deles, mas não podemos negara que se trata de um avanço considerável para
descobri los.

O nome essencial representa o cerne do ser, sua descoberta vem através de uma
epifania e em muitos casos sequer pode ser transmitido a terceiros. Não tenho duvidas
que esse seja o único caminho para derrota lós.

Preocupa-me que eu e meus colegas membros da sociedade dos sete não


possamos nos envolver diretamente, o risco seria muito grande em virtude do nosso
poder acumulado e idade.

Também não compreendo a fixação obsessiva pela lendária Dredhkë Helm.

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