O documento resume os sete capítulos do livro O Capital de Karl Marx sobre a acumulação primitiva. O texto descreve como a expropriação das terras rurais transformou camponeses em proletariado, forçando-os a vender sua força de trabalho em um mercado de trabalho emergente. Também discute como essas mudanças permitiram o surgimento do capitalismo industrial e como a lógica da acumulação capitalista tende naturalmente à concentração da propriedade.
O documento resume os sete capítulos do livro O Capital de Karl Marx sobre a acumulação primitiva. O texto descreve como a expropriação das terras rurais transformou camponeses em proletariado, forçando-os a vender sua força de trabalho em um mercado de trabalho emergente. Também discute como essas mudanças permitiram o surgimento do capitalismo industrial e como a lógica da acumulação capitalista tende naturalmente à concentração da propriedade.
O documento resume os sete capítulos do livro O Capital de Karl Marx sobre a acumulação primitiva. O texto descreve como a expropriação das terras rurais transformou camponeses em proletariado, forçando-os a vender sua força de trabalho em um mercado de trabalho emergente. Também discute como essas mudanças permitiram o surgimento do capitalismo industrial e como a lógica da acumulação capitalista tende naturalmente à concentração da propriedade.
Departamento de Sociologia Disciplina: FLS 0102 - 2021 Docente Responsável: Ruy Braga e Leopoldo Waizbort Nome do Aluno: Pedro Vieira Cunha Camargo -Vespertino - Nº USP: 11260119 Texto: O Capital, Cap. 24; MARX, Karl.
1. O segredo da acumulação primitiva
1ª parte: A acumulação primitiva de facto (§§ 1 – 8) Neste trecho, o autor, de início, expõe a anedota de origem da diferenciação entre compradores e vendedores da força de trabalho que alguns autores defendem, ligada a uma suposta maior dedicação inicial de uns em comparação aos outros. Entretanto, nega as possibilidades dessa origem, ligando a acumulação primitiva, tratada aqui como pré-capital, à processos de dominação e subjugação responsáveis por transformar os meios de produção e subsistência em capital e, consequentemente, polarizar entre trabalhadores e produtores. Ainda, localiza na estrutura econômica da sociedade feudal e suas mudanças aos alicerces para expansão do capital, em específico a movimentação de grandes massas de mão de obra.
2. Expropriação da terra pertencente à população rural
2ª parte: Os processos de expropriação de terras da população rural (§§ 9 – 35)
Neste trecho, o autor aponta os diferentes acontecimentos responsáveis pela
proletarização de partes da população rural, antes ligadas às terras onde trabalhavam de acordo com esquemas feudais. Identifica como preludio desse movimento as mudanças nos modos de produção da lã, que acabaram por favorecer a transformação das lavouras em pastos, lançando grupos de camponeses ao mercado de trabalho. Cita também a Reforma Inglesa, a Revolução Gloriosa e o clareamento das propriedades rurais como eventos responsáveis por expulsar paulatinamente massas de indivíduos de suas terras, favorecendo o roubo dos domínios rurais e sua transformação em mercadoria, modificando a condição de camponeses em trabalhadores assalariados. 3. Legislação sanguinária contra os expropriados desde o final do século XV. Leis para a compressão dos salários
3ª parte: As leis contra vadiagem e a estabilização do proletariado (§§ 36 – 52)
Neste trecho, o autor narra, inicialmente, as leis criadas na Inglaterra desde o
século XV que tinham como intuito impor o trabalho assalariado à população recém transformada em proletariado. É também explicado que não é suficiente na produção capitalista a simples imposição da venda da força de trabalho, sendo necessário a gradativa conivência do trabalhador assalariado em tal processo. Sendo assim, demonstra esse movimento a partir das diversas leis reguladoras de salários máximos criadas ao longo dos séculos, de tal modo que no já século XIX elas puderam ser abolidas, dada a total submissão do proletário ao modo de produção capitalista.
4. Gênese dos arrendatários capitalistas
4ª parte: O surgimento dos arrendatários (§§ 53 – 56)
Neste trecho, o autor discute a origem dos arrendatários capitalistas, apontando
sua forma primeira no bailiff, que se transforma em arrendatário a qual o landlord destina sementes, gado e ferramentas, possibilitando a exploração do trabalho assalariado e gerando capital a ser investido. Entretanto, a virada de fato é identificada na revolução agrícola e na usurpação das pastagens comunais, que fornecem as condições necessárias para enriquecer o arrendatário e ampliar a exploração da população rural.
5. Efeito retroativo da revolução agrícola sobre a indústria. Criação do
mercado interno para o capital industrial
5ª parte: O duplo processo de criação de mão de obra e mercado consumidor (§§ 57 –
62)
Neste trecho, o autor apresenta as consequências do processo de expropriação
das terras rurais, que inseridas no processo produtivo capitalista continuam a gerar a mesma ou maior produção apesar do esvaziamento da mão de obra. Nesse movimento de esvaziamento é fornecida, ao mesmo tempo, mão de obra para os setores industriais e mercado consumidor, concentrando esses dois aspectos na figura do recém transformado trabalhador assalariado e possibilitando a perpetuação do modo de produção capitalista. 6. Gênese do capitalista industrial
6ª parte: O surgimento do capitalista industrial (§§ 63 – 87)
Neste trecho, o autor percorre pelos diferentes fatores que impulsionaram a
gênese do capitalista industrial, localizando na expropriação rural, na expansão marítima, na escravização de povos e no sistema de crédito público elementos que permitiram o avanço do capital. Destaca-se que esses diferentes fatores se comunicam no sentido de permitirem uns aos outros a expansão do capital e do monopólio, por exemplo, na medida em que as colônias fornecem matéria prima, na metrópole se encontra mão de obra dos recém transformados trabalhadores assalariados capazes de gerar o mais-valor para os industriais, impulsionados pelo capital provindo dos títulos da dívida pública.
7. Tendência histórica da acumulação capitalista
7ª parte: O processo histórico da acumulação (§§ 88 – 95)
Neste trecho, o autor defende como resultado e parte da acumulação primitiva a
expropriação da propriedade dos próprios produtores, de modo a favorecer a concentração da propriedade nas mãos de poucos, que ocorre como consequência natural da mercantilização dos meios de subsistência. Em suma, os trabalhadores são privados de suas propriedades na medida em que são inseridos na lógica capitalista de produção. Entretanto, também é identificado nesse movimento da lógica capitalista a produção das condições materiais capazes de derruba-lo, dada a crescente concentração imanente ao capitalismo.