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Gótico

Quase chegando ao renascimento


Escrita como a conhecemos hoje é resultado da ampla reforma implantada por Carlos
Magno. Textos romanos, tentativa de restaurar a civilização romana. Tentativa de implantar
as tradições de um passado glorioso nas mentes de seu povo semi-bárbaro. Restauração
Carolíngia foi a primeira fase da fusão entre o espírito celto-germânico e o mundo
mediterrâneo.

Na Alemanha, os reis saxões tomaram o poder e Oto I ressuscitou as ambições imperiais


de Carlos Magno. O Sagrado Império Romano passou a ser uma instituição germânica.
Conflitos entre norte e sul.

Segunda metade do séc. XI:


Triunfo do cristianismo em toda a Europa. Crescente espírito de entusiasmo religioso.
Peregrinações – cruzadas, a partir de 1095.

Reabertura das rotas comerciais do Mediterrâneo: Veneza, Pisa, Gênova


Desenvolvimento da vida urbana. Até este período, as cidades vinham diminuindo de
população. Roma tinha 1.000.000 em 300, 50.000 em 1.000.

Classe média urbana: artesãos e comerciantes


Por isso, arte ROMÂNICA – tentando resgatar os ideais romanos.
Autoridade central passa ser o Papa.
Grande exército internacional: CRUZADAS.

Mundo católico: do norte da Espanha à Renânia; da Escócia até a Itália.


Na França: idéias mais ousadas
1.150: início do gótico. Île de France – Paris e arredores.
Cem anos depois toda a Europa já era Gótica. Através das Cruzadas chegou até o Oriente
Próximo.
1.450: declínio do período gótico. Vai até aprox. 1.550.

Termo GÓTICO foi cunhado para denominar a ARQUITETURA e é aqui que suas
características podem ser mais facilmente reconhecidas. Estilo gótico - Um estilo artístico do
norte, que floresceu na Europa do século XV, e que se caracteriza por elementos decorativos
lanceolados lembrando chamas. (O desenho foi retomado na arte contemporânea sob o
nome neogótico);

PINTURA: apogeu criativo entre 1300 e 1350 na Itália Central. A partir de 1400, torna-se a
arte mais importante ao norte dos Alpes.

MUDANÇA GRADUAL DE ÊNFASE:


DA ARQUITETURA, ESCULTURA: MUNDO EM TRÊS DIMENSÕES
PARA A PINTURA: MUNDO ILUSIONISTA, DUAS DIMENSÕES
DO CARÁTER ARQUITETÔNICO PARA O PICTÓRICO.

DIFUSÃO INTERNACIONAL, abrangendo e incorporando várias culturas. A partir de Paris,


passa a ser conhecida como opus modernum ou francigenum.
1400: Crescente intercâmbio gera um estilo gótico internacional, homogêneo.
Depois, na Itália, a RUPTURA: o pré-renascimento, com o início de uma arte totalmente
nova.
A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII,
XIV e no início do século XV, quando começou a
ganhar novas características que prenunciam o
Renascimento. Sua principal particularidade foi
a procura o realismo na representação dos
seres que compunham as obras pintadas,
quase sempre tratando de temas religiosos,
apresentava personagens de corpos pouco
volumosos, cobertos por muita roupa, com o
olhar voltado para cima, em direção ao plano
celeste.

Do espiritual para o real.

No período Gótico (sécs. XII a XIV aprox.), com


a religião cristã já disseminada por toda a
Europa, os livros vão sendo aprimorados em
sua forma, conteúdo e visualidade, com a
inserção de imagens.
O crescimento das cidades em tornos das
grandes catedrais provoca o surgimento das
primeiras oficinas gráficas – editoras de livros,
desvinculadas do mosteiros.
Na IDADE MÉDIA as cores tiveram um papel importante como aspectos
simbólicos.
Bartolo de Sassoferrato:

DOURADO era a cor mais importante, pois representava a luz


VERMELHO = representava o fogo, mais nobre dos elementos
AZUL = representava o ar, o céu
BRANCO = era nobre por causa de sua luminosidade
PRETO = menos nobre porque se opunha ao branco
No período Gótico (sécs. XII a XIV aprox.), com a
religião cristã já disseminada por toda a Europa,
os livros vão sendo aprimorados em sua forma,
conteúdo e visualidade, com a inserção de
imagens.

A partir do Gótico, as imagens que ilustram os


livros passam a ter, além da temática religiosa
também outras, utilizando os recursos de
observação e interpretação da Natureza e do
mundo visível.

O crescimento das cidades em torno das grandes


catedrais provoca o surgimento das primeiras
oficinas gráficas – editoras de livros,
desvinculadas do mosteiros.
Pintura Italiana no final do séc. XIII: explosão de criatividade
A partir do séc. XII, a história da civilização européia ocidental é na verdade a história das
cidades européias.
Paris = Gótico
Cidades italianas = desde cedo resistiram às incursões dos imperadores alemães e os
papas. Desta luta surge uma autoconfiança e auto-suficiência que acaba levando a uma
independência de reis, nobres e papado e adotando sistemas republicanos de governo.
ECONOMIA – vantagem das cidades-estado italianas.
Genova, Pisa, Veneza – portos comerciais estratégicos.
Italia – rota natural do mediterrâneo para os países ao norte dos Alpes – canais culturais e
comerciais.
Cidades-estado se expandiram e formaram novos territórios: Milão ao Norte, Florença no
centro.
Centros culturais que favoreciam o patrocínio das artes. Politicamente eram oligarquias ou
ditaduras.
Crescimento dos BANCOS E BANQUEIROS.
Banqueiros florentinos administravam a fortuna do Vaticano!
Moeda florentina – o florin se tornou a moeda internacional.
Indústria têxtil.
Início da modernidade.
Velhas idéias e instituições começavam a ser rejeitadas.
Um novo tipo de nação: uma república Cristã sem quaisquer laços com autoridades feudais,
reais ou eclesiásticas. Crescia e se tornava mais forte, politica, economica e militarmente.
Se considerava a “filha e criatura de Roma”.
Interesse na antiguidade, em todos os sentidos.
HUMANISMO. Passado clássico e passado cristão.
Tinta a óleo.
Medieval= têmpera (pigmento + clara de ovo)
Óleo mais consistente, mais viscoso, secagem lenta.
Mais textura na superfície, mais matizes de cores.
Sombras aveludadas.
CHIARO-SCURO.
Tinta a óleo permitiu um maior realismo na pintura = mais definição.
Mais luminosidade, como se a luz emanasse de dentro da cor.
Tecnicamente, os flamengos foram os pais da pintura moderna..

TÊMPERA ÓLEO

Ingredientes Pigmento, clara de ovo e água Pigmento em óleo vegetal


Secagem Rápida, perdendo água Lenta, reação com oxigênio,
Disponibilidade Uso imediato Imediato, podendo também ser guardada
Aparência Fosca brilhante, com camada de verniz
GIOTTO (Florença, 1266-1337): quebra ainda mais
radical com o passado pictórico.

Considerado o fundador da arte pictórica. Sua arte


era baseada e inspirada na NATUREZA, o mundo
do visível. Inicia um processo que faz da pintura a
principal forma de expressão artística nos próximos
700 anos!

Resgata o método naturalista inventado pelos


antigos e perdido na Idade Média.

Inaugura um novo método pictórico através da


observação e experimento quase científico. O
mundo visível precisa ser primeiro observado antes
de ser analisado e compreendido.

Uma nova maneira de ver o mundo. Visão exterior


contra visão interior medieval.

Interior da Capela Arena, Pádua: 38 painéis


emoldurados representando a vida de Cristo.
Lembram os afrescos romanos, inclusive com a
imitação de mármore. Uma das obras mais
importantes de Giotto, onde ele pode extravasar
todo seu talento e técnica apurada.
Giotto, Lamentação, 1305.

Espaço cênico bem delineado, figuras simples, porém esculturais. Expressões, emoções –
tragédia. Como se fosse um PALCO. Integração da composição formal com a composição
emocional nunca havia sido tentado antes.

Composição apurada: ordem rítmica, diagonais. Primeiro plano, planos posteriores.


Uso de luz e sombra. ILUMINAÇÃO em todos os sentidos!
Luz para formar e criar espaços e volumes. De uma única fonte que não está presente na
pintura! Primeiro passo para o desenvolvimento do CHIAROSCURO de Da Vinci.

Vem de encontro com a nova narrativa dramática criada pelos Franciscanos para educar os
fiéis.

“Na arte de Giotto encontramos uma magistral – e talvez única – síntese da narrativa
dramática, aula espiritual, e fidelidade à experiência humana apresentadas num idioma visual
que ele próprio inventou e que agora está acessível a todos.”
Gótico Falmengo

O gótico flamengo se refere a um grupo de pintores que trabalharam principalmente nos


Países Baixos no século XV e começo do século XVI, começando com Jan Van Eyck e
terminando com Gerard David. Eles incorporaram, ao mesmo tempo, o ápice da Idade
Média e a transição para a Renascença. Outra inovação dos pintores flamengos foi o uso da
tinta a óleo, em substituição à têmpera, criando assim uma nova tradição na pintura.
Jan van Eyck, ( Maastricht, 1390– Bruges 1441).

No século XV, o gótico internacional desenvolveu-se em duas vertentes: uma estava no sul
da Europa, em Florença, e originou a Renascença italiana; a outra estava no norte, nos
Países Baixos, o que daria início à Renascença flamenga.

Durante os séculos XV e metade do século XVI, o Condado de Flandres (atualmente na


Bélgica), e partes do que atualmente é a Holanda, estavam sob domínio, respectivamente,
do Ducado da Borgonha e da Casa de Habsburgo. Muitos dos pintores da época não eram
flamengos, mas foram trabalhar nas ricas cidades de Bruges e Gante, que eram centros de
internacionais de comércio.

A nova forma de pintura que surgiu nos Países Baixos, no começo do século XV distinguia-
se pelo realismo. Os pintores flamengos trouxeram o sagrado para o mundo real: pintaram
cenários domésticos, em salas e quartos.
Dieric Bouts - A Última Ceia
Hugo Van der Goes - Retábulo Portinari
Rogier van der Weyden ou Rogier de Bruxelles,
cujo verdadeiro nome é Rogier de la Pasture (Tournai,
1400 — Bruxelas, 18 de junho de 1464), foi um dos
mais notáveis e importantes pintores góticos
flamengos.

Ao ser proclamado pintor oficial da cidade de Bruxelas,


adotou o nome de Rogier van der Weyden, que era,
notoriamente, um nome flamengo. Rogier trabalhou
bastante em Bruxelas, especialmente na corte do
Duque da Borgonha. Era um discípulo de Robert
Campin. Partiu para Itália em 1450 e viveu em Roma e
Ferrara, embora tenha voltado a Bruxelas no final da
sua vida.

Rogier foi bastante aclamado durante sua vida inteira e


vários pintores europeus, como Zanetto Bugatto, foram
enviados para a oficina de Rogier para aprender com o
mestre. Sua obra influenciou vários outros artistas
como Hugo van der Goes, Hans Memling, Petrus
Christus, Dieric Bouts, Gerard David, Joos van Cleef e
Frans Floris.

Seus quadros são hoje disputados pelos melhores


museus e colecionadores de todo o mundo,
encontrando-se algumas das suas obras no Museu do
Prado, em Madrid e no Museu do Louvre, em Paris.
Rogier Van der Weyden
O decimento
Rogier Van der Weyden
O Julgamento
Jan van Eyck, ( Maastricht, 1390–
Bruges 1441)

foi um dos pintores flamengos (de


Flandres, que é hoje a Bélgica), que
romperam com as tradições, inven-
tando a pintura a óleo.

Até então, pintava-se em paredes ou


em madeira para poderem trans-
portar.

A pintura com tinta a óleo permitia, ao


pintor, corrigir os erros.

Eles descobrem que a luz também é


muito importante. Pintavam o ar, a
luz, condicionados ao momento.

Surgem os retratos. São pinturas bem


detalhadas, de uma época em que
pessoas ainda posam, como se
fossem manequins
Jan Van Eyck, Casal
Arnolfini, 1434,
0,81 x ,060

Parecem estar sós,


mas no espelho
aparecem mais duas
pessoas.
Acima do espelho,
está “grafitado” em
latim: Johannes de
euck fuit hic, 1434.
Jan como
testemunha. Certidão
de casamento
pictórica.
Sutil simbolismo
dissimulado,
transmitindo a
natureza sacramental
do casamento.
Única vela do
candelabro
representa o Cristo
que tudo vê.
Pés descalços = solo
sagrado.
Cão = fidelidade
marital
Gerard David (Oudewater, c. 1460 —
Bruges, 13 de agosto de 1523) foi um
pintor holandês do Gótico tardio,
conhecido pelo uso brilhante da cor.

Gerard David nasceu onde hoje é Utrecht.


A maior parte de sua carreira, porém,
aconteceu em Bruges, onde era membro
da guilda de pintores. Após a morte de
Hans Memling em 1494, David se tornou o
pintor mais importante da região.

No começo de carreira, seguiu a linha de


artistas como Albert Van Ouwater, Dieric
Bouts e Geertgen tot Sint Jans. Estudou
as pinturas de Jan van Eyck, Rogier van
der Weyden, Quentin Matsys e Hugo van
der Goes, mas seu mestre foi Hans
Memling.

Poucos de seus trabalhos estão em


Bruges. A maioria se encontra espalhada
pelo mundo. Quando David morreu, a
glória de Bruges estava desaparecendo.
Somente seu aluno Adriaen Isenbrant
ganhou notoriedade.
Renascimento
Busca da Perfeição, perspectiva.
RENASCIMENTO

No renascimento, as artes florescem mais uma vez com importantes avanços


estéticos e técnicos. O barroco cristão alia qualidades científicas a uma profunda
religiosidade; já o barroco protestante busca uma representação cada vez mais
fiel da natureza e dos seres humanos que a habitam.

Sécs. XV e XVI.
Eventos:
• Queda de Constantinopla e a conquista do sudeste europeu pelos turcos.
• Viagens marítimas
• Impérios ultramarinos / descoberta de outras terras, outros povos
• Rivalidade entre Espanha e Inglaterra
• Avanços científicos
• Crises espirituais: reforma e contra-reforma

Pessoas perceberam que não estavam mais na Idade Média


Primeiro período da história a ser consciente de sua própria existência e a cunhar
um termo para se autodesignar.
Ressurgimento das artes e ciências da Antiguidade.
Por isso, renascimento, renaissance.
Primeira manifestação: 1330, Petrarca, poeta italiano.
Corporifica duas características proeminentes do renascimento:
Perspectiva
Transformação geométrica que consiste em projetar o espaço tridimensional sobre
um superfície bidimensional (superfície plana) segundo certas regras. A projeção
deve transmitir uma boa informação sobre o espaço projetado.

Renascimento: invenção da perspectiva de ponto de fuga central (perspectiva


artificialis) por Alberti e Brunelleschi.
Concepção artificial do visível.
Pintura ocidental: copiar a perspectiva natural processada no olho humano.
Reproduzir o visível. Fazer da visão humana a regra da representação.
Perspectiva como a “forma simbólica” de nossa relação com o espaço: demanda
cultural específica do Renascimento.
Espaço sistemático, matematicamente ordenado, infinito, homogêneo.
No Renascimento, através das regras matemáticas da perspectiva, o visível toma
forma, gerando um conteúdo cada vez mais crível. Pintura = janela para o mundo.
Quadro = enquadramento.
1.400: Surge em Florença um novo sentimento de humanismo cívico-patriótico, devido a ameaças à sua
independência pelo Duque de Milão.

Florença seria a Nova Atenas, protetora da liberdade e pátria das artes e das letras.

Campanha para ornamentar sua cidade com monumentos dignos da Nova Atenas.
Artes visuais foram essenciais para o ressurgimento do espírito florentino.

Até então eram consideradas como ofícios artesanais ou artes mecânicas.

ARTES LIBERAIS, necessárias para a formação do Homem: Matemática, Aritmética, Geometria, Música,
Dialética, Gramática, Retórica, Filosofia. Agora também artes plásticas.

Registro visível da mente criadora.

Teoria e prática.

Artista assume nova função na sociedade: junta-se aos poetas, pensadores.

Homens de saber cultura literária.

Novos tipos de personalidade: homem do mundo, convívio com a sociedade aristocrática.

Artista = gênio solitário em eterno conflito consigo mesmo e com seus protetores.

A grande retomada do classicismo, o patrocínio à arte cívica começou com o concurso para as portas do
Batistério da Catedral de Florença..

Grandes projetos escultóricos e arquitetônicos


O CRESCIMENTO ECONÔMICO DE FLORENÇA:

Indústria têxtil e domínio das técnicas de tintura.

As cores foram importantes para o desenvolvimento de Florença e influíram no


Renascimento.

IMPORTÂNCIA DAS CORES NO RENASCIMENTO: TINTURAS

Separação e especialização entre os tintureiros vermelhos e azuis.


Tinturas para vestimentas, após a descoberta do Novo Mundo
Vermelho - pau brasil
Azul: indigo

O novo estilo era comum na arquitetura e na escultura, mas não na pintura.

GRANDIOSIDADE MONUMENTAL, Rigor de composição, volume escultural

Figuras são nus vestidos, panejamento cai como se fosse tecido verdadeiro.

Cenário totalmente contemporâneo mostra domínio total da perspectiva científica e da nova


arquitetura de Brunelleschi. Podemos medir a profundidade desse interior pintado, desenhar
a planta

Espaço pictórico RACIONAL. Símbolo do universo regido pela razão divina.


Masaccio (Nasceu em 21 de
dezembro de 1401 e faleceu em
1428)

Foi o primeiro grande pintor do


Quattrocento na Renascença
Italiana. Seus afrescos são
monumentos ao Humanismo e
introduzem uma plasticidade
nunca antes vista na pintura. Foi
o primeiro grande pintor italiano
depois de Giotto e o primeiro
mestre da Renascença italiana.
Masaccio entendeu o que Giotto
iniciara no fim da Idade Média e
tornou essa compreensão
acessível a todos. Começou a
trabalhar ainda quando Gentile
da Fabriano, artista do Gótico
Internacional, estava em
Florença. Morreu aos 27 anos,
mas sua obra é madura.
Masaccio, Santíssima
Trindade, 1425; afresco Santa
Maria Novella, Florença
ALTO RENASCIMENTO
Culminação do pré-renascimento e também ponto de partida.
Artista com o gênio soberano.
Divinos, imortais, criadores.
Até 1500, criar era privilégio exclusivo de Deus.
Culto ao gênio: instigou à realização de objetivos vastos e ambiciosos.
Origem divina da inspiração levou a confiar nos padrões subjetivos de verdade e
beleza, mais do que nas regras universais (perspectiva científica).
Foram poucos os mestres, até porque foram poucos os gênios.
Surto de criatividade daí em diante.
Alto renascimento como início da era moderna.
Grandes descobertas.
Ciência e Tecnologia.
Leonardo di ser Piero da Vinci ( Vinci, 15 de abril de 1452 –
Cloux, 2 de maio de 1519) foi uma das figuras mais
importantes do Renascimento naquele país, que se destacou
como cientista, matemático, engenheiro, inventor,
anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e
músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da
balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o
arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja
curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua
capacidade de invenção. É considerado um dos maiores
pintores de todos os tempos, e como possivelmente a
pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.
Leonardo Da Vinci e a Luz
Ligando o funcionamento do olho com a câmera obscura, Leonardo passou a criar
estranhos dispositivos ópticos capazes de aumentar a amplitude do campo visual, entre
eles um telescópio.

A cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz. Havia uma concordância ao
afirmar que todas as outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e
amarelo. Afirma ainda que o branco e o preto não são cores mas extremos da luz.

Da Vinci foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida, pesquisar a visão
estereoscópica. Tentou construir um fotômetro.

Alto renascimento: principais obras foram criadas entre 1495 e 1520.

Mas os grandes artistas eram de idades diferentes.

Leonardo foi o primeiro dos mestres do alto renascimento.

Estudou com Verocchio em Florença.

Aos 30 anos foi trabalhar para o Duque de Milão: como engenheiro militar, arquiteto,
escultor e pintor.
Leonardo Da Vinci, frases

 A lei suprema da arte é a representação do belo.

 A pintura deve parecer uma coisa natural vista num grande espelho.

 O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos


movimentos do corpo as paixões da alma.

 A luz é refletida em todas as direções de todas as partes opacas


objetos sólidos e viaja em linha reta.

 Jamais o sol vê a sombra.

 Se não consegue encontrar a solução, procure outro problema.


Leonardo Da Vinci - Morte
Vasari seu biografo conta que, em seus últimos dias, Leonardo teria pedido que
um padre lhe fosse trazido, para que se confessasse e recebesse a extrema
unção.

De acordo com o que pediu em seu testamento, sessenta mendigos seguiram o


seu cortejo. Foi enterrado na Capela de Saint-Hubert, no Castelo de Amboise.

Melzi foi o principal herdeiro e inventariante, e recebeu, além de todo o dinheiro de


Leonardo, todos os seus cadernos, ferramentas, sua biblioteca e seus objetos
pessoais. Leonardo também se lembrou de seu antigo pupilo e companheiro,
Salai, e de seu criado, Battista di Vilussis; cada um recebeu uma metade das
vinhas de Leonardo, sendo que de Salai tornaram-se posses as pinturas que
acompanhavam o mestre desde então.

Cerca de vinte anos após a morte de Leonardo, o rei Francisco teria falado,
segundo o escultor Benvenuto Cellini: "Nunca nasceu no mundo outro homem que
soubesse tanto quanto Leonardo, nem tanto [por seus conhecimentos] de pintura,
escultura e arquitetura, mas por ele ter sido um grande filósofo.”
A Última Ceia (em italiano L'Ultima Cena e também Il Cenacolo) Mista com predominância da
têmpera e óleo sobre duas camadas de preparação de gesso aplicadas sobre reboco(estuque)
460 × 880 cm, Refeitório de Santa Maria delle Grazie (Milão) é uma pintura de Leonardo da
Vinci para de seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. É um dos maiores bens conhecidos e
estimados do mundo. Ao contrário de muitas pinturas valiosas, nunca foi possuída
particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem, já que esta pintada
sobre a parede do refeitório do convento.
Leonardo da Vinci, Mona Lisa, 1503-5,
Óleo sobre painel, 0,76m x 0,56m

Perfeição do Chiaroscuro que parecia


milagre.
Formas construídas a partir de camadas tão
finas de velatura que parece exalar uma luz
suave, que vem do seu interior.

Fascínio psicológico.

Figura maternal, não o padrão de beleza.


Misterioso sorriso: exemplo supremo daquela
complexa vida interior, capturado e
eternizado.
Paisagem ao fundo: natural, bruta, rochas e
água.
Invenções
Invenções
O Mundo em 1500:
Liberdade de pensamento:Revolução religiosa: Lutero e Calvino: reforma
Protestante
Novo Mundo
Comércio
Ciência e Tecnologia: Copernico (provou que a Terra girava em torno do sol)
Poder da Monarquia

Michelangelo: exemplo do conceito de genialidade como inspiração divina,


poder sobre-humano.
Ele próprio reconhecia sua genialidade.
Era essencialmente, um ESCULTOR.
Arte era para ele, A CRIAÇÃO DE HOMENS, análoga à criação divina.
Liberação de corpos reais a partir da matéria.
Fé na imagem do Homem como o veículo supremo de expressão deu-lhe um
sentido de afinidade com a escultura clássica que não seria superado por
nenhum outro artista do Renascimento.
Como Neoplatônico, via o corpo humano como a prisão terrestre da alma.
Daí o extraordinário pathos em suas esculturas: calmas no exterior, agitadas por
dentro, cheias de alma.
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni
(Caprese, 6 de Março de 1475 — Roma, 18
de Fevereiro de 1564),

mais conhecido simplesmente como


Michelangelo, foi um pintor, escultor, poeta e
arquiteto italiano, considerado um dos
maiores criadores da história da arte do
ocidente.

Ele desenvolveu o seu trabalho artístico por


mais de setenta anos entre Florença e
Roma, onde viveram seus grandes mecenas,
a família Medici de Florença, e vários papas
romanos. Iniciou-se como aprendiz dos
irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em
Florença.

Tendo seu talento logo reconhecido, tornou-


se um protegido dos Medici, para quem
realizou várias obras.

Depois fixou-se em Roma, onde deixou a


maior parte de suas obras mais
representativas. Sua carreira se desenvolveu
na transição do Renascimento para o
Maneirismo
A Criação de Adão é um afresco de 280 cm x 570 cm,

pintado por Michelangelo Buonarroti por volta de 1511, que


figura no tecto da Capela Sistina. A cena representa um
episódio do Livro do Gênesis no qual Deus cria o primeiro
homem: Adão.
Gravura em Talho Doce: impressa a partir
de sulcos de perfil triangular talhados em
placas de cobre com um instrumento de
aço, chamado de buril = linhas mais finas e
precisas.

Contemporâneas às xilogravuras.
Com identificação de autoria: primeiros
artistas gravadores.
Equivalentes em técnica e qualidade às
pinturas: complexidade de concepção,
profundidade espacial e riqueza de textura.
No final do século XV, já substituíam as
xilogravuras, para ilustrar livros e como
gravuras avulsas.

Alto relevo (xilogravura) X entalhe

Martin Schongauer, A Santa Noite


Das Urteil des Paris, um 1515/16, Marcantonio Raimondi, copiando Rafael Sanzio
Várias experiências que levaram ao desenvolvimento e à rápida disseminação das técnicas de gravura
representam o início de uma primeira era de reprodutibilidade da arte européia. A segunda viria com
o aprimoramento dos processos fotomecânicos do séc. XIX.
A gravura foi utilizada para reproduzir e multiplicar a imagem de pinturas, afrescos, esculturas.
Através da massificação, ampliava o alcance da obra do artista.
O Julgamento de Paris, 1510.
Gravura produzida em conjunto com o pintor Rafael que criou o desenho exclusivamente para
reprodução em gravura.
Rafael utilizou o meio para elaborar suas pesquisas e disponibilizá-las para um grande públic, o
original foi perdido.
Primeira indústria cultural, colocou em evidência questões como autenticidade, originalidade, direitos
autorais.
Rafael Sanzio (em italiano Raffaello
Sanzio; Urbino, 6 de abril de 1483 -
Roma, 6 de abril de 1520),
frequentemente referido apenas como
Rafael, foi um mestre da pintura e da
arquitetura da escola de Florença
durante o Renascimento italiano,
celebrado pela perfeição e suavidade
de suas obras. Também é conhecido
por Raffaello Sanzio, Raffaello Santi,
Raffaello de Urbino ou Rafael Sanzio
de Urbino.
Johannes Gutenberg (1400-1468) que não foram mais, no
entanto, que uma melhoria dos blocos de impressão já então em
uso na Europa. A sua contribuição foi a da introdução de tipos
(caracteres) individuais de metal e o desenvolvimento de tintas à
base de óleo para melhor usá-los. Aperfeiçou ainda uma prensa
gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as uvas
no fabrico do vinho.
Buscou métodos mais eficazes e baratos para produzir livros de
melhor aparência.
Inventou o tipo móvel, que permitia letras uniformes e que eram
acomodadas lado-a-lado, compondo palavras, parágrafos,
páginas.
Inventou, a seguir, uma prensa onde essa página recebia tinta (a
recém-desenvolvida tinta a óleo, mais firme e consistente). A
prensa foi adaptada de uma prensa de vinho

Aprimorava-se, também, a produção e a disponibilidade de


papel.

Gutenberg juntou vários elementos e criou o primeiro processo


prático de impressão de livros, permitindo sua produção seriada
e massificada.

Profunda revolução na arte e comunicação


1450: Mundo ocidental -
aprox. 50 milhões de pessoas,
quase todas analfabetas.
Em 50 anos, após a impressão
do primeiro livro – a Bíblia de
Gutenberg, foram impressos
35.000 títulos, com uma
média de 300 exemplares por
título = 10 milhões de
exemplares.
Vontade de saber, difusão do
conhecimento.
Cada vez mais, a humanidade
aponta para a visualidade. A
verdade do visual.
Páginas da Bíblia de Gutenberg,
1454.
A imprensa proporcionou novas possibilidades
e meios para os escritores, editores e
principalmente para os artistas: xilogravura ou
gravura a partir de pranchas de madeira
gravadas em alto relevo, como um carimbo.
Uma única prancha poderia produzir milhares
de cópias, que eram vendidas a preços
ínfimos, fazendo com que a a propriedade
individual de obras de arte se tornasse
acessível a todos.

Página impressa, com texto e imagem: Crônica de


Nuremberg (História mundial). Página mostra a
cidade de Tarvisio, no norte da Itália, com seu
porto, muros e torres, igrejas e prédios públicos.
Albrecht Dürer (1471-1528)
Pintor e gravador estabelecido em
Nüremberg, trabalhou extensamente para
editores europeus.
Publicou tratados teoricos sobre a arte
abordando a geometria, perspectiva e
corpo humano.
Suas gravuras foram admiradas pela
maestria de sua execução e também pelas
inovações técnicas introduzidas.
Foi pioneiro no uso da água-forte: a
matriz em metal é gravada com a
utilização de ácidos e não pela ação
mecânica do gravador. O gravador abre a
imagem sobre uma camada de verniz,
expondo o metal a ser gravado pelo ácido.
Resultado: linhas mais livres e precisão
tons que revelam o gesto do artista.
Em 1512 é nomeado pintor de
corte de Maximiliano I da
Germânia
Foi o primeiro artista a
ilustrar e publicar um livro
onde as imagens eram
maiores do que o texto a elas
subordinado.

Adão e Eva, 1504


Assinado por ele: ALBERTUS DURER
NORICUS FACIEBAT
1504 - Albrecht Durer de Nuremberg
realizou esta gravura em 1504.
Melancolia, 1514
Barroco
Luz e Sombra , realidade
De maneira muito contundente, e talvez pela primeira vez desde o início do Renascimento em
1425, o final do séc. XVI se mostra como o fim de uma fase e o começo de outra.

Conselho de Trent, 1545: encarregado de resolver as disputas religiosas oriundas da Reforma e


de processar os infiéis e os hereges. O resultado, publicado em 1564-8 foi um aumento dos
poderes e das atividades da Inquisição (que acusou vários artistas e cientistas). Isso acabou
reprimindo muitos artistas. Outros se adequaram às novas e repressoras regras. Mas, a grande
maioria acabou fugindo dessa repressão ao talento e à criatividade.

A revitalização das artes dependia da remoção das barreiras entre o mundo dos
sentidos e o do espírito, de uma nova interação entre a arte e a natureza.

Por isso, o novo estilo, o Barroco, chegou como um escape e realização e acarretou numa
produção artística exuberante e cheia de esplendor. O século XVII foi um dos grandes períodos
da cultura européia: pintura, escultura, arquitetura, literatura, poesia, música, ciência, e filosofia.
Como a arte que o período produziu, a era barroca foi múltipla: espaçosa, dinâmica, brilhante,
colorida, exuberante, teatral, passional, sensual. Uma era de expansão que veio após uma era
de descobrimentos. Formação das Nações que colonizaram o mundo: Inglaterra, França,
Alemanha, Espanha, Itália.

De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os
movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica,
embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão
artística de cada período.
Barroco: estilo que vai de 1600 a 1750.

Originou em Roma (mais uma vez)


Existem controvérsias quanto aos impulsos que o teriam originado.
Por um lado, exprime o espírito da Contra-reforma (movimento dinâmico de auto-renovação
dentro da igreja católica).

O Protestantismo já estava consolidado e ambas as doutrinas começavam a conviver


harmoniosamente.

Por isso, esse novo estilo difundiu-se rapidamente pelo Norte protestante.

Também não podemos dizer que o barroco é o estilo do absolutismo, ao refletir um estado
centralizado, autoritário. Tanto que floresceu tanto na Holanda burguesa quanto nas
monarquias absolutistas.

Ciência. Agora, o pensamento científico e filosófico tornara-se por demais complexo, abstrato
e sistemático para ser também dominado por um artista.
Física, astronomia: Galileu, Kepler, Newton, Descartes.

O cientista barroco encara a natureza física como matéria em movimento através do espaço e
do tempo: noções antigas que ganham um novo e determinante tratamento no barroco.

Tempo poético, filosófico agora com novo conceito: uma propriedade da natureza que pode
ser medida, contada e estudada. Esse conceito de tempo permeia a arte e o pensamento
barroco: poemas, textos, descrições, paisagens.
Pietro da Cortona:
O triunfo da Divina
Providência, 1633-1639.
Afresco em teto do
Palazzo Barberini,
Roma
Andrea Pozzo:
Apoteose de Santo
Inácio, teto da
Igreja de Santo
Inácio de Loyola,
Roma
Rubens: As consequências da guerra, 1637-38. Palazzo Pitti, Florença
Hyacinthe
Rigaud_Retrato de Luís
XIV_1701_Museu do
Louvre_Paris_Louis_XIV
_of_France
PESQUISA DA LUZ
Os gregos, começando por Pitágoras e depois com Platão e Aristóteles, pensavam a luz como
sendo constituída por raios, interagindo entre o olho e o objeto observado.

Em 1672, o físico inglês Isaac Newton revolucionou a física, ao apresentar a uma teoria
diferente: o modelo corpuscular da luz. Nessa teoria, a luz é considerada como um feixe de
partículas emitidas por uma fonte de luz que atinge o olho e, assim, estimulando a
visão.
Essa teoria conseguia explicar muito bem alguns fenômenos de propagação da luz.

Os gregos, começando por Pitágoras e depois com Platão e Aristóteles, pensavam a luz como
sendo constituída por raios, interagindo entre o olho e o objeto observado.

Em 1672, o físico inglês Isaac Newton revolucionou a física, ao apresentar a uma teoria
diferente: o modelo corpuscular da luz. Nessa teoria, a luz é considerada como um feixe de
partículas emitidas por uma fonte de luz que atinge o olho e, assim, estimulando a
visão.
Essa teoria conseguia explicar muito bem alguns fenômenos de propagação da luz.
Luz: agora é física. Mas, como também com o tempo, a recém-descoberta materialidade da luz
não reduz sua antiga associação com a espiritualidade, religiosidade. Ela ainda é divina.

E acaba por dando nome a uma nova era ainda por vir: o iluminismo do séc. XVIII. A visão de
mundo antiga, escura, mítica ficaria para trás e daria lugar à luz do saber, do conhecimento.

Arte barroca: elementos da natureza descritos pela ciência barroca: matéria em movimento
através do tempo, espaço e luz. Observação e mensuração do mundo, representação e
experimento.

Conflito da razão e da paixão!

A arte barroca não foi apenas o resultado de uma evolução religiosa, política ou intelectual. Foi
algo diferente, mais moderno que distingue o período de 1600 a 1750 de tudo que acontecera
anteriormente.

Ao reunir artistas de várias procedências e encarregá-los de tarefas desafiadoras, Roma


acabou se tornando o local de origem do Barroco, como acontecera com o Alto Renascimento
100 anos antes.
Michelangelo Merisi da Caravaggio
(Milão, 29 de Setembro de 1571 –
Porto Ercole, comuna de Monte
Argentario, 18 de Julho de 1610) foi
um pintor Italiano atuante em Roma,
Nápoles, Malta e Sicília, entre 1593 e
1610.

É normalmente identificado como


um artista Barroco, estilo do qual ele
é o primeiro grande representante.

Caravaggio era o nome da aldeia


natal de sua família, que ele adotou
como nome artístico.
Caravaggio A Vocação de São Mateus. 1596-98.

Realismo é tão forte que um novo termo foi cunhado: naturalismo, para distingui-lo do realismo
da fase anterior. É a primeira vez que um tema sacro é pintado num contexto da vida
contemporânea das pessoas, inclusive e principalmente os pobres. O cenário é uma simples
taberna romana.

São Mateus, o cobrador de impostos, está sentado com alguns homens armados; enquanto
ele aponta interrogativamente para si próprio, duas figuras se aproximam à direita. São pobres,
com os pés descalços e roupas simples, Como podemos identificar uma das figuras como
Cristo? O gesto (que lembra a Criação do Homem de Michelangelo), o raio de luz: tão natural e
ao mesmo tempo cheio de significado simbólico. Sem essa luz, o quadro perderia sua magia e
seu poder de conscientizar-nos da presença divina. Os mistérios da fé não são revelados
através da especulação intelectual e sim espontaneamente através de uma experiência
interior. Esse conceito agradava tanto aos católicos como aos protestantes.
Rembrandt van Rijn (1606-1669)
Sua primeira obra importante foi a “Lição de
Anatomia do Dr. Tulp” de 1632 e que lhe valeu a
consagração pública principalmente como
retratista.
Seu ateliê prosperou e sua extravagância também.
Em 1656 ele estava falido.

Autoretrato, assustado
No início, a gravura foi um meio de tornar
seu trabalho mais conhecido. Depois, buscou
técnicas que possibilitassem reproduzir na
gravura a expressividade dramática de suas
pinturas.
Rembrandt ampliou os procedimentos da
gravura combinando a água forte com a
ponta seca, para conseguir efeitos de claro-
escuro. Ele próprio cuidava das impressões,
interferindo no processo. Para ele, “a edição
de uma gravura não significava
necessariamente o fim de um trabalho, pois
as imagens podiam continuar sendo alteradas
reformuladas, gerando, assim, uma nova
gravura”.
Levou a gravura aos limites técnicos de sua
época, através da experimentação e
inovação.

Fausto, 1652
A Holanda produziu uma grande variedade de mestres/gênios da pintura.
Orgulhosa de sua liberdade conquistada duramente.

Na Holanda havia um grande número de escolas centradas em várias cidades: Amsterdã, o


centro comercial e principal cidade, Haarlem, Utrecht, Leyden, Delft e outras.

Nação de mercadores, agricultores e marinheiros. A religião era a fé instituída pela Reforma.


Desta forma, os artistas holandeses não podiam contar com as encomendas oficiais,
patrocinadas pelo Estado e pela Igreja, como era comum no mundo católico.

O colecionador particular tornou-se a principal fonte de sustento para os pintores.


O público holandês desenvolveu um apetite insaciável pela pintura. Classe média em
ascensão. Muita riqueza privada. Todos investiam em pintura. A arte tornou-se um bem de
consumo e a comercialização seguia a lei da oferta e procura.
Muitos artistas produziam para o mercado em vez de contar com as encomendas particulares.
A mania de colecionar da Holanda do séc. XVII provocou uma explosão de talento comparável
ao Pre-renascimento em Florença.

Holanda: primeiro país da modernidade


O estilo Barroco veio para a Holanda de Antuérpia através da obra de Rubens e também de
Roma através do contato direto com Caravaggio e seus discípulos alguns dos quais eram
holandeses.

Na primeira metade do séc. XVII, Amsterdam se tornava a mais importante cidade da Europa.
Comércio intenso, vida urbana, Bolsa de Valores. Comércio de arte. Vida cultural.
VERMEER_Pintura do cotidiano. Pintura de Gênero. Nasceu em Delft, 1632, filho de um
mercador de sedas, marchand de arte e dono de taberna. Pintava num ritmo extremamente
lento – uma média de dois quadros por ano - deixando um legado de apenas 35 preciosas
obras. Todas pequenas e delicadas. Apesar do preço de mercado que seus quadros
atingiam, ele mal podia sustentar sua numerosa família: teve 11 filhos.

Foi um gênio só reconhecido 200 anos depois. Morreu pobre aos 43 anos. Depois de sua
morte, seus quadros foram vendidos por um preço incrivelmente baixo. Sua esposa pagou
uma dívida na padaria com dois de seus quadros.

Uma visão totalmente diferente do mundo holandês. Enquadramentos difíceis e muito


estudados. Quase fotografias. Flagrantes do cotidiano: uma garota lendo uma carta à
janela; uma cozinheira com um jarro de leite; o pintor no estúdio. O dia-a-dia congelado no
tempo e no espaço. Cores luminosas, profundas e sensuais associadas a uma paz e
harmonia sem precedentes. Precisa técnica pontilista. Seu tratamento da luz foi admirado
pelos impressionistas. Renoir chegou a considerar uma das obras de Vermeer como o mais
bonito quadro do mundo.

Utilizava a câmera obscura. Tinha um estúdio em sua casa. Câmera obscura:


originalmente era uma sala escura, com um pequeno furo na parede ou na cortina que
escurecia. Na luz do sol mediterrâneo da Itália, onde foi inventada no séc. XV, o furo
produzia uma imagem invertida sobre a parede branca. No norte, onde a luz é mais fraca,
era necessário adaptar uma lente para ampliar os raios de luz.
Um de seus maiores amigos foi Anthony van Leeuwenhoek, que foi o inventor do
microscópio e outros utensílios óticos. Leeuwenhoek foi o administrador do espólio de
Vermeer. Pode ter desenvolvido uma câmera obscura para o pintor.
Moça com brinco de pérola
Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 -
Delft, 15 de Dezembro de 1675) foi um pintor
holandês, que também é conhecido como Vermeer
de Delft ou Johannes van der Meer.

Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal,


onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de
Delft.

É o segundo pintor holandês mais famoso do século


XVII (um período que é conhecido por Idade de
Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas
culturais e artísticas do país nessa época), depois
de Rembrandt. Os seus quadros são admirados
pelas suas cores transparentes, composições
inteligentes e brilhante uso da luz.

Depois da sua morte, Vermeer foi esquecido.

Por vezes, os seus quadros foram vendidos com a


assinatura de outro pintor para lhe aumentar o
valor. Foi só muito recentemente que a grandeza de
Vermeer foi reconhecida: em 1866, o historiador de
arte Théophile Thoré (pseudónimo de W. Bürger)
fez uma declaração nesse sentido, atribuindo 76
pinturas a Vermeer, número esse que foi em breve
reduzido por outros estudiosos. No princípio do
século XX havia muitos rumores de que ainda
existiriam quadros de Vermeer por descobrir.
Neoclassicismo
Retorno ao clássico, iluminismo
Século XVIII: século das LUZES Iluminismo.

O séc. XVIII dividiu-se em duas partes distintas: a primeira metade, quando se consagraram
as nações absolutistas (principalmente a França e a Inglaterra) e a segunda parte, quando
foram lançadas as fundações do mundo moderno.

O mundo mudou radicalmente. O Império Britânico, com sua poderosa marinha, se firmou na
América e travou disputas com os franceses. A maior parte da Europa estava dividida em
pequenas unidades políticas governadas por príncipes, reis ou conselhos democráticos.
Espanha: corroída pela guerra e pela corrupção.

Itália e Alemanha: principados dispersos.

Prússia se fortalecendo e prestes a formar a base política do futuro Império Alemão. A leste,
a Rússia sob o comando do Czar Pedro o Grande.

Expedições científicas e comerciais cruzavam o mundo, trazendo o conhecimento de novas


terras e novas gentes para a Europa. Foram lançadas as bases dos Impérios Coloniais nas
Américas, Ásia, Oceania e África que dominariam o mundo até o início do séc. XX.

O mundo moderno iniciou-se com duas revoluções: a industrial na Inglaterra e a política na


França e na América, que foi precedida por uma revolução do pensamento que tinha
começado meio século antes.
Jacques-Louis David (Paris, 30 de
agosto de 1748 – Bruxelas, 29 de
dezembro de 1825)

Foi um pintor francês, o mais


característico representante do
neoclassicismo.

Foi considerado o pintor da


Revolução Francesa, mais tarde,
tornou-se o pintor oficial do Império
de Napoleão.

Durante o governo de Napoleão,


registrou fatos históricos ligados à
vida do imperador.

Suas obras geralmente expressam


um vibrante realismo, mas algumas
delas exprimem fortes emoções.

Obras destacadas:

Bonaparte atravessando os Alpes e


Morte de Marat
Giovanni Battista Piranesi (1720-1778): arquiteto, cenógrafo e gravador. Também
arqueólogo, restaurador e comerciante de antigüidades.
Especializou-se em vistas de Roma, tanto contemporâneas como antigas.
Francisco José de Goya y Lucientes
(1746-1828) - Foi contemporâneo de
David, mas comple-tamente diferente
- o único artista da época que pode ser
chamado de gênio. Desprezou o
Neoclássico e os modelos da
antiguidade clássica. Seus mestres
eram Velasquez, Rembrandt e a
“natureza”. Mudou a Tradição
enquanto representava o presente e
previa o futuro.

Goya absorveu as idéias libertárias do


Iluminismo. Era pintor da corte, mas
certamente simpatizava com a
revolução e não com o rei da Espanha
que se unira a outros monarcas em
guerra contra a jovem república
Francesa.

Em 1792, uma grave doença começou


a debilitar o artista levando-o à surdez
e um completo isolamento social. Foi
nessa época que mergulhou num
imaginário absolutamente original,
com suas séries de gravuras.
O Gigante.
Desastres da guerra: brutalidade dos acontecimentos que se seguiram à invasão
napoleônica. Violência retratada em sua dimensão mais absurda.
Provérbios: também chamados de “disparates”. Visões fantasmagóricas, jamais terminadas.
Precisou abandonar a série, quando foi obrigado a se exilar na França em 1824. 22 gravuras
foram realizadas entre 1814 e1824.
LITOGRAFIA Pedra (matriz) e impressão litográfica. Prensa litográfica.

Técnica inventada em 1798 pelo autor alemão Alois Senefelder.


Revolucionou as artes gráficas: rapidez de execução e impressão,
grandes tiragens a baixo custo.
Do grego: Lithos – pedra, grafein, escrita.
Envolve a criação de desenhos sobre uma matriz de pedra calcária com um lápis gorduroso. A base
dessa técnica é o princípio da repulsão entre água e óleo. Ao contrário das outras técnicas da gravura,
a Litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através do acúmulo de gordura sobre a superfície
da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e gravura em metal.
Seu primeiro nome foi poliautografia significando a produção de múltiplas cópias de manuscritos e
desenhos originais. É a base do processo de reprodução fotomecânica (offset e outros).
Nicéphore Nièpce e seu
irmão Claude eram
inventores.

Em 1815, quando a litografia


foi introduzida na França,
propuseram substituir as
pesadas pedras por chapas
metálicas sensibilizadas com
betume da Judea, uma
espécie de asfalto.

Em 1816, produziram as
primeiras impressões através
de processos foto-
mecânicos.

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