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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED


POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DIPOL
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL –
PDE

VAGNA APARECIDA DA SILVA MUNHÃO

UNIDADE DIDÁTICA DE BIOLOGIA

ESTUDOS MICROSCÓPICOS: FOMENTANDO TROCAS DE EXPERIÊNCIAS


NA LEITURA DO MUNDO INVISÍVEL

CURITIBA
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DIPOL
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL –
PDE

VAGNA APARECIDA DA SILVA MUNHÃO

ESTUDOS MICROSCÓPICOS: FOMENTANDO TROCAS DE EXPERIÊNCIAS


NA LEITURA DO MUNDO INVISÍVEL

Produção Didático Pedagógica, Unidade


Didática, apresentada à SEED/Programa de
Desenvolvimento Educacional do Paraná/PDE.
Secretaria do Estado de Educação do Paraná,
Turma PDE 2016.
IES: Universidade Federal do Paraná – UFPR
Litoral.
Orientador: Dr. Luiz Everson da Silva.

CURITIBA
2016
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO – PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA –
TURMA PDE 2016

Título: ESTUDOS MICROSCÓPICOS: FOMENTANDO TROCA DE


EXPERIÊNCIAS NA LEITURA DO MUNDO INVISÍVEL
Autora Esp.: Vagna Aparecida Da Silva Munhão
Biologia
Disciplina/Área: (ingresso no PDE)

Colégio Estadual Pinheiro do Paraná


Escola de Implementação do Projeto Endereço: Rua Daniel Cesário Pereira,
e sua localização: 559, Bairro Santa Felicidade, Curitiba –
PR
Curitiba/ Paraná
Município da escola:

Curitiba
Núcleo Regional de Educação:

Dr. Luiz Everson da Silva


Professor-Orientador:

UFPR – Setor IES: UFPR Litoral


Instituição de Ensino Superior:

Educação Ambiental, Arte, Geografia,


Relação Interdisciplinar: Português

A presente Unidade Didática busca


Resumo: mostrar a importância das experiências
práticas laboratoriais no ensino de
Biologia. É uma contribuição para
mudar a percepção do educando sobre
o mundo que os cerca e tornar a visão
fragmentada dos conhecimentos em
uma visão mais contextualizada, com
direcionamentos sobre o que se
entende hoje por atividades prático-
experimentais, desmistificando o senso
comum que sinaliza a Ciência como
conhecimento inalcançável, distante da
realidade do estudante. Pretendemos
trabalhar o senso crítico na área do
conhecimento, por meio de práxis
(união de teoria e prática). Serão
agentes das práticas laboratoriais os
estudantes do 2º ano do Ensino Médio
que trabalharão especificamente com
microalgas. As ações preveem coletas,
observações, interpretações,
levantamentos de hipóteses, por meio
de fotomicrografias de registros da
realidade microscópica. Estes
processos contribuirão para despertar o
cognitivo, ampliando o entendimento
em relação aos seres vivos, não
visíveis a olho nu. Serão realizadas
também visitas a laboratórios em outras
instituições a fim de fomentar o
interesse pelas práticas científicas
voltadas para a compreensão do grupo
de microalgas.

Microscópio; microalgas; ciência


Palavras-chave: experimental; fotomicrografias;
iniciação científica.
Unidade Didática
Formato do Material Didático:

Alunos do 2º ano do Ensino Médio e


Público alvo: professores de Biologia.
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 5
2 MATERIAL DIDÁTICO- UNIDADE DIDÁTICA ................................................ 6
2.1 TEMA: MICROALGAS ............................................................................... 6
2.2 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 6
2.2.1 Tema: Microscópio Óptico ................................................................ 8
2.3 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 9
2.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 10
2.5 DESCRIÇÃO DO PORTFÓLIO ................................................................ 11
2.6 FOTOMICROGRAFIA COMO RECURSO NA BIOLOGIA ....................... 13
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 14
5

1 APRESENTAÇÃO

Esta produção didático-pedagógica consiste em uma Unidade Didática,


desenvolvida a partir da proposta de estudos articulados durante o Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE 2016 e após a escrita de implementação do
projeto na disciplina de Biologia. Trata-se de uma estratégia de ação prevista para
a Intervenção Pedagógica na Escola, por meio da Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Setor Litoral, sob a orientação do Professor Dr. Luiz Everson da Silva.
Na presente Unidade desenvolvemos recursos didáticos metodológicos
sobre o conteúdo de Microalgas, visando possíveis contribuições do material que
envolvam desde o aprimoramento conceitual até a ampliação dos conhecimentos
de microalgas e fomentem trocas de experiências na leitura do mundo invisível,
mediando aprendizagens significativas na compreensão da vida por meio de
estudos microscópicos.
Os encaminhamentos metodológicos e as sugestões propostas nesta
Unidade Didática encontram-se em consonância aos objetivos e conteúdos
indicados nas Diretrizes Curriculares Estaduais e Nacionais para a Educação.
Cabe, nesta Unidade Didática, algumas observações e esclarecimentos que dizem
respeito ao público alvo, ao método científico e à experimentação no Ensino de
Biologia/Ciências.
O público alvo contempla os alunos 2º (segundo) ano do Ensino Médio, do
Colégio Estadual Pinheiro do Paraná, Ensino Fundamental, Médio e Profissional,
do Bairro de Santa Felicidade, no Município de Curitiba – PR. Toda iniciativa
proposta baseia-se na observação da realidade e nas dificuldades vivenciadas em
anos anteriores durante as aulas de Biologia, em relação à compreensão dos
conteúdos, sua linguagem específica e a falta de práxis nas aulas.
Por este motivo, apontamos na aplicabilidade desta Unidade uma
sequência de seis momentos importantes, iniciando com aula diagnóstico por meio
de dinâmicas com vídeo, aulas experimentais, aula de campo, uso do microscópio
em meios de cultura e visitas técnicas monitoradas.
6

2 MATERIAL DIDÁTICO- UNIDADE DIDÁTICA

2.1 TEMA: MICROALGAS

2.2 INTRODUÇÃO

A Ficologia é o estudo científico das algas, que por desempenhar um


importante papel na biosfera, é comumente mencionado nos livros didáticos de
Biologia da Educação Básica. Segundo Azeredo (2012), as algas pertencem a
dois reinos distintos: as procarióticas, a exemplo das cianobactérias, e as
eucarióticas, a exemplo das algas verdes, pertencentes ao reino protista. Podem
ser subdivididos em dois grupos: a) pluricelulares, de variadas formas, tamanhos e
cores, a exemplo a Caulerpa; ou b) unicelulares e microscópicas, a exemplo das
diatomáceas, onde a maior parte de oxigênio liberada por fotossínteses são
provenientes das microalgas presentes no fitoplâncton (MENDONÇA;
LAURENCE, 2010).
Para Neto (2011), as microalgas também são importantes sequestradoras
de dióxido carbônico do ambiente. A mesma autora estabelece uma analogia entre
as oleaginosas e a biomassa algal, de modo que é possível perceber o consumo
por meio de processos de fotossínteses, presente nas duas culturas, da qual a
biomassa é responsável dez vezes mais pelo consumo de CO2, em comparação
com as oleaginosas, favorecendo a redução do efeito estufa na atmosfera.
Contudo, suas funções não se restringem apenas à produção de oxigênio.
As microalgas também são responsáveis pela maior parte da produção de
alimentos nos ecossistemas aquáticos para os produtores primários, que formam
a base da cadeia alimentar de tais ecossistemas. As macroalgas marinhas, como
as verdes, vermelhas e castanhas, fornecem refúgio e alimento a outros
organismos e são indicadores de problemas ecológicos, como a poluição por
nitrogênio.
As microalgas são encontradas em oceanos, mares, rios, lagos ou lâminas
d’água, em profundidades de, no máximo, duzentos metros, pois ficam restritas à
7

luminosidade em virtude da fotossíntese. As diatomáceas e dinoflagelados são


importantes constituintes dos fitoplânctons (PACIEVITCH, 2008).
Estudos realizados em diversos setores tecnológicos, tais como aquicultura
no setor de biocombustíveis, compreendem as microalgas como um gerador na
obtenção de energia a partir da biomassa algal, fornecendo uma variedade de
biocombustíveis, como etanol, metano, biodiesel e bio-óleo. Uma das vantagens
das microalgas é a produção de biomassa. Nessa produção não há disputa por
territórios cultiváveis, uma vez que todo processo ocorre em biorreatores, não
competindo por terras agricultáveis. Seu cultivo se dá em fotobiorreatores à céu
aberto ou não, por meio de técnicas como centrifugação, floculação e filtração. A
partir dos compostos celulares da biomassa extrai-se bioprodutos como, por
exemplo, lipídios, carboidratos, proteínas, entre outros (DA SILVA CARDOSO et
al., 2011). Compostos extraídos de microalgas com potencial comercial incluem
ácidos polinsaturados, carotenóides, polissacáridos, vitaminas, esteróis,
antioxidantes, entre outros (NETO, 2011, p. 1).
Há, segundo Pires et al. (2011), deficiência na abordagem do conteúdo
“algas” nas aulas de Biologia, sendo necessário ampliar o conhecimento sobre as
microalgas na vida cotidiana dos estudantes, tornando o ensino de Ciências e
Biologia mais agradável e interessante e integrando os conhecimentos teóricos
com as atividades diárias. Dessa maneira, o professor, na mediação do
conhecimento, deve se organizar para o uso de recursos alternativos, além dos
livros didáticos, que o auxiliem no processo de ensino-aprendizagem. Assim, as
microalgas abrem perspectivas de trabalho aos professores com a microscopia no
laboratório de Biologia/Ciências.
As microalgas contribuem para diminuir a demanda dos biocombustíveis,
que até então eram provenientes dos fósseis na geração do óleo diesel. De
acordo com Mariano (2011), a exploração de biocombustíveis pautados em
plantações, como cana-de-açúcar, é uma alterativa de carbono neutro. No
entanto, devido ao grande consumo no país tornam-se inviáveis. Assim sendo,
sugere-se as microalgas como alternativa de biodiesel renovável, capaz de
substituir os combustíveis fósseis, pois sua produtividade de óleo é superior em
8

comparação com as oleaginosas, não disputando por territórios cultiváveis, água


de irrigações e independendo de irregularidades climáticas.

Entretanto, devido a sua composição distinta (pigmentos, lipídeos ricos


em óleos insaturados, proteínas, minerais, etc.), as microalgas estão
presentes em diferentes áreas como nutrição, saúde humana e animal,
química, entre outras. Há séculos a coleta e o cultivo de microalgas para
utilização na alimentação humana já são realizadas, e, atualmente, as
pesquisas em biotecnologia vem ganhando especial atenção.
(MARIANO, 2011, p. 7).

A utilização de recursos que envolvam a realidade do aluno é necessária,


uma vez que enriquece a prática pedagógica e reconfigura a abordagem
tradicional, envolvendo saberes que favorecem o palpável na compreensão do
aluno. Entendemos que, com tais recursos, investiga-se o passado e a realidade,
contribuindo para a formação de cidadãos críticos, reflexivos e participativos por
meio da junção entre teoria e prática, caracterizando-os como agentes promotores
de sua própria aprendizagem nas correlações com o mundo, promovendo, enfim,
interações sociais.

2.2.1 Tema: Microscópio Óptico

Historicamente, existem inúmeras evidências de que o homem aprendeu a


observar a natureza estudando seus segredos. Acredita-se que o microscópio
tenha sido inventado em 1591, pelos fabricantes de óculos Hans Janssen e seu
filho Zacharias Janssen. No entanto, eles não utilizaram sua invenção para fins
científicos (CURVO; SANTOS, 2016). Segundo os mesmos autores,
Leeuwenhoek, em 1674, foi quem primeiro fez uso do microscópio, que possuía
uma lente de vidro e permitia aumento de percepção visual de até 300 vezes. Nos
primórdios do descobrimento, Robert Hooke foi o primeiro a aperfeiçoar o
microscópio para investigação científica, incluindo lentes e ampliando o campo
visual do objeto por volta do século XVII.
Desde então a necessidade de ampliar a visão por meio de outros modelos
de microscópios só aumentou, possibilitando ganhos para as pesquisas. Mais
9

tarde desenvolveu-se uma associação de lentes, ampliando objetos observados e


possibilitando ao homem pesquisar um novo mundo até então invisível (PEREIRA,
2007).

A vista humana não é capaz de perceber objetos com diâmetros


inferiores a um décimo do milímetro (0,1mm ou 100µm). O microscópio
óptico é utilizado para a observação de células vivas ou mortas
(preferencialmente após fixação e coloração) cujas medidas encontram-
se abaixo de 0,1mm. Entre elas temos células dos organismos
eucariotos, as bactérias, os ovos de vermes e muitas estruturas dos
seres vivos. (DESSEN; OYAKAWA, s/d, s/p).

Neste sentido, a ciência apresenta uma evolução ao longo dos anos, de tal
modo que permite inúmeras facilidades aos indivíduos, aumentando a expectativa
de vida no planeta, a começar pelos medicamentos de tratamento simples,
perpassando a nanotecnologia desenvolvida no século XXI, por meio de
experimentos realizados em vários lugares do mundo. Tais fatos fizeram do
laboratório uma fonte essencial de desenvolvimento pedagógico aos educandos
nas disciplinas de Biologia/Ciências, onde, por meio desses espaços de estudos,
são desenvolvidas experimentações práticas, capazes de aguçar os processos
cognitivos estimulados durante as aulas, surgindo as tentativas, os erros e os
acertos até acontecer o fato concreto da pesquisa.
Candotti (2002), ao comentar o papel da divulgação científica na educação,
afirma ser importante construir com os alunos visualizações inéditas, que
envolvam formas físicas visuais ou de ordem cognitiva. Com isso mantém-se viva
a chama da curiosidade nos alunos que, muitas vezes, jamais examinaram uma
célula no microscópio. O autor teme que nas escolas o virtual substitua o real,
minimizando o papel da experiência na formação do aluno. Entendemos que o
trabalho em laboratório é motivador da aprendizagem, levando ao
desenvolvimento de habilidades técnicas e, principalmente, auxiliando a fixação e
o conhecimento sobre os fenômenos e fatos (KRASILCHIK, 2000).

2.3 OBJETIVO GERAL


10

Objetiva-se, de maneira geral, propor um Recurso Didático aos professores


da Rede Pública do Estado do Paraná, envolvendo observações, práticas e
análises no laboratório de Biologia/Ciências, a fim de favorecer a compreensão
dos alunos sobre diferentes tipos de microalgas, por meio de portfólio e
fotomicrografias.

2.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Por tratar-se de um amplo campo de pesquisas em desenvolvimento, as


microalgas tornam-se relevantes no contexto escolar da Educação Básica. Tal
tema abrange aspectos ecológicos, evolutivos, socioeconômicos e no cotidiano do
aluno, capaz de envolver importantes temáticas presentes nos Parâmetros
Curriculares Nacionais, tais como: a construção e a apropriação de um
significativo instrumento tecnológico, tanto de análise quanto de ação sobre os
diversos aspectos da vida em sociedade (BRASIL, 2002, p. 17).
Na Biologia tradicional é muito comum pensar a disciplina apenas pelo viés
da compreensão das Ciências, organizada a partir da Citologia, Genética,
Evolução, Ecologia, Zoologia, Botânica e Fisiologia, denominadas Ciência da Vida,
atendendo apenas a lógica, linguagem e conceitos, deixando de valorizar o
entendimento dos fenômenos biológicos e as vivências práticas desses
conhecimentos. Nessas circunstâncias, poucas vezes a Ciência é utilizada na
compreensão ou na intervenção da realidade (BRASIL, 2002). Nesta Biologia
tradicional,

Trabalham-se as características dos grandes grupos de seres vivos, sem


situá-los nos ambientes reais, sem determinar onde vivem, com quem
efetivamente estabelecem relações, sem, portanto, tratar de questões
essenciais como distribuição da vida na Terra, uso sustentável da
biodiversidade, expansão das fronteiras agrícolas, desafios da
sustentabilidade nacional. (BRASIL, 2002, p. 32)

Logo, na abordagem contemporânea, o conhecimento biológico se recoloca


com os conhecimentos que já integram a estrutura cognitiva do aluno, usando-os
como recursos a serem consultados frente a situações da vida que exijam
11

argumentos, ou seja, instrumentalizam o aluno para vivências reais do contexto,


na interdisciplinaridade da compreensão dos fatos ligadas ao seu cotidiano, por
meio da tutela escolar. Levando esta proposta ao centro das competências
específicas de Biologia, busca-se preparar os alunos a compreender, utilizar e
transformar a realidade (BRASIL, 2002).
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino de Biologia
enfatizam a criticidade dos conhecimentos que os processos pedagógicos devem
alcançar ao ensinar Biologia, adotando métodos experimentais como recurso e
utilizando a observação como procedimento de investigação da qual partem os
avanços da pesquisa no campo da Biologia. Deixa-se claro que os alunos devem
ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é
veiculado aos conteúdos das disciplinas escolares (PARANÁ, 2008).
A partir da composição de elementos curriculares de esfera Nacional e
Estadual, ao voltarmos os olhos para o Projeto Político Pedagógico desenvolvido
no Colégio Estadual Pinheiro do Paraná, observam-se indicações para uma
melhor absorção dos conhecimentos em todas as disciplinas. Tem-se como
objetivo geral do documento (2006, p. 14) proporcionar à comunidade educativa
condições para um eficiente aprendizado científico, participativo, crítico, aberto ao
novo, buscando ocupar e construir espaços de transformação social.
Desse modo, os três documentos supracitados contemplam os conjuntos
de aspectos ecológicos, evolutivos e socioeconômicos por meio do tema
microalga, desenvolvendo potencial e versatilidade mediante o conhecimento e
seus significados para a vida do estudante.

2.5 DESCRIÇÃO DO PORTFÓLIO

O portfólio, além de um mero arquivo de registros, exige reflexão crítica,


planejamento, desenvolvimento das ações, análise do caminho percorrido,
chegando à reflexão e à avaliação final, demonstrando o que foi realizado
(FRISON, 2008, p. 1). Nele, o aprendizado é entendido como um conjunto de
evidências, que registram o desenvolvimento pessoal e cognitivo, as habilidades e
12

informações da investigação crítica do aluno. É utilizado também como um


instrumento de avaliação (DINIZ; OLIVEIRA, 2015).
Desenvolver o portfólio na disciplina de Biologia é escolher uma estratégia
de construção dos saberes que permite a participação mais ativa dos alunos no
processo de aprendizagem, possibilitando um significado maior dos conteúdos
trabalhados e o desenvolvimento de habilidades de reflexão e crítica nos alunos
(BARONI et al., 2015, p. 1).
Ao trabalhar com o portfólio se exercita a reflexão, os valores sociais e os
saberes disciplinares do aluno, atendendo as inteligências múltiplas e contribuindo
para o desenvolvimento do senso crítico e da capacidade de reflexão. Aos
professores, a implantação do portfólio impacta na sua formação e lhes permite
refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem (VIEIRA, 2002). Pode-se dizer
que por meio do portfólio encontram-se formas alternativas que se diferenciam dos
métodos tradicionais de avaliações, as quais se baseiam exclusivamente nos
resultados de testes e provas, entendidos como instrumentos que só servem para
medir a capacidade de memória utilizada para reter conhecimentos (FRISON,
2008).
Para construir o portfólio, é necessário criar um título claro e utilizar
materiais livres que apresentem coerência com o conteúdo. Podem ser elaborados
e apresentados em pastas, livros encadernados, vídeo, em forma de revistas,
jornais, sites, criações artísticas e outras formas. O aluno deve ter claro seu
objetivo, revelando, analisando e discutindo sua própria aprendizagem durante os
processos. Na avaliação, os comentários desenvolvidos pelos alunos deverão ser
analisados, inclusive como auto avaliação, no ato de rever princípios, reposicionar
e construir um novo olhar com novas concepções. Pode-se realizar encontros
periódicos para os relatos. O aluno deverá registrar os conteúdos abordados,
evidenciando reflexões sobre a sua construção do conhecimento, por meio das
aulas, textos, pesquisas, palestras, seminários, reportagens, vídeos e trabalhos de
extensão à comunidade. Portanto, trabalhar com portfólio é estar ciente de ser
responsável pela construção do próprio conhecimento, exteriorizando o sentido do
conteúdo aprendido por meio da produção significativa (GUSMAN et al., 2002).
13

2.6 FOTOMICROGRAFIA COMO RECURSO NA BIOLOGIA

A palavra fotomicrografia refere-se às revelações de imagens muito


pequenas, com nenhum alcance aos olhos humanos desprovido de subterfúgios,
tais como óculos, lentes de aumento, lupas e o próprio microscópio, ou seja, é o
resultado de uma foto retirada com auxílio de um microscópio (GOMES, 2010).
Por meio da fotomicrografia se revelam aos olhos humanos detalhes que
permitem aos cientistas, professores e alunos, maiores investigações das
estruturas que compõem o objeto analisado. Segundo Novaes et al. (2010), as
imagens microscópicas atendem a diversos profissionais, mudando a percepção
do mundo invisível. Entretanto, há limitações relacionadas ao cumprimento de
onda da luz visível no microscópio óptico, diferenciando seu potencial dos demais
tipos de microscópios existentes. As ampliações de microscópios ópticos, por
vezes, podem somar-se ao zoom da câmera, aumentando a imagem, mantendo a
qualidade, sem sofrer distorções. O resultado é uma imagem que favoreça a
visualização e a identificação (NOVAIS et al., 2010).
Neste sentido, ao adaptar um aparelho celular ou outra câmera fotográfica
de boa resolução pode-se obter imagens iguais àquelas visualizadas em livros,
slides e aulas, permitindo realizar muitas outras investigações no campo da
Biologia, potencializando um equipamento do qual dispõem-se no laboratório
escolar para compreender e visualizar estruturas pequeninas.
Com esta técnica de fotomicrografias, fotografa-se muito mais do que o olho
humano vê, possibilitando compreender a Biologia muito além dos livros, por
experiências palpáveis significativas, a partir da geometria microscópicas das
microalgas.
14

REFERÊNCIAS

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eletrônicos como uma estratégia de ensino-aprendizagem e um instrumento de
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DA SILVA CARDOSO, A.; VIEIRA, G. E. G.; MARQUES, A. K. O uso de


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microalgas: estimativa de custos e perspectivas para o Brasil. 2012. 188f.
Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético), Universidade Federal do Rio
de Janeiro, 2012.

DESSEN, E. M. B.; OYAKAWA, J. Microscopia. São Paulo: Centro de Estudos do


Genoma Humanos: s/d.

DINIZ, M. L. C.; OLIVEIRA, A. L. Portfólio: uma abordagem de registro na prática


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2011. Disponível em:
<http://www.reefcorner.org/forum/topic.asp?TOPIC_ID=2488>. Acesso em: 18 nov.
2016.

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FRISON, L. Portfólio na Educação Infantil. Porto Alegre: Ciências e Letras,


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<http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=44775.0>. Acesso em: 25
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Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Superintendência da Educação
Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional

ESTUDOS MICROSCÓPICOS:
Fomentando trocas de experiências na leitura do mundo invisível
Vagna Aparecida Da Silva Munhão
Orientador: Dr. Luiz Everson da Silva

SUMÁRIO
1º Momento:
Aula diagnóstico por meio de dinâmicas com vídeo
Atividade 1: Dinâmica Microalgas – Enxergar o Invisível.

2º Momento:
Aulas experimentais
Atividade 2: Evolução do Microscópio.
Atividade 3: Cuidados necessários no uso do Microscópio.
Atividade 4: Conhecendo as partes que compõem o Microscópio.

3º Momento:
Aula de campo no exterior da escola
Atividade 5: Investigação de microalgas no manancial da escola.

4º Momento:
Uso do microscópio em meios de cultura
Atividade 6: Investigando os cloroplastos nas Microalgas.

5º Momento:
Visita técnica monitorada
Atividade 7: Visitando as pesquisas em suas origens - Microalgas.
Atividade 8: Fotobiorreatores: Módulo de cultivo para Microalgas do Colégio Pinheiro do
Paraná.
Atividade 9: Investigando a Biomassa produzida no Colégio Pinheiro do Paraná.
APRESENTAÇÃO

E ste material busca mostrar a importância


das experiências práticas laboratoriais no
ensino de Biologia. É uma contribuição pa-
ra mudar a percepção dos alunos sobre o mundo que os
cerca e tornar a visão fragmentada dos conhecimentos
em uma visão mais contextualizada, com direcionamen-
tos sobre o que se entende hoje por atividades prático-
experimentais no fazer Ciência, desmistificando o senso
comum o qual visualiza a ciência como conhecimento
inalcançável, distante da realidade do aluno.
Os agentes das práticas laboratoriais devem ser
alunos do 2º ano do Ensino Médio que trabalharão espe-
cificamente microalgas. Assim, poderão compreender
que se trata de algo concreto, não abstrato.
As atividades apresentadas preveem coletas, observações, interpretações,
levantamentos de hipóteses, comprovação dos fatos por meio de registros foto-
micrográficos propiciando ao aluno a
percepção da realidade microscópica,
com investigações a partir da quais se
efetivarão os processos cognitivos,
ampliando, assim, seu entendimento
em relação aos seres vivos, não visí-
veis a olho nu. Propõe-se também vi-
sitas a laboratórios em outras institui-
ções, a fim de fomentar o interesse
pelas práticas científicas voltadas pa-
ra a compreensão do grupo de micro-
algas.
Microalgas

01
1º Momento:
Aula diagnóstico por meio de dinâmicas com vídeo

ATIVIDADE 1:
TEMA Dinâmica Microalgas – Enxergar o Invisível.

Verificar os conhecimentos prévios dos alunos


com relação aos conhecimentos básicos para o
entendimento de algas. Construir um portfólio
para estudos, valorizando a participação dos OBJETIVO
educandos pesquisadores no processo e enten-
dimento.

Máscaras para vendar os olhos, vídeo dis-


ponível no YouTube, TV, pen-drive, folha
MATERIAL sulfite, lápis de cor, pasta que serão utiliza-
das como portfólio.

Esta atividade ocorrerá no período de duas aulas. TEMPO


Para essa dinâmica, os alunos deverão estar
Estratégia de olhos vendados.

02
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

O professor inicia a atividade questionan-


do os alunos a respeito do que eles conhecem
sobre algas: onde vivem? Estão presentes em
nossa alimentação ou em produtos industrializa-
dos? Em seguida, o professor explica aos alunos
como será a atividade.

Os alunos recebem uma mascará, que usará


para cobrir os olhos. Após cada aluno receber a
sua, o professor orienta que coloquem as másca-
ras e fiquem com os olhos vendados. Neste mo-
mento é importante o silêncio da sala de aula. Ao término da audição, o professor entre-
gará uma folha em branco e lápis de cor aos alu-
nos. Os alunos devem registrar no papel as ima-
O professor deve colocar o vídeo “Brasil gens de possíveis informações correlacionadas
pesquisa uso de algas para produção de bio- com algas.
combustível”, disponível no YouTube*, para
que os alunos encontrem ressignificação a partir
das informações mencionadas no áudio do vídeo
sobre algas.
*https://www.youtube.com/watch?v=mYJFcEpMfxE

As imagens desenhadas serão utilizadas


como avaliação diagnóstica dos saberes dos alu-
nos ali retratada. Mais tarde, os alunos receberão
orientações para preparar um portfólio com as
atividades propostas durante as aulas. Nele, po-
derão acompanhar a evolução dos conhecimentos
durante as aulas, onde serão avaliados não por
meio da produção pontual, mas por meio dos
processos desenvolvidos ao longo desta proposta.

Obrigada pela participação!

03
2º Momento:
Aulas Experimentais

ATIVIDADE 2:
TEMA
Evolução do Microscópio.

OBJETIVO
Pesquisar e estabelecer correlações entre os modelos de microscó-
pio óptico, eletrônico e de varredura, estabelecendo comparativos de
imagens.

CONTEÚDOS
Estruturantes → Mecanismos biológicos.
Básicos → Microscópio.
Específicos → História evolutiva dos modelos de microscópios.

MATERIAL
Laboratório de informática, caderno, lápis, borracha, caneta e folha
sulfite.

TEMPO
Esta atividade ocorrerá no período de três aulas.

ESTRATÉGIA
No laboratório de informática, pesquisar a evolução histórica do uso
do microscópio, com informações e imagens. Enriquecer o portfólio
e atividades.

04
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Iniciar a aula relembrando informações conti- Por meio de sorteio


das no livro didático de Biologia sobre o Aparelho faz-se a correção das infor-
Microscópico. mações de modo oral, onde
Estabelecer relações entre macro imagens e cada aluno de posse de seus
microimagens, inserindo a contribuição dos cientistas registros, ouvirá a reposta
Hans Janssen e seu filho, Zaccarias, no ano de 1590, correta para a complementação se
com as contribuições seguintes que perpassaram por necessário for.
conhecimentos de Antonie Van Leeuwenhoek, dando
continuidade na pesquisa que Robert Hooke desen- O aluno que terminar primeiro
volveu até a atualidade. sua lista de registros, rece-
Os alunos serão convidados a preparar uma berá um brinde surpresa do
linha do tempo de forma cronológica, demonstrando professor. Neste caso, suge-
o alcance das pesquisas. re-se um lápis, uma caneta
ou outro objeto de sua esco-
Esta pesquisa terá registros sequenciais como lha.
nome do cientista, imagens do microscópio, ano de
criação e contribuição do cientista.
Após pesquisa e registros individuais os alu- AVALIAÇÃO
nos poderão comparar se as informações estão de Ao final do jogo deve-se inserir
acordo com a história evolutiva por meios de um jo- o material produzido no portfó-
go. lio para que as mudanças so-
fridas durante os processos possam ser ana-
Para iniciar o jogo: O professor deve conferir lisadas ao final do estudo de forma compara-
se todos os alunos fizeram no mínimo um cronogra- tiva e visual.
ma com seis datas. Caso o aluno não tenha feito, o
professor deve auxiliar o aluno para que possa parti- O acerto das questões durante o jogo mos-
cipar da atividade com êxito. trará o embasamento teórico fundamental
para o entendimento da microscopia.
O professor, de posse do cronograma evoluti-
vo do microscópico, recorta sua folha de acordo com
cada data, dobra as informações e coloca em um saco
plástico colorido.
De professor para professor:

05
ATIVIDADE 3:
TEMA
Cuidados necessários no uso do Microscópio.

OBJETIVO
Compreender a necessidade de zelar pelo aparelho microscópico,
preservando-o íntegro, suas lentes, parafusos, etc. Assim como res-
peitar as regras de segurança do laboratório escolar de Biologia/
Ciências.

CONTEÚDOS
Estruturantes → Mecanismos biológicos.
Básicos → Microscópio.
Específicos → Estrutura e Funcionamento do Microscópio.

MATERIAL
Microscópio, capa de proteção, álcool etílico. Para limpeza das ocu-
lares e objetivas: papel macio, cotonete embebido em solução de
limpeza (50% éter sulfúrico, 50% clorofórmio).

TEMPO
Esta atividade ocorrerá no período de três aulas.

ESTRATÉGIA
Os alunos devem assistir ao vídeo “Experimentoteca – Microscó-
pio: como usar, limpar e guardar”, disponível no YouTube*.
*https://www.youtube.com/watch?v=b8sKWrWuGuY

06
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Ao segurar o microscópio para transportá-lo Use esta mesma solução de limpe-


de um lado para outro, segure uma das mãos na base za para higienizar as oculares, com mo-
ou pé, e a outra mão no braço do microscópio. (É vimentos circulares partindo do centro da
importante que o professor demonstre segurando co- lente e terminando na borda.
mo faz da maneira correta).
Higienize as demais partes exter-
Normalmente, o microscópio é guardado com nas do microscópio com álcool etílico.
uma a capa de proteção para evitar poeira e outras Não utilize a solução de limpeza na parte
substâncias, retire-a com cuidado. Após prender em externa para não danificar os materiais
suas pinças a lâmina a ser observada, ligue o cabo de plásticos e acrílicos.
energia na tomada, tomando o devido cuidado com a
voltagem para não queimar a lâmpada. Desligue o cabo da tomada e cu-
bra o microscópio com a capa.
Aperte o botão liga/desliga e regule a intensi-
dade luminosa de acordo com os ajustes das oculares Para guardá-lo repita os processos
para cada aluno. usados no transporte, uma das mãos na
base e a outra no braço do microscópio.
Ao término da observação reduza a intensida-
de da luz, até se apagar por completo, retire a lâmina
que estava sendo observada, e então desligue o botão
liga/desliga.
Se utilizou óleo De professor para professor:
de imersão, limpe a ob-
jetiva de 100X com um
papel macio e depois
com um cotonete.

Para solução de
limpeza: Adicionar
50% éter sulfúrico e
50% clorofórmio, isso
ajudará a manter as
lentes limpinhas.

AVALIAÇÃO
Os alunos realizarão uma pesquisa no mercado, com o intuito de demostrar um levantamento orçamen-
tário sobre o custo de um microscópio, O aluno deverá relatar um problema e trazer um orçamento de
valores do conserto, correspondentes a assistências técnicas dos possíveis problemas decorrentes do
mau uso do aparelho. Com isso é possível repensar informações a partir do ponto de vista individual
desenvolvendo uma escrita com seus argumentos.

07
ATIVIDADE 4:
TEMA
Conhecendo as partes que compõem o Microscópio.

OBJETIVO
Demonstrar as partes que compõem o microscópio óptico e correlaci-
oná-las com os demais modelos de microscópio rudimentar, eletrôni-
co de transmissão e de varredura, estabelecendo comparativos de
imagens.

CONTEÚDOS
Estruturantes → Mecanismos biológicos.
Básicos → Microscópio.
Específicos → Estrutura e Funcionamento do Microscópio.

MATERIAL
Folha impressa da figura do microscópio óptico devidamente identi-
ficadas, microscópio, lápis, caneta e lâminas prontas.

TEMPO
Esta atividade ocorrerá no período de três aulas.

ESTRATÉGIA
Na prática, ensinar aos alunos a manusear o microscópio óptico
existente no laboratório de Biologia/ Ciências, ao exemplificar a am-
pliação usar lâminas prontas do mesmo acervo.

08
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Para esta atividade o professor orientará os


alunos a formarem grupos com três ou mais integran- DICAS
tes, de acordo com o número de microscópios dispo-
níveis no laboratório de Biologia/Ciências. Caro professor, você também poderá
adequar o planejamento de sua aula so-
bre microscopia, consultando o SEED*.
Nele estão disponíveis diversas formas
Cada grupo recebe um microscópio óptico na de exercitar o conhecimento sobre esse
bancada. Sob a orientação do professor, os alunos tema.
devem procurar no aparelho o botão de liga/desliga, *http://www.biologia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/
averiguando a compatibilidade para fonte de energia praticas/conhecer_microscopio.pdf
necessária ao funcionamento do aparelho e utilizar a
Também é possível utilizar o vídeo
conexão correta para cada aparelho. “Microbiologia: Aula 4 – Microscopia
óptica simples”*,. Esse microscópio é
Cada grupo recebe um microscópio óptico na usado na obtenção de resoluções de es-
bancada. Sob a orientação do professor, os alunos truturas celulares e teciduais, onde a luz
perpassa o objeto em análise.
devem procurar no aparelho o botão de liga/desliga,
averiguando a compatibilidade para fonte de energia *www.youtube.com/watch?v=d0fejPqACsw
necessária ao funcionamento do aparelho e utilizar a
conexão correta para cada aparelho.

De posse do material, os alunos receberão in-


formações expositiva e dialogada, sobre a função de
cada item que compõem o microscópio óptico. De professor para professor:

Para efetivar os
conhecimentos por
meio de práxis, os
alunos serão orienta-
dos a testar as amplia-
ções do microscópio
óptico, experimentan-
do o uso e manuseio
de lamínulas prontas,
existentes no acervo
do laboratório de Bio-
logia/Ciências.

AVALIAÇÃO
Para a avaliação desta prática sugerimos a atividade disponível no site “Dia a Dia Educação”*. Esta ativi-
dade deverá ser arquivada no portfólio individual do aluno, servirá como comparativo entre os processos
durante experiência e como material de apoio para sanar futuras dúvidas.
* http://www.biologia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/praticas/focalizar_micro.pdf

09
3º Momento:
Aula de campo no interior da escola

Os obstáculos emergentes nas práticas pedagógicas, são inúmeros,


no entanto, contribuir para superação destes no aprendizado é fundamen-
tal. Para isso as práxis, norteiam a compreensão de conceitos, leis e teori-
as científicas, possibilitam aos alunos, meios de apropriação do conheci-
mento, oportunizando vivências ligadas ao meio em que estes alunos se
encontram.

ATIVIDADE 5:
TEMA
Investigação de Microalgas no manancial da escola.

OBJETIVOS
Coletar material biológico no manancial da escola e cultivar no labo-
ratório de Biologia/Ciências durante e posterior as práticas pedagógi-
cas.
Contextualizar e pesquisar na literatura a classificação e demais in-
formações fisiológicas, morfológicas e científicas sobre as algas para
a compreensão dos alunos.

MATERIAIS
Frascos de Becker, tubo de ensaio, lâmi-
nas/lamínulas, pipeta plástica, papel ma-
cio e microscópio.

TEMPO
Esta atividade ocorrerá no período de quatro aulas.

ESTRATÉGIA
Realizar as atividades no exterior, no quintal da escola.

10
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

O professor deve organizar um grupo com três


alunos, para que dividam as tarefas e se auxiliem na
coleta do material biológico. AVALIAÇÃO
Para esta avaliação os alu-
Os alunos serão direcionados ao laboratório de nos construirão cartazes
Biologia/Ciências, onde receberão um kit (pipeta
plástica, tubo de ensaio, luvas) para coleta de materi-
com informações sobre o
al biológico. tipo de microalga encon-
trado e sua contribuição
Cada grupo recebe um microscópio óptico na no mercado. Os alunos
bancada. Sob a orientação do professor, os alunos fotografarão as imagens
devem procurar no aparelho o botão de liga/desliga, por meio de fotomicrogra-
averiguando a compatibilidade para fonte de energia
necessária ao funcionamento do aparelho e utilizar a fia. Estas imagens irão
conexão correta para cada aparelho. compor o portfólio indivi-
dual do aluno acompanha-
No laboratório, a equipe receberá um micros- da das informações coleta-
cópio, do qual fará uso para investigar o material das na pesquisa sobre a
coletado, lâminas e lamínulas.
aplicabilidade da microal-
ga encontrada e o merca-
Na investiga-
ção busca-se identi- do.
ficar quais foram os
tipos de microalgas
encontrados. Os
alunos poderão
comparar as ima- De professor para professor:
gens com os regis-
tros do livro didáti-
co e desenvolver uma pesquisa sobre as principais
aplicabilidades desta alga na vida dos organismos
vivos.

11
4º Momento:
Uso do microscópio em meios de
cultura

ATIVIDADE 6:
TEMA
Investigando os Cloroplastos nas Microalgas.

OBJETIVO
Reconhecimento, por parte dos alunos, dos cloroplastos presentes
nas microalgas, identificando o formato em diversas espécies de mi-
croalgas.

MATERIAIS
Espaço físico de um manancial, microscópio, lâmina
e lamínula, conta-gotas, prancheta, folha sulfite e lá-
pis.

TEMPO
Esta atividade ocorrerá no período de duas aulas.

ESTRATÉGIA
Investigar amostras de material orgânico de microalgas, coletados
no manancial da escola.
Fonte: http://www.casalab.com.br/

12
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Os alunos, na companhia do professor, observarão o espaço inter-


no da escola, nas proximidades do manancial. Nele, identifi-
carão as formas de vida presentes no ambiente. Tais observa-
ções deverão ser comentadas e anotadas/ilustradas em uma
folha sulfite afixada em pranchetas. Estas observações deve-
rão compor o portfólio do aluno para futuras análises e com-
parações.
Em seguida, o professor distribuirá tubos de ensaio e
conta-gotas para coletar amostras.
As amostras biológicas deverão ser estudadas, observa-
das e analisadas no microscópio óptico. Para isso será neces-
sário o uso de lâmina e lamínulas, na preparação do material
observado.

O professor deverá orientar os alunos nos ajustes necessários, para


o bom êxito do material visualizado.
Após os devidos ajustes, os alunos busca-
rão, por meio de análises, identificar os cloro-
plastos, identificando/descrevendo/ilustrando/
sua morfologia e suas funções.
Ao identificar os cloroplastos os alunos
serão orientados a registrar suas descobertas e
compreensão do mundo microscópico estabele-
cendo relações com o cotidiano e sua pesquisa.

Estes materiais deverão compor o portfólio dos


alunos estabelecendo comparativos entre suas anota-
ções inicias e seu avanços ao final desta prática.

13
Caro professor, caso na sua escola não te-
nha um manancial, sugiro que visite o lago
mais próximo de sua localização e estimu-
AVALIAÇÃO le o olhar investigador de seus alunos atra-
vés de matérias coletados próximos do en-
Consiste em uma avaliação processu- torno escolar. Outra opção é pedir aos alu-
al, onde se valoriza o caminho per- nos amostras de água de diversos lugares
corrido para a identificação do mate- dos quais eles tenham interesse em inves-
rial biológico. Como forma de regis- tigar.
tro, o aluno ilustrará um slogan em
uma folha A4 identificando o cloro-
plasto observado e sua função para a Professor, oriente seus alunos para a coleta
microalga. Esta avaliação deverá do material. A coleta deve ser próxima as
compor o portfólio individual do alu- raízes, com o máximo de nutrientes possí-
no. vel, mesmo que o material apresente resí-
duos de solo. Após a decantação do mate-
Obrigada pela participação!
rial, torna-se fácil identificar algumas mi-
croalgas dependendo da região investiga-
da.

No caso de não encontrar microalgas para


identificação, sugira nova coleta, prepare
seu aluno para o exercício da paciência na
investigação. Nem sempre é possível co-
lher os resultados desejados nas primeiras
amostragens, ensine-o a ser paciente e per-
sistente.

14
5º Momento:
Visita técnica monitorada

ATIVIDADE 7:
TEMA
Visitando as pesquisas em suas origens –
Microalgas.

OBJETIVOS
Levar os alunos a desenvolver relações entre o conteúdo
teórico e a prática;

Exercitar as habilidades por meio de análise, observação e


crítica;
Interagir entre seus iguais, em face dos diferentes modelos
tecnológicos apresentados;
Aliar o conhecimento de microalgas com o sistematizado
pelo grupo de pesquisa Núcleo de Pesquisa e Desenvolvi-
mento de Energia Autossustentáveis (NPDEAS), com a ação
profissional, mercado econômico;
Ampliar e aprofundar o conhecimento estudantil, interagin-
do com os diferentes profissionais da área.
Estimular o aluno à pesquisa científica e à pesquisa de cam-
po.
Permitir que os alunos conheçam o comportamento univer-
sitário no atual desenvolvimento da pesquisa com microal-
gas e meio de cultivo em biorreatores.

15
CONTEÚDOS

Estruturantes Mecanismos biológicos.

Básicos Microscopia.

Específicos Reino Protista Microalgas.

Transporte;

MATERIAIS

 Folha para anotações;


 Pranchetas de apoio;
 Canetas;
 Lápis/borracha;
 Água;
 Lanche.
ESTRATÉGIA
TEMPO

- Tempo de aula antes da Utilizar a visita técnica


visita: Duas aulas. como recurso didático
metodológico. Esta ati-
- Tempo de aula durante vidade será dividida
a visita: Cinco aulas. em três momentos: an-
- Tempo de aula após a tes, durante e depois
visita: Duas aulas. da visita.

16
PRÉ-REQUISITO
Professor, para fazer uso da visita técnica como recuso didático metodológico, é im-
portante que a mesma esteja contemplada em seu plano de trabalho docente. A partir
dessa ideia, sugira aos seus alunos uma pesquisa abordando questões previstas no
envolvimento do processo e a produção, pois estes subsidiarão o conhecimento em
futuras associações, entre o exposto na pesquisa e o visualizado durante a visita. Este material deve-
rá compor o portfólio construído com os alunos.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
Como recurso técnico de apreensão da rea-
lidade, o professor deverá organizar uma visita
ao Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de
Energia Autossustentáveis. Esta ação ser vir á
para obtenção dos dados empíricos e seu proces- Aos alunos participantes, consi-
samento, auxiliando o aluno na mensuração do derando todos os itens anterior-
objeto de estudo microalgas. mente planejados, na execução
do previsto é importante:
Informar todos os alunos para que possam
Registro dos elementos ob-
identificar a atividade a ser realizada.
servados.
Relacionar a captação de as-
Preparar um bilhete de autorização dos pectos complementares sobre o ob-
pais com todos os dados da visita, como: nome servado e que podem ser colhidos
das pessoas que participarão da visita técnica, através de instrumento, como: ca-
quantas paradas, as regras existentes no local, derneta de anotações, fotografias,
itens a serem pesquisados e observados, local a filmes e outros.
ser visitado e o endereço, data e horário da visi-
ta, transporte até o local, tempo previsto para a Coleta de informações: Será
o direcionamento para responder às
realização das atividades, quais professores perguntas (problemas) que origina-
acompanharão os alunos. Se houver maior ne- ram o interesse sobre a realização
cessidade este bilhete de autorização poderá ser do trabalho na visita técnica. Utiliza
escrito de acordo com a necessidade do grupo. -se para isso a aplicação de questio-
nários e/ou de formulários, realiza-
ção de entrevistas ou a coleta de
amostras e materiais, dependendo
dos objetivos propostos. Deve-se
estar atento para o cuidado com o
trato das amostras biológicas.

17
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá em duas
aulas após a visita técnica. Será
considerado a elaboração dos resul-
tados a partir das observações du-
rante a visita técnica, em forma de
relatórios. Os alunos farão registros,
com indicações e procedimentos
Professor, ao sistematizar a visita técnica técnicos, dados coletados, imagens
tenha em mente as necessidades do seu ambien- e amostras, assim como o estabele-
te. Busque, por meio do planejamento e da exe- cimento de relações com cotidiano
cução, trabalhar com objetivos básicos de fácil e o referencial teórico no conteúdo
compreensão aos seus alunos, que contemple de microalgas. Em seguida, o pro-
diferentes realidades, influenciando nos proces- fessor deverá abrir uma discussão
sos produtivos. em sala de aula, com apontamentos
As aulas focadas no quadro e giz deixaram que concluam o nível de apropria-
de ser atraentes para os alunos e, diariamente, ção dos termos usados na compre-
notamos muito desinteresse por esse tipo de ati- ensão de microalgas. O material
vidade. Nesse sentido, a visita técnica monitora- produzido deverá compor o portfó-
da torna-se um recurso didático metodológico lio produzido pelo aluno, apresen-
importante para a construção do conhecimento, tando a realidade do local observa-
uma vez que agrega informações de espaços ex- do. Assim, transforma-se a visita
teriores à sala de aula, permitindo que o aluno técnica em documentos que pode-
visualize no ambiente externo conceitos traba- rão sustentar pesquisas escolares
lhados em sala e por meio do livro didático. posteriores.
Ainda, a visita técnica monitorada aguça os pro- Obrigada pela participação!
cessos cognitivos por meio da visão e da audi-
ção e promove maior interesse na apropriação
do conhecimento. O ambiente visitado torna-se
palco de todas as inter-relações cognitivas.
REFERÊNCIA
MONEZI, C.; FILHO, C. C. A. A visita técnica
Nesta proposta, o endereço do local de vi- como recurso metodológico aplicado ao curso de
sita é o seguinte: Engenharia. In: Congresso Brasileiro de Ensino
de Engenharia, 2005, Campina Grande. Anais...
Rua Francisco H dos Santos, S/N Campina Grande: Cobenge, 2005.

Centro Politécnico, Setor de Tecnologia – Jd.


das Américas, Curitiba – PR
CEP: 81531-990
Telefone: (41) 3361-3432

18
ATIVIDADE 8:
TEMA TEMPO
Fotobiorreatores: Módulo de Duas aulas na confecção dos fotobiorreatores.

Cultivo para Microalgas do Colégio Duas aulas, no mínimo, para dar início a pro-
dução (ou tornar permanente enquanto hou-
Pinheiro do Paraná.
ver interesse do professor e alunos na investi-
gação).

OBJETIVOS
Ensinar como se processa o cultivo de microalgas com ma-
teriais alternativos acessíveis, na comprovação de diferentes
formas de microalgas.

Acompanhar o crescimento das microalgas.

Identificar as espécies de microalgas encontradas nas amos-


tras.
Verificar qual o melhor ambiente que se encontram microal-
gas a fim de obter um bom cultivo.

CONTEÚDOS
Estruturantes Mecanismos biológicos.
Básicos Microalgas.
Específicos Reino Protista Microalgas identificação e classificação.

19
ATIVIDADE 8:
MATERIAIS
 Cano de PVC;
 6 garrafas pet de 2L;
 T ou cruzetas (na abertura de cada
garrafa, onde se ajusta o joelho de
PVC, também se protege a boca de
contaminações, evitando perdas de
ar);
 Meio de cultura;
 Mangueiras de aquário (as man-
gueiras de ar alimentarão cada
uma das garrafas embutidas no
rack de PVC);
 2 lâmpadas florescentes/fio/bocal de luz (presas no rack de PVC);
 Ureia;
 Papel filtro;
 Balança digital;
 Bomba de aquário (a passagem de ar borbulhará a água, liberando o ex-
cesso de O2 e facilitando as trocas gasosas).

Para controle serão usadas garrafas pets com luz natural em pontos estratégi-
cos no laboratório e amostras com oxigênio e luz elétrica disponibilizado.

ESTRATÉGIA
Usar materiais recicláveis alternativos e confeccionar o
módulo de fotobiorreatores com ajuda dos alunos.

20
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Na confecção deste modelo de fotobior- Após selecionar o local ideal, o profes-


reatores, a metodologia foi baseada nos traba- sor deverá orientar os alunos a colocar uma
lhos de Gustavo Duarte (2011), com adapta- bomba de aquário a qual disponibilizará oxi-
ções da própria autora no desenvolvimento. gênio, favorecendo o crescimento da biomas-
sa.
Deve-se coletar amostras de água em
diferentes locais. Estas amostras deverão ser A biomassa produzida deverá ser filtra-
armazenadas em garrafas pet transparentes da a cada sete dias, para que se compare o
(fotobiorreatores artesanais acessíveis). crescimento da mesma.
Os locais de coletas desta atividade se- Para favorecer o meio de cultivo será
rão: 1) Parque São Lourenço – Endereço: R. usado ureia.
Mateus Leme, s/n - São Lourenço, Curitiba -
PR, CEP: 81020-430; Professor, oriente seus alunos para ela-
2) Parque Barigui – Endereço: Av. Cân- borar uma tabela. Nela serão registrados o
dido Hartmann, s/n - Santo Inácio, Curitiba - crescimento comparativo entre os fotobiorre-
PR, CEP: 81020-430. atores que estão nas garrafas pet com os do
aquário.
As amostras de controle serão coletadas
no manancial do Colégio Estadual Pinheiro Toda a biomassa deverá ser pesada e
do Paraná, situado R. Daniel Cesário Pereira, reservada para a próxima prática sugerida na
559 - Santa Felicidade, Curitiba - PR, CEP: atividade
82410-180. seguinte.

Professor, solicite voluntários para co-


leta de água em diferentes pontos de interesse
Fotomicrografia de microalga

investigativo do aluno e do professor.


É importante que as amostras estejam
acondicionadas em local com a presença de
luz.

21
AVALIAÇÃO REFERÊNCIA
AosAalunos
avaliação ocorrerá
participantes, por meio de fo-
consi- DUARTE, G. Cultivo de
derando todos os itens
tografias/fotomicrografias anterior-
realizadas pe- plâncton para criação de
mente planejados, na execução
losdoalunos,
previsto écom as imagens propor uma
importante:
palhaços. Reefcorner, 5
análise e debate com os resultados dos di- dez. 2011. Disponível em:
<http://
ferentes modelos. As imagens e resumo www.reefcorner.org/forum/
do debate serão anexados no portfólio dos topic.asp?
alunos para posteriores investigações. TOPIC_ID=2488>. Acesso
em: 18 nov. 2016.

DE PROFESSOR
Fonte: http://microalgasprofessoravera.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html

PARA PROFESSOR
Professor, se for de seu inte-
Fotomicrografia de microalga

resse, pode-se utilizar um


aquário como amostra de
controle. Outra maneira
consiste em realizar um pro-
cedimento usando sacos
plásticos. Para isso, verifi-
que os procedimentos dispo-
níveis em:
http://www.reefcorner.org/forum/topic.asp?
TOPIC_ID=2488

22
ATIVIDADE 9:
TEMA
Investigando a Biomassa produzida
no Colégio Pinheiro do Paraná.

OBJETIVOS
Possibilitar a visualização da biomassa filtrada.

Compreender a biomassa e os processos de secagem,


assim como a manipulação de práxis.

Estabelecer associações com a energia limpa e o bio-


combustível, do qual a matéria prima é a microalga.

CONTEÚDOS
Estruturantes Mecanismos biológicos.
Básicos Microalgas.
Específicos Reino Protista Microalgas para potencial energético.

23
ATIVIDADE 9:
 Filtro de papel;
MATERIAIS

 Microalgas;
 Recipiente escuro;
 Fotobiorreatores;
 Balança digital;
 Estufa;
 Saco plástico para triturar o ma-
terial biológico seco identificado
como biomassa.

TEMPO
Esta atividade ocorrerá no período de
duas aulas.
ESTRATÉGIA

O professor deve comentar com seus alunos as várias


etapas até o produto final industrializado na produ-
ção do biocombustível a partir de microalgas. A pri-
meira etapa é o cultivo realizado em fotobiorreato-
res, tendo como principais insumos de produção a
biomassa algal que os mesmos cultivaram. Com o
crescimento das microalgas, a colheita dessa cultura
de biomassa deverá ser realizada semanalmente.

24
PRÉ-REQUISITO
Ter armazenado a biomassa úmida disponível.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Professor, após acompanhar o cresci- Após secagem a biomassa é triturada


mento da biomassa algal com seus alunos no até se tornar pó de microalgas.
laboratório de Biologia/Ciência, é hora de
apresentar a biomassa para os mesmos. É importante que sejam comparadas as
coletas das três amostras.
Oriente seus alunos a coletar amostras
dos fotobiorreatores em funcionamento na
escola. Após a coleta,
os alunos deverão
filtrar este líquido AVALIAÇÃO
usando um papel fil-

A
tro, separando a bio-
massa úmida da água. avaliação será processual
durante a prática por meio de
O professor deve enfatizar o potencial observações reproduzidas
da biomassa na produção de biocombustíveis pelos alunos com seus pares.
durante os trabalhos. Tais reproduções serão registradas pelo
professor, este deverá tomar nota das fa-
A biomassa separada deverá ser pesada
las de forma literal. Após compilar as
de duas formas. A primeira delas úmida logo
após filtragem. Em seguida é necessário redu- falas dos alunos, o professor deverá pro-
zir a umidade do material por meio da seca- por uma roda de conversa, a qual certifi-
gem, adequando-o para trabalhos que as in- cará o conhecimento apropriado no
dústrias desenvolvem, seja de produção de aprendizado com mais significados.
biocombustíveis ou outros produtos.
Todo material deverá compor o portfólio
Os alunos deverão comparar o percen- individual do aluno, para futuras investi-
tual de diferença entre as biomassas e regis-
gações.
trar em seu portfólio de estudos.
Em seguida, é preciso colocar a biomas-
sa em um recipiente escuro para secagem ao Obrigada pela participação!
sol (se houver no laboratório de Biologia/
Ciência uma estufa, poderá ser utilizada a
uma temperatura que favoreça a secagem).

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REFERÊNCIAS
DAS IMAGENS

Durante a construção desta Unidade Didática foram utilizadas imagens, meramente ilustrativas,
disponibilizadas na internet. Os endereços eletrônicos, referenciando cada uma delas, estão dispo-
níveis abaixo.

APRESENTAÇÃO Tubo de ensaio: http://static2.minhalojanouol.com.br/


aexperiencia/produto/multifotos/
hd/20160718113553_1542998458_DZ.jpg
Telescópio: http://f.tqn.com/y/webclipart/1/S/u/I/5/ Pipeta: https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/
Microscope.png I/51BqREaa17L._SL1500_.jpg
Algas: http://www.algaebiotecnology.com/images/7.jpg Lâminas: http://i110.twenga.com/fotografia/lamina-para-
microscopio/lamina-para-microscopia-26-
tp_798004705108976407b.jpg
1º MOMENTO
Papel e lápis: http://static.freepik.com/photos-libre/crayon 4º MOMENTO
-feuille-de-papier-macro-aquarelle_397262.jpg
Lâminas micro: http://www.casalab.com.br/images/
Olhos vendados: http://www.recordere.dk/wp-content/ stories/virtuemart/product/amina%20lisa%20nao%
uploads/2015/10/Image34.jpg 20lip%20.jpg

Print vídeo: https://www.youtube.com/watch? Conta gotas: http://icons.veryicon.com/png/System/


v=mYJFcEpMfxE Oxygen/actions%20color%20picker%20white.png

2º MOMENTO Microscópio: http://laboratoiremogador.com/


images/2.png

TELESCÓPIOS: Tubo de ensaio: http://img.elo7.com.br/


https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/27/ product/244x194/1109CF0/tubete-13cm-tampa-amarelo-
f1/1d/27f11dbeed73eb79170856520f77cd54.jpg 15-unidades-cores.jpg

http://cdn3.volusion.com/wlcsk.dppva/v/vspfiles/
photos/6810-2.jpg?1435318765 5º MOMENTO
http://www.microscopes24.fr/media/images/org/B1- Lanche: https://i.cbc.ca/1.3081201.1432158162!/
211Ahighres.jpg fileImage/httpImage/image.jpg_gen/
derivatives/16x9_1180/sandwich-bags.jpg
http://3.bp.blogspot.com/-yudfCLtDzSI/UEahJ1oCl3I/
AAAAAAAAACw/eOL1tAimf6s/s1600/ Água: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/
microsceletronico.jpg ad/5e/17/ad5e17f9b090473e80c37dd698c23f6e.jpg

http://i.imgur.com/bVAMm2y.jpg Núcleo: http://npdeas.blogspot.com.br/

Limpeza: http://www.kasvi.com.br/wp-content/ Cultivo: http://www.reefcorner.org/forum/topic.asp?


uploads/2016/02/Microscopio1.png TOPIC_ID=2488

Cotonete: http://www.kasvi.com.br/wp-content/ Cultivo 2: http://www.reefcorner.org/forum/topic.asp?


uploads/2016/02/Microscopio3.png TOPIC_ID=2488

Partes do Microscópio: Blog M Científica Balança: http://western.etilux.com.br/media/products/kc-


01_b3g6Gsi.png.700x700_q85.png

3º MOMENTO Filtro: http://www.muji.tw/2015mujitogo/images/


item//4945247223644_1260.jpg
Frasco: http://images.tcdn.com.br/img/img_prod/243435/ Microalgas: http://
co- microalgasprofessoravera.blogspot.com.br/
po_griffin_em_vidro_becker_marca_vidrolabor_2598_1_
20131017150810.jpg

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