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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Educação .i . g
. .o
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Este trabalho relata parte da experiência de um projeto intitulado Trilhos Marinhos, realizada nos trilhos da estrada
de Ferro Vitória a Minas e em uma estação de Biologia Marinha, com estudantes da 2ª. Série do Ensino Médio do
Colégio Logosófico González Pecotche, de Belo Horizonte. Nesta prática, destacamos indícios que apontam os
Ambientes Não Formais de Aprendizagem como um fator de motivação, contextualização dos conteúdos curriculares
e educação estética, no processo ensino e aprendizagem.
É preciso que as metodologias para o ensino de Biolo- Mais do que fornecer informações, é fundamental que o
gia estejam voltadas à formação de habilidades fundamentais ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de competências
nos alunos, como: pesquisa, leitura crítica para que possam que permitam ao aluno lidar com informações, compreendê-
formar opiniões, argumentar e agir em diferentes situações, las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim
compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo
fazer escolhas conscientes, além de estarem preparados para o uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia
convívio social harmônico e cidadão. (PCNs, 1999, p. 225).
1
Mestranda em Educação Tecnólogica (CEFET/MG). Professora de Biologia da rede particular e pública de Belo Horizonte . clo-@terra.com.br / clolages@hotmail.com .
2
Professor dos cursos de engenharia e mestrado do CEFET-MG. Doutor em Educação. Av. Amazonas, 7675 - CEP.: 30.510-000 - BH/MG - dacio@dppg.cefetmg.br .
A necessidade de uma educação ao longo da vida ment e a esta e complementando lacunas deixadas pelos
exige que se investiguem diferentes formas de aprendiza- ambientes formais.
gem nos diferentes domínios de conhecimento. Para isso, No Brasil, a educação em espaços não-formais
será importante a integração de diversas áreas de aprendi- ainda se destaca nos trabalhos voltados para a popula-
zagem formais, informais e não formais. Só assim poder-se- ção mais pobre, s endo na maioria das vezes financiada
á satisfazer a necessidade das pessoas, de educação contí- pelo setor público e pela sociedade civil, organizações
nua e diversificada, favorecendo a aquisição de conheci- não governamentais (ONGs) e grupos religiosos. Tam-
mentos, competências e habilidades. E os ambientes não bém é forte a atuação da educação não-formal em ações
formais de aprendizagem apresentam-se como locais agra- relativas a quest ões que envolvem a ecologia e proble-
dáveis de troca de experiências, de formação de grupos, de mas com o meio ambiente.
proximidade, de brincadeiras e de jogos, favorecendo as- Do ponto de v is t a ped a g óg ico, es s es es p a ços
sim a aprendizagem. d e ed u ca çã o s us t en ta m o p rin c íp io de a prend iza ge m
Este artigo apresenta uma experiência interdisci- c olab ora t iv a, ap oia da em u m c onhec i me nt o c omp ar-
plinar no ensino da Biologia, realizada com 48 alunos da 2ª. t i lh a d o, a pa rt ir da s e x pe ri ê nc i a s p e s soa is d e al u-
Série do Ensino Médio do Colégio Logosófico González n os e profe ss ores , e n a ap ren d iz ag e m me d ia d a qu e
Pecotche, de Belo Horizonte, indicando indícios da riqueza s e c on st rói .
que há na exploração de ambientes não-formais de apren- O ambiente não-formal permite aos alunos uma
dizagem em um projeto escolar. aprendizagem através da prática, da vivência, do fazer, do
A fundamentação teórica está baseada na Metodo- observar o que eles iriam receber pronto no ambiente for-
logia de Projetos e na concepção sobre Ambientes Não-For- mal, a escola. Constitui-se como
mais de Aprendizagem.
“(...)um local onde todos têm espaço suficiente para
experimentar atividades lúdicas, estas entendidas como tudo
aquilo que provoque e seja envolvente e vá ao encontro de
interesses, vontades e necessidades de adultos e crianças.”
(SIMSON, 2001, p.10)
2 CONCEPÇÕES DE AMBIENTES NÃO-FORMAIS DE
APRENDIZAGEM O que diferencia a educação formal da não-formal e infor-
mal é que, segundo Afonso apud Simson; Park; Fernandes
(2001, p.113),
3 CONCEPÇÕES DA METODOLOGIA DE PROJETOS to. É preciso avançar para novas formas de ensinar e apren-
der, e estas formas, com certeza, envolvem recursos em
ambientes que se distinguem dos da própria escola.
A aplicação da metodologia de projetos tem uma for-
te ligação com os ambientes não-formais de aprendizagem.
A experiência com projetos nas escolas tem se mos- Nos trabalhos com projetos, os ambientes não-formais de
trado eficiente no desenvolvimento das inteligências múlti- aprendizagem parecem se constituir em atividades favorá-
p la s, n o t ra ba lh o c om os cont e úd os a tit udinai s e veis à aquisição de saberes e desenvolvimento de práticas do
procedimentais, além de permitir que o conhecimento pas- processo de ensino e aprendizagem e apontam para a
se a ser tratado como uma rede de significados. Segundo multiplicidade de áreas e formas de aprendizagem disponí-
Hernandez (1998), na prática do trabalho com projetos os veis, à margem do sistema formal de ensino.
alunos adquirem a habilidade de resolver problemas, arti-
cular saberes adquiridos, agir com autonomia diante de di-
f erentes situações que são propos tas, dese nvolv er a
criatividade e aprender o valor da colaboração.
O caráter investigativo que há no trabalho com pro- 4 EXPLORAÇÃO DE AMBIENTES NÃO-FORMAIS EM UM
jetos caracteriza-se como estratégia para abordar e investi- PROJETO ESCOLAR - INDÍCIO DE EFICÁCIA NO
gar problemas que vão além da compartimentação discipli- PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
nar e assumem o aspecto de complementariedade de sabe-
res e não de disciplinas. Ao abordar o trabalho com proje-
tos na construção do conhecimento escolar, valorizamos
uma prática pedagógica que estimula a iniciativa dos alunos
através da pesquisa, desenvolve o respeito às diferenças Uma parte desse Projeto interdisciplinar Biologia e
pela necessidade do trabalho em equipe, incentiva o saber Geografia, intitulado em 2004 Trilhos Marinhos, foi desen-
ouvir e expressar-se, o falar em público e o pensamento volvida em uma viagem no trem da Companhia Vale do Rio
crítico autônomo. Esta autonomia, que vai sendo conquis- Doce (CVRD) ao litoral do Espírito Santo. A intenção era
tada através da pesquisa, com toda a diversidade de cami- explorar estes dois ambientes não-formais de aprendizagem
nhos percorridos e as competências que os alunos vão de- (a estrada de ferro e suas paisagens físicas, humanas, soci-
senvolvendo através de tal prática, visa a promover sua ais e o ecossistema marinho) para o desenvolvimento de
autonomia intelectual. Esta abordagem contempla uma re- conteúdos das duas disciplinas, complementando o espaço
lação diferente com o conteúdo: em vez de partir dele, como formal, a escola e interagindo com ele para um melhor tra-
no modelo tradicional, transmissor e informativo, parte-se balho educativo.
de um desafio, o qual, para ser resolvido, exige a incorpora-
ção de novos conteúdos pelos alunos. Estes saem da posi- Nesse sentido, é importante salientar que o campo da
ção de espectadores passivos e se colocam como especta- educação não escolar (informal e não formal) sempre coexistiu
dores que querem participar, criar, modificar. E o professor com o campo da educação escolar, sendo mesmo possível
imaginar sinergias pedagógicas muito produtivas e constatar
t ambém t ransit a do transmissor centralizador, para o experiências com interseções e complementariedades várias
facilitador ou mediador da aprendizagem, papel fundamen- (AFONSO apud SIMSON; PARK; FERNANDES,
tal em atividades com metodologia de projetos e em ambi- 2001, p.31).
entes não-formais de aprendizagem, partindo do princípio
que mediar é negociar, equilibrar, ajustar. Ele está mais pre- A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) foi criada
sente, mais envolvido com os alunos e seus processos de a partir da necessidade de escoamento de produtos de Mi-
aprendizagem, à medida que auxilia nas decisões, sugere nas Gerais através do Espírito Santo e foi incorporada em
alternativas, indica fontes de pesquisa, procura adequar 1942 à CVRD, que a utiliza para o transporte de cargas,
técnicas, negocia e concilia. principalmente minério e transporte de passageiros. Por seus
Nas salas de aula, o controle ainda é muito centrali- trilhos, circula cerca de 40% de toda a carga ferroviária do
zado, a comunicação flui sempre do professor para o alu- país. Nosso objetivo nesses trilhos era mostrar aos alunos
no, as aulas são lineares, o ritmo e a direção são ditados aspectos do relevo, clima, vegetação dos territórios minei-
pelo professor, com mínima ou nenhuma interferência dos ro e capixaba, ações antrópicas ao longo da ferrovia, discu-
alunos. A informação essencial é pré-selecionada em um cur- tir as condições encontradas nos vales dos rios das Velhas e
rículo, um programa de curso, e levada aos alunos de forma Doce, observar a ocupação humana ao longo do percurso,
seqüencial, em aulas “expositivas”, livro didático, mapas, descrever as atividades econômicas encontradas ao longo
transparências e outros recursos. Organizada dessa manei- da ferrovia, discutir os impactos da construção da Usina
ra, a informação é apresentada em um único nível de profun- Hidrelétrica de Aimorés, entre outros. Ao longo do trajeto,
didade, não estimulando o aluno a buscar níveis mais com- cerca de 13 horas, os alunos fizeram anotações, conversa-
plexos ou mais detalhados. Não é indicada, ao aluno, nenhu- ram com outros viajantes do trem, com os funcionários da
ma condição para procurar outros caminhos fora dessa CVRD, com moradores das cidades onde o trem parava; dis-
linearidade pronta de transmissão de conteúdos. cutiram entre eles e com os professores os aspectos que iam
O trabalho com projetos quer mais do que romper identificando, com o propósito de conhecer e reconhecer,
com as velhas aulas expositivas, lineares e unidirecionais, nessa porção do país, as suas características gerais. Antes da
pouco interativas e pobres de estímulos: propõe um viagem, músicas, poesias, textos e mapas foram instrumen-
envolvimento de alunos e professores com o conhecimen- tos usados como desencadeadores dessas observações. Neste
espaço, optou-se por trabalhar dentro das linhas de aborda- na classe econômica do trem, a qualidade de vida das pes-
gem da Geografia da Percepção, que enfatiza a exploração soas do interior, a pesca predatória, a urbanização de áreas
das experiências geográficas dos seres humanos, baseada impróprias, como nos arredores de um manguezal. Na esta-
nos estudos do pensador Yi-Fu Tuan (1983). ção da cidade de Itueta, eles puderam entender o sofrimen-
Na estação de Biologia Marinha no litoral capixaba, to dos moradores que teriam a cidade inundada para a cons-
o objetivo era entrar em contato com aspectos do ambien- trução da hidrelétrica de Aimorés, transportando, em peda-
te e adquirir conhecimentos científicos necessários para ços de tijolos e madeiras velhas de suas casas, o símbolo de
compreender o equilíbrio da enorme biodiversidade pre- suas recordações. Momentos como esses nos mostraram
sente em um ec os sistema marinho. Abordar temas da uma relação dialética na construção de uma ponte entre a
morfologia e fisiologia dos grupos de animais marinhos, educação formal e a não-formal.
distribuição e interações ecológicas desses organismos, A principal questão que subsidiou este trabalho foi
inclusive com os seres humanos. a de identificar aspectos que caracterizassem os dois ambi-
Na estação de Biologia Marinha, foram feitas obser- entes analisados como não-formais e as suas contribuições
vações no mar, estudando a morfologia e o comportamento para a educação formal, além de resgatar desses ambientes
de seres vivos encontrados, anotando resultados, obser- os aspectos lúdicos e afetivos que contribuem para o pro-
vando detalhes ao microscópio. Cada nova descoberta era cesso de ensino e aprendizagem.
motivo de muita vibração dos alunos, todos queriam apren- Para responder a essas questões, foram utilizados
der o máximo que pudessem, e sabiam socializar seus no- como instrumento para coleta de dados: entrevistas não
vos conhecimentos. Neste ambiente era importante que eles estruturadas com os alunos, buscando em suas falas aspec-
apresentassem algumas habilidades, como observação e tos para as categorias em análise; um questionário dirigido
paciência, para que os seus estudos fossem completos. a eles e aplicado após o retorno a Belo Horizonte, levantan-
Uma idéia central, que foi desenvolvida nesse Proje- do aspectos sobre o que significou estudar em ambientes
to Trilhos Marinhos, baseada nas concepções de Capra formais e não-formais, as vantagens e desvantagens de am-
(1996) e Margulius (2001), foi a do equilíbrio dinâmico da bos; além das observações diretas e constantes registros
vida, com as permanentes interações entre os seres vivos e nos ambientes indicados para análise.
os demais elementos do ambiente. Desenvolveu-se também Dessa experiência de trabalho foi possível colher al-
a idéia de que o aprendizado acadêmico deve permitir a guns resultados que apontam para o resgate dos ambientes
compreensão de que a ciência não tem respostas definiti- não-formais de aprendizagem, não apenas para o desenvolvi-
vas para tudo, sendo uma de suas características a possibi- mento de atividades de grupos específicos em trabalhos dis-
lidade de ser questionada e de se transformar, como aponta tintos dos desenvolvidos fora da escola, mas para desenvolvi-
Prigogine (1996). Nessas práticas pedagógicas, resgatou-se mento de atividades escolares nas mais diversificadas áreas.
em Moura (1993, p.265), “a interação do indivíduo com os Destacamos alguns dados relevantes que, na nossa
objetos e fenômenos que compõem o mundo físico, natural avaliação, sinalizam os resultados positivos alcançados atra-
e tecnológico, que o rodeia e do qual ele faz parte”, procu- vés da realização deste projeto: o clima de integração do
rando enfatizar a “educação estética”, que engloba a per- grupo que favoreceu o desenvolvimento dos trabalhos e o
cepção de valores e a sensibilidade humana. O aspecto compromisso dos alunos com as atividades propostas. Uma
lúdico existente nessa proposta destaca-se como o propul- grande parte deles aumentou significativamente sua carga
sor da afetividade no processo de ensino e aprendizagem. A de leitura. Ampliaram a vivência nos diferentes espaços de
partir daí tornou-se possível chegar ao objetivo proposto aprendizagem (bibliotecas, Internet, televisão e os vídeos
nos PCNs, de desenvolver documentários), qualificando mais a forma de realizar suas
pesquisas e construir uma aprendizagem significativa.
“...posturas e valores pertinentes às relações entre os seres Na perspectiva do trabalho em equipe, destacamos
humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o o alcance de metas realizadas coletivamente, a democrati-
conhecimento, contribuindo para uma educação que formará zação das participações nos diferentes espaços do ambien-
indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos
te e colaborações individuais e coletivas dos grupos de tra-
processos e regularidades do mundo e da vida, capazes
assim de realizar práticas, de fazer julgamentos e de tomar balho. Avançamos na tradicional formação de “grupos”, que
decisões.” (PCNs, 1999, p. 226). geralmente não passam de união de alunos, montados arbi-
trariamente ou pelas afinidades desses, cuja abordagem é a
Para garantir a aprendizagem nos ambientes esco- fragmentação das tarefas. Na idéia proposta, a colaboração
lhidos, tornou-se necessário: definição em comum de nor- foi um caminho voluntariamente escolhido pelo grupo para
mas, valores e comportamentos dos participantes; objeti- a obtenção de melhores resultados com relação às tarefas,
vos comuns a todos; trabalho em equipe; aprendizagem desafios e aos problemas que foram colocados.
colaborativa; interação permanente; professores com o Nos processos avaliativos, valorizaram-se os deba-
papel de orientadores; elaboração ativa de conhecimentos tes que privilegiaram novas leituras, interpretações, associ-
e significados; centralização dos resultados a serem alcan- ações e críticas em espaços formais, não formais e infor-
çados e apresentados ao fim do projeto. mais, além de suporte aos estudos individuais:
Em vários momentos, nesses ambientes não-formais,
“Na minha opinião, a principal diferença entre o ambiente
percebeu-se que determinadas questões recorrentes, rela- da viagem e o nosso aqui no colégio é a cobrança. Porque
cionadas com temas sociais, estavam se explicitando. Den- aqui o que mais importa é a nota que nós vamos tirar ou
tre estas, cabe destacar aquelas relacionadas com a prática se vamos conseguir passar no vestibular, e por isso somos
da cidadania, o que possibilitou, já de volta à sala de aula, cobrados o tempo todo. Lá, não. Lá o que importava
discussão ampliada dos assuntos, como a pobreza por eles era que fixássemos a matéria sem a preocupação que
ela fosse cobrada depois. Eles queriam que a gente
observada em várias estações ao longo da ferrovia, a cultu- aprendesse porque isso é bom, não para nos cobrar
ra e os valores das pessoas simples com quem conviveram depois”. (Aluna 2ª.série/2004)
“Adorei essa integração entre os dois ambientes, pois tudo Com a execução do projeto Trilhos Marinhos, verifi-
o que aprendi nas salas de aula em Belo Horizonte, como cou-se a forma espontânea e livre, rica em reflexões e
estava acostumada, foi exemplificado e melhor fixado ao
poder penetrar no real, tocar e observar o que era apenas criatividade, de conhecimentos construídos por meio de
uma teoria. Sei que não é possível trazer os mares e metodologias apropriadas a ambientes propícios. Culminar
montanhas para o colégio, por isso são interessantes projetos este projeto com os trabalhos de exploração nesses dois
como esse, que nos tiram do fictício e nos levam para o real. ambientes não-formais de aprendizagem tornou-se funda-
Sei que é impossível trazer o passado estudado, por exemplo,
na História, mas a alegria, a disposição para as aulas
mental para que os alunos pudessem aprimorar e até mes-
podem ser trazidas em um filme, peças de coleção, entre mo construir novos conhecimentos, através da prática, da
outros”. (Aluno 2ª. série/2004) exploração pelos sentidos, observação, oralidade, vivência
em ambiente e tempo real, tudo o que haviam realizado em
“Em um ambiente não-formal você se sente mais livre, suas pesquisas e nas aulas expositivas.
aprender fica muito mais prazeroso. Acho que você até pode Um trabalho desse porte só poderia realizar-se com
aprender mais na sala de aula, mas talvez não seja aprender
e sim só receber informações. Aprender vendo as coisas, podendo
a qualidade desejável, se fosse efetivado por uma equipe
sentir como elas são, não tem nem comparação. A liberdade interdisciplinar, pois comportava exigências diversas que
e alegria de um ambiente não-formal fazem muito bem para a formação de um só especialista obviamente não con-
a gente, não só como aluno, mas como seres humanos templava.
também”. (Aluno 2ª. série/2004)
4 MARGULIS, Lynn. O planeta simbiótico: uma nova 9 SIMSON, Olga Rodrigues de Moraes Von; PARK,
perspectiva da evolução. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. Margareth Brandini; FERNANDES, Renata Sieiro.
Educação Não Formal: cenários da criação. Campi-
5 MOURA, Dácio Guimarães e BARBOSA, Eduardo F. nas: Editora da Unicamp/Centro de Memória, 2001.
Trabalhando com Projetos – Planejamento e Gestão
de Projetos Educacionais. Belo Horizonte: Ed. Dos 10 TUAN, Yi-Fu. Espaço e Lugar: a perspectiva da
Autores, 2004. experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.