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(slide de apresentação do tema)

A indústria extrativista mineral tem papel central na dinâmica econômica da


Amazônia oriental desde os anos 40, principalmente no Pará. No entanto, observa-se na
atualidade uma contradição entre desenvolvimento e mineração. Se por um lado os
grandes projetos geraram crescimento econômico, por outro, não gerou um maior bem-
estar da população em geral e isso inclui a mina dos carajás na qual vamos falar um
pouco hoje.

(slide 1)
A mina de carajás é a maior mina de minério de ferro do mundo. Localiza-se no
município de Parauapebas, estado do Pará, na Serra de Carajás, norte do Brasil. A mina
é operada a céu aberto e é administrada pela Vale e estima-se que produz serva de 112
milhões de toneladas anualmente. Além do grande deposito de minério de ferro, lá
também é rico em o manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita, zinco, prata, cromo,
estanho, tungstênio e urânio. E apesar disso, somente cerca de 3% da área total é
explorada atualmente.

(slide 2)
Em 1967, a US Steel o Brazilian Exploration Project (BEP) para buscar
manganês na amazonia e em uma dessas expedições, o grupo foi obrigado a fazer um
pouso de emergência em uma clareira (local visto por satélite sem vegetação no meio da
mata). O geólogo recém-formado Breno dos Santos, percebeu ser rala e estranha a
vegetação do local, quase inexistente, o que indicava que ali estava uma “canga”, área
com grande concentração de ferro perto da superfície (que em grande concentração
“estraga” o solo e impede as árvores de crescerem). Imediatamente, o geólogo lembrou-
se que havia avistado, do helicóptero, outras clareiras naquela região. Era uma
concentração mineral absolutamente incomum. Ele afirma: “Quando bati o martelo, saiu
um negócio avermelhado e vi que não era manganês, era ferro. Pensei caramba, isso
tudo aqui é ferro.” A ideia inicial era procurar manganês, mas o que foi encontrado ali
mudou a história da Vale e colocou o Brasil no mapa da mineração mundial.

(slide 3 )

A mina teve vários desafios em relação a sua localização. Através de um sistema


que integra mina, ferrovias, usinas e portos, o minério produzido em Carajás é
exportado e após a fase de lavra e processamento, o produto é transportado em vagões
através da Estrada de Ferro Carajás, que possui cerca de 890 quilômetros de extensão,
até o Terminal Marítimo Ponta da Madeira, em São Luís no Maranhão. Inaugurada em
1985, a Estrada de Ferro Carajás não é apenas extensa, mas também lidera o ranking das
ferrovias mais eficientes do Brasil, devido ao constante investimento proporcionado
pela mineração.

(slide 4)
Em relação ao aspecto ambiental, o Parque Zoobotânico Vale, criado em 1985, abriga
exclusivamente espécies nativas da fauna e flora amazônicas, estando localizado na
Floresta Nacional de Carajás, em uma Unidade de Conservação Federal, ocupando uma
área de 30 hectares preservados, o que permite a livre circulação de espécies de aves,
cutias e macacos. Cerca de 360 animais são cuidados no local, distribuídos em mais de
70 espécies de aves, mamíferos e répteis, incluindo algumas raras ou ameaçadas de
extinção, como o gavião-real, ararajuba, onça-pintada, suçuarana, macaco-aranha-da-
testa-branca e macaco cuxiú. O local contribui para a preservação das espécies, servindo
como estoque genético, além do trabalho de catalogação das informações sobre a flora
amazônica.

(slide 5)
A produção mineral tem um papel central na dinâmica econômica e na formação
espacial do Estado do Pará ao longo das últimas décadas (TRINDADE, OLIVEIRA,
2014). Atualmente, o estado ocupa o posto de segundo maior produtor mineral do país,
tendo como principal produto exportado o minério de ferro, 53,73% nas exportações,
com valores em R$ 7,7 bilhões (FAPESPA, 2017). De acordo com estudos realizados
pela mineradora Vale S.A (2019), temos na região de Carajás, o minério de ferro com
maior qualidade do mundo, o que fortalece as relações comerciais com seus parceiros e
amplia a capacidade competitiva do país.

(slide6)
Contudo, apesar de tanta riqueza mineralógica, ambiental e econômica, quando
Carajás entrou em produção, estimava-se que as jazidas iriam durar cerca de 400 anos,
na escala máxima de 25 milhões de toneladas ao ano. Porém, agora sabe-se que a
exaustão será atingida aproximadamente em 2060, uma vez que a escala de produção
subiu para 10 vezes a mais do que havia sido projetado originalmente.

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