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ORGANIZACIONAi____
APRESENTAÇÃO
Neste capítu lo, estud arem os o clima organizacional, que reflete
o grau de satisfação do
pessoal com o ambi ente inter no da empresa e que se manif
esta pela motivação, lealdade
e identificação com a empr esa, pela colaboração entre as pesso
as, interesse no trabalho e
facilidade das comu nicaç ões intern as, bem como pelos relaci
onamentos entre as pessoas,
os sentimentos e emoç ões.
Para carac terizá -lo com mais precisão, defin iremos as variáv
eis causais, intervenientes
e finais. As variáveis interv enien tes mostr am como está o clima
organizacional. Um clima
organizacional ruim , cedo ou tarde , acabará preju dican do os
resultados da organização.
Um clima organ izaci onal posit ivo terá baixa rotatividad
e de pessoal e mínim o
absenteísmo.
=EN=T=
=P=OR=TA=M
=2=1=4~1=(=0M NA=l===== ===== ==:=:: =::=::= ::=::=: :=::=:: =::=::= ::=::=: =~
IO=
OO=R=GA=N=IZA=C=
9.1 Conceituação
. • · 1 mbiente do trabalho
9.1.1 Comportamento, clima orgamzac1ona e a
. f; - do pessoal com o ambien te inter-
O clima organizacional reflete o grau de saus açao . _
. _ , 1 ald de e à idennfic açao com a empresa ,
no da empresa. Está vinculad o à mouvaç ao, a e ª . _
· balho à facilidade das comumc açoes
, _ , . _
à colaboração entre as pessoas, ao interesse no era ao
· . ntiment os e emoçoe s, a mtegraç
internas aos relacionamentos entre as pessoas, aos se
' · - e outras variáveis interven ientes
da equipe, ao compro metime nto com a orgamzaçao .
· to organiz acional. O clima orga-
definidas por Likert, que caractenzam o compor tamen . _
• · d t dos particip antes da orgamzaçao.
nizacional é causa e consequenc1a o compor tamen o
· · · 1 fl t qualidad e do ambien te de tra-
Podemo s resumir que o clima orgamzac10na re e e a
da
balho percebida pelas pessoas da empresa. Ele é forteme nte influenc iado pela cultura
seu pessoal.
· · 1mente d a 1orma
empresa, mas depende pnnc1pa
e com o a organiz ação trata o
Quando alguém é admitido em uma empresa, deixa de ser comple tamente livre para
se compor tar como bem lhe aprouver: precisa aceitar os valores, as política s e as normas
da empresa.
me
ntos, confiar nos chefes, colegas e subo d. d ·.'~'
" r ma os, procurar in . . . .
forte sentimento de perte nça" . Se for muit b . .
ovar, ter 1JUc1at1vas e agir com
ara se mant er no empr ego, ou, às vezes ne o .aixo, tende
.
m a fazer o , . . cli ,
P nurumo m spensavel
tando a rotatividade e o absenteísmo, que , m isso, agindo com descren 1
sã . . ça e revo ta, aumen-
. o sintomas de clima organizacional ruim
Dent re os fatores que influ encia m a satis( - . ·
açao com O trabalho, pode mos lembrar:
• Trabalho desaf iador .
• Recompen sas justa s.
• Cond ições de traba lho adequadas.
• Colegas que deem apoio.
• Estilo de administração.
• Relações formais de autoridad e. . d . _
., . . . estado interno a orgaruzaç ao e do
- que re fl etem O
As vanave1s mtervem entes sao as . . acterízam a identificação dos recu
seu pessoal, isto é, refletem o clima orgaruzac1ona1 e ca~
. rsos
li11manos com a organização.
., . . · ão
Var1ave1s mterveru. ent es em uma orgamzaç
• Lealdade à organização.
• Identificação com a organização.
• Capacitação do pessoal.
• Motivação e percepções do pessoal.
• Dedicaçã o ao trabalho.
• Relacion amentos interpessoais.
• Integraçã o da equipe.
• Comunic ação interna.
• Expectativas e aspirações.
• Capacida de de tomar decisões.
• Sentimen tos e emoções.
As variáveis intervenientes influenciam fortemen te as finais, ou de resultado final.
Alguns administradores, preocupa dos apenas com os resultados finais, negligenciam as
variáveis interveni entes, causando problemas no médio prazo para a organizaç ão.
As variáveis finais, ou de resultado fin al, são as que refletem os resultado s financeiros
e de produção, entre outros. São variáveis dependen tes das demais e de facil mensuração.
Por essa razão, alguns administradores preocupa m-se exclusiv amente com elas.
Variávei s finais em uma organiza ção
• Produção .
• Vendas.
• Lucro (resultado).
• Margem liquida sobre as vendas.
• Rentabili dade do patrimôn io.
• Produtiv idade.
• Custos.
• Qualidad e da produção.
• Participação no mercado.
~~_::::======_=======::::::::, ,r.=::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::=::::::=::::::==::::::::==::::::::=====::~~
COMPORTAMENTO ECLIMA ORGANIZACIONAL 1 219
=::::
d -::,. -
Um fato importante e a (jasagen-, entr . _
riações no mesmo senti_d o nas variáveis
_ e as vanaçoes
finais U nas
. _variáveis intervenientes e as
va variáveis
. mterveruentes
. . tende a preceder · ma . vanaçao
_ para melhor ou para pior
dnasfasagem pode ser de vanos
, _ meses ou mesmo urna , vanaçao
- no rnesrno
. . sentido
, das finais. Essa
de medidas corretivas,
_ vanos
se houver um diagnóstico p -anos, pernutmdo,
. as vezes,
. _a adoção
e Algumas vezes, uma organização ou um d reciso -e tempestivo. da situaçao.
,
d bcer resultados finais em curto prazo e a as suas
e-. unidades,
- premida pela necessidade
eo , mprega lOrte pressao sobre os empregados para
obter os resultados de que necessita. Essa pressão pode dar certo durante um algum tempo,
mas não deve durar indefinidamente.
Existem nítidas indicações de que para um período de pelo menos um ano a supervisão
que aumenta a pressão direta para obter mais produtividade pode conseguir, em alguns
tipos de atividades, substanciais aumentos de produção, se as operações forem bem progra-
madas e se bons procedimentos forem estabelecidos. Tais aumentos, porém, são consegui-
dos, muitas vezes, a um custo considerável para a organização, no sentido de uma provável
piora das variáveis intervenientes.
Não se pode condenar a priori o administrador que emprega pressão exagerada para
obter resultados finais em curto prazo em detrimento das variáveis intervenientes. Tudo
depende do grau de necessidade que a organização tem desses resultados no curto prazo
e da forma como são obtidos. No entanto, é preciso que se esteja consciente de que esse
processo não pode ser a solução de longo prazo para a organização.
Representamos, na Figura 9 .1, as relações entre as diversas variáveis.
.
F'1gura 9 1 • ReIações entre as variáveis causais intervenientes e finais
I
., .
.'
. r disso, deve-se procurar aferir~
A
. gunias r
excessiva preoc upaçã o com o curto prazo. pesa 0
rome nmen to, mas não se
dessas variáveis, como O moral, a satisfação do pessoal, comp
meta s mais impo rtante s ainda
deve considerá-las como a razão últim a da organ izaçã o. As
o desem p enho e demo nstrar
são o desem penho e os resultados. As pesso as pode m ter ótim
6
mora l baixa, no entan to é o desem penho que impo rta para ª empr esa e não o moral.
tes q u ase semp re, cedo ou
No entan to, é preciso não esque cer que as variáveis interv enien
ado final.
tarde, acabam influe ncian do fortem ente as variáveis de result
variáveis
e baixa
sfinais
ariáveis Baixaaten
nais intervenien
atençao às var
Aten - ,
çao as variáveis finais
(,
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. power ment. ln·. O n 111anag i11g
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~OM:P~OR:TA:M
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~C~UM:A~O
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C:IO:NA:L~l~2:2:1
~ 9 3 • Lealdade entre os colegas versus prod t· .d
f•11lJra • == == == == == . ·.,_,·
~ u 1v1:a~d:e == == == == == =
~~ ~
2 3 4
. O absenteísmo pode ser calculado para outros períodos , con10 o ano, o semestre ou o
·tnmestre.
d' - A· comparação do índice de absenteísmo em diferentes
· períod os po d e 1ornecer
{'.
m icaçoes importantes para medidas administrativas que d evam ser tomad as em relaçao-
aos recursos h umanos.
Não é preciso dizer que o absenteísmo gera P erdª na produtividade
. . da organização.
9.4.2 Rotatividade
A rotatividade de pessoal, ou turnover, em inglês d
ciente resultante da divisão da so d , 'po e ser calculada por meio do quo-
ma o numero de em r d .. ,
ram em determinado período pel , P ega os admmdos e dos que sai-
o numero de em re d .
(ver Seção 1O. 7 do Capítulo 1O) . p ga os existentes no final do período
' • 0 u seJa:
Total de empregados
admitid · + Total de empregados
que saíram do órgão
Rotatividade= --~~~o;s~n~o~o~rg:ãº
: =~~~~~~~~~-
Total de empregad
os no final do período
COMPORTAMENTO ECLIMA ORGANIZACIONAL 1 223
RMOS-(HAVE
..:::::::::::::==================~========:-:;-
Mudanças em uma empresa qu
e era paternalista
A empresa ABC é um gr d
. d d e. upo e lojas de vare· d0 . .
ministra a e LOrma paternalista , JO, tipo loJa de departamento, ad-
, , que, apos longos d .
preju1zos crescentes no passado anos e crescunento, começou a ter
recente. Para rever
presidente, o Sr. Adão, com grand .~ . ter esse quadro, contratou um novo
e expenenc1a em , . ..
e examinar detalhadamente os d . comercio vareJista. Após visitar as lojas
emonstrativos finan . 1 .
rio reduzir custos, mudar O s· t ceuos, e e verificou que era necessá-
1s ema de remunera ão d , .
comissões, deixar de come · li ç os vendedores de salano fixo para
reia zar alguns produt . d .
os vendedores remanescente , . os e intro uz1r novos e, por fim, treinar
. s nas novas tecmcas de vendas.
Reumu-se durante vários dias . .
e h d ~ com O diretor financeiro e decidiram em conjunto
o 1ec amento e tres das vinte lo· d. ' '
. . _ ~as, a ispensa de 25% do pessoal, com base na sua
contnbmçao para o faturamento da
,. empresa, e contratou uma excelente gerente de
vendas, Sra. Manha, para treinar os vend ed ores. Essas medidas · surtiram efeito ime-
diato no curto prazo, voltando a e mpresa a d ar 1ucro e proporcionando recursos para
remodelar as lojas.
Tudo parecia funcionar de acordo com os p1anos d urante alguns meses quando a ge-
rente de treinamento de vendas disse que não aguentava mais trabalhar em um lugar onde
as pessoas não se sentiam bem. Foi uma completa surpresa para O Sr. Adão, que não tinha
a menor ideia do ambiente nas lojas. Conseguiu convencê-la a aguardar algumas semanas
e ordenou uma pesquisa de opinião para avaliar o clima organizacional. O resultado foi o
que a gerente de treinamento esperava: as pessoas estavam revoltadas.
Estranho, pensava o Sr. Adão, enquanto os lucros subiam, as vendas cresciam expo-
nencialmente e as pessoas estavam detestando o ambiente! Chamou o diretor financeiro
e disse: "se não agirmos rápido, tudo o que conseguimos brilhantemente nos últimos
dez meses estará perdido no próximo ano! E agora?" Combinaram chamar a diretora de
recursos humanos para deliberarem em conjunto as medidas a serem tomadas. Todos es-
tavam de acordo em um ponto: era preciso recuperar a confiança e o ambiente favorável
que existia na empresa, mas como? A diretora de recursos humanos, Sra. Margareth Cos-
lovski, era a única que estava a par do problema antes da pesquisa, mas não tinha uma ideia
precisa do grau de descontentamento. Ela disse que um dos motivos era o critério rígido
de e d d Muitos que não tinham faturamento alto trabalhavam em
1aturamento por ven e or.
· d d · d.fi · a1 · di·sso tinham muito tempo de casa e ajudavam colegas
areas e ven as mais 1 ce1s e, en1 ,
· faturamento mais alto.
que, por causa desse auxili o, consegmam
226 1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
~~========================================== ~
_ ) ~ odemos deixar Marília sair; (b) precisarn
Tomaram as seguintes resoluçoes: (a nao P os
·
comunicar que as demissões acabaram; (c) precisa mos estimular os melhores vendedor es a
, ·
ficarem do nosso lado. O problema e como 1mp lantar essas medidas?
Faça uma redação dizendo o que foi feito errado nesse caso e O que você faria se fosse
o Sr.Adão.
2. De que forma a lealdade aos colegas afeta os resultados da organização? Indique de que
forma, isto é, com que tipos de ações, atitudes ou decisões a lealdade aos colegas poderia ser
boa ou má para a organização.