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DESEMPENHO PROFISSIONAL.
Introdução
Com a globalização e com o mercado cada vez mais competitivo as organizações estão
utilizando se de estratégias internas como a modernização dos modelos de políticas de gestão
dos recursos humanos para buscar melhores resultados no mercado.
1. Clima Organizacional
1.1. Origem
Segundo Lima, o conceito de clima organizacional teve origem nas escolas de administração
nos EUA em 1967. Após as primeiras pesquisas, foram publicados dois livros em 1968, que
sedimentaram o conceito, caracterizando o clima organizacional como um estado psicológico
fortemente afectado pelas condições da empresa, tais como sistemas, estruturas e estilo.
O clima organizacional dentro de uma empresa não é algo fácil de ser analisado, pois cada
empresa conta com diferentes tipos de pessoas, e cada organização é uma, com seus
problemas por serem resolvidos.
Para Chiavenato (2003:610), o Clima Organizacional pode ser saudável ou doentio, pode ser
favorável ou desfavorável, pode ser quente ou frio, pode ser negativo ou positivo, satisfatório
ou insatisfatório, dependendo de como os participantes se sentem em relação a sua
organização. Na opinião de Chiavenato (1994:53), o Clima Organizacional é favorável
quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes, produzindo
elevação do moral interno. É desfavorável quando proporciona frustração daquelas
necessidades.
Clima Bom- é aquele onde o funcionário sente-se motivado, satisfeito, dedicado, que
se orgulha em fazer parte da empresa e que indica seus conhecidos e parentes para
trabalharem nela, ou seja, são comprometidos com a organização.
Araújo e Garcia (2009), apontam três factores que contribuem para um clima Positivo:
Deve-se sempre avaliar o Clima dentro da organização, buscando novas informações que
influenciem nos resultados dos funcionários, aceitando sugestões dos mesmos, entendendo
suas insatisfações e suas inseguranças. Compreende-se que uma avaliação bem-sucedida e
com contínuo acompanhamento, gera melhorias no ambiente, possibilitando um
comprometimento e um envolvimento por parte dos funcionários. Caso essa avaliação não
tenha continuidade pode-se gerar frustração, desmotivação e insegurança por parte do
colaborador.
3. Perspectiva cultural, procura dar conta da influência que um contexto mais amplo e
alargado exerce sobre a formação e partilha de significado dos eventos
organizacionais com os sujeitos, vivendo em sociedade e interagindo se confrontam.
Nesta perspectiva o clima é algo que é criado por um conjunto de sujeitos que
interagem e partilham uma estrutura da influência comum, ou seja, a cultura
organizacional. Nesta acepção, o clima surge como uma dimensão da cultura com a
qual interage e se relaciona.
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Citado por Das Neves, José Gonçalves. (2000):Clima Organizacional, Cultura Organizacional e Gestão de
Recursos Humanos. 1ͣ edição, Rio de Janeiro.
Para além da influência sobre a intersubjectividade, a cultura organizacional funciona
igualmente como um factor aplicativo da multi- dimensionalidade do clima. Há uma zona de
sobreposição do clima e cultura, que é assegurado pelo significado que legitima teoricamente
esta perspectiva. Contudo neste processo interactivo intervém também a cultura
organizacional como um efeito moderador sobre as percepções individuais.
De acordo com Vieira (2004) “ ninguém motiva ninguém”. Os indivíduos buscam razões
diferentes para ter motivação. Entretanto a identificação de factores que geram motivação é
imprescindível para que as organizações visualizem sua cultura interna e atitudes perante os
colaboradores são coerentes com a percepção deles ou não. São eles:
a) O processo de motivação.
Segundo casado (2002), a motivação tem sido vista como uma saída para melhorar o
desempenho profissional no que diz respeito tanto á produtividade, quanto á satisfação dos
trabalhadores.
Entretanto factores extrínsecos ao individuo, ou seja, estímulos por parte das lideranças ,
recompensas, prémios, ambiente de trabalho saudável, entre outros, tendem a mobilizar,
direccionar e motivar o colaborador diante dos propósitos e desafios que o trabalho oferece.
No referente as empresas em geral estimulam pouco a motivação, a qual precisa ser revista
continuamente para então poder implementar o planeamento e as acções decorrentes dela.
Uma política de gestão de pessoas estruturada, seria o primeiro passo para estimular a
motivação para o aprendizado, buscando a melhoria contínua e a preparação de mudanças de
paradigmas comportamentais e atitudinais.
A busca de novas técnicas, de maior colaboração entre equipes, uma integração maior com
os outros departamentos e a necessidade de ser ágil em relação ao mercado é vital para as
empresas. É importante que elas reconheçam que sobreviverão e ganharão espaço na
medida em que incentivarem a motivação individual e de equipe, que tendem a ser um
grande elo de ligação com a produtividade, qualidade dos produtos e serviços e alcance dos
resultados.
b) O processo de liderança
Este factor visa identificar o relacionamento existente entre o gerente e a sua equipe de
trabalho.
Há casos em que as atitudes dos líderes podem gerar desmotivação, algumas pessoas não
estão preparadas para liderar: Dão ordens excessivas, elevam o tom de voz, não assumem os
erros cometidos pela equipe e tem medo de tomar decisões, isto, reflecte-se no trabalho dos
subordinados que perdem a motivação.
c) Processo de comunicação
De acordo com Vieira (2004) este factor refere-se a maneira de como são divulgadas as
politicas e directrizes da organização. A transparência e rapidez do processo de
comunicação, transferência compartilhada de informação, sobre ideias, factos, pensamentos,
valores e sentimentos entre as pessoas. Nas organizações, a comunicação é um meio de
disseminar a cultura empresarial, mas também é a maneira de se estabelecer e motivar o
cumprimento de objectivos e metas. É por tanto um factor estratégico para as organizações.
Para que a organização empresarial seja efectiva é necessário que haja efectiva relação entre
os objectivos empresariais, objectivos pessoais e prática de feedback, facilitando a troca de
ideias e informação.
A comunicação pode fluir de três formas: descendente, ascendente e lateral. Esses três
modelos são para uma empresa, entretanto é necessário que a comunicação descendente seja
bem clara, coerente e inovadora, no sentido de proporcionar um ambiente aberto para a
comunicação, para que a ascendente e a lateral sejam efectivas e possam influenciar na
motivação de todos os funcionários (Barrionovo, 2005).
d) Relacionamento Inter-pessoal
e) Benefícios
Este factor analisa a questão salarial, é importante para o clima organizacional, pois está
ligado directamente a satisfação das necessidades básicas do funcionário.
f) Satisfação
Neste factor é analisado se o colaborador gosta do que faz. É preciso uma boa doze de
realização pessoal naquilo que está fazendo.
g) Valorização
Este factor visa verificar se os funcionários percebem que a sua competência, experiência,
dedicação ao trabalho, participação está sendo reconhecido, valorizado pelo seu superior
imediato.
2
Barçante, L. & Castro, G. (1999). Ouvindo a Voz do Cliente Interno. 3ª Edição. Qualitymark: Rio de Janeiro.
A primeira etapa, após se conhecer a percepção das pessoas, e a elaboração de uma pesquisa
para se saber onde e em quais aspectos pode-se melhorar. A partir de então, criam-se acções
em busca de um ambiente melhor e com mais qualidade, o que naturalmente levará a
melhores resultados.
Se a organização não tem uma filosofia para tratar o Clima Organizacional de forma
corporativa e coordenada, o gestor pode faze-lo em seu grupo, prestando atenção as reacções
das pessoas, “medindo a temperatura” e analisando constantemente os factores de impacto
organizacional com o seu próprio estilo de gestão. Dentro de uma organização que cuida
institucionalmente de seu ambiente interno, uma área que actue com esses aspectos. Terá
certamente índices mais altos de satisfação, menor rotatividade e obtendo melhores
resultados, mas isso pode não ser suficiente para mudar a organização.
Leal (2001), afirma que a organização pode definir seu Clima ideal se levar em consideração
factores como estratégias, valores e processos internos. O gestor também pode fazer de sua
área um ambiente melhor ou pior para se trabalhar, se comparado com outras áreas da
organização. Para isso, outro conjunto de factores que deve estar sempre em pauta e sendo
bem administrado inclui: desenvolvimento da equipe, construção e divulgação dos objectivos
da área, qualidade e rapidez de decisões, integração e comunicação, autonomia e suporte para
a realização das actividades, administração dos conflitos, informações sobre a organização,
perspectiva de crescimento profissional e imagem da sua área para outras da organização.
Para Chiavenato (1994), o gestor pode criar e desenvolver um melhor Clima Organizacional
através de intervenções no seu estilo de gestão, no sistema de administrar pessoas, na questão
da reciprocidade, na escolha do seu pessoal, no projecto de trabalho de sua equipe, no
treinamento de sua equipe, no seu estilo de liderança, nos esquemas de motivação, na
avaliação da equipe, e sobretudo, nos sistemas de recompensas e remuneração.
Para Luz (2006), com a pesquisa do Clima Organizacional é possível verificar o estado de
espírito ou animo destas pessoas num determinado período, e suas principais atribuições são:
Sá, (2009) a pesquisa de Clima Organizacional analisa o seu ambiente, as condições do grau
de satisfação ou insatisfação dos funcionários e das demais pessoas que com eles interagem.
Dentre as principais contribuições da pesquisa de Clima Organizacional destacam-se:
Reduzir a burocracia;
A resistência inibe imposições unilaterais sobre as características das tarefas, (Motta, 1998).
A resistência é algo natural do ser humano, quando submetido a alguma mudança, uma vez
que se sinta ameaçado por esta mudança. Stoner (1999), agrupa as forcas de resistência em
três classes: a cultura organizacional, os interesses pessoais e as percepções individuais dos
objectivos e estratégias da informação. A cultura refere-se aos entendimentos importantes
compartilhados pelos membros, como normas, valores, atitudes e crenças.
As causas mais frequentes a resistência a mudança provêem de receio ao futuro, pois o ser
humano opta pelo que lhe é familiar, da acomodação ao status funcional e o medo de perde-
lo e pelo receio do passado, neste caso, pessoas que fracassaram anteriormente dentro da
organização tornam-se rebeldes em relação a mudança.
12.2. stresse
Pode se definir stress no trabalho como reacções físicas e emocionais que ocorrem quando as
exigências do trabalho não igualam as suas capacidades, ou as necessidades do trabalhador. O
stress no trabalho pode ocorrer da relação entre o individuo e o seu ambiente de trabalho no
qual as exigências do trabalho ultrapassam as habilidades do trabalhador para enfrentá-las,
podendo acarretar um desgaste excessivo do organismo, interferindo na sua produtividade.
De acordo com Chiavenato (1998), os profissionais vivem hoje sob contínua tensão, não só
no ambiente de trabalho, como também na vida em geral. Pessoas que sofrem com stress no
trabalho, geralmente não são produtivas o bastante e se encontram irritadas e deprimidas.
A falta de clareza nas regras, normas e tarefas que o trabalhador deve desempenhar assim
como os ambientes insalubres, a falta de ferramentas adequadas, podem ser factores
determinantes de stress. Os agentes responsáveis pelo stress ocupacionais variam de acordo
com as actividades, podendo ser de natureza física, química, biológica, psicológica e social.
No trabalho, actividades sem grande importância, sem significado ou aquelas onde não há
razão aparente do por que está sendo feito podem ser extremamente stressantes. As tarefas
altamente repetitivas ou desinteressantes também podem produzir stress. Essas situações de
carência de solicitações ou a sensação de falta de significado para as coisas, podem ser
altamente stressantes também.
12.3. Motivação
Stoner (1999:322), afirma que a motivação é a representação dos factores que provocam
canalizam e sustentam o comportamento de um individuo. É importante salientar que é
preciso aceitar o carácter individual da motivação
Segundo Luz (2007) o clima organizacional tem grande relação com a motivação das pessoas
que trabalham na organização.
O clima influencia na motivação das pessoas, podendo ou não deixá-las motivadas para o
trabalho, levando-as a colaborarem em prol dos objectivos da empresa.
Quanto mais favorável o clima estiver, mais motivado estará o colaborador, o oposto
também ocorre: se o colaborador estiver desmotivado, o nível do clima também cai. As
pessoas estão em constante mudança e isso traz também mudanças para dentro das empresas,
pois são as pessoas que as constituem, por isso é necessário que o gestor de pessoas esteja
sempre muito atento ao seu colaborador para identificar possíveis problemas que ocasionem
a desmotivação e consequentemente a queda da produtividade.
Cada vez mais vemos que existe a necessidade do gestor de pessoas estar atento ao clima
organizacional da empresa, pois sabemos que tal profissional influencia directamente na
produtividade dos colaboradores. Podemos dizer que a motivação do colaborador esta
relacionada com o clima organizacional, onde a motivação se refere apenas a um individuo e
o clima organizacional refere se a organização como um todo. (Segredo Peres, 2011).
A partir desta suposição, Luz (2003) ressalta que a cultura organizacional é constituída por
aspectos que dão as organizações um modo peculiar de ser. Ela está para a organização,
assim como a personalidade está para o indivíduo. Ela representa um conjunto integrado de
estilos de trabalho e relacionamentos, que distingue uma organização das outras, ou seja, é a
sua identidade.
Assim, pode-se observar que dentro de uma empresa, o convívio e o aprendizado da cultura
fazem com seus funcionários se envolvam continuamente e de forma progressiva. Desta
forma, quanto mais tempo uma cultura for implementada e compartilhada por todos, maior
será sua influência tanto nos pensamentos, quanto nas percepções e até mesmo sobre os
sentimentos de todos (Luz, 2003)
Neste sentido, o autor ressalta que a cultura organizacional é capaz de modelar as formas de
gestão e os comportamentos, implementando a prática de valores essenciais à empresa,
estimulando o comprometimento de seus funcionários, criando um clima propício ao trabalho
e ao mesmo tempo harmonioso para todos, consolidando uma base cultural interna.
Chiavenato (2002:342) explica que, na prática, os administradores realmente controlam o
comportamento dos seus funcionários, seguindo três etapas gerais: medindo o desempenho,
comparando o desempenho medido com as metas e os padrões adoptados e tomando a atitude
correctiva necessária para garantir que os eventos planejados realmente se materializem.
Estudo feito por Luz (2003) Os factores de influência são os itens que influenciam o
comportamento, as atitudes e as decisões dos funcionários de forma directa ou indirecta tais
como:
Cultura organizacional nada mais é que o conjunto de tradições e valores de uma empresa.
As pessoas tendem a trabalhar melhor quando se identificam com a empresa, ou seja com a
sua cultura. Um trabalhador que não se identifica com a cultura da organização e mesmo asim
deseja continuar trabalhando, nela provavelmente será um profissional desmotivado e isso
afectará o clima organizacional da empresa.
A seguir vamos enumerar alguns dos principais efeitos ocasionados por um ambiente de
trabalho inadequado:
Baixa produtividade;
Gastos com rescisões;
Frustração e desmotivação;
Gastos com selecção e treinamento - O papel do departamento dos recursos
humanos de uma empresa é atrair, desenvolver e reter talentos, e, uma empresa que
não tem um ambiente favorável, tem o prejuízo de contratar, desenvolver e no final
perder o seu colaborador para outras empresas que oferecem até as mesmas
condições, benefícios e desafios, mas que vão além, oferecendo também um clima
onde a saúde e a qualidade de vida dos funcionários estão inseridos na cultura da
empresa.
Conclusão
As pessoas tendem a trabalhar melhor quando se identificam com a empresa, ou seja com a
sua cultura. Um colaborador que não se identifica com a cultura da organização e mesmo
assim deseja continuar a trabalhar, nela provavelmente será um profissional desmotivado e
isso afectará o clima organizacional da empresa.
Entretanto a motivação inicia com a existência de uma necessidade e termina com a sua
satisfação e retorno ao estado de equilíbrio anterior, mas quando a necessidade não é
satisfeita, provoca frustração que pode se manifestar em forma de agressividade, apatia, entre
outros.
Referência Bibliográfica
Fleuer, M.T.L, Fischer,R.M (1989) Motivação e Liderança. 2ª Edição São Paulo Atlas
GEHRINGER (2003:2) A Influencia do clima organizacional nas empresas e nas pessoas.
Instituto Catarinense de pós graduação (ICPG). Disponivel em: http://www.icpg.com.br.
Icpg.com.br. consultado no dia 15 de Fevereiro de 2015.
Luz, R.S (1996) Gestão do clima Organizacional: proposta de critérios para metodologia de
diagnóstico, mensuração e melhoria. Estudo de Caso em Organizações Nacionais e
multinacionais localizadas na Cidade do Rio de Janeiro. Editora Qualitymark: Rio de Janeiro.