O documento discute as Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil e como elas podem acolher e assistir uma família em particular. A família inclui dois idosos com doenças crônicas que se encaixam na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, e um membro com problemas de dependência química que poderia ser encaminhado à Rede de Atenção Psicossocial.
O documento discute as Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil e como elas podem acolher e assistir uma família em particular. A família inclui dois idosos com doenças crônicas que se encaixam na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, e um membro com problemas de dependência química que poderia ser encaminhado à Rede de Atenção Psicossocial.
O documento discute as Redes de Atenção à Saúde (RAS) no Brasil e como elas podem acolher e assistir uma família em particular. A família inclui dois idosos com doenças crônicas que se encaixam na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, e um membro com problemas de dependência química que poderia ser encaminhado à Rede de Atenção Psicossocial.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS
UNIDAS
ESCOLA DE SAÚDE – BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Disciplina: Política Pública de Saúde – Atividade Prática Supervisionada.
SÃO PAULO Outubro de 2021
A RAS é uma nova forma de organizar o Sistema de Atenção à Saúde em
sistemas integrados que permitam responder, com efetividade, eficiência, segurança, qualidade e equidade, às condições de saúde da população brasileira. Segundo Mendes (2009), estas seriam organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde – prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa, de forma humanizada e com equidade – com responsabilidades sanitária e econômica e gerando valor para a população. Aprovada pela Portaria MS n.º 4.279, em 30 de dezembro de 2010, foram estabelecidas as diretrizes para a organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) no SUS. Sendo oficialmente definido e instituído no SUS, como: “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”. Como o sistema de saúde não está preparado para lidar com os problemas complexos determinados pelas doenças crônicas, fez-se necessário o desenvolvimento das redes temáticas (RT). Com o propósito de que esses serviços fossem acessíveis a toda população e capaz de oferecer cuidados preventivos e curativos, tanto no âmbito do cuidado domiciliar quanto nos centros de saúde secundários, fortemente vinculados aos hospitais. Para que a família descrita abaixo seja acolhida e assistida corretamente pela Rede de Atenção à Saúde (RAS), o recomendado diante da singularidade de cada caso, é pontuar as necessidades de cada membro familiar: 1. Josefa, casada, 61 anos, aposentada, hipertensa e diabética; 2. Antônio, casado, 60 anos, torneiro mecânico, hipertenso e diabético. 3. Venceslau, viúvo, 79 anos, teve acidente vascular encefálico a 10 meses., encontra-se paraplégico e afástico. 4. Hamilton, toxicômano e com problemas judiciais.
Estabelecido, pelo referencial da portaria acima, as seguintes redes temáticas
priorizadas: 1. Rede Cegonha. 2. Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE). 3. Rede de Atenção Psicossocial (Raps). 4. Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência. 5. Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônica. Dentro destes parâmetros, torna-se possível a inclusão de dona Josefa e Sr. Venceslau nas Redes de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas(RASP), além de todo atendimento familiar, inclusive de Hamilton, um encaminhamento à Rede de Atenção Psicossocial, dando uma abordagem mais interdisciplinar, visando um atendimento integral. Quanto ao atendimento ao Sr Antônio, mesmo que assistido pelo convênio, é importante consignar que pelo sistema jurídico normativo, pela organização e sistemática do SUS, é pacífico que são de saúde suplementar, ou seja, pelo próprio nome se entende que devem suplementar o atendimento à rede pública de saúde. Não impedindo que o ACS faça o atendimento preventivo e explique ao Antônio a sistemática e o funcionamento, encaminhando até mesmo às unidades referenciadas aos idosos, que possui atendimento integral, sistêmico e multidisciplinar voltado a esta população. No estado de São Paulo, é disponibilizado e recomendado seu encaminhamento ao Centro de Referência ao Idoso (CRI). Com relação à Hamilton, a situação torna-se mais complexa, pois ele conta com um histórico de problemas judiciais e de recusa a qualquer tratamento que lhe é ofertado. Para que o atendimento aconteça de maneira efetiva, é fundamental que ele se sinta bem acolhido pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) e pelos demais profissionais da ESF. Sendo o primeiro contato de extrema importância, já que repercutirá no vínculo e na adesão ao processo de seu tratamento, que deverá ser prolongado até que ele seja totalmente recuperado. De modo geral, esse acolhimento precisa envolver alguns aspectos fundamentais, como “tratar os usuários e familiares com respeito; e promover uma relação de proximidade entre equipe e a pessoa assistida, evitando, contudo, um envolvimento íntimo”. Salienta-se também na abordagem inicial que o sistema de saúde não possui nenhuma correlação com o sistema policial e judiciário, tendo o ACS que buscar junto unidade referenciada da Rede de Atenção Psicossocial.