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1. Ambos os textos fazem uso da expressão ―errar é humano‖. No dia a dia, em que
circunstâncias essa situação costuma ser utilizada?
a) Levante hipóteses: Quem teria tomado a iniciativa de expor essa frase na porta do
centro cirúrgico? A quem ela se dirige?
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Outros exemplos!
―A tira de Jean Galvão e o cartum de Quino são bons exemplos do uso que se pode
fazer da linguagem verbal e dos efeitos de sentido criados em determinadas situações.
A tira retrata uma situação comunicativa em que duas personagens interagem por
meio da linguagem. Nessa interação, a fada é o locutor e Pinóquio o locutário. Na
situação retratada pelo cartum de Quino, a interação ocorre por meio da frase ―Errare
humanum est‖, cujos locutores supostamente são os médicos e os locutários, o público
em geral.
Embora os dois textos apresentem linguagens mistas (verbal e não verbal), o
conjunto dos enunciados empregados na situação comunicativa concreta constitui o
texto verbal‖.
Enunciado é tudo aquilo o que o locutor enuncia, isto é, tudo o que ele diz ao locutário numa
situação concreta de interação pela linguagem.
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As conjunções coordenadas
Estiagem já atinge população de 1.100 municípios da região, que já teve furtos e até morte
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No entanto, para melhor entender esta ideia, leia os exemplos de orações incoerentes
abaixo:
a) Maria tinha lavado a roupa quando chegamos, mas ainda estava lavando a roupa.
b) João não foi à aula, entretanto estava doente.
De acordo com Koch e Travaglia (2004), em (1), a incoerência é gerada pelo fato de
o produtor da sequencia apresentar o mesmo processo verbal em suas fases distintas de
sua realização: como acabado e não-acabado ao mesmo tempo, o que não é aceitável.
Em (2), a conexão entre as duas orações da sequência: ―João não foi à aula‖ e ―estava
doente‖ estabelece uma relação de oposição que contraria a relação de causa que parece
ser mais plausível ou esperada entre as ideias expressas pelas duas partes da sequência.
Como foi possível perceber, segundo os estudiosos, para entender o texto é
necessários saber ―colocar‖ cada palavra ―em uma linha de sentido‖. O que reforça a
ideias de Platão e Fiorin (2006), que afirmam: ―a coesão textual é a ligação, a relação, a
conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto‖.
O encadeamento:
É feito por conectores, que são palavras e expressões responsáveis pela
concatenação, pela criação de relações entre os segmentos do texto.
Aditivas, que servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações. São
conjunções: e, nem, também, não só, mas também, mas ainda;
Comprei o protetor solar e fui à praia.
As mulheres tiram versos e os homens tiram o chapéu.
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Adversativas, que ligam dois termos ou duas orações de igual função,
acrescentando-lhe, porém, uma ideia de contraste: São as conjunções: mas,
porém, contudo, todavia, embora, mesmo que, apesar de, entretanto;
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
Saiu cedinho, mas não chegou a tempo.
Conclusivas, que servem para ligar a anterior uma oração que exprime
conclusão, consequência. São as conjunções: logo, portanto, pois (com uma
vírgula antes e depois da conjunção), por conseguinte, assim;
Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
Pagou a dívida, portanto não deve mais nada.
Explicativas, que ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia
contida na primeira: São as conjunções: que, pois, porque, porquanto;
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo.
Devolva-me o livro, porque estou precisando dele.
Coesão textual são as conexões gramaticais existentes entre palavras, orações, frases
parágrafos e partes maiores do texto.
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As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda,
mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o
rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros,
depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até
onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos
fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de
uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve
medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela
faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que
as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café
tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro
que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da
enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos
correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do
Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha
caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a
enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as
enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
1) Que função desempenha a expressão destacada no texto ―... o volume do rio cresceu
TANTO QUE a família defronte teve medo.‖ (2º parágrafo)