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Ambiguidade e Redundância

As manifestações de uso da língua podem trazer inadequações que empobrecem o


texto e até mesmo que prejudicam o entendimento da mensagem que está sendo
transmitida. A ambiguidade e a redundância fazem parte do grupo de inadequações
que devem ser entendidas e mantidas longe do texto, tanto oral quanto escrito.

O que é ambiguidade?

A ambiguidade é uma inadequação na qual a construção feita possibilita duas formas


diferentes de interpretação. Por conta disso, a compreensão da mensagem é
prejudicada, uma vez que pode ser entendido algo que não era a intenção do falante
dizer.

Um exemplo de ambiguidade está na frase: “O cachorro do meu primo saiu”. Nessa


frase é possível uma dupla interpretação: ou a palavra cachorro está empregada em
seu sentido literal, significando que o animal pertencente ao tio escapou ou a palavra
se refere ao tio. Nesse caso, a palavra “cachorro” perde seu sentido literal e assume
uma conotação pejorativa.

O que é redundância?

A redundância, também conhecida como pleonasmo, é uma figura de linguagem. Ela


consiste em usar palavras que não são necessárias à expressão, por exemplo: elo de
ligação. O termo “de ligação” é desnecessário, uma vez que a palavra “elo” já
pressupõe ligação. A redundância é muito utilizada na Literatura como recurso de
estilo ou como recurso de linguagem. Porém, fora do âmbito literário ela empobrece o
texto e deve ser evitada.
Há algumas expressões que são usadas automaticamente, mas que, se o escritor
parar e refletir, verá que são casos de pleonasmo. Algumas formas de pleonasmo são:
goteira no teto, hemorragia de sangue, subiu lá para cima, desceu lá para baixo,
inventar coisas novas, dar doações e voltar para trás.

Como evitá-los?

A melhor forma de manter um texto livre da ambiguidade e das redundâncias é relê-lo.


Um texto que não passa por revisão tem grandes chances de ser usado com
inadequações desse tipo que, no caso da ambiguidade, pode causar grande mal
entendido. Com relação à redundância é preciso conhecer as formas nas quais ela
aparece: às vezes, as pessoas não imaginam que determinado termo é uma
redundância e continuam usando.

Mas a redundância nunca pode ser usada?

Como já foi dito anteriormente, a redundância pode ser usada como um recurso de
estilo quando o texto que se produz é literário. Nesse contexto, a redundância é
permitida e até mesmo bem-vinda. A redundância pode, inclusive, ser utilizada como
forma de criar a identidade da escrita de um autor.

E a ambiguidade? Nunca pode ser usada?

Sim, desde que o texto produzido seja em tom humorístico ou em contextos onde o
duplo sentido seja intencional. Textos como piadas ou do tipo irônicos podem receber
a ambiguidade sem problemas, sendo ela bastante útil e tendo a intenção de
duplicidade entendida. Entretanto, em textos “sérios” espera-se que haja uma boa
revisão para que essas incorreções sejam eliminadas da versão final.

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