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8º B
Nome do aluno(a):___________________________________
Aula 1: Variações linguísticas e os diferentes contextos de comunicação:
a) Você conhece palavras que apresentam variações linguísticas de acordo com a região em
que você mora? Quais?
Essa variação diz respeito a mudanças que estão de acordo com a situação em que o
indivíduo se encontra. Ela ocorre porque, em certas ocasiões, fala-se com registros mais
formais e em outras utilizam-se informalidades.
Por exemplo, quando estão em contato com amigos, as pessoas usam gírias,
estrangeirismos e vícios de fala, como o famoso “tipo isso, tipo aquilo”. Quando em
situações sérias e falando com um público maior, como em palestras ou apresentações de
trabalho, tentam se aproximar o máximo possível da linguagem padrão.
Atividade:
Você está doente e precisa cancelar alguns compromissos. Escreva um e-mail explicando o
motivo de sua ausência:
Entrevista de emprego:
Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por
exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida
no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como
era o caso de pharmácia, agora, farmácia.
Atividade:
b) Substitua as expressões encontradas por palavras que você utiliza em seu dia a dia:
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São as variedades linguísticas que não dependem da região em que o falante vive, mas
sim dos grupos sociais em que ele se insere, ou seja, das pessoas com quem ele convive.
São as variedades típicas de grandes centros urbanos, já que as pessoas dividem-se em grupos
em razão de interesses comuns, como profissão, classe social, nível de escolaridade,
esporte, tribos urbanas, idade, gênero, sexualidade, religião etc.
Para gerarem sentimento de pertencimento e de identidade, os grupos desenvolvem
características próprias, que vão desde a vestimenta até a linguagem. Os surfistas, por
exemplo, falam diferentemente de skatistas; médicos comunicam-se diferentemente de
advogados; crianças, adolescentes e adultos possuem vocabulário bastante diferente entre si.
Os grupos mais escolarizados tendem a ser mais formais, enquanto os grupos de menor
formação normalmente são mais informais, ou seja, há diferentes registros de linguagem.
Atividade:
O compositor Adoniran Barbosa retratou em suas canções alguns tipos populares que
habitavam bairros italianos de São Paulo no século XX. Observe um trecho de uma de suas
canções mais famosas:
Saudosa Maloca
Si o senhor não "tá" lembrado
Dá licença de "contá"
Que aqui onde agora está
Esse "edifício arto"
Era uma casa veia
Um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa maloca
Mais, um dia
Nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas.
http://letras.mus.br/adoniran-barbosa/43969/
1) Na letra, o locutor lamenta o problema que ele e seu amigo estão enfrentando.
a)Que tipo de problema enfrentam?
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Duplo sentido
O duplo sentido é um recurso expressivo em que as palavras e expressões utilizadas
possuem diferentes interpretações. A diferença do duplo sentido para a ambiguidade é que
muitas vezes a ambiguidade não é intencional, enquanto que o duplo sentido é planejado,
principalmente visando o humor.
Aparece muitas vezes na publicidade. Além disso, piadas, anedotas e outros textos
humorísticos também trabalham com o duplo sentido.
Costuma-se falar em duplo sentido principalmente para construções em que há duas
interpretações possíveis: o sentido literal, mais ingênuo; e o segundo sentido, com fundo
sarcástico, remetendo a referências sexuais ou ofensivas.
Normalmente, depende do conhecimento de mundo do leitor ou ouvinte para que a
dupla referência seja compreendida. Além disso, ela depende do contexto: uma frase com
potencial duplo sentido pode ser entendida de modos diferentes dependendo dos participantes
da conversa.
Veja o exemplo:
Perceba que a escolha do adjetivo prudente remete-nos ao uso do creme dental para
o dente, construindo um duplo sentido.
Aula 4: Ironia
A ironia é uma figura de linguagem por meio da qual se enuncia algo que é o
oposto ao que se quer dizer. Podemos considerá-la implícita, pois para saber quando essa
figura de linguagem está sendo empregada é necessário observar o contexto no qual a frase
ou expressão é enunciada ou escrita e, a partir da análise da situação, interpretar o que ela
quer dizer.
Esse recurso estilístico tem um certo tipo de humor característico, utilizado para
enfatizar uma opinião crítica. Geralmente, a ironia está ligada a uma quebra de
expectativa, pois o seu sentido é justamente o contrário do que foi dito. Ela aparece,
principalmente, em expressões cujo objetivo é fazer críticas, gozar de alguma situação ou
pessoa, fazer denúncias.
Humor: A maioria dos efeitos de sentido de textos citados até então tem um objetivo
comum: o humor. Situações cômicas ou potencialmente humorísticas compartilham da
característica do efeito surpresa. O humor reside em ocorrer algo fora do esperado numa
situação.
Há as tirinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; há
anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente acessadas como forma de
gerar o riso.
Atividades:
1) Explique a seguinte tirinha e responda qual o efeito que ela causa?
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3) Identifique a ambiguidade de cada frase e depois reescreva a frase de maneira que seja
compreensível:
1. Proibido entrar na loja de boné.
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2. A moça viu o incêndio do prédio ao lado.
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3. O policial prendeu o ladrão em sua casa.
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4) Analise:
O efeito de humor que se obtém no cartum decorre, principalmente,
a) da expressão facial da personagem.
b) do uso de uma ferramenta fora de contexto.
c) da situação rotineira exposta pela imagem.
d) da ambiguidade presente na expressão “quebre a cara”.
e) do emprego de linguagem popular.
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Você já deve ter aprendido sobre as notícias e os jornais nos anos anteriores de escola.
A leitura de textos jornalísticos é importante para nos informarmos sobre o que está
acontecendo em nossa cidade, no nosso país e no mundo. Além disso, é necessário
“dialogarmos” criticamente com esses textos, percebendo segundas intenções e formando
opiniões com base em uma comparação entre diferentes fontes.
As notícias, geralmente, apresentam a seguinte estrutura:
Manchete ou título principal: Geralmente é grafado de forma bastante evidente (negrito,
caixa alta) e tem o objetivo de chamar a atenção do leitor.
Título auxiliar: Título um pouco maior, o qual auxilia o entendimento do título principal, ou
seja, é um recorte do assunto que será explorado.
Lide (lead): Corresponde ao primeiro parágrafo da notícia e nele são expostas as informações
que mais despertam a atenção do leitor para continuar com a leitura do texto.
Busca responder às questões: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê?.
Corpo da Notícia: Trata-se da informação propriamente dita, com a exposição mais
detalhada das informações necessárias para entendimento do fato noticiado.
Surto: quando acontecem mais casos do que o esperado de certa doença em um local
específico. Por exemplo, um bairro que tem muitos casos de dengue de uma só vez.
Epidemia: quando uma doença infecciosa se espalha pelo país. Alguns países, por exemplo,
têm epidemias de gripe todos os anos.
Pandemia: quando a doença infecciosa se espalha para vários continentes e provoca grande
número de casos simultâneos ao redor do mundo. Um exemplo recente foi a gripe H1N1,
declarada pandemia em 2009.
Endemia: os casos de endemias não são classificados levando em conta o número de
ocorrência. A doença é endêmica quando aparece com frequência em um local, não se
espalhando por outras comunidades, a chamada endêmica típica. A endemia também é
classificada de modo sazonal. A febre amarela, comum na região amazônica, é uma doença
endêmica.
Disponível em:
https://www.jornaljoca.com.br/oms-declara-pandemia-de-coronavirus/.
Responda:
a) Segundo o texto, por que a OMS declarou a Covid-19 como uma pandemia?
b) Por que não podemos considerar a Covid-19 com um “surto” ou “endemia”?
Identifique no texto:
Manchete:
Título auxiliar:
Lide:
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Obs.: tema e título são duas coisas diferentes. O primeiro está relacionado com o assunto, e o
segundo é o nome que será dado ao texto.
2. Pesquisa e busca de argumentos
Não basta saber qual o tema, e não possuir argumentos sobre ele. Sendo um texto opinativo, é
importante sustentar o ponto de vista baseado em argumentos. Por isso, a pesquisa profunda e
atualizada, seja nos livros da biblioteca, ou nos sites da internet, deve ser o próximo passo
para escrever um artigo de opinião.
Anote tudo o que for interessante e vá, gradualmente, construindo e dando corpo ao texto.
Mas, não se esqueça: você deve formar sua opinião sobre o assunto e não copiar a de outros,
pois isso é considerado plágio!
3. Recorte do tema
Imagine que o artigo de opinião para fazer é um tema dado pela professora e que é super
abrangente: racismo no Brasil. Note que podemos falar muitas coisas sobre o racismo no
Brasil, por exemplo, a origem, a história, alguns casos, o racismo na atualidade, etc. Assim, é
essencial fazer um “recorte” para focar somente em alguns aspectos do tema. Isso facilita a
escrita do texto, evitando se perder em tanta informação.
4. Seleção do material
Agora que o “recorte” já foi definido, a seleção do material que será utilizado fica mais
clarificada. Não se esqueça de selecionar tudo para depois utilizar, se necessário, a
bibliografia, no final do texto. Importante ressaltar que a seleção feita deve conter dados
atualizados sobre o tema.
5. Produção de texto
De acordo com a estrutura do texto de opinião - introdução, desenvolvimento e conclusão - é
a hora de produzir o texto em linguagem formal. A coesão e a coerência são dois mecanismos
fundamentais na construção de um texto inteligível.
A coesão está relacionada com a utilização correta das palavras na ligação entre frases,
períodos e parágrafos, os chamados conectivos. Já a coerência, faz referência à lógica das
ideias expostas no texto.
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5ª) No trecho: “...e sim, ficam vidrados o dia inteiro...”, a expressão grifada significa que os
usuários
a) passam muito tempo no celular.
b) ficam bastante tempo na internet e isso causa problemas na visão.
c)podem prejudicar o vidro do celular durante o toque com os dedos.
d)são obrigados a usarem o celular.
a) “Os usuários não usam o celular ou a internet apenas para olhar uma mensagem ou outra, e
sim, ficam vidrados o dia inteiro...”
b) “As crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou no
celular em jogos que poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros...”
c) “As pessoas precisam aprender ter mais contato com o mundo real.”
d) “... seja na rua, na praça, com os amigos e até mesmo no trabalho.”
7ª) No trecho: “Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas atualizações...” , a
palavra em destaque revela circunstância de
a) modo.
b) tempo.
c) lugar.
d) intensidade.
8ª) O que a autora quis dizer ao escrever “A comunicação que prevalece é a virtual”?
a) Com a chegada da tecnologia, a comunicação virtual está diminuindo.
b) Que a comunicação real (olho-no-olho) está se tornando mais frequente.
c) Que todos os dias as pessoas estão comprando mais celular.
d) Que a comunicação por meio de aplicativos de celulares está se tornando mais frequente.
10ª) Qual a proposta de solução apresentada pela autora para minimizar os problemas
causados pelo celular?
a) “Temos que incentivar às crianças, aos adolescentes e até aos adultos a se desconectarem
do mundo virtual para se conectarem com o mundo real.”
b) “A comunicação que prevalece é a virtual e a prática de boas atitudes humanas, como o
“bom dia”, “por favor”, são raros.”
c) “O que veio para aproximar, acabou afastando.”
d) “As redes sociais estão fazendo as pessoas antissociais umas com as outras.”
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Lembre-se: o texto opinativo é aquele que o autor apresenta sua opinião e seus pontos de
vista sobre determinado assunto. O objetivo do autor é demonstrar sua opinião e influenciar
seu leitor. Assim, o autor deve apresentar argumentos que o ajudem a fundamentar sua
opinião.
Aula 8 - Atividade: Escolha uma das seguintes charges e escreva um texto opinativo:
a)
b)
Disponível: http://kdimagens.com/imagem/sem-sacola-plastica-224
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A crônica se situa entre o jornalismo e a literatura. Além da narração de situações banais, ela
é caracterizada por:
Embora as crônicas retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a finalidade
exclusiva de informar. O objetivo da narrativa é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o
assunto abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam
despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A
sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto
ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para
ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais
trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios.
A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser
instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas, de ar condicionado e cheiro de
cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às
bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se
acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando
não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o
cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está
contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente
se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a
gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma
para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A
gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto
acostumar, se perde de si mesma.
COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas.São Paulo: Ática, 2002. p. 67-
68. (Coleção Para gostar de ler, v. 32). © Marina Colasanti
a) Em sua opinião, ela pode atingir um público restrito ou mais amplo? Explique sua
resposta.
c) Após a leitura da crônica, sua hipótese sobre o assunto foi confirmada? Explique.
a) Em sua opinião, qual foi o ponto de partida dela ao escrever sobre esse tema?
b) Analise o título da crônica: “Eu sei, mas não devia”. Em sua opinião, o que o
narrador sabe, mas não devia fazer/sentir? Explique sua resposta
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O texto narrativo é aquele que narra uma história através da sequência de fatos. A
sucessão de acontecimentos é contada por um narrador que apresenta os principais elementos
da narração. A estrutura básica de um texto narrativo é formada pela introdução, pelo
desenvolvimento e pela conclusão, ou seja, ele tem começo, meio e fim.
Ao longo de uma estrutura narrativa são apresentados os principais elementos da
narração: espaço, tempo, personagem, enredo e narrador. Geralmente escrito em prosa, o
texto narrativo encontra destaque nos seguintes gêneros: romance, novela, conto, crônica e
fábula.
Tempo: o tempo se refere à duração das ações da narrativa e desenrolar dos fatos na história.
Ele pode ser cronológico, quando se trata de acontecimentos marcados pelas horas, dias e
anos, ou pode ser psicológico, quando se refere às lembranças e às vivências das
personagens.
Personagens: existem as personagens principais que são essenciais para o enredo. Elas
podem ser protagonistas que desejam, tentam, conseguem algo, ou antagonistas que
dificultam, atrapalham e impedem que algo aconteça. As personagens secundárias
desempenham papéis menores, podendo ser coadjuvantes, quando ajudam as personagens
principais em ações secundárias, ou figurantes, ajudam na caracterização de um espaço
social.
Narrador: O narrador é quem conta a história. Existem três tipos de narrador: narrador
observador, narrador personagem e narrador onisciente.
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1) Um escritor destaca-se pela produção dos gêneros conto, crônica e romance. A sua
produção está relacionada com o gênero:
a) épico.
b) lírico.
c) narrativo.
d) poético.
e) dramático.
O lobo e o leão
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à
conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de
servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em
tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si
aquilo que por direito me pertence!"
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta,
mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo
apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você
por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me
diga, como você a conseguiu?"