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COLÉGIO ESTADUAL NOBU YAMAGATA

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA/LITERATURA _______ NEJA IV


PROFESSORA: LIDIENE ALVES
NOME COMPLETO: _____________________________________________

PLANO DE ESTUDO

MOTIVO: REPOSIÇÃO DAS AULAS DA GREVE

1ª REPOSIÇÃO: 24/05
TOTAL: 4 AULAS
CONTEÚDO: Paráfrase e paródia: intertextualidade

PARÓDIA OU PARÁFRASE?

Paródia e paráfrase são tipos distintos de intertextualidade. A intertextualidade pode ser definida como as
relações que se estabelecem entre textos.

Paráfrase é um tipo de texto elaborado com base em outro já existente e conhecido pelos leitores,
mantendo a ideia do texto original. Parafrasear Interpretar um texto com palavras próprias, mantendo seu
sentido original.

Paródia é uma releitura cômica, geralmente envolvida por um caráter humorístico e irônico que altera o
sentido original, criando assim, um novo texto. Apresenta uma crítica em relação ao texto original.

Atividades

1. Leia os textos abaixo.

CANÇÃO DO EXÍLIO (ORIGINAL)


Gonçalves Dias MINHA TERRA (PARÓDIA)

"Minha terra tem palmeiras, Minha terra tem doenças


Onde canta o Sabiá; E não há médicos por cá
As aves, que aqui gorjeiam, Aqueles que adoecem
Não gorjeiam como lá.” Não conseguem se curar

Quadrilha

1.João amava Teresa que amava Raimundo


2.que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
3.que não amava ninguém.
4.João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
5.Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
6.Joaquim suicidou-se e Lili se casou com J. Pinto Fernandes
7.que não tinha entrado na história.

De Alguma poesia (1930) Carlos Drummond de Andrade

PRODUÇÃO

Faça uma paródia do texto QUADRILHA trocando os nomes dos personagens por outros nomes como
amigos, colegas de sala, parentes, políticos, personagens de desenho animados etc. Também mude os
acontecimentos, ou seja, as ações. Exemplo: amava, foi etc. Se preferir troque o título também. Tente
manter a sonoridade e a mesma quantidade de versos (linhas).

Título ....................................................................................

1.........................................................................................................................................................................
2........................................................................................................................................................................
3.........................................................................................................................................................................
4.........................................................................................................................................................................
5.........................................................................................................................................................................
6.........................................................................................................................................................................
7.........................................................................................................................................................................

Autor(a) ..................................................................................................................

2ª REPOSIÇÃO: 31/05
TOTAL: 4 AULAS
CONTEÚDO: Crônica

O que é crônica?

A crônica é um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet e blogs.
Esse tipo de texto se destaca por abordar aspectos do cotidiano.Ou seja, questões comuns do nosso dia a
dia.

Quais as características da crônica?

A crônica se situa entre o jornalismo e a literatura. Além da narração de situações banais, ela é
caracterizada por:

 Textos curtos e de fácil compreensão


 Linguagem simples e descontraída
 Poucos (ou nenhum) personagens nas histórias
 Análise crítica sobre contextos e circunstâncias
 Humor crítico, irônico e sarcástico
 Linha cronológica estabelecida.

Para que serve uma crônica?

Embora as crônicas retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a finalidade exclusiva de informar.
O objetivo da narrativa é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto abordado.
Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos pelo restante da
sociedade, mas que merecem observação e análise.

Como fazer uma crônica?

Para fazer uma crônica, você deve, primeiramente, definir o tipo que será usado. Isso porque o texto deve
acompanhar as características do formato. Mas, no geral, as crônicas seguem um roteiro básico, que
contém:

 Introdução rápida
 Descrição do fato/tema abordado
 A grande sacada do cronista.
 Você precisa, portanto, seguir essa estrutura usando o tema da sua escolha.

Furto de Flor, de Carlos Drummond de Andrade

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se
a beber, e flor não é para ser bebida
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas
novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.
Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor
empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la no jardim. Nem apelar para o médico de flores.
Eu a furtara, eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde
desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.

EXERCÍCIOS

O texto acima foi escrito por Carlos Drummond de Andrade, um dos nomes mais célebres da literatura
nacional. O gênero do texto é considerado crônica porque:

a) é um gênero jornalístico que apresenta como objetivo principal informar à população.


b) tem caráter educativo e ao final traz um ensinamento, fazendo analogia com o cotidiano.
c) narra um fato do cotidiano com uma linguagem simples e um tema relacionado à vida urbana.
d) consiste em uma narração sobre um fato ou acontecimento marcante da vida de uma pessoa.

2. O fato que dá origem a narrativa é:


a) o cochilo do porteiro.
b) o furto de uma flor.
c) a infelicidade da flor.
d) a atenção do porteiro.

3. Na frase: “O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor.”, a palavra grifada “e” indica ideia de:
a) tempo.
b) causa.
c) adição.
d) intensidade.

3ª REPOSIÇÃO: 07/06
TOTAL: 4 AULAS
CONTEÚDO: Concordância verbal e nominal

Concordância verbal - ocorre com o verbo em relação ao sujeito. Ou seja, a conjugação do verbo precisa
se adaptar, seja no singular ou plural, seja na pessoa (1, 2ª ou 3ª), às condições propostas pelo sujeito.

Exemplos de concordância verbal:


Eu estudei; Nós estudávamos;
Tu estudas; Vós estudais;
Ele estudaria; Eles estudarão.

Concordância nominal- Na concordância nominal, quem deve ser adaptado é o gênero (masculino ou
feminino) e a pessoa, desta vez em relação ao substantivo e outros termos da sentença que o modificam,
chamados de referentes (adjetivos, numerais, pronomes e artigos).

Exemplos de concordância nominal:


O aluno novo; As novas alunas;
A aluna nova; Alguns alunos novos;
Os novos alunos; Algumas alunas novas.

EXERCÍCIOS
Leia a tirinha abaixo e resolva às questões 1 - 3:
1. Em que número e pessoa está a forma verbal da oração da primeira fala?
_____________________________________________________________________________________

2. Releia a primeira fala do segundo quadrinho: “A vida fica mais leve se formos mais tolerantes!”
Depois, responda as perguntas abaixo:

a) Qual o sujeito do verbo ficar? Por que esse verbo está no singular?
_____________________________________________________________________________________

b) O sujeito desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser identificado pela
desinência do verbo. Desse modo, com qual pronome implícito está concordando o verbo “formos”?
_____________________________________________________________________________________

3. Reescreva a frase do último balão substituindo o sujeito “Você” pelo seu plural. Faça as adaptações
necessárias na frase.
_____________________________________________________________________________________

4ª REPOSIÇÃO: 14/06
TOTAL: 4 AULAS
CONTEÚDO: Regência verbal e nominal

Regência Verbal e nominal –

Regência

Termo regente ou subordinante - recebe um complemento.


Termo regido ou subordinado - completa o significado do termo regente.

Regência nominal é a relação de dependência entre o nome e o termo regido:

As cidades históricas precisam de investimentos.

Nomes( substantivos, adjetivos e advérbios) admitem uma preposição ou mais na regência:


Ele é acostumado a roubar.
Ele está acostumado com a pobreza.

acessível a, para, por apaixonado de, por; conforme a;


acostumado a, com; apto a, para; constante de, em;
adequado a, com, para; atencioso com, para; constituído com, de, por;
afável com, para; atentado a, contra; contemporâneo a, de;
afeiçoado a, por; aversão a, por; contente com, de, em, por;
aflito com, por; ávido de, por; contrário a, de, em, por;
alheio a, de; bacharel em, por; criativo com, para com;
ambicioso de; banhado de, em, por; cruel com, para;
amizade a, por, com; benéfico a, para; curioso de;
amor a, por; capaz de, para; desgostoso com, de;
ansioso de, para, por; cobiçoso de, por; desprezo a, de, por;
devoção a, por, para, com; imune a, de; negligente em;
devoto a, de; incapaz de, em para; nocivo a, para;
digno de; inclinação a, para, por; obediente a;
doutor de, em, por; incompatível com; passível de;
dúvida em, sobre, acerca de; inconstante em; perito em;
empenho de, em, por; incrível a, para; pobre de;
entendido em, por; junto a, de; posterior a;
erudito em; leal a , com, em, para, para preferível a;
estranho a, de, para; com; propenso a, para;
falta a, com, para; lento de, em; próximo a, de;
favorável a, para; liberal com, de, em , para respeito a, com, de, por, para;
fiel a, em, para com; com; situado a, em, entre;
idêntico a; mau com, de, para, para com; último a, de, em;
imediato a, morador de, em; único a, em, entre, sobre.
imbuído de, em; natural a, de, em, para
impaciente com, de, por necessário a, em, para;

Regência verbal é a relação de dependência entre o verbo e o termo regido:

Precisou de água.

Os verbos podem mudar de significado de acordo com a transitividade ( direto, indireto, direto e indireto,
intransitivo):

Assistiu o paciente. = (ajudar) = transitivo direto.


Assistiu ao jogo. = (ver) = transitivo indireto
Assisto em Recife. = (morar) = intransitivo, mas exige preposição EM.

ASPIRAR
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição).
Aspiro o ar perfumado do campo.
No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a").
A professora aspira à aposentadoria.

ASSISTIR

* No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).


Assistimos a um bom filme.
Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD )
O médico assistiu o paciente.
ESQUECER, LEMBRAR
É (TD), se desacompanhados de pronome.
Você esqueceu a bolsa.
Ela lembrou o amado distante.

Quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com a preposição DE.

Ela se lembrou da bolsa.


Você se esqueceu de mim?
IMPLICAR
É TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como consequência, ou seja, acarretar.
Estes documentos implicam denúncia contra o deputado.
É TI com a preposição COM, quando significar antipatizar.
Não sei por que o minha sogra implica comigo.
NAMORAR (TD)
Arthur namora Gabriela.
OBEDECER, DESOBEDECER (TI)
Devemos obedecer às leis.
Aquele aluno não obedece aos professores.

PAGAR, PERDOAR
São TD com objeto direto de coisa e TI com objeto indireto de pessoa.
Deus perdoe nossos pecados
Perdoo os erros ao amigo.

PREFERIR (TD e I)
Preferia um bom vinho a uma cerveja.
Obs.: Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.

VISAR
É TI no sentido de ter em vista, objetivar
Não visamos a lucro algum.
É TD no sentido de mirar ou dar visto
Ele visava o alvo.
A professora visava as provas.

Exercícios

Assinale o erro de regência verbal.

a) Ele assistia com carinho os enfermos daquele hospital.


b) Não quero assistir esse espetáculo.
c) Carlos sempre assistiu em Belo Horizonte.
d) Não deixe de assistir àquele jogo.

2) Há erro de regência verbal na opção seguinte:

a) Aspirou profundamente o forte odor do café.


b) Ela não pode visar o passaporte.
c) Todos visam uma vida de paz.
d) Ali as pessoas aspiravam à fama.

3) Aponte a frase que apresenta incorreção de regência verbal.

a) Mário pagou o carro.


b) A moça perdoou a indiscrição do colega.
c) Antônio deixou de pagar o ajudante ontem.
d) Perdoemos aos que nos ofendem.

4) Marque o erro de regência verbal.


a) Prefiro estudar que trabalhar.
b) À cerveja prefiro o leite.
c) Prefiro leite a cerveja.
d) Prefiro este nome àquele que ele propôs.

5) Está perfeita a regência verbal na alternativa:

a) O professor procedeu a chamada.


b) Sua permanência implicará grande prejuízo a todos.
c) Devemos obedecer o regulamento.
d) Irei na sua casa logo mais.

6. Tendo em vista a relação de dependência manifestada entre um nome (termo regente) e seu respectivo
complemento (termo regido), reescreva as orações a seguir, atribuindo-lhes a devida preposição.
a – O fumo é prejudicial * saúde.
b – Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis * população.
c – Seu projeto é passível * reformulações.
d – Esteja atento * tudo que acontece por aqui.
e - Suas ideias são compatíveis * as minhas.

7. Diante das orações que seguem, analise-as e indique aquela que não se adequa ao uso da preposição
“a”:

a – Estou ávido * boas notícias.


b – Esta canção é agradável * alma.
c – O respeito é essencial * boa convivência.
d – Mostraram-se indiferentes * tudo.
e – O filme é proibido * menores de dezoito anos.

8. Indique onde há erro de regência nominal:

a) Ele é muito apegado em bens materiais.


b) Estamos fartos de tantas promessas.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.

9. As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, respectivamente, as preposições:

a) a – em – de – para.
b) de – a – de.
c) por – de – com.
d) de – com – para com.
e) com – a – a.

10. Está correta a regência da frase:

a) O filme que assistimos é excelente.


b) O emprego que aspirávamos era apenas um sonho.
c) O documento que visei era falso.
d) Simpatizei-me de ti.
e) Assisti o jogo ontem à noite.

5ª REPOSIÇÃO: 21/06
TOTAL: 4 AULAS
CONTEÚDO: COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Colocação pronominal é a parte da gramática normativa que nos mostra quando o pronome oblíquo
átono deve ser colocado antes, no meio ou depois do verbo. Mas você sabia que há um nome para
cada tipo de colocação? Pois é! Se o pronome vem antes do verbo, o nome disso é próclise. Mas se vem
depois, é ênclise. E quando vem no meio? Aí temos uma mesóclise.

Há três tipos de colocação pronominal: próclise, ênclise e mesóclise.


Próclise: quando o pronome oblíquo átono é colocado antes do verbo.
Ênclise: quando o pronome oblíquo átono é colocado depois do verbo.
Mesóclise: quando o pronome oblíquo átono é colocado no meio do verbo.

Colocação pronominal é a parte da gramática normativa que nos mostra quando o pronome oblíquo
átono deve ser colocado antes, no meio ou depois do verbo. Mas você sabia que há um nome para
cada tipo de colocação? Pois é! Se o pronome vem antes do verbo, o nome disso é próclise. Mas se vem
depois, é ênclise. E quando vem no meio? Aí temos uma mesóclise.
Há três tipos de colocação pronominal: próclise, ênclise e mesóclise.

Próclise: quando o pronome oblíquo átono é colocado antes do verbo.


Ênclise: quando o pronome oblíquo átono é colocado depois do verbo.
Mesóclise: quando o pronome oblíquo átono é colocado no meio do verbo.

O que é colocação pronominal?


Você sabia que é possível falar “Eu te amo”, mas também dizer “Amo-te”? Pois é. A palavra “te” é
um pronome, e o termo “amo” é um verbo. Então, quando devo colocar o pronome “te” antes ou depois do
verbo “amo”? É para responder a esse tipo de pergunta que aprendemos as regras de colocação
pronominal.

Próclise- é quando o pronome oblíquo átono vem antes do verbo. Mas quando isso acontece? Ah,
existem alguns casos:

Depois de palavras que atraem o pronome

→ Expressões negativas:

Não me faça rir! Nada me faz rir!


Nunca me faça rir! Nenhuma coisa me faz rir!
Ninguém me faz rir! Você jamais me faz rir!

→ Pronomes relativos:

Há amigos que nos fazem querer coisas boas.


Essa é a menina de quem te falei.
A cama onde se deitou estava uma bagunça.
O tênis do qual lhe falou era bem caro.
Fui a um aniversário cujo bolo me fez sorrir.

→ Conjunções que introduzem orações subordinadas:

Quando o conheceu, teve certeza dos seus sentimentos.


Se eu te disser a verdade, você vai rir da minha cara.
Embora eu a ame, não posso desistir do meu sonho.

→ Advérbios:

Já se sabe que a festa vai ser mês que vem!


Talvez o chame para o piquenique.
Aqui se faz, aqui se paga.
Mas atenção, hein! Se você colocar uma vírgula depois do advérbio, ele perde seu poder atrativo:
Depois, diga-me como foi o jogo de futebol.

→ Pronomes indefinidos:

Tudo me faz rir.


Nada me faz chorar.
Quem se importa com isso?
Todos me queriam como amigo.
Alguém te disse que eu estava aqui.

→ As expressões “só” (com o significado de “apenas”), “ou... ou”, “ora... ora” e “quer... quer”:

A Tati só se importa com roupa de grife.


Ou você se comporta ou se vai logo daqui.
Ora me xinga, ora me beija.
Quer se mostre, quer se esconda, esse bicho é inofensivo.
Em orações optativas, isto é, que exprimem desejo
A vida lhe sorria!
Jesus te proteja!

Em orações com pronome interrogativo

Quando você me mandou o tal áudio?


Quem me mandou o tal áudio?
Em orações iniciadas por expressão exclamativa
Como se engana com ele!
Quanto me custa comer berinjela!

Ênclise - é quando o pronome oblíquo átono vem depois do verbo e ocorre nos seguintes casos:
No início de um período, desde que o verbo não esteja no futuro

Diga-me que você vai viajar comigo!


Nas orações imperativas afirmativas
Pegue sua mochila e lave-a.
Se quer brigadeiro, faça-o.
E se forem orações imperativas negativas? Aí não, né! Nesse caso, ocorre a próclise:
Pegue sua mochila, mas não a lave.
Se não quer brigadeiro, não o faça.
Nas orações com infinitivo não flexionado antecedido de “a”, no caso dos pronomes “o”, “a”, “os”, “as”
Estou disposto a ouvi-lo.
Começou a ajudá-las sem motivo.
Fique atento(a)! Os pronomes “o”, “a”, “os”, “as”, quando vêm depois de um verbo, transformam-se em “lo”,
“la”, “los”, “las”, como nos dois exemplos acima.

Mesóclise - é quando o pronome oblíquo átono vem no meio do verbo. Isso mesmo! No meio! E isso
acontece quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito:

Comprar-te-ei um presente inesquecível!


Far-me-ia feliz ser um palhaço de circo.

Mas preste muita atenção! Se houver alguma palavra que exerça atração sobre o pronome, vai ocorrer a
próclise:

Não me faria feliz ser um palhaço de circo.

Está chegando o dia em que te comprarei um presente inesquecível!

Colocação pronominal em locuções verbais

Você sabe o que é uma locução verbal? Vai saber agora! É uma expressão composta por dois verbos,
sendo um principal e o outro auxiliar. O verbo auxiliar é conjugado, mas o principal fica no infinitivo,
gerúndio ou particípio. E antes que você me pergunte se o pronome oblíquo átono vem antes, no meio ou
depois da locução verbal, vamos ver estes casos:

Verbo auxiliar + infinitivo


No início do período, se não houver termo que atraia o pronome, ele vem depois do infinitivo:
Quero comprar-lhe uma boneca nova.
Verbo auxiliar + preposição + infinitivo

No início do período, se não houver termo que atraia o pronome, ele vem depois do infinitivo:

Deixou de amá-la quando se mudou de cidade.


Verbo auxiliar + gerúndio

No início do período, se não houver termo que atraia o pronome, ele vem depois do gerúndio:
Estou ajudando-o porque quero que vença o campeonato.

Entendeu, né? Mas imagino que tenha uma pergunta! E se houver palavra que atraia o pronome? Nesse
caso, tanto faz. Isso mesmo! O pronome pode vir antes ou depois da locução. É facultativo!

Veja estes exemplos:

Não deixou de amá-la quando se mudou de cidade.


OU
Não a deixou de amar quando se mudou de cidade.
Todos estavam ajudando-o porque queriam que vencesse o campeonato.
OU
Todos o estavam ajudando porque queriam que vencesse o campeonato.

É preciso lembrar que, no português brasileiro, há uma tendência de colocar o pronome no meio da
locução, independentemente de haver ou não termo que o atraia:
Quero lhe comprar uma boneca nova.
OU
Não quero lhe comprar uma boneca nova.

E, por fim, siga este conselho: nunca coloque pronome depois de verbo no particípio. Segundo a
gramática normativa, isso está incorreto. Portanto, NÃO utilize construções como esta:
Bruninho tinha perdoado-me pela falta no jogo de futebol.

Nesse caso, o CORRETO é:


Bruninho tinha me perdoado pela falta no jogo de futebol.

Exercícios

Indique as frases em que o pronome está colocado em desacordo com a variedade padrão. Em seguida,
reescreva-as, adequando a colocação pronominal a essa variedade.

a) Deveríamos saber quem enganava-nos.


b) Muito se sabe sobre determinado assunto.
c) Que Deus ilumine-o!
d) Agora, se deite e durma tranquilamente.
e) Me acordei assim que o despertador tocou.
f) É verdade que ele te contou a história?

2. Reescreva as frases a seguir, fazendo as alterações indicadas entre parênteses e observando a


colocação pronominal própria da variedade padrão.

a) Emprestei-lhe todos os livros de gramática. (emprestarei)


b) Chamá-lo-ei para fazer a atividade de português. (coloque a frase na forma negativa)
c) Conversei com o rapaz. O rapaz falou-me que não aceitava desculpas pelo ocorrido. (junte as frases
e empregue o pronome relativo QUE)
d) Bruna enviou-lhe esse bilhete de recados. (troque Bruna por QUEM e coloque a frase na forma
interrogativa)

3. Identifique a colocação pronominal, indicando se é um caso de próclise, ênclise ou mesóclise.

a) Quando os alunos chegarem, mande-os entrar.


b) Quem nos enviou essas fotos?
c) Ninguém me falou do que tinha acontecido com você.
d) Perguntar-lhe-ei se irá à praia amanhã.
e) Mande-a entrar.
f) Irei encontrá-los depois da festa.
g) Se João quisesse, levar-te-ia ao shopping.
h) Não me deixes sozinha.
4. Reescreva as frases empregando os pronomes oblíquos entre parênteses.

a) Pedirei o seu endereço. (lhe)


b) Diga o seu nome e direi o meu. (me) (lhe)
c) Tenho certeza de que conhecia. (o)
d) Nunca falaram mal de você. (nos)
e) Encontrarei na escola à noite. (te)

5. Reescreva as frases a seguir, substituindo as palavras em destaque por pronomes pessoais do caso
oblíquo. Faça a colocação adequada.

a) Encontraram os pais preocupados.


b) O namorado recebeu a menina com entusiasmo.
c) Devolva o dinheiro ao seu colega.
d) Quem convidou o diretor?
e) Colocarei as revistas na estante amanhã.

6ª REPOSIÇÃO: 28/6
TOTAL: 4 AULAS
CONTEÚDO: Literatura – Semana de Arte Moderna

Semana de Arte Moderna (1922)

A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no Theatro
Municipal de São Paulo entre os dias 13 a 17 de fevereiro de 1922.
O evento reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras -
pintura e escultura - e palestras.
Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora
inspirada nas vanguardas europeias.
Juntos, eles buscavam uma renovação social e artística no país, evidenciada na "Semana de 22".
O evento chocou parte da população e trouxe à tona uma nova visão sobre os processos artísticos,
bem como a apresentação de uma arte “mais brasileira”.
Houve um rompimento com a arte acadêmica, contribuindo para uma mudança estética e para o
Movimento Modernista no Brasil.
Mário de Andrade foi uma das figuras centrais da Semana de Arte Moderna de 22. Ele esteve ao
lado de outros organizadores: o escritor Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti.

Características da Semana de Arte Moderna

Uma vez que o intuito desses artistas era chocar o público e trazer à tona outras maneiras de
sentir, ver e fruir a arte, as características desse momento foram:

 Ausência de formalismo;
 Ruptura com academicismo e tradicionalismo;
 Crítica ao modelo parnasiano;
 Influência das vanguardas artísticas europeias (futurismo, cubismo, dadaísmo,
surrealismo, expressionismo);
 Valorização da identidade e cultura brasileira;
 Fusão de influências externas aos elementos brasileiros;
 Experimentações estéticas;
 Liberdade de expressão;
 Aproximação da linguagem oral, com utilização da linguagem coloquial e vulgar;
 Temáticas nacionalistas e cotidianas.

Exercício

1. A Semana da Arte Moderna no Brasil buscava:


a) impressionar o público com apresentações clássicas e tradicionais.
b) a liberdade total da criação, seguindo padrões europeus conservadores.
c) a liberdade de criação artística totalmente oposta aos padrões já existentes.
d) a formalização da linguagem, seguindo a cultura predominante na época.

2. O Modernismo Brasileiro propôs:

a) o apego às normas clássicas brasileiras.


b) a ruptura com as vanguardas europeias.
c) a focalização do mundo mais psicológico.
d) uma literatura com expressões populares

3. Observe a imagem abaixo:

A obra acima é de Cândido Portinari, importante artista plástico do movimento modernista, chamada “Os
Retirantes” (1944). Em suas obras, Cândido explora diversos temas de caráter social. Que mensagem o
artista quis mostrar nessa obra?

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