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Apresentação
A estratégia de produção é um conjunto de metas e políticas que vão nortear os esforços
produtivos em uma empresa.
Normalmente, elas são delimitadas de forma a atingir os objetivos da empresa e tentar diferenciá-la
da concorrência. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as diferentes estratégias de
produção que uma empresa pode adotar.
Bons estudos.
Você deve delinear uma estratégia de produção para a empresa. Qual você escolheria?
Infográfico
Neste Infográfico, você confere o mapeamento de sistemas de atividades e como diversas
atividades estão ligadas às atividades estratégicas.
Roberto Guedes de
Nonohay
Estratégias de Produção
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as estratégias de Produção.
Identificar a integração entre as estratégias de produção.
Analisar um modelo de formulação de estratégias de produção.
Introdução
A estratégia de produção é um conjunto de metas e políticas que vão
nortear os esforços produtivos em uma empresa. Normalmente elas
são delimitadas de forma a atingir os objetivos da empresa e tentar
diferenciá-la da concorrência. Neste texto, você vai estudar as diferen-
tes estratégias que uma empresa pode adotar.
Decisões estruturais
Decisões estruturais
Essas decisões têm custo e impactos muito grandes para a empresa. Entre
seus quesitos estão a capacidade, o fornecimento e integração vertical, insta-
lações e tecnologia da informação.
A capacidade tem a ver com o tamanho possível da produção. Ou seja,
qual é a taxa máxima de produção que a configuração das máquinas, de har-
dware e software, projeto de processo e de produto pode atingir. Essa decisão
Estratégias de Produção 39
Por fim, você tem as decisões sobre tecnologia da informação. Nesse caso,
você precisa definir quais sistemas e como as informações pertinentes à ope-
ração fluirão ao longo da empresa. Quais equipamentos serão utilizados e
softwares serão adquiridos. É possível que uma operação (em baixa escala)
consiga operar perfeitamente bem sem grandes usos de softwares caros. Tudo
pode ser anotado em cadernos e com comunicação direta. Produções maiores
exigem, para atingir escala, rapidez, qualidade e confiabilidade, investi-
mentos em tecnologia da informação para facilitar o acesso à informação.
Decisões infraestruturais
São decisões que vão determinar as políticas internas da organização, desde
o orçamento (como será gasto o capital da empresa, como será o fluxo de re-
cebimentos, etc.) até a determinação de organização interna. Como será mon-
tado o sistema de recursos humanos, seleção, treinamento, o planejamento de
todo o processo (desde a decisão de compra até todas as tarefas executadas
pela área de Planejamento e Controle de Produção), quais ferramentas e pro-
gramas de qualidade serão utilizados, como será mensurado o resultado e
como serão desenvolvidos novos produtos, entre outros, são todas decisões
que são tomadas relacionadas à infraestrutura da produção.
Elas afetam diretamente a capacidade de contribuição estratégica da pro-
dução. Recursos humanos mal treinados, rotinas de compras malfeitas, con-
trole de qualidade falho, etc. Todos são motivos para produtos defeituosos,
Estratégias de Produção 41
Visão estratégica
Capacidades empresariais
Capacidades operacionais
Capacidades de fornecimento
Distri-
R&D
buição
Tecnologia Pessoas
Sistemas
A matriz importância-desempenho
A matriz é separada em 4 zonas que irão determinar se o produto/serviço
está em excesso, apropriados, precisam de melhoramento ou ações urgentes.
A Figura 4 demonstra a matriz. Ela é vista como função da importância que
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os clientes dão para cada critério que será determinado em razão do desem-
penho que os concorrentes têm em relação à empresa nos mesmos critérios.
Nesse caso, por exemplo, se o critério tem importância alta e a empresa tem
desempenho pior que os concorrentes, então esse critério precisa de ação ur-
gente. A urgência é necessária, pois o cliente dá significativa importância
para o critério e a empresa não está desempenhando bem. Trocando em mi-
údos: o cliente talvez esteja disposto a trocar a empresa pelo concorrente (se já
não o fez). Por outro lado, se o cliente dá pouca importância para o critério e a
empresa o desempenha melhor que os concorrentes, esse critério se encontra
na zona de excesso. Esse excesso significa que o dispêndio de tempo e capital
está sendo focado em um critério ao qual o cliente não dá tanta importância,
ou seja, não é algo que determinará a compra ou recompra do produto/serviço.
Isso não significa que a empresa deve deixar esse critério de lado, mas que
talvez o foco esteja em um critério que, para o cliente, não é importante.
A escala do questionário deve conter 9 pontos onde 1 seria alto para a impor-
tância e melhor que para o desempenho e 9 seria baixo para importância e pior
que para o desempenho, conforme demonstrado na Figura 4. Primeiramente, os
clientes devem responder o questionário que diz respeito à importância, dando
assim suas respostas para o grau de cada critério importa para eles(as). Após
o cliente responder esse primeiro questionário, o cliente deve, então, responder
como ele vê o desempenho da empresa frente aos concorrentes quanto aos
mesmos critérios. De posse desses dois questionários é possível montar a matriz.
Suponhamos que o critério Design do produto seja um dos avaliados. Um
cliente ao responder o questionário dá uma nota 1 (alta importância) para
o critério. Ao responder o segundo questionário, o cliente dá uma nota 5
(mesmo que) para o desempenho da empresa. Isso significa que esse critério
se encontra na zona de melhoramento da matriz. Ou seja, a empresa precisa
trabalhar para melhorar o desempenho deste critério, uma vez que ele é muito
importante para o cliente, mas não é melhor nem pior que o concorrente.
A matriz de importância-desempenho, se bem utilizada, pode ser uma ótima
ferramenta para auxiliar em melhorias de processo produtivo e operações.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 3. ed. Rio de Janei-
ro: Atlas, 2009.
Leitura recomendada
ANTUNES, J. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da
produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
Conteúdo:
Dica do professor
Esta Dica demonstra qual é o papel das estratégias de volume e variedade dentro do processo
produtivo. Nela você vai ver como elas se integram com outros aspectos estratégicos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios
B) É quando a empresa consegue ter uma produção mais rápida que a dos concorrentes.
C) É quando a taxa de saída do processo de produção é elevada, ou seja, a produção tem alta
taxa de produtos prontos em um determinado período de tempo.
A) É quando a empresa consegue ter uma produção mais rápida que a dos concorrentes.
C) É quando a taxa de saída do processo de produção é elevada, ou seja, a produção tem alta
taxa de produtos prontos por um determinado período de tempo.
5) Qual é a melhor combinação das variáveis estratégicas para uma determinada produção?
A) Sempre é melhor ter uma produção com alto volume e baixa variedade.
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