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BARBACENA
2022
INTRODUÇÃO:
DESENVOLVIMENTO:
Para a autora o acesso aos espaços físicos reflete no direito de ir e vir independente se
a pessoa é ou não diversamente funcional. Todo ser humano tem tal direito. No
momento em que não existe a possibilidade de acesso, de ir e vir, não existe também a
possibilidade de o direito a educação, saúde e trabalho. Por conseguinte, traz a ideia de
que os estabelecimentos (a sociedade) deve se preparar ou estar preparados para receber
qualquer pessoa com mobilidade reduzida (ou qualquer tipo de diversidade) afim de
eliminar as barreiras que impedem a cidadania.
Geiciane Apud FEBRABAN, 2006 coloca que Para as pessoas com mobilidade
reduzida, a questão da acessibilidade nas instituições tem uma importância considerável.
Dessa forma, a sua falta gera: impossibilidade de atendimento a uma parcela
considerável da população; sensação de esquecimento e desconforto; situações
constrangedoras; exclusão social e desrespeito à legislação (FEBRABAN, 2006). Além
disso, diz que um espaço para ser acessível deveria respeitar o direito de ir e vir, ou seja
praticar cidadania, além de oferecer condições essenciais para a prestação de um
atendimento de qualidade através do reconhecimento de qualquer pessoa enquanto um
cidadão, o espaço precisa ser consciente da responsabilidade social e da inclusão social.
Para isso demarca que existem várias diversidades e que todas possuem necessidades
diferente pois, cada pessoa é singular e deve ter sua idiossincrasia considerada.
A autora traz em seu texto duas concepções acerca da deficiência, sendo a primeira o
modelo médico que considera deficiência enquanto desvantagem natural e relacionado a
lesões corporais. Geiciane através das ideias de Palmer e Harley (2012) traz a ideia de
que em relação ao modelo médico, os autores observam que o comprometimentos do
corpo ocasionam na perda da funcionalidade física e também de um papel social,
portanto, tal modelo demonstra caráter somente orgânico e individualizando, voltando o
problema exclusivamente para o indivíduo diversamente funcional sem considerar os
aspectos biopsicossociais colocados em outro momento pela autora.
Para Geiciane apud Dias, 2014 É possível citar como barreiras pragmáticas quando
nas escolas não são desenvolvidas políticas que visem à inclusão e à permanência de
pessoas com mobilidade reduzida. Dessa maneira, a instituição não contribui para a
construção de uma cultura de acessibilidade, colocando em evidência que ela não é um
valor incorporado às suas práticas educacionais (DIAS, 2014).
E por fim, a acessibilidade atitudinal se trada de acordo com Geiciane apud Sassaki
2003 acessibilidade atitudinal seria no sentido de ser “sem preconceitos, estigmas,
estereótipos e discriminações, como resultado de programas e práticas de sensibilização
e de conscientização das pessoas em geral e da convivência humana”. Logo, tal
acessibilidade de acordo com as ideias de carvalho (2006) seria aquela através do
comportamento manifesto, ou seja, a partir do preconceito e da discriminação por parte
da sociedade com relação as pessoas diversamente funcionais. A autora ressalta que esta
barreira estaria no cerne de todas as outras, ou seja, seria causadora das demais. As
atitudes negativas dificultam que a sociedade faça mudanças visando a garantia da
acessibilidade a escola e outros locais sociais.
Além dos tipos de barreiras que impossibilitam o acesso, a autora também traz um
panorama referente a inclusão e a educação escolar, para isso diz do movimento da
inclusão e de seu propósito. Geiciane ressalta a partir das ideias de Dias 2004 que esse
fenômeno busca identificar possibilidades e potencialidades do indivíduo, além de
buscar promover modificações na sociedade visando a igualdade de oportunidades para
todos. Nesse sentido, seria importante uma discussão acerca da diferença entre
integração e inclusão social. A autora demarca que integração consiste em um esforço
de inserir pessoas com deficiência que alcançaram um nível de competência compatível
com padrões sociais vigentes. De tal forma, a partir desse processo, os indivíduos só
conseguem ser inseridos se são capazes de superar as diversas barreiras existentes na
sociedade. Portanto, no que diz respeito a integração, a autora diz que esta seria uma
tentativa de inserir as pessoas em sociedade, mas com poucas modificações no contexto
social visando está se adapte ao público, pelo contrário, diz que as pessoas diversamente
funcionais deveriam se adaptar a escola e não necessariamente o contrário, o que torna o
processo de inclusão incompatível com a integração, pois, para Geiciane apud Mantoan
a inclusão é incompatível com a integração, uma vez que constitui a inserção escolar de
uma forma radical, completa e sistemática. Logo, O processo de inclusão entende a
questão da deficiência por outra ótica, tendo como base o modelo social da deficiência.
Diante isso, de acordo com esse modelo para se ter a inclusão de todas as pessoas, a
sociedade tem que se modificar a partir da consciência de que ela é que precisa ser
capaz de atender às necessidades de seus membros (BARBOZA, JUNIOR, 2017).
Dessa forma, inclusão seria um processo por via de mão dupla envolvendo as pessoas
excluídas (e não excluídas) e a sociedade em parceria para equacionar tais problemas
afim de equiparar as oportunidades para todos. No que tange a educação o processo de
inclusão envolve reformas na estrutura das escolas visando a garantia de todos os alunos
ao acesso a todas as oportunidades educacionais que podem ser oferecidas pela escola
buscando sempre barrar a segregação e deixando o ensino e o ambiente universalizados.
Dessa forma, para a autora do trabalho resenhado, constata-se que todos os alunos
possuem o direito de frequentar o ensino regular, sendo que as escolas devem criar um
ambiente que viabilize a inclusão de todos os estudantes, no qual é primordial que tenha
em vista suas respectivas individualidades. Sendo assim, a instituição deve desenvolver
práticas pedagógicas livres de preconceitos a fim de efetivar o processo de inclusão. A
educação, portanto, deve ser pautada nos princípios da equidade.
O empenho por se ter uma escola que seja realmente inclusiva tem respaldo
na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, na Convenção de Guatemala, na Declaração de Salamanca e no Decreto n°
5.296/04, além de muitas outras leis, decretos e portarias, que garantem a todos o direito
à educação e destacam a necessidade dos estabelecimentos se adaptarem com a
finalidade de atenderem às individualidades de cada aluno
E complementa no Art. 5° que “todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade” (BRASIL, 1988)
CRÍTICA:
Referência: