Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Em sua fala destaca a questão dos Direitos Humanos ressaltando discussões desde a década de
70, dizendo sobre políticas públicas, avanços e obstáculos além de dizer sobre a política
nacional de saúde da pessoa com deficiência. Ressalta que a deficiência nem sempre é da
pessoa mas sim, do contexto e a partir de vários determinantes sociais de saúde. Além disso,
destaca sobre habitação e reabilitação dizendo que para que isso ocorra é necessário que haja
uma abordagem interdisciplinar envolvendo também a família das PCD a partir de uma visão
de trabalho multidisciplinar, pois, não é possível reabilitar ninguém sem tal aparato.
Com relação aos avanços, destaca o BPC/LOAS como uma fonte de renda, diz sobre a inclusão
em empresas a partir da lei de cotas e das políticas públicas que garante o direito de ir e vir. E,
destaca a convenção interamericana que visou combater todas as formas de discriminação e
dizer do processo de equidade. Em se tratado dos desafios, ressalta o comportamento das
pessoas, a invasão de direitos como por exemplo estacionar em uma vaga para deficientes,
redução da jornada de trabalhador com filho com deficiência, destacando que é preciso ir para
a justiça para conseguir tal direito, enfatiza também o preconceito e a discriminação e o
“capacitismo” além de ressaltar questões envolvendo acessibilidade.
A professora diz sobre o contexto histórico dando exemplos de exclusão a partir de Grécia e
Roma. Diz também sobre a segregação e ressalta que do século 19 em diante ocorreu durante
a primeira metade desde período o desenvolvimento do alfabeto em braile. Ressalta que a
partir do séc. 20 pós segunda guerra houveram mudanças e discussões sobre como inserir os
soldados mutilados no campo de trabalho, na sociedade, considerando tal período como um
marco histórico. Ressaltou também em 1960 a primeira paraolimpíada, em 1971 o primeiro
documento aprovado pela ONU sobre deficiência mental. Disse também sobre a declaração
dos direitos da pessoa com deficiência de 1975 aprovado pela ONU.
Além disso, ressaltou a CF88 dizendo que ao longo desta existem vários pontos, entretanto,
em geral, a garantia do trabalho igual, e da competência do estado em cuidar das pessoas em
espera municipal, estadual e federal. Enfatiza também as normas programáticas que visam a
criação de políticas públicas para se fazer haver com os direitos e garantir que estes sejam
cumpridos. Destaca também a previdência e ressalta que mesmo com a reforma de 2019 essa
absorve o texto de 2013 que trata especificamente das pessoas com deficiência e que diz de
uma lei especifica para essas pessoas se aposentarem. Não existe uma regra e para se ter
direito de acordo com Débora é preciso de laudo e classificação do grau e tipo de deficiência a
partir de perícia. E por fim, destaca que em 2006 ocorre um marco de mudança de paradigma
a partir da convenção de New York trazendo tais ideias para o Brasil passando o entendimento
de que as PCD tem status de norma constitucional. Estão no mais alto patamar de direitos e
cabe a todos participar da mudança. Além disso, destaca o estatuto de 2015 dizendo que tal
revoga o código civil que prevê que as PCD são totalmente o relativamente incapazes de por
exemplo assinar um documento. O estatuto de 2015 passa a considerar que toda PCD tem
plena capacidade civil, e isso é uma total mudança de paradigma. Portanto, todos os marcos
culminam no estatuto e deficiência não significa incapacidade.
O professor diz sobre a inclusão de pessoas no mercado de trabalho e demarca de início a lei
de cotas de 1991 e destaca que 24% das pessoas no Brasil tem algum tipo de deficiência de
acordo com o IBGE de 2010. Além disso ressalta que estão incluídos nesta lei todos os tipos de
deficiência e que apesar desta dizer sobre 5% dos empregados terem que ser PCD, nas grandes
empresas do Brasil essa lei ainda não é cumprida. Nas 500 maiores empresas somente 2% se
cumpre. Além disso, o professor coloca que a deficiência é algo intrínseco a natureza humana
e que quase todos vamos ter alguma deficiência em algum momento da vida, mesmo que de
ordem temporária. Logo, coloca que mais de 50% das deficiências são adquiridas e traz
exemplos como Stephen Hawking e o goleiro da chapecoense, o primeiro com sua
condição a partir de uma desordem orgânica e o segundo a partir de um acidente de
avião.
Logo, questiona, será que estamos em uma sociedade inclusiva? E continua dizendo
sobre os períodos históricos como a fase de exclusão, segregação, integração e inclusão.
Dessa forma, coloca que a inclusão ocorre de 1990 em diante e que apesar de todas as
barreiras vencidas ainda é comum a coexistência de barreiras e matrizes ultrapassadas.
Vimemos em um processo de transformação histórico e a exclusão aos poucos vai se
modificando (deixando de existir em alguns lugares e tomando novas formas em
outros). Uma das principais barreiras a serem vencidas seria a atitudinal e o preconceito
de acordo com a ideia passada pelo professor em sua fala. Por fim, ressalta que a
inclusão deve acontecer em todos os lugares e que as PCD precisam de oportunidades e
que o que falta é que a sociedade veja para além da deficiência. Dessa forma, o primeiro
passo é reconhecer o preconceito e nos mesmos e nos outros para entender a diferença e
buscar sempre desconstruir a cada dia visando a superação de formas ultrapassadas de
se viver e de pensar. Por conseguinte o professor ressalta que os desafios da sociedade
giram em torno de não criar rótulos e estigmas, valorizar o potencial das PCD, propor
maior visibilidade em todas as instancias e conviver mais. Tornar acessibilidade um
conceito de vida.