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Lucas Milagres Mendes 9ºp

Síntese sobre a palestra - Diálogos interdisciplinares sobre inclusão: Avanços e


desafios vivenciados pelas pessoas com deficiência.

Fala Prof. Ricardo:

O professor ressaltou a definição de deficiência enquanto aquilo que diz de interações do


corpo com as barreiras presentes no ambiente, cultura e sociedade como por exemplo as
arquitetônicas. Além disso, ressaltou que as causas podem ser tanto hereditárias quanto
decorrentes da falta de assistência, desnutrição, comportamento como o tabagismo etc.

Em sua fala destaca a questão dos Direitos Humanos ressaltando discussões desde a década de
70, dizendo sobre políticas públicas, avanços e obstáculos além de dizer sobre a política
nacional de saúde da pessoa com deficiência. Ressalta que a deficiência nem sempre é da
pessoa mas sim, do contexto e a partir de vários determinantes sociais de saúde. Além disso,
destaca sobre habitação e reabilitação dizendo que para que isso ocorra é necessário que haja
uma abordagem interdisciplinar envolvendo também a família das PCD a partir de uma visão
de trabalho multidisciplinar, pois, não é possível reabilitar ninguém sem tal aparato.

Com relação aos avanços, destaca o BPC/LOAS como uma fonte de renda, diz sobre a inclusão
em empresas a partir da lei de cotas e das políticas públicas que garante o direito de ir e vir. E,
destaca a convenção interamericana que visou combater todas as formas de discriminação e
dizer do processo de equidade. Em se tratado dos desafios, ressalta o comportamento das
pessoas, a invasão de direitos como por exemplo estacionar em uma vaga para deficientes,
redução da jornada de trabalhador com filho com deficiência, destacando que é preciso ir para
a justiça para conseguir tal direito, enfatiza também o preconceito e a discriminação e o
“capacitismo” além de ressaltar questões envolvendo acessibilidade.

Fala Profa. Débora Messias:

A professora diz sobre o contexto histórico dando exemplos de exclusão a partir de Grécia e
Roma. Diz também sobre a segregação e ressalta que do século 19 em diante ocorreu durante
a primeira metade desde período o desenvolvimento do alfabeto em braile. Ressalta que a
partir do séc. 20 pós segunda guerra houveram mudanças e discussões sobre como inserir os
soldados mutilados no campo de trabalho, na sociedade, considerando tal período como um
marco histórico. Ressaltou também em 1960 a primeira paraolimpíada, em 1971 o primeiro
documento aprovado pela ONU sobre deficiência mental. Disse também sobre a declaração
dos direitos da pessoa com deficiência de 1975 aprovado pela ONU.

Além disso, ressaltou a CF88 dizendo que ao longo desta existem vários pontos, entretanto,
em geral, a garantia do trabalho igual, e da competência do estado em cuidar das pessoas em
espera municipal, estadual e federal. Enfatiza também as normas programáticas que visam a
criação de políticas públicas para se fazer haver com os direitos e garantir que estes sejam
cumpridos. Destaca também a previdência e ressalta que mesmo com a reforma de 2019 essa
absorve o texto de 2013 que trata especificamente das pessoas com deficiência e que diz de
uma lei especifica para essas pessoas se aposentarem. Não existe uma regra e para se ter
direito de acordo com Débora é preciso de laudo e classificação do grau e tipo de deficiência a
partir de perícia. E por fim, destaca que em 2006 ocorre um marco de mudança de paradigma
a partir da convenção de New York trazendo tais ideias para o Brasil passando o entendimento
de que as PCD tem status de norma constitucional. Estão no mais alto patamar de direitos e
cabe a todos participar da mudança. Além disso, destaca o estatuto de 2015 dizendo que tal
revoga o código civil que prevê que as PCD são totalmente o relativamente incapazes de por
exemplo assinar um documento. O estatuto de 2015 passa a considerar que toda PCD tem
plena capacidade civil, e isso é uma total mudança de paradigma. Portanto, todos os marcos
culminam no estatuto e deficiência não significa incapacidade.

Fala Prof. Adriano:

O professor diz sobre o contexto educacional e começa dizendo sobre a declaração de


Salamanca de 1994, sobre a LDB e a educação universal e que respeita todas as diferenças.
Disse também sobre o público alvo da educação especial, destacando estes as PCD, que seriam
pessoas que possuem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, crianças com TEA ou superdotação. Além disso, enfatiza o contexto desse público e
ressalta que quando uma pessoa procura uma escola o processo de inclusão já começa pela
matricula. Destaca que no Brasil a partir de um senso de 2020, 1, 3M de crianças com
deficiência estão matriculadas na rede regular de educação. Além disso, ressalta que os pais
tem direito a escolha em matricular na rede regular ou especial mas sempre tentando priorizar
a rede regular. Logo, coloca que no Brasil as vezes se pensa que inserir é incluir, mas isso não é
bem assim, as pessoas precisam ser tratadas com equidade e de fato precisam ser inclusas e
não inseridas, as vezes inserir pode ser também um processo de segregação. Logo, quais os
direitos e possibilidades para com estas pessoas? Como incluir? O professor deixa essas
indagações e continua dizendo sobre o AEE que conta com rede de apoio, tecnologias
assistidas, tradutores, interpretes, sala de recurso multiprofissional, políticas públicas que
respaldam a garantia de acesso e aprendizado para a criança. E coloca que em relação as
questões sobre acessibilidade, as escolas precisam estar preparadas do ponto de vista
arquitetônico entre outros para receber essas pessoas e não o contrário. E termina dizendo
que não se faz inclusão sem uma visão multidisciplinar.

Fala Prof. Adamir:

O professor diz sobre a inclusão de pessoas no mercado de trabalho e demarca de início a lei
de cotas de 1991 e destaca que 24% das pessoas no Brasil tem algum tipo de deficiência de
acordo com o IBGE de 2010. Além disso ressalta que estão incluídos nesta lei todos os tipos de
deficiência e que apesar desta dizer sobre 5% dos empregados terem que ser PCD, nas grandes
empresas do Brasil essa lei ainda não é cumprida. Nas 500 maiores empresas somente 2% se
cumpre. Além disso, o professor coloca que a deficiência é algo intrínseco a natureza humana
e que quase todos vamos ter alguma deficiência em algum momento da vida, mesmo que de
ordem temporária. Logo, coloca que mais de 50% das deficiências são adquiridas e traz
exemplos como Stephen Hawking e o goleiro da chapecoense, o primeiro com sua
condição a partir de uma desordem orgânica e o segundo a partir de um acidente de
avião.
Logo, questiona, será que estamos em uma sociedade inclusiva? E continua dizendo
sobre os períodos históricos como a fase de exclusão, segregação, integração e inclusão.
Dessa forma, coloca que a inclusão ocorre de 1990 em diante e que apesar de todas as
barreiras vencidas ainda é comum a coexistência de barreiras e matrizes ultrapassadas.
Vimemos em um processo de transformação histórico e a exclusão aos poucos vai se
modificando (deixando de existir em alguns lugares e tomando novas formas em
outros). Uma das principais barreiras a serem vencidas seria a atitudinal e o preconceito
de acordo com a ideia passada pelo professor em sua fala. Por fim, ressalta que a
inclusão deve acontecer em todos os lugares e que as PCD precisam de oportunidades e
que o que falta é que a sociedade veja para além da deficiência. Dessa forma, o primeiro
passo é reconhecer o preconceito e nos mesmos e nos outros para entender a diferença e
buscar sempre desconstruir a cada dia visando a superação de formas ultrapassadas de
se viver e de pensar. Por conseguinte o professor ressalta que os desafios da sociedade
giram em torno de não criar rótulos e estigmas, valorizar o potencial das PCD, propor
maior visibilidade em todas as instancias e conviver mais. Tornar acessibilidade um
conceito de vida.

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