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MINISTÉRIO PÚBLICO

• Artigo 219.º

• Funções e estatuto

• 1. Ao Ministério Público compete representar o Estado e defender os interesses que


a lei determinar, bem como, com observância do disposto no número seguinte e nos
termos da lei, participar na execução da política criminal definida pelos órgãos de
soberania, exercer a ação penal orientada pelo princípio da legalidade e defender a
legalidade democrática.

• 2. O Ministério Público goza de estatuto próprio e de autonomia, nos termos da lei.


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• 3. A lei estabelece formas especiais de assessoria junto do Ministério Público nos


casos dos crimes estritamente militares.

• 4. Os agentes do Ministério Público são magistrados responsáveis, hierarquicamente


subordinados, e não podem ser transferidos, suspensos, aposentados ou demitidos
senão nos casos previstos na lei.

• 5. A nomeação, colocação, transferência e promoção dos agentes do Ministério


Público e o exercício da ação disciplinar competem à Procuradoria-Geral da
República.

• *****

• O MP faz parte do Poder Judicial mas não constituí órgão de soberania


MINISTÉRIO PÚBLICO

• -O Ministério Público é uma magistratura paralela e independente da magistratura


judicial – artº 75º/1 EMP

• - goza de autonomia em relação aos demais órgãos do Estado mormente o Governo


e o Ministro da Justiça

• O Ministério Público (MP) é um órgão constitucional com competência para exercer a


ação penal, participar na execução da política criminal definida pelos órgãos de
soberania, representar o Estado e defender a legalidade democrática e os interesses
que a lei determinar (artigo 219.º/1, CRP).
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• Gozando de estatuto próprio, o MP está organizado como uma magistratura


processualmente autónoma, em dois sentidos:

• 1-no da não interferência de outros poderes na sua atuação,

• 2- e no da sua conceção como magistratura distinta, orientada por um princípio de


separação e paralelismo relativamente à magistratura judicial (artigos 219.º/2, CRP;
2.º/1, 75.º/1, Estatuto do Ministério Público/EMP).

• Essa autonomia define-se pela vinculação a critérios de legalidade e objectividade e


pela exclusiva sujeição dos seus magistrados às diretivas, ordens e instruções
previstas no EMP (artigo 2.º).
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• Com estrutura vertical, organiza-se hierarquicamente, do topo para a base, nos


seguintes termos: o Procurador-Geral da República, seu chefe máximo, com
jurisdição sobre os demais magistrados: o Vice-Procurador-Geral da República, os
procuradores-gerais-adjuntos, os procuradores da República e os procuradores-
adjuntos.

• A atuação desses agentes, constitucionalmente qualificados como magistrados, está


vinculada a três grandes princípios (artigos 219.º/4, CRP; 76.º, 78.º, EMP):

• 1— Responsabilidade: os magistrados do Ministério Público respondem, nos termos


da lei, pelo cumprimento dos seus deveres e pela observância das diretivas, ordens
e instruções que receberem;
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• 2— Hierarquia: subordinação dos magistrados aos de grau superior, e consequente


obrigação de acatamento por aqueles das diretivas, ordens e instruções recebidas;

• 3— Estabilidade: os magistrados não podem ser transferidos, suspensos,


aposentados ou demitidos ou, por qualquer forma, mudados de situação senão nos
casos previstos no seu Estatuto.

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