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1 Capitulo I.

Notas introdutórias

1.1 Introdução

1.2 Objectivos

1.2.1 Gerais

1.2.2 Específicos

1.3 Metodologias
2 Capitulo II. Marco Teórico

2.1 Breve Historial do Ministério Público no contexto Moçambicano

A procuradoria-geral da república (PGR) é o órgão superior do ministério público (MP), que no


exercício das suas competências deve zelar pelo controlo e observância da legalidade e, pela
fiscalização do cumprimento das leis e de outros diplomas legais pelos órgãos centrais e locais
do estado, pelas pessoas colectivas de direito público e privado, pelos funcionários e agentes do
estado e pelos cidadãos.

Em 1985, tendo em vista uma administração da justiça mais eficaz, a procuradoria da república e
o ministério da justiça iniciaram um processo de estudo dos mecanismos tendentes à
materialização dos princípios consagrados na constituição da república. tal trabalho culminou
com a elaboração da proposta de um projecto de lei sobre a institucionalização da procuradoria
da república, que foi aprovado no decurso da iii sessão ordinária da assembleia popular em 19 de
Setembro de 1989, neste caso a lei nº 6/89, de 19 de Setembro.

A lei nº 6/89, de 19 de Setembro extinguiu a procuradoria da república, criou e


institucionalizou a procuradoria-geral da república (PGR), como órgão superior do ministério
público. a mesma lei definiu a PGR, a sua natureza, seu posicionamento no sistema de
administração da justiça (SAJ), sua composição orgânica e o modo de funcionamento.

Foi através desta lei que se estabeleceu que a PGR goza de autonomia em relação aos outros
órgãos do estado.

Com o decorrer do tempo, o ministério público conheceu uma evolução no que diz respeito ao
desenvolvimento institucional, cobertura territorial, capital humano, tramitação processual,
natureza, posicionamento, orgânica e modo de funcionamento facto que foi possível, mormente,
através da aprovação de sucessivos dispositivos legais, designadamente, a constituição da
república de Moçambique (CRM) de 1990, que definiu que o ministério público constitui uma
magistratura hierarquicamente organizada, subordinada ao procurador-geral da república e,
consequentes dispositivos, nomeadamente:
 Lei nº 22/2007 de 01 de Agosto;

Esta lei introduziu valiosas alterações nomeadamente, a criação do estatuto dos magistrados do
ministério público e ainda, do conselho superior da magistratura do ministério público, órgão de
gestão e acção disciplinar, dos magistrados, oficiais de justiça e assistentes de oficiais de justiça
do ministério público.

 Lei nº8/2009, de 11 de Março

Altera a lei 22/2007.de 11 de agosto e, cria a categoria de Sub-Procurador – geral- adjunto, na


carreira da magistratura do ministério publico.

Estes, por sua vez, representam o ministério público junto dos tribunais superiores de recurso;

 Lei nº 14/2012, de 8 de Fevereiro

Introduz alterações à lei 22/2007, de 1 de agosto nos artigos que referenciam as competências do
ministério público, os órgãos e agentes do ministério público, acrescentando a SUB-
procuradoria-geral e o gabinete central de combate à corrupção; os artigos que referenciam a
definição, competências e composição do consultivo da PGR e do conselho coordenador do
ministério público.

 Lei nº 4/2017 de 18 de Janeiro

A presente clarifica o as competências do ministério público, conferindo maior eficácia na sua


intervenção, bem como, define o gabinete central de combate à corrupção como órgão
especializado confere na prevenção e no combate aos crimes de corrupção, peculato e
concussão, de âmbito nacional, compreendendo os gabinetes provinciais de combate à corrupção.

 Lei nº 1/2022 de 12 de Janeiro

A presente lei esta em vigor, introduz alterações a lei nº 4/2017, de 18 de Janeiro a mesma
reforça a orgânica do MP e cria novos órgãos, designadamente (i) gabinete central de combate à
criminalidade organizada e transnacional, órgão de nível central responsável em exercer acção
penal contra crimes relacionados com o terrorismo, branqueamento de capitais, raptos, tráficos
de pessoas e órgãos humanos, imigração ilegal e tráfico internacional de drogas e armas, bem
assim contra os crimes relacionados com a segurança do estado e (ii) o gabinete central de
recuperação de activos, com representações ao nível provincial, com a missão de identificação,
rastreamento, apreensão e recuperação de activos, instrumentos, produtos e vantagens de
qualquer natureza relacionadas com a prática de actividade ilícita ou criminosa dentro ou fora do
país.

2.2 O Funcionamento do Ministério Público


O MP é uma magistratura comprometida com o estado de direito democrático e com as garantias
constitucionais, funcionalmente autónoma.

2.2.1 Quando o ministério público atua?


A presença do MP somente é indispensável quando o processo tratar de assunto em que haja
interesse público ligado à qualidade de uma das partes ou à natureza da questão (direitos sociais
e individuais indisponíveis, difusos, colectivos).

Organização e função do ministério Público a primeira constituição do país, aprovada a 20 de


Junho de 1975, com alterações introduzidas em 1978, estruturaram o MP como um órgão
judiciário “stricto sensu”, autónomo, desvinculado do executivo, funcionalmente independente
dos tribunais.

O MP esteve sob superintendência do ministério da justiça, tendo as suas competências sido


alargadas, com a aprovação da lei nº12/78, de 2 de Dezembro, lei da organização judiciária do
país

A Lei n.º 6/89, de 19 de Setembro institucionalizou a PGR como órgão superior do MP.

A lei n.º 22/2007, de 1 de agosto consolidou a autonomia do MP e estabeleceu o estatuto dos


magistrados do MP.

Recentemente foi aprovada a lei n.º 4/2017, de 18 de Janeiro que veio clarificar as competências
dos órgãos do MP conformando-se com a constituição da república de Moçambique (CRM).
O ministério público constitui uma magistratura hierarquicamente organizada, subordinada ao
procurador-geral da república.

O MP é uma magistratura comprometida com o estado de direito democrático e com as garantias


constitucionais, funcionalmente independente, eficaz no combate ao crime, garante da legalidade
e efectiva protecção dos direitos e legítimos interesses dos cidadãos e das pessoas jurídicas.

O MP exerce a acção penal pública, dirige a investigação dos factos puníveis, assegura a
representação e defesa do interesse público e social, controla a legalidade e garante a protecção
dos menores, ausentes e incapazes, bem como dos cidadãos e pessoas jurídicas em geral, no
respeito pelos direitos humanos.

O MP orienta todas as suas acções no respeito pelos seguintes valores fundamentais:


independência, objectividade, transparência, eficiência, integridade, equidade, acessibilidade e
celeridade.

2.3 Órgãos do Ministério Público

A partir da Lei Orgânica Nacional do MP (Lei nº 8.625/1993), verifica-se que há três tipos de
órgãos dentro do MP: órgãos de administração, órgãos de execução e órgãos auxiliarem. Cada
MPE também possui sua própria lei orgânica.

a) Órgãos de Administração

O Arts. 5º e 6º da LOMP estabelecem como órgãos da Administração do MP:

 Procuradoria-Geral da Justiça;
 Colégio de Procuradores de Justiça;
 Conselho Superior do Ministério Público;
 Corregedoria-Geral do Ministério Público;
 Procuradorias de Justiça;
 Promotoras de Justiça.

A Procuradoria-Geral da Justiça, o Colégio de Procuradores de Justiça, o Conselho Superior do


MP e a Corregedoria-Geral do MP integram a Administração Superior.
b) Órgãos de Execução

São assim determinados no Art. 7º da LOMP:

 Procurador-Geral de Justiça;
 Conselho Superior do Ministério Público (também é órgão da administração);
 Procuradores de Justiça;
 Promotores de Justiça.

c) Órgãos auxiliarem

Listados pelo art. 8º da LOMP:

 Centros de Apoio Operacional;


 Comissão de Concurso (concurso dos membros, e não dos servidores);
 Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional;
 Órgãos de apoio administrativo;
 Estagiários.
3 Capitulo III. Notas Finais

3.1 Conclusão
3.2 Referências Bibliográfica

.Código processo penal de Moçambique 2016 colecção universitária editora minerva press
.Constituição república Moçambique editora imprensa nacional 2018 lei01/2018 de 12 de Julho

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