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1105201722
Amorim LKA, Souza NVDO, Pires AS et al. O trabalho do enfermeiro: reconhecimento e...
ARTIGO ORIGINAL
O TRABALHO DO ENFERMEIRO: RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO
PROFISSIONAL NA VISÃO DO USUÁRIO
THE NURSE’S ROLE: RECOGNITION AND PROFESSIONAL APPRECIATION IN THE USER’S
VIEW
EL TRABAJO DEL ENFERMERO: RECONOCIMIENTO Y VALORIZACIÓN PROFESIONAL EN LA VISIÓN
DEL USUARIO
Luanna Klaren de Azevedo Amorim1, Norma Valéria Dantas de Oliveira Souza2, Ariane da Silva Pires3, Eliane
Silva Ferreira4, Mariana Barci de Souza5, Angélica Cristina Roza Pereira Vonk6
RESUMO
Objetivo: identificar o entendimento dos usuários de um hospital universitário sobre o trabalho do
enfermeiro, em termos do seu reconhecimento e valorização profissional. Método: estudo exploratório-
descritivo, com abordagem quantitativa, com 65 usuários das enfermarias cirúrgicas e clínicas. O instrumento
de coleta foi um formulário. Os dados foram tabulados no programa Excel Office e apresentados em tabelas.
Resultados: houve predominância do sexo feminino; faixa etária entre os 55 e 64 anos; e baixo grau de
escolaridade. Os participantes declararam saber quem é o enfermeiro, qual é o seu grau de escolaridade,
porém um número significativo não conhecia a composição da equipe de enfermagem. Sobre o
reconhecimento do trabalho do enfermeiro, considerou-se importante e positiva. Conclusão: houve
contradições no entendimento dos usuários sobre o trabalho do enfermeiro, pois afirmaram saber quem é o
enfermeiro, mas não sabiam sobre suas atividades. Descritores: Enfermagem do Trabalho; Recognição
(Psicologia); Papel do Profissional de Enfermagem; Recursos Humanos de Enfermagem; Serviço Hospitalar de
Enfermagem.
ABSTRACT
Objective: to identify the understanding of users of a university hospital about the role of nurses, in terms of
their recognition and professional appreciation. Method: an exploratory and descriptive study, with a
quantitative approach, with 65 users of surgical and clinical wards. The collection instrument was a form and
the data was tabulated in the Excel Office program and presented in tables. Results: there was predominance
of females; age group between 55 and 64 years; and low schooling. Participants reported knowing who the
nurse is, what their level of education was, but a significant number did not know the composition of the
nursing team. On the recognition of nurses' role, it was considered important and positive. Conclusion: there
were contradictions in the users’ understanding of nurses’ role, because they affirmed knowing who the nurse
was, but did not know about their activities. Descriptors: Occupational Health Nursing; Recognition
(Psychology); Nurse's Role; Nursing Staff; Nursing Service, Hospital.
RESUMEN
Objetivo: identificar el entendimiento de los usuarios de un hospital universitario sobre el trabajo del
enfermero, referente a su reconocimiento y valorización profesional. Método: estudio exploratorio-
descriptivo, con enfoque cuantitativo, con 65 usuarios de las enfermerías quirúrgicas y clínicas. El
instrumento de recolección fue un formulario. Los datos fueron tabulados em el programa Excel Office y
presentados en tablas. Resultados: hubo predominancia del sexo femenino; grupo de edad entre los 55 y 64
años; y bajo grado de escolaridad. Los participantes declararon saber quién es el enfermero, cuál es su grado
de escolaridad, pero un número significativo no conocía la composición del equipo de enfermería. Sobre el
reconocimiento del trabajo del enfermero, se consideró importante y positiva. Conclusión: hubo
contradicción en el entendimiento de los usuarios sobre el trabajo del enfermero, pues afirmaron saber quién
es el enfermero, pero no sabían sobre sus actividades. Descriptores: Enfermería del Trabajo; Reconocimiento
(Psicología); Rol de la Enfermera; Personal de Enfermería; Servicio de Enfermería en Hospital.
1
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Enfermeira Assistencial, Maternidade Escola,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: luklaren@yahoo.com.br; 2Enfermeira, Doutora em
Enfermagem, Diretora da Faculdade de Enfermagem, Professora Permanente do Programa de Mestrado e Doutorado em Enfermagem,
Professora Associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ),
Brasil. E-mail: norval_souza@yahoo.com.br; 3Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Enfermeira do Trabalho e Estomaterapeuta, Professora Assistente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica, Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: arianepires@oi.com.br; 4Enfermeira, Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (ENF/UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: lilihappy09@gmail.com; 5Enfermeira, Residente de Enfermagem, Programa de
Terapia Intensiva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: mariana.barci@hotmail.com;
6
Enfermeira, Cientista Social, Mestre em Ciências da Saúde, Instituto Fernandes Figueira, Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail:
angelicarozapereira@hotmail.com
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1918-25, maio., 2017 1918
ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201722
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Os dados sobre a internação dos pacientes ser a que estavam vivenciando no momento
investigados demonstraram que 24,6% nunca da coleta dos dados. Em contrapartida, a
tiveram outra internação hospitalar, a não grande maioria já havia experienciado outras
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1918-25, maio., 2017 1920
ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201722
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atividade mais importante; e 14 vezes (21,5%) Por fim, a quarta atividade mais citada foi o
como terceira atividade mais importante. acolhimento ao paciente: cinco (7,7%) dos
A segunda atividade mais citada foi o entrevistados a entenderam como a de maior
tratamento de feridas: 15 (23,1%) entrevistados relevância; nove (13,8%) como a segunda
a entenderam como a mais importante; 9 atividade mais importante; e oito (12,3%) como
(13,8%) como a segunda mais importante; e a terceira.
também 9 (13,8%) como a terceira. A supervisão e liderança, atividades
A terceira atividade mais referida foi a exclusivas do enfermeiro, foram apenas citadas
higiene pessoal do cliente: sete entrevistados por cinco (7,7%) e quatro (6,2%) entrevistados,
(10,8%) a identificaram como a mais importante; respectivamente.
oito (12,3%) como a segunda em ordem de
importância; e 10 (15,4%) como a terceira mais
importante.
Tabela 4. Frequência simples e relativa da lista de
atividades desenvolvidas pelo enfermeiro segundo a
opinião dos clientes internados. Rio de Janeiro, (RJ),
Brasil (2013)
1ª Lista de Atividades N=65 %
Administrar medicação 21 32,3
Tratamento de feridas 15 23,1
Higiene pessoal do cliente 7 10,8
Acolher o paciente 5 7,7
Avaliar o paciente 5 7,7
Coleta de sangue 4 6,2
Sinais vitais 3 4,6
Auxiliar o médico 1 1,5
Primeiros socorros 1 1,5
Punção venosa 1 1,5
Sondagem nasal e vesical 1 1,5
Não respondeu 1 1,5
2ª Lista de Atividades N=65 %
Administrar Medicação 16 24,6
Acolher o paciente 9 13,8
Tratamento de feridas 9 13,8
Higiene pessoal do cliente 8 12,3
Sinais Vitais 7 10,8
Liderança e supervisão de 5 7,7
enfermagem
Punção venosa 3 4,6
Não respondeu 2 3,1
Avaliar o paciente 2 3,1
Fornecer oxigenioterapia 1 1,5
Primeiros Socorros 1 1,5
Retirada de cateter 1 1,5
Trabalhar junto com os médicos 1 1,5
3ª Lista de Atividades N=65 %
Administrar Medicação 14 21,5
Higiene Pessoal do cliente 10 15,4
Tratamento de feridas 9 13,8
Acolher o paciente 8 12,3
Avaliar o paciente 5 7,7
Liderança e supervisão de 4 6,2
enfermagem
Sinais Vitais 4 6,2
Não respondeu 3 4,6
Exame Físico 3 4,6
Primeiros socorros 2 3,1
Limpar o chão 1 1,5
Retirar pontos 1 1,5
Ser um bom profissional 1 1,5
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1918-25, maio., 2017 1922
ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201722
Amorim LKA, Souza NVDO, Pires AS et al. O trabalho do enfermeiro: reconhecimento e...
enfermeiro (no que diz respeito à carga horária ser um fator que dificulta a adequada distinção
Modelo
das tarefas dos enfermeiros, auxiliares e
Biomédicode trabalho) 9,2% (6); e a visão puramente
, nao tecnicista de alguns profissionais (que se refere técnicos de enfermagem.11
seguem o aos cuidados realizados de forma mecânica ou Os dados sobre o conhecimento que os
cuidado técnica sem nenhuma preocupação do participantes têm em relação ao trabalho do
holistico profissional com a subjetividade do cliente) enfermeiro demonstram algumas questões
4,6%. contraditórias. Sobre a escolaridade mínima
necessária para obter a formação de
DISCUSSÃO
enfermeiro, a maioria dos participantes
A maior parte dos participantes da pesquisa demonstra conhecer que é necessário o ensino
foi composta por mulheres. Esse dado está superior completo. No entanto, um percentual
relacionado com o fato de as mulheres, de uma expressivo, mais de 40% dos usuários analisados,
forma geral, se preocuparem mais com a saúde afirma não conhecer a composição da equipe de
do que os homens, utilizando regularmente os enfermagem. Logo, depreende-se um aspecto
serviços de saúde. Tal realidade não é apenas da paradoxal, visto que eles relatam que o
população deste estudo, e sim de todo o Brasil; enfermeiro deve ter nível superior, mas não
por isso, várias entidades científicas e de saúde sabem quem são os membros da equipe e o nível
se uniram ao Ministério da Saúde para criar em de instrução de cada um deles.
2008 a Política Nacional de Atenção Integral à Outro estudo que discute a identidade
Saúde do Homem, com a finalidade de mudar profissional do enfermeiro destaca que muitas
esse quadro.8 vezes ocorre a sobreposição da figura/atribuição
No que se refere à faixa etária da população, do enfermeiro diante de outros profissionais de
constata-se que o intervalo mais expressivo foi enfermagem, como também de outros
de 55 a 64 anos, ou seja, pessoas que estão na profissionais da equipe multiprofissional. Além
transição da vida adulta para a idosa. Segundo o disso, o objeto de trabalho do enfermeiro, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística cuidado, não está totalmente consolidado na
(IBGE), no censo brasileiro realizado em 2010, a visão dos usuários e profissionais, o que acarreta
população brasileira mudou o seu perfil etário, alguns prejuízos para o fortalecimento de sua
ocorrendo um aumento de idosos em nosso identificação profissional.12
país.9 Um dos motivos da dificuldade de
Outro fenômeno decorrente de tal diferenciação de papéis entre os membros da
característica da pirâmide etária é a elevação, equipe de enfermagem, por parte dos usuários,
nessa faixa de idade, do número de doenças é a conduta profissional do enfermeiro, que fica
crônicas não transmissíveis (como hipertensão, mais distanciado do cuidado direto ao paciente
diabetes e câncer), o que repercute no aumento devido, por um lado, ao elevado número de
dos índices de internação e reinternação, como tarefas administrativas e, por outro, ao número
também no aumento da procura por serviços de menor de enfermeiros comparado aos demais
saúde da população na faixa adulta e idosa. Essa integrantes da equipe de enfermagem.11
análise contribui para a compreensão do número Segundo Conselho Regional de Enfermagem do
de internações vivenciadas pelos participantes Rio de Janeiro (COREN-RJ), em 2012, apenas
da pesquisa, que, em média, apresentam um 18% da população de profissionais inscritos no
grande número de reinternações.10 Conselho eram enfermeiros, enquanto 51% eram
Quanto ao grau de escolaridade, verifica-se de técnicos e 31% de auxiliares de
um quantitativo elevado de pessoas com baixo enfermagem.13
grau de instrução formal, inclusive com uma Ainda sobre essa questão da dificuldade de
parcela de 15,4% de analfabetos, em detrimento diferenciação de papéis, considera-se que há
de o nível de escolaridade da população uma distorção nesse “pleno conhecimento”, pois
brasileira ter crescido: se em 2000, o índice de a própria categoria sofre com confusões de
analfabetos na população brasileira era de papéis entre a própria equipe e,
65,1%, em 2010 esse número caiu para 50,2%. frequentemente, com atribuições de outros
Apesar de se registrar o aumento da profissionais da saúde.2
escolaridade, há de se evidenciar que ainda é Verificou-se que mais da metade dos
precária a escolaridade de uma parcela profissionais de enfermagem se identifica ao
significativa da população.9 realizarem os cuidados; no entanto, ao
Tal fato é um complicador em relação ao que somarmos as categorias poucas vezes e nunca,
a presente pesquisa investiga, uma vez que, no constata-se que quase metade da equipe de
caso da enfermagem, a mídia pouco contribui enfermagem não se identifica antes de
para distinguir os papéis profissionais das três prestarem os cuidados aos usuários do serviço.
categorias que compõem sua equipe e da função Alguns autores consideram esse dado
inerente ao enfermeiro. Assim, as preocupante e alertam que há aspectos legais
características de escolaridade da população sobre a falta de identificação profissional e a
investigada, junto com a pouca informação que realização de algum procedimento no
os meios de comunicação disponibilizam, podem paciente.2-11
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1918-25, maio., 2017 1923
ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201722
Amorim LKA, Souza NVDO, Pires AS et al. O trabalho do enfermeiro: reconhecimento e...
Solicitou-se aos participantes que listassem foi que permitiu ao grupo a identificação do
as atividades que consideravam exclusivas dos profissional de enfermeiro; ou seja, como já foi
enfermeiros a fim de as identificarmos. Entre identificado em outro estudo, o enfermeiro é
todas, a que teve o maior destaque foi reconhecido quando se aproxima do cuidado e
“administrar medicação”. Essa atividade está do contato direto com o paciente.16
diretamente relacionada com a dinâmica do
CONCLUSÃO
trabalho da enfermagem, já que a administração
de medicamentos (independentemente da sua No que se refere ao conhecimento que os
via de administração: oral, intramuscular e/ou usuários têm sobre o enfermeiro, conclui-se que
endovenosa) é uma prática realizada, em sua há algumas contradições, pois eles afirmam
maioria, por técnicos e auxiliares de saber quem era o enfermeiro e em sua maioria
enfermagem. No entanto, há certa distorção indicam corretamente a sua escolaridade;
nessa percepção dos participantes, uma vez que porém, uma parte significativa dos participantes
os enfermeiros, na instituição pesquisada, não não conhecia a composição da equipe de
realizam esse cuidado, exceto em casos enfermagem e as atividades desenvolvidas pelo
especiais.14 enfermeiro. Outro dado que corrobora essa
Outras atividades que sobressaem são a conclusão foi o resultado de que poucas vezes
higiene pessoal do cliente e o tratamento de conseguem identificar quem são os membros da
feridas, presentes na rotina laboral da equipe de equipe de enfermagem, os quais, em
enfermagem; porém, ressalta-se que o contrapartida, não se identificam na hora de
tratamento de feridas é de competência prestar algum cuidado.
exclusiva do enfermeiro, contudo a higiene não, A partir desses dados, torna-se perceptível a
pois usualmente quem presta esse cuidado é o responsabilidade que o próprio enfermeiro deve
técnico ou o auxiliar de enfermagem. Aspectos ter, na sua prática profissional, de promover
como liderança e supervisão de enfermagem não ações que gerem um maior reconhecimento da
tiverem destaques nos apontamentos dos profissão, de suas atribuições e de seu papel no
participantes do estudo. Apesar de que essas são processo de trabalho em saúde. A adoção dessa
atividades predominantemente desempenhadas conduta como “natural”, instituída na
pelos enfermeiros.15 sociedade, como se identificar por meio da
Os participantes da pesquisa, ao serem notificação de seu nome e função, contribui
questionados sobre quais palavras podiam para gerar maior reconhecimento, como
utilizar para descrever o profissional também aprendizado sobre a enfermagem e o
enfermeiro, em sua maioria, eles disseram que enfermeiro. Tal conduta pode servir de
tinham sentimentos afetivos positivos, era um estratégia para que o usuário saiba o que faz o
trabalho de excelência e reconhecido, bem enfermeiro, valorizando sua atuação profissional
como declararam a importância de no contexto da saúde.
características empáticas dirigidas ao Espera-se que este trabalho suscite outros
enfermeiro. Pesquisas anteriores destacam que sobre a temática, sensibilizando alunos,
os clientes/usuários frequentemente relacionam professores e pesquisadores. Desse modo,
a figura do enfermeiro a uma visão de carinho, sugerem-se estudos com um número maior de
afeto, amizade e proteção. O enfermeiro ainda participantes, visto que uma limitação desta
é lembrado como aquele profissional que está pesquisa foi uma amostra com quantidade
mais próximo a eles, conhecendo as suas pequena de usuários, impossibilitando uma
necessidades e, por isso, importantes e generalização. Também são necessários estudos
reconhecidos positivamente no trabalho em que abordem a visão de gênero, outra limitação
saúde.1-15 desta investigação, com o fim de captar
Esse sentimento remete às diferentes diferenças na percepção de homens e mulheres
dimensões do reconhecimento. A primeira está sobre o trabalho de enfermagem.
relacionada ao sentido de constatação, definido
REFERÊNCIAS
como “reconhecimento da realidade que
representa a contribuição individual, específica 1. Andrade AC. A enfermagem não é mais uma
à organização do trabalho”; ou seja, nela é profissão submissa. Rev Bras Enferm [Internet].
necessário que os envolvidos hierarquicamente 2007 Jan/Feb [cited 2015 Dec 04];60(16):96-8.
na organização laboral admitam as suas falhas Available from:
no processo de trabalho e reconheçam a http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n1/a18v60
importância do trabalhador na mesma,3 o que n1.pdf
não é possível de ser observado neste trabalho. 2. Pires D. A enfermagem enquanto disciplina,
A segunda dimensão é em relação ao sentido profissão e trabalho. Rev Bras Enferm [Internet].
de gratidão, ou seja, reconhecer a contribuição 2009 Sept/Oct [cited 2015 Dec 08];62(5):739-44.
dos trabalhadores na organização do trabalho3. Available from:
Foi essa a dimensão que ficou em evidência. O http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n5/15.pdf
contato com o usuário e o estabelecimento de 3. Gernet I, Dejours C. Avaliação do trabalho e
uma relação interpessoal e subjetiva no cuidado reconhecimento. In: Bendassolli PF, Soboll AP,
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(5):1918-25, maio., 2017 1924
ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.11077-98857-1-SM.1105201722
Amorim LKA, Souza NVDO, Pires AS et al. O trabalho do enfermeiro: reconhecimento e...