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𝜕2ℎ 𝜕2ℎ
+ =0 (solo isotrópico em relação à permeabilidade kx=kz)
𝜕𝑥 2 𝜕𝑧 2
O fato da equação básica do fluxo bidimensional ser uma equação de Laplace significa que as linhas de
fluxo interceptam ortogonalmente as linhas equipotenciais na forma de redes de fluxo.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL
A solução da Equação de Laplace são dois grupos de curvas ortogonais entre si.
No caso do fluxo:
Linhas de Fluxo
Linhas Equipotenciais
Kx=kz=k
Nf : 3,5
Nd : 8
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS
Gradiente hidráulico
O gradiente vale: ∆ℎ ℎ 6
𝑖= = = = 0,5 cm/cm
𝑙 𝑙 .𝑁𝐷 2 .6
Vazão
Para cálculo da vazão, consideremos um elemento qualquer da rede. A vazão por este elemento vale:
ℎ
𝑞 = 𝑘 . 𝑙 .𝑁 . 𝑏. ℎ
𝐷 𝑞=𝑘.
𝑁𝐷
CÁLCULO DA PERCOLAÇÃO COM BASE EM REDES DE FLUXOS
Vazão de percolação: Q
Em todos os elementos ao longo do canal de fluxo a que pertence este elemento, a
vazão é a mesma.
Por outro lado, nos outros canais, a vazão também é a mesma, pois o princípio de
construção da rede foi justamente o de se constituírem canais com a mesma vazão. A
vazão total vale, portanto:
𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
Nd = 6
𝑁𝑓 = 4
𝑁𝑓 4
Q = 𝑘. ℎ. = 0,05 . 6 . = 0,2𝑐𝑚3 /𝑠
𝑁𝑑 6
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL
Nos casos de fluxo bidimensionais, as redes de fluxo precisam ser traçadas mantendo-
se os mesmos princípios: canais de igual vazão e zonas de igual perda de potencial.
Exemplo um permeâmetro curvo.
Linhas de Fluxo
• A face interna do permeâmetro, o arco AC, é uma
linha de fluxo. Nela o gradiente é igual a 6/12 = 0,5
• A face externa do permeâmetro, o arco BD, também
é uma linha de fluxo, ao longo dela o gradiente é
6/24 = 0,25
• Todas as outras linhas serão arcos de círculos
concêntricos. Como o comprimento de cada arco é
diferente, também são os gradientes. Sabendo que k
é constante, conclui-se que as velocidades de
percolação serão diferentes, sendo menores junto à
face externa do que junto à face interna.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL
Linhas de Fluxo
• Nas redes de fluxo, que se pretende com as
linhas de fluxo é que elas delimitem canais de
fluxo de igual vazão.
• Bom, se a velocidade é menor junto à face
externa, é preciso que os canais próximos a ela
sejam mais largos do que os canais junto à face
interna;
• V=ki
• Q=kiA
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL
1. Soluções Analíticas
2. Modelos reduzidos
Correlação com o protótipo (estrutura real) por meio da construção de um modelo
físico em escala reduzida (determinação das linhas de fluxo através do solo por meio
de corantes).
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL - MÉTODOS DE TRAÇADO DE
REDE DE FLUXO
3. Soluções Gráficas
Solução gráfica da
equação de Laplace a
partir do traçado de
algumas linhas de
fluxo e equipotenciais
no domínio de fluxo.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL
4. Soluções Numéricas
Solução da equação de Laplace por meio da utilização de recursos computacionais,
através de métodos numéricos como os de “diferenças finitas”, “métodos dos
elementos finitos”.
REDE DE FLUXO - CARGAS
Tensão Total
𝜎 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 . ℎ1 + 𝛾𝑤 . 𝐻𝑎
Poropressão em um ponto específico
hP= hT - hA
𝑢
hP = hT
𝛾𝑤
𝑢=𝛾𝑤 . (ha− hp) 10 x (20-2,50
𝑢
= (ha− hp)
𝛾𝑤
hA
Tensão efetiva
𝜎′ = 𝜎 − 𝜇
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO – FLUXO BIDIMENSIONAL
1- Calcule a vazão que passa pela fundação sabendo que o coeficiente permeabilidade do
solo k= 1,0 x 10-7 m/s.
𝑁𝑓
1. Vazão de percolação: Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
ℎ = 4,5 − 0,5 = 4,0
𝑁𝑓 4,3
Q = 𝑘. ℎ. = 1,0 x 10−7 𝑥 4
𝑁𝑑 12
Q = 1,43𝑥10−7 𝑚3 /𝑠 / m
REDE DE FLUXO - CARGAS
L = 3 m (escala no desenho)
REDE DE FLUXO - CARGAS
𝑖𝑐𝑟
𝐹𝑆 = >2
𝑖
19−10
𝑖𝑐𝑟 = = 0,9m/m
10
i = 0,37 m/m
0,9
𝐹𝑆 = = 2,2
0,37
REDE DE FLUXO - CARGAS
𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
3 cm3
Q= 1,4x10−5.1500.= 0,0105 /cm
6 s
• Em 100m de comprimento: Q = 0,0105 . 10000 = 105cm³/s
• Em 1 mês: Q = 105 . 30 . 24 . 60 .60
• Q= 272160000 cm³/mês
• Q= 272,16 m³/mês
3. Para a cortina com 100m de comprimento, representada pela
figura ao lado, calcular:
3 m 3
Q= 5,0x10−4. 26,5 . = 5,7x10−3 /m (em cada lado)
7 s
m3
Q = 1,14x10−2 /m
s
Por dia:
984,96m3
Q= 1,14x10−2.24.60.60 = dia
/m
4. A Figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento
longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾=20kN/m3 e k=5x10-4 m/s
b) Calcule a pressão neutra e as tensões verticais totais e efetivas no ponto A .
No ponto A:
26,5
hp= n.∆ℎ = 1. = 3,76 m
7
𝑢=𝛾𝑤 . (ha− hp)
𝑢=10. ((19,0+13,5)− 3,76) = 287,4 kPa
𝜎 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 . ℎ1 + 𝛾𝑤 . 𝐻𝑎
𝜎 = 20. 19 + 10.13,5 = 515 𝑘𝑃𝑎.
𝜎 ′ = 𝜎 − 𝜇 = 515 − 287,4
𝜎 ′ = 227,6 kPa
4. A Figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento
longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾=20kN/m3 e k=5x10-4 m/s
c) Determine o fator de segurança em relação à ruptura hidráulica no fundo da escavação .
𝑖𝑐𝑟
𝐹𝑆 = >2
𝑖
20−10
𝑖𝑐𝑟 = = 1,0 m/m
10
ℎ 26,5
∆ℎ = = = 3,786
𝑁𝐷 7
∆ℎ 3,786
𝑖= = = 0,95
𝑙 4
1,0
𝐹𝑆 = = 1,05 < 2
0,95
REFERÊNCIAS
Pinto, C.S (2000). Curso Básico de Mecânica dos Solos. 2 Ed. Oficina de textos, São
Paulo, SP, 355p
Das, B.M. (1990). Fundamentos de engenharia geotécnica. Tradução da 6. Ed
americana. São Paulo: Thomson Learning, 562p
Caputo, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações [v.2]. Livro técnico,
1981.
Craig, R.F. (1974) – “Soil Mechanics” – Van Nostrand Reinhold Company Ltd
Gerscovich, D.M.S (2012). Estabilidade de taludes. Oficina de textos, São Paulo, SP,
166p
AYSEN, A. Soil Mechanics: Basic Concepts and Engineering Applications. Lisse:
Swets & Zeitlinger, 2002.