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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FLUXO BIDIMENSIONAL EM SOLOS

Professora: Jéssika Cosme


FLUXO BIDIMENSIONAL

Rede de fluxo bidimensional

Métodos de traçados de redes de fluxo

Estudo da percolação com redes de fluxo


FLUXO BIDIMENSIONAL

 Quando as partículas seguem caminhos curvos, no entanto, contidos em planos paralelos o


fluxo é bidimensional;
 Um exemplo é a percolação de água nas fundações de uma barragem.
FLUXO BIDIMENSIONAL

 A equação básica do fluxo bidimensional é uma Equação de Laplace.

𝜕2ℎ 𝜕2ℎ
+ =0 (solo isotrópico em relação à permeabilidade kx=kz)
𝜕𝑥 2 𝜕𝑧 2

 O fato da equação básica do fluxo bidimensional ser uma equação de Laplace significa que as linhas de
fluxo interceptam ortogonalmente as linhas equipotenciais na forma de redes de fluxo.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 A solução da Equação de Laplace são dois grupos de curvas ortogonais entre si.

 No caso do fluxo:
 Linhas de Fluxo
 Linhas Equipotenciais

 O conjunto das linhas de fluxo e das linhas equipotenciais é denominado de REDE


DE FLUXO.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 A rede de fluxo é um procedimento gráfico que consiste, basicamente, em traçar dois


conjuntos de curvas conhecidas com linhas de fluxo, que são as trajetórias das
partículas do líquido e por linhas equipotenciais ou linhas de igual carga total.
 O trecho compreendido entre duas linhas de fluxo consecutivas quaisquer é
denominado canal de fluxo. A vazão em canal de fluxo é igual à dos demais.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 A perda de carga Δh entre as linhas equipotenciais adjacentes denomina-se queda de


potencial.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 No caso de solos isotrópicos (propriedades iguais em todas as direções) e


homogêneos (mesmo material), as linhas de fluxo e equipotenciais formam figuras
que são basicamente “quadrados”.
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS

 Parâmetros obtidos da rede de fluxo:


Nf : número de canais de fluxo da rede.
Nd : número de quedas de potencial (perdas de carga) da rede.

 Dado disponível a partir da geometria do problema:


h : carga hidráulica total.

Kx=kz=k
Nf : 3,5
Nd : 8
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS

 O corpo de prova a seguir apresenta 12 cm de altura,


8cm de largura e 1cm na direção perpendicular ao
desenho.
 Verifica-se com os conhecimentos do assunto anterior que:
a) Na face inferior, a carga altimétrica é nula, a carga
piezométrica é de 20cm e a carga total é de 20cm;
b) Na face superior, a carga altimétrica é de 12cm, a carga
piezométrica é de 2cm e a carga total é de 14cm;
c) A diferença de carga de 6cm dissipa-se ao longo de 12cm.
O gradiente hidráulico, é de 0,5
d) A vazão dada pela Lei de Darcy, Q = 𝑘. 𝑖 . 𝐴 , é igual a
0,2cm3/s ( com k = 0,05cm/s).
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS

 Analisemos o problema agora, sob a ótica de redes


de fluxo.

 Qualquer gota de água que penetre na face inferior


da areia e se dirige à face superior segundo uma
linha reta são chamadas de linhas de fluxo.

 As próprias paredes verticais do permeâmetro são


linhas de fluxo. As faixas limitadas por linhas de
fluxo recebem o nome de canais de fluxo.
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS

 Analisemos agora as cargas, em qualquer ponto da


superfície inferior as cargas totais são iguais. Então
pode-se dizer que a linha que a representa é uma linha
equipotencial.
 Da mesma forma, a linha superior é uma linha
equipotencial. A diferença de carga, de 6 cm neste
exemplo, dissipa-se linearmente ao longo da linha de
percolação.
 Em todos os pontos a 2 cm da face inferior já ocorreu
uma dissipação de 1cm de carga, pois, sendo o gradiente
igual a 0,5 a cada 1 cm de percurso corresponde a uma
perda de potencial de 0,5cm.
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS

 A definição básica de que as linhas de fluxo devem


definir canais de igual vazão e que as equipotenciais
devem designar faixas de perda de potencial de igual
valor conduz para que a forma aproximada dos
elementos de fluxo sejam quadrados.
 A rede de fluxo se define:
a) Número de canais de fluxo (Nf = 4) ;
b) Número de faixas de queda de potencial (Nd = 6);
c) Dimensões de um quadrado genérico: b – largura do
canal de fluxo e l – distância entre equipotenciais,
b=l=2 cm.
ESTUDO DA PERCOLAÇÃO COM REDES DE FLUXOS

 Perda de carga entre equipotenciais


A construção com igual espaçamento entre as linhas equipotenciais teve como objetivo a perda de carga
igualitária em cada faixa de perda de potencial. ℎ 6
∆ℎ = = = 1 cm
𝑁𝐷 6

 Gradiente hidráulico
O gradiente vale: ∆ℎ ℎ 6
𝑖= = = = 0,5 cm/cm
𝑙 𝑙 .𝑁𝐷 2 .6

 Vazão
Para cálculo da vazão, consideremos um elemento qualquer da rede. A vazão por este elemento vale:

𝑞 = 𝑘 . 𝑙 .𝑁 . 𝑏. ℎ
𝐷 𝑞=𝑘.
𝑁𝐷
CÁLCULO DA PERCOLAÇÃO COM BASE EM REDES DE FLUXOS

 Vazão de percolação: Q
 Em todos os elementos ao longo do canal de fluxo a que pertence este elemento, a
vazão é a mesma.
 Por outro lado, nos outros canais, a vazão também é a mesma, pois o princípio de
construção da rede foi justamente o de se constituírem canais com a mesma vazão. A
vazão total vale, portanto:
𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑

 Pressões de água (poropressões): u

𝑢𝑝 = ℎ𝑝 . 𝛾𝑤 hp= carga piezométrica


CÁLCULO DA PERCOLAÇÃO COM BASE EM REDES DE FLUXOS

 Sabendo que k = 0,05 cm/s, calcule a vazão do sistema

 Nd = 6
 𝑁𝑓 = 4

𝑁𝑓 4
Q = 𝑘. ℎ. = 0,05 . 6 . = 0,2𝑐𝑚3 /𝑠
𝑁𝑑 6
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 Nos casos de fluxo bidimensionais, as redes de fluxo precisam ser traçadas mantendo-
se os mesmos princípios: canais de igual vazão e zonas de igual perda de potencial.
Exemplo um permeâmetro curvo.

 A areia está contida pelas telas AB e CD que são ortogonais às paredes do


permeâmetro. As distâncias AB e CD são iguais a 10cm, o arco AC mede 12cm e o
arco BD mede 24cm;
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 Linhas de Fluxo
• A face interna do permeâmetro, o arco AC, é uma
linha de fluxo. Nela o gradiente é igual a 6/12 = 0,5
• A face externa do permeâmetro, o arco BD, também
é uma linha de fluxo, ao longo dela o gradiente é
6/24 = 0,25
• Todas as outras linhas serão arcos de círculos
concêntricos. Como o comprimento de cada arco é
diferente, também são os gradientes. Sabendo que k
é constante, conclui-se que as velocidades de
percolação serão diferentes, sendo menores junto à
face externa do que junto à face interna.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 Linhas de Fluxo
• Nas redes de fluxo, que se pretende com as
linhas de fluxo é que elas delimitem canais de
fluxo de igual vazão.
• Bom, se a velocidade é menor junto à face
externa, é preciso que os canais próximos a ela
sejam mais largos do que os canais junto à face
interna;
• V=ki
• Q=kiA
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 Análise das Equipotenciais


• A diferença de carga que causa a percolação é de 6cm.
Esta carga se dissipa linearmente ao longo de cada linha
de fluxo. Optando-se por traçar linhas equipotenciais que
determinem faixas de perda de potencial iguais a 0,5cm,
existirão 12 faixas ( 6/0,5 =12);
• Ao longo da superfície interna do permeâmetro estas
linhas distam 1,0cm entre si. Já na superfície externa do
permeâmetro o afastamento das equipotenciais será de
2,0cm. As equipotenciais serão, dessa forma, retas
convergentes e ortogonais às linhas de fluxo
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

 Escolha das linhas de fluxo


• Observe que faz sentido as linhas de fluxo se afastarem quando as equipotenciais se afastam, o maior
afastamento das equipotenciais indica menor gradiente.
• Como se pretende a mesma vazão nos canais, o menor gradiente precisa ser compensado com uma maior
largura do canal.
• Avaliando-se a vazão em cada canal pela Lei de Darcy, tem-se:
∆ℎ
 𝑞=𝑘. .𝑏
𝑙

• A vazão em todos os canais será a mesma se a relação b/l for constante.


REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL - MÉTODOS DE TRAÇADO DE
REDE DE FLUXO

1. Soluções Analíticas

 Resultantes da integração da equação diferencial do fluxo. Somente aplicável em


alguns casos simples, dada a complexidade do tratamento matemático quando se
compara com outros métodos.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL - EXEMPLOS
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL - MÉTODOS DE TRAÇADO DE
REDE DE FLUXO

2. Modelos reduzidos
 Correlação com o protótipo (estrutura real) por meio da construção de um modelo
físico em escala reduzida (determinação das linhas de fluxo através do solo por meio
de corantes).
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL - MÉTODOS DE TRAÇADO DE
REDE DE FLUXO

3. Soluções Gráficas
 Solução gráfica da
equação de Laplace a
partir do traçado de
algumas linhas de
fluxo e equipotenciais
no domínio de fluxo.
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL

• Traçado de redes de fluxo:


• Para o traçado de uma nova rede, três ou quatro canais de fluxo são suficientes para
uma primeira tentativa; o emprego de muitos canais de fluxo distrai a atenção dos
aspectos mais importantes da rede;
• Sempre observe a aparência de toda a rede. Não se preocupe de acertar detalhes antes
de toda a rede estar aproximadamente correta;
• Tente sempre traçar transições de maneira mais suave, com formatos semelhantes aos
de elipse ou de parábolas. O tamanho dos quadrados varia gradualmente;
REDE DE FLUXO BIDIMENSIONAL - MÉTODOS DE TRAÇADO DE
REDE DE FLUXO

4. Soluções Numéricas
 Solução da equação de Laplace por meio da utilização de recursos computacionais,
através de métodos numéricos como os de “diferenças finitas”, “métodos dos
elementos finitos”.
REDE DE FLUXO - CARGAS

• Se forem colocados piezômetros ao longo de uma equipotencial, os níveis de água


serão os mesmos em todos eles.
FÓRMULAS MAIS UTILIZADAS

 Perda de carga entre equipotenciais



∆ℎ = = 10/12
𝑁𝐷

 Perda de carga em um ponto


hp= n.∆ℎ 3x(10/2)2,5
 Gradiente hidráulico
∆ℎ
𝑖= = cm/cm
𝑙

Vazão de percolação total Q


𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
FÓRMULAS MAIS UTILIZADAS

 Força de percolação por volume


𝑗 = 𝑖. 𝛾𝑤
 Gradiente hidráulico crítico
𝛾𝑠𝑢𝑏
𝑖𝑐𝑟 =
𝛾𝑤
 Fator de Segurança
𝑖𝑐𝑟
𝐹𝑆 = >2
𝑖
FÓRMULAS MAIS UTILIZADAS

 Tensão Total
𝜎 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 . ℎ1 + 𝛾𝑤 . 𝐻𝑎
 Poropressão em um ponto específico
hP= hT - hA
𝑢
hP = hT
𝛾𝑤
𝑢=𝛾𝑤 . (ha− hp) 10 x (20-2,50
𝑢
= (ha− hp)
𝛾𝑤
hA

 Tensão efetiva
𝜎′ = 𝜎 − 𝜇
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO – FLUXO BIDIMENSIONAL

1- Calcule a vazão que passa pela fundação sabendo que o coeficiente permeabilidade do
solo k= 1,0 x 10-7 m/s.
𝑁𝑓
1. Vazão de percolação: Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
ℎ = 4,5 − 0,5 = 4,0

k= 1,0 x 10−7 m/s


𝑁𝑓 = 4,3 𝑁𝑑 = 12

𝑁𝑓 4,3
Q = 𝑘. ℎ. = 1,0 x 10−7 𝑥 4
𝑁𝑑 12

Q = 1,43𝑥10−7 𝑚3 /𝑠 / m
REDE DE FLUXO - CARGAS

2. Sabendo que k = 10-4m/s, 𝛾= 19 kN/m³


e as medidas estão em m, calcule:
a. Vazão sob a fundação da barragem de
concreto
b. Gradiente de saída no pé de jusante da
barragem
c. FS contra o fenômeno de areia movediça
d. Pressão neutra no ponto A
e. Os pontos (B, C e D) possuem, cada
qual, uma das propriedades a seguir:
mesma que A -I. Carga total; II. Carga
altimétricas; III. Carga piezométricas.
Qual é qual e por que?.
REDE DE FLUXO - CARGAS

2. Sabendo que k = 10-4m/s, g= 19 kN/m³e


as medidas estão em m, calcule:
a. Vazão sob a fundação da barragem de
concreto
𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
5 −4
m3
Q= 10−4.15,4. = 5,5x10 /m
14 s
REDE DE FLUXO - CARGAS

2. Sabendo que k = 10-4m/s, g= 19 kN/m³e


as medidas estão em m, calcule:
b. Gradiente de saída no pé de jusante da
barragem
ℎ 15,4
∆ℎ = = = 1,1𝑚
𝑁𝐷 14
∆ℎ 1,1
𝑖= = = 0,37𝑚/𝑚
𝐿 3

L = 3 m (escala no desenho)
REDE DE FLUXO - CARGAS

2. Sabendo que k = 10-4m/s, g= 19 kN/m³e


as medidas estão em m, calcule:
c. FS contra o fenômeno de areia movediça

𝑖𝑐𝑟
𝐹𝑆 = >2
𝑖
19−10
𝑖𝑐𝑟 = = 0,9m/m
10

i = 0,37 m/m
0,9
𝐹𝑆 = = 2,2
0,37
REDE DE FLUXO - CARGAS

2. Sabendo que k = 10-4m/s, g= 19 kN/m³e


as medidas estão em m, calcule:
d. Pressão neutra no ponto A
Carga Altimétrica hA no ponto
Distância do ponto A, até a superfície
inferior impermeável.
hA = 35m
Carga Total no ponto A
hT= 55,4 – (1,1 . 6) = 48,8 m
Carga Piezométrica no ponto A
hP= hT - hA = 48,8 -35 = 13,8 m
𝑢
hP = 𝛾 → 𝜇 = 10. 13,8 = 138 𝑘𝑃𝑎
𝑤
REDE DE FLUXO - CARGAS

2. Sabendo que k = 10-4m/s, g= 19 kN/m³e


as medidas estão em m, calcule:
e. Os pontos (B, C e D) possuem, cada
qual, uma das propriedades a seguir:
mesma que A -I. Carga total; II. Carga
altimétricas; III. Carga piezométricas.
Qual é qual?
- O ponto B possui a mesma carga total
que A, pois todos os pontos de uma
equipotencial tem a mesma carga total.
- - o ponto C tem a mesma carga
Carga Piezométrica no ponto D
altimétrica que A.
hT=55,4 – (1,1 . 10)=44,4
- O ponto D tem a mesma carga hP= hT - hA = 44,4 -30,6 = 13,8 m
𝑢
piezométrica que A. hP = 𝛾 → 𝜇 = 10. 13,8 = 138 𝑘𝑃𝑎
𝑤
3. Para a cortina com 100m de comprimento, representada pela
figura ao lado, calcular:

a. A quantidade de água que percola por mês, através do


maciço permeável.
b. A pressão neutra no ponto A.
3. Para a cortina com 100m de comprimento, representada pela
figura ao lado, calcular:

a. A quantidade de água que percola por mês, através do


maciço permeável.

𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑
3 cm3
Q= 1,4x10−5.1500.= 0,0105 /cm
6 s
• Em 100m de comprimento: Q = 0,0105 . 10000 = 105cm³/s
• Em 1 mês: Q = 105 . 30 . 24 . 60 .60
• Q= 272160000 cm³/mês
• Q= 272,16 m³/mês
3. Para a cortina com 100m de comprimento, representada pela
figura ao lado, calcular:

b. A pressão neutra no ponto A.

Carga Piezométrica no ponto A


15
∆ℎ = = 2,5m/m
6

hT=45 – (2,5 . 3,5)=45,0 -8,75 = 36,25m


hP= hT - hA = 36,25 – 5,0 = 31,25 m
𝑢
hP = 𝛾 → 𝜇 = 10.31,25 = 312,5𝑘𝑃𝑎
𝑤
4. A Figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento
longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾=20kN/m³ e k=5x10-4 m/s
a) Determine o volume de água escoado diariamente por metro de desenvolvimento da ensecadeira.
b) Calcule a pressão neutra e as tensões verticais totais e efetivas nos pontos A.
c) Determine o fator de segurança em relação à ruptura hidráulica no fundo da escavação .
4. A Figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento
longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾=20kN/m3 e k=5x10-4 m/s
a) Determine o volume de água escoado diariamente por metro de desenvolvimento da ensecadeira.
𝑁𝑓
Q = 𝑘. ℎ.
𝑁𝑑

3 m 3
Q= 5,0x10−4. 26,5 . = 5,7x10−3 /m (em cada lado)
7 s

Nos dois Lados: Total

m3
Q = 1,14x10−2 /m
s

Por dia:
984,96m3
Q= 1,14x10−2.24.60.60 = dia
/m
4. A Figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento
longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾=20kN/m3 e k=5x10-4 m/s
b) Calcule a pressão neutra e as tensões verticais totais e efetivas no ponto A .

No ponto A:
26,5
hp= n.∆ℎ = 1. = 3,76 m
7
𝑢=𝛾𝑤 . (ha− hp)
𝑢=10. ((19,0+13,5)− 3,76) = 287,4 kPa

𝜎 = 𝛾𝑠𝑎𝑡 . ℎ1 + 𝛾𝑤 . 𝐻𝑎
𝜎 = 20. 19 + 10.13,5 = 515 𝑘𝑃𝑎.

𝜎 ′ = 𝜎 − 𝜇 = 515 − 287,4
𝜎 ′ = 227,6 kPa
4. A Figura representa a rede de fluxo bidimensional em torno de uma ensecadeira de grande desenvolvimento
longitudinal, realizada num maciço granular. Considere 𝛾=20kN/m3 e k=5x10-4 m/s
c) Determine o fator de segurança em relação à ruptura hidráulica no fundo da escavação .

𝑖𝑐𝑟
𝐹𝑆 = >2
𝑖
20−10
𝑖𝑐𝑟 = = 1,0 m/m
10

ℎ 26,5
∆ℎ = = = 3,786
𝑁𝐷 7

∆ℎ 3,786
𝑖= = = 0,95
𝑙 4
1,0
𝐹𝑆 = = 1,05 < 2
0,95
REFERÊNCIAS

 Pinto, C.S (2000). Curso Básico de Mecânica dos Solos. 2 Ed. Oficina de textos, São
Paulo, SP, 355p
 Das, B.M. (1990). Fundamentos de engenharia geotécnica. Tradução da 6. Ed
americana. São Paulo: Thomson Learning, 562p
 Caputo, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações [v.2]. Livro técnico,
1981.
 Craig, R.F. (1974) – “Soil Mechanics” – Van Nostrand Reinhold Company Ltd
 Gerscovich, D.M.S (2012). Estabilidade de taludes. Oficina de textos, São Paulo, SP,
166p
 AYSEN, A. Soil Mechanics: Basic Concepts and Engineering Applications. Lisse:
Swets & Zeitlinger, 2002.

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