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Figura 1pixabay.com.

Aurélio Agostinho de Hipona, mais conhecido como Santo Agostinho, foi um dos mais
importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do Cristianismo. Foi bispo de Hipona,
cidade onde na época era província romana da África, nasceu no ano de 354 d.C. em Tagaste,
no norte da África, atual Argélia. Morreu no ano 430, onde os vândalos de uma tribo
germânica invadiram a África romana e cercaram Hipona, Agostinho porem já debilitado por
causa da doença, passando assim seus últimos dias meditando os salmos, e orações, os
vândalos após verem que Agostinho já não se encontrava com vida, desistiram de atacar a
cidade de Hipona.

Santo Agostinho em sua vida escreveu diversos livros, tendo como os principais, “Confissões” e
“Cidade de Deus”, esse livro ultimo que acabara de ser citado foi escrito pelo próprio bispo de
Hipona, mais precisamente no séc V d.C. que tinha como finalidade de fortalecimento na fé
dos fiéis, e também preservar a identidade dos Cristãos devido as diversas manifestações
religiosas da época, eram eles o maniqueísmo, donatismo, pelagianismo e paganismo. Foram
aproximadamente 13 anos para que a obra fosse concluída, toda ela foi escrita em latim,
idioma que era utilizado pela igreja.

Agostinho tem o desejo de apresentar de um mundo dividido entre o terreno e o espiritual,


onde releva os paradoxos mais clássicos da história e traz assuntos complexos, como a origem
e a substancialidade do bem e do mal, do pecado, da culpa, da morte e do direito, da lei e das
penas, do tempo, do espaço, e também da contingencia da história. Com a origem
extraordinária dessa obra, Agostinho parece colocar-se num fato bem específico: a invasão e o
saque de Roma ocorrido no ano de 410 d.C. perdurando por três dias e três noites, pelos
visigodos que foram Alarico.

A concepção das duas cidades encontrada em sua reflexão, o bispo de Hipona usa de uma
expressão simplória para sua explicação. Usa ele então “dois amores. Onde é a vida humana
que se desenrola entre dois amores, entre suas forças, de um lado a terrena e de outro a
espiritual. Entre estas duas forças, ou dois amores, assim como o Santo de Hipona descreve. As
duas forças se desenrolam na vida humana, a pergunta sobre a qual o santo se faz é a
seguinte, “será que essa mesma dinâmica não se acontece também na história? Agostinho
após medita sobre a pergunta que acabara de fazer, chega à conclusão de que, “dois amores
fazem duas cidades: uma é terrena que leva amor próprio, levado ao desprezo a Deus e outra,
onde leva o amor a Deus, levado até o desprezo de si próprio. Para Agostinho, uma cidade só
pode subsistir tendo como o seu fundamento o polo oposto, ou seja, a cidade celestial é tudo
aquilo que a cidade terrena não é, por isso que essas duas cidades são movidas por forças
opostas.

Santo Agostinho apresenta essas duas cidades da seguinte maneira, a primeira e onde Deus é
movido por intervenção divina, ou seja, por Providencia, tanto nos governos, quanto nos
movimentos políticos e ideológicos e também forças militares que são alinhados com a Igreja
Católica, ou seja, a cidade de Deus, colocando a fim de se opor com todos os meios que são
incluídos os militares, governos e movimentos políticos que são alinhados com o Diabo, onde
Agostinho chama de Cidade dos Homens. Essa última, santo Agostinho descreve como um
lugar de desordem, confusão, impiedade, do contrario com o lugar da cidade celestial, onde
ele apresenta um lugar de superioridade, equilíbrio, pessoas superiores que são dotadas de
carismas, caridade, honestidade, e principalmente, a verdadeira religião.

A estrutura sobre o qual o livro foi elaborado, é dividido em 22 livros, onde 10 livros está na
primeira parte do livro e os outros 12 estão na segunda parte. Nos primeiros livros Santo
Agostinho faz uma crítica da religião e a da filosofia de Roma, correspondendo a cidade dos
homens, seguindo de criticas a religião pagã, também ao saque de Roma. E a segunda parte
onde Santo Agostinho escreve mais relacionado com a cidade de Deus.

Portando, Santo Agostinho chega à conclusão de que o problema, ou podemos dizer, a origem
do mal, não está em Deus, pois em Deus não há o mal, Deus é bom e justo, mas o homem
possui o livre arbítrio, ou seja, tem a decisão de escolha, ou seja, ele tem o poder de escolher
entre o bem e o mal. Existe a cidade de Deus e a cidade dos Homem, basta ele escolher qual
caminho ele deve seguir.

Agora que você conhece um pouco mais sobre o livro “Cidade de Deus” de Santo Agostinho.
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Texto elaborado por: Eduardo Krasniak Ternouski, ano do 2° ano de filosofia da faculdade São
Basílio Magno.

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Eduardo Krasniak Ternouski.

AGOSTINHO, Santo. A cidade de Deus. Petrópolis: Vozes, 1991

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