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Curitiba
2019
Ficha Catalográfica elaborada pela Editora Fael.
FAEL
Gabarito | 287
Referências | 297
Carta ao Aluno
Prezado(a) aluno(a),
O comércio eletrônico tem transformado a maneira como as
pessoas se relacionam com as empresas. Se antes elas precisa-
vam se deslocar até o estabelecimento para realizar sua compra,
hoje qualquer pessoa com um smartphone com acesso à internet
pode, com toda conveniência, realizar uma compra e acompa-
nhar o status de seu pedido online.
Logística de E-commerce
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Origens e evolução do
comércio eletrônico
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Origens e evolução do comércio eletrônico
outras regiões (e nações) para serem vendidas aos comércios locais ou,
quando a produção era local, a venda dos produtos era realizada nas feiras
livres na cidade mais desenvolvida daquela região.
Foi assim na Antiguidade, na Idade Média, no iluminismo e na Era
Vitoriana, com o desenvolvimento de rotas de escoamento da produção
agrícola, dos produtos artesanais, de especiarias e produtos de luxo com
as trocas (compra e venda), caracterizando-se sempre pela existência de
pessoas como intermediários e vendedores.
A Era Vitoriana (1837-1901) marcou o apogeu do Império Britânico,
cuja extensão de colônias ultramarinas alcançava todos os continentes.
Era comum ouvir que “o sol nunca se põe no Império Britânico”, e isso
demonstrava a hegemonia e o poderio dos ingleses, principalmente com
referência ao comércio.
Foi também na era vitoriana que ocorreu a segunda fase da Revolu-
ção Industrial e várias inovações tecnológicas permitiram que a manufa-
tura fosse ampliada de maneira nunca antes vista.
(...) a grande conquista da revolução industrial britânica foi,
de fato, a criação da primeira grande engenharia industrial que
pode construir máquinas de alta produtividade. A produção de
máquinas foi a base de três desenvolvimentos que explicam o
crescimento econômico contínuo até a Primeira Guerra Mun-
dial. Estes desenvolvimentos foram: (1) a mecanização gene-
ralizada da indústria, (2) as ferrovias, e (3) navios a vapor. O
primeiro fez aumentar a produtividade da economia Britânica;
o segundo e o terceiro criaram a economia global e a divisão
internacional do trabalho, responsável pelos significativos cres-
cimentos dos padrões de vida por toda Europa. (ALLEN, 2011,
p. 380, tradução nossa)
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Logística de E-commerce
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Origens e evolução do comércio eletrônico
3 Apesar de Woolworth ter construído um império empresarial com mais de 5 mil pontos
de venda no início de sua carreira, foi considerado como um péssimo vendedor. Mesmo
assim, conseguiu um empréstimo do pai para abrir uma loja com uma proposta totalmen-
te nova de fazer negócios. A sua biografia pode ser acessada no site do Museu Woolwor-
th, disponível em: <http://www.woolworthsmuseum.co.uk/aboutwoolies.html>.
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Logística de E-commerce
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Origens e evolução do comércio eletrônico
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Logística de E-commerce
1.1.4 A globalização
Até então, o comércio vinha se desenvolvendo, principalmente no oci-
dente, baseado na disponibilidade do produto no ponto de venda e na con-
veniência oferecida ao cliente para realizar a compra, até que, na década de
1980, ocorreu uma nova transformação no modelo comercial mundial – a glo-
balização. Foi quando a queda do muro de Berlim, que simbolizou a mudança
de um mundo polarizado a partir do pós-guerra, social, militar e economica-
mente, iniciou uma profunda transformação após o colapso econômico dos
países do bloco socialista4 controlado pela então União Soviética.
O comércio então passa a ser transnacional, ou seja, as empresas pas-
sam a enxergar o mundo inteiro como mercado potencial. Diferente da visão
de produzir para mercados locais, o comércio passa a ser direcionado para
outros mercados em países distintos, tendo como reflexo uma maior oferta
de produtos importados nas prateleiras do comércio mundo afora.
Esse evento econômico, como veremos mais à frente nessa obra, tor-
nou todos os processos logísticos mais complexos e interligados global-
mente, com efeitos importantes (uso intensivo de tecnologias, sistemas
interligados, a internet como base para troca de informações) em toda a
cadeia de valores do comércio mundial, abrangendo produtores, vendedo-
res, consumidores e, principalmente, operadores logísticos.
4 A URRS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) era formada pelos seguintes
países: Armênia, Azerbaijão, Bielorússia (hoje Belarus), Estônia, Geórgia, Cazaquis-
tão, Kirgiziya (hoje Quirguistão) Letônia, Lituânia, Moldávia (hoje Moldova), Rússia,
Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.
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Origens e evolução do comércio eletrônico
5 O conceito de assistir ao comercial e ligar por telefone para efetuar a compra é chamado
de infomercial, uma prática surgida nos Estados Unidos em 1984 e que se proliferou
mundo afora. No Brasil, na década de 1980, esse tipo de abordagem comercial foi intro-
duzido pelo Grupo Imagem – Teleshop com vários infomerciais que ficaram famosos e
serviram como referência para os atuais canais de televisão Polishop e Shoptime.
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Logística de E-commerce
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Origens e evolução do comércio eletrônico
A web 4.0 ainda não possui uma clara definição, mas pode ser con-
siderada a nova era da internet, possibilitando uma espécie de simbiose
entre homem e máquina, permitindo uma interação mais completa e por
vários dispositivos interconectados (internet das coisas, machine learning,
inteligência artificial, tecnologias autônomas).
Saiba mais
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Logística de E-commerce
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Origens e evolução do comércio eletrônico
Saiba mais
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Logística de E-commerce
Uma outra forma interessante de ver como era a internet nos anos
1990 e compará-la com as páginas atuais é por meio do projeto wayback
machine, que armazena os sites antigos. Basta digitar a URL do site e em
seguida escolher a data para ter acesso à página exatamente como ela
era na época. O projeto está disponível no endereço:
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Origens e evolução do comércio eletrônico
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Logística de E-commerce
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Origens e evolução do comércio eletrônico
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Logística de E-commerce
O uso da inteligência artificial (IA) é o que fará da web 4.0 uma rea-
lidade nos próximos anos, tanto que algumas empresas já estão desenvol-
vendo soluções com o uso de IA, em que as máquinas conseguem apren-
der pela interação com o meio e tomar as decisões mais acertadas para
aquele contexto, de uma maneira mais eficiente e com menos riscos para
o ser humano – sobre as questões éticas da IA não iremos discorrer, por
entendermos não estarem no escopo da abordagem dessa obra, mas sem
dúvida são parte de um tema de alta relevância e significado.
Espera-se, com a web 4.0, que muitas situações de nosso cotidiano sejam
realizadas de uma forma completamente diferente num futuro não tão dis-
tante. No setor industrial, esse movimento para a web 4.0 está sendo chamado
de Indústria 4.0 ou IoT (“Internet of Things”) – a internet das coisas. Nela,
todos os itens industrializados possuirão componentes tecnológicos que se
conectarão com tudo o que está ao seu redor e gerarão dados que serão utili-
zados para que os sistemas de gerenciamento e aplicações de web 4.0 possam
interagir com cada um dos componentes e produtos industrializados.
Dica de video
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Origens e evolução do comércio eletrônico
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Logística de E-commerce
funcionava com dois carros que faziam a ronda diária pelas editoras
para coleta dos livros que haviam sido pedidos pelo site, e em cerca de
dois anos, a Booknet já operava com lucro com margens de quase 10%
(VIEIRA, 2003, p. 37).
London vendeu a Booknet em 1999 para a GP Investimentos,
numa negociação de apenas um mês, por cerca de 5 milhões de dólares,
tornando London um dos primeiros milionários da internet brasileira
(VIEIRA, 2003, p. 37-40).
Dica de video
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Origens e evolução do comércio eletrônico
Fontes: adaptado de (U. S. Bureau of the Census, 2019) | (OECD, 2019) | (EBIT, 2001-2017).
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Logística de E-commerce
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Origens e evolução do comércio eletrônico
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Logística de E-commerce
Saiba mais
Quando você realiza uma compra numa loja virtual, o produto é ven-
dido e entregue por essa mesma loja. Já em um marketplace, você pode
escolher um determinado produto que pode estar sendo vendido por
várias lojas naquele mesmo marketplace com preços e prazos diferentes.
Dica de video
O grande impacto das redes sociais no mundo todo teve sua origem
com a criação do Facebook. No filme A rede social é retratada a história
da criação da maior rede social da internet, em que Zuckerberg e o bra-
sileiro Eduardo Saverin descobrem que o pulo do gato é para quem os
usuários vão mandar o que pensam, as ideias, comparações e fatos de
sua vida diária, o que contribuiu para o surgimento dos influenciadores
sociais que potencializam os negócios das empresas na internet.
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Origens e evolução do comércio eletrônico
Conclusão
A atividade comercial de comprar e vender produtos, ao longo da his-
tória, foi aprimorada gradativamente, mas foi a partir da Segunda Revolu-
ção Industrial que o comércio acelerou seu crescimento, principalmente a
partir dos anos 1900, nos Estados Unidos, já com o surgimento de grandes
conglomerados empresariais.
Após a Segunda Guerra Mundial, há um novo ciclo acelerado de
crescimento no comércio pela reconfiguração das plantas industriais, que
vinham produzindo armamentos, para a produção de bens de consumo
duráveis e não duráveis. Como a tecnologia dessas indústrias era bastante
avançada, a produtividade também era elevada, proporcionando a fabrica-
ção em larga escala e, portanto, abrindo a necessidade de canais de distri-
buição desses produtos para o consumidor.
É nesta época que surgem os primeiros shoppings centers nos Estados
Unidos, modelo de comércio que se expandiu para o mundo desde então.
No Brasil, o primeiro shopping center foi inaugurado em 1966 (Shopping
Iguatemi, em São Paulo) e nas décadas seguintes esse modelo de comércio
se amplia fortemente pelo país.
A queda do muro de Berlim, em 1988, também gerou efeitos positi-
vos para o comércio mundial, pois vários países se abriram para o comér-
cio internacional. O que antes era uma produção e competição local ou
regional passou a ser uma competição global e as pessoas passaram a ter
acesso a produtos de melhor qualidade, oriundos de outros mercados, até
o surgimento da internet.
A internet comercial, que se tornou uma realidade a partir de 1996
nos EUA e Brasil, trouxe uma nova maneira de as pessoas terem acesso a
informações, e não demorou muito para que as empresas enxergassem a
oportunidade de um novo canal para efetuar venda de produtos, surgindo
o que hoje é denominado de e-commerce.
Desde então, o hábito de realizar compras pela internet tem aumen-
tado a cada ano, com a China tendo se tornado o maior mercado de e-com-
merce no mundo (somente no Dia dos Solteiros, o faturamento do e-com-
merce chinês é superior ao faturamento do e-commerce do Brasil de um
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Logística de E-commerce
ano inteiro). Esse aumento tende a ser mais expressivo à medida que mais
pessoas têm acesso à internet móvel e realizam compras pelo smartphone,
tanto que, em 2018, no Brasil, já havia mais de 1 celular por habitante, e
representaram mais de 30% das compras online.
O desenvolvimento da internet não para, desde a primeira era, deno-
minada web 1.0, em que as pessoas navegavam para acessar páginas está-
ticas somente com texto e algumas figuras de baixa resolução; já a web
2.0 melhorou a infraestrutura de acesso por banda larga, permitindo que os
usuários interagissem entre si em blogs e redes sociais; com a chegada da
web 3.0 – também denominada web semântica, tornou-se possível o com-
partilhamento e acesso dos dados e informações de uma forma simples e
prática, permitindo que a própria máquina (aplicação baseada na internet)
fosse capaz de, por exemplo, gerar um roteiro completo de viagem com
base somente em um argumento de pesquisa realizada na web.
Atividades
1. Você já deve ter percebido que bastou você realizar uma pes-
quisa por algum produto ou serviço na internet que, quase ime-
diatamente, ao navegar pelo seu feed11 nas redes sociais ou por-
tais da internet, aparecem mensagens publicitárias exatamente
sobre aquele item pesquisado? Essa inteligência da internet está
relacionada com qual período da web?
a) Web 1.0
b) Web 2.0
c) Web 3.0
d) Web 4.0
2. Assista ao vídeo Amazon Key, now with in-car delivery (https://
youtu.be/uqi0ZAYPyPk) e responda: por que você faria (ou não
faria) compras pela internet com esse tipo de serviço?
11 O termo feed representa uma lista atualizada constantemente com histórias de pessoas e
páginas que alguém segue nas redes sociais. Essa lista pode conter fotos, links, vídeos,
entre outros.
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Origens e evolução do comércio eletrônico
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introdução
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
Processo de planejar,
operar e controlar
Fluxo de Armazenagem
Matéria-Prima
Informações
Dinheiro
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Logística de E-commerce
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
que essas áreas gerem conflitos internos (MOURA, 2006), haja vista o
interesse de cada uma delas para a realização e concretização de suas tare-
fas aliadas ao plano estratégico das organizações.
Enquanto a produção se preocupa essencialmente com a eficiência
produtiva, otimizando os processos produtivos para gerar mais ganhos de
escala, maximizando a utilização da capacidade instalada, o marketing tra-
balha focado no contexto de ganhos de mercado, conquistando novos clien-
tes e identificando necessidades não atendidas para promover, criar ou modi-
ficar os produtos para atender às necessidades dos clientes; por outro lado, o
financeiro tem sua função organizacional pautada pelo melhor desempenho
financeiro da empresa, que pode ser obtido por aumento de vendas, redução
de custos ou, melhor, lucratividade dos produtos (o que vemos na prática é
que o financeiro atua nessas três vertentes concomitantemente).
Figura 2.2 – Conflitos no interesse logístico
Serviços do
Marketing
cliente
adequados;
22 Melhor disponibilidade de produtos;
22 Mais rápida introdução de serviços Menos
de apoio aos produtos.
REDUÇÃO DE CUSTOS DE
PRODUÇÃO ATRAVÉS DE: Muitas
Restrições da
Produção
produção
Elevado
Investimentos
de ativo
Custos
22 Niveis de estoque;
22 Despesas;
22 Investimentos. Baixo
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
Década de 1990
Década de 1980
Integração
Década de 1970 externa
Foco no (supply chain)
Até os anos 1960 cliente
Integração Vantagem competitiva
interna
Sistemas Busca por eficácia
desintegrados
Busca por eficiência
Era da especialização
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
1 Os canais tradicionais de distribuição são considerados aqueles que não possuem opera-
ções de comércio eletrônico voltados ao consumidor final. Neles uma ordem de compra
possui um prazo de entrega mais longo (30 dias ou mais) e todo o funcionamento da
cadeia é planejado com antecedência em função das ordens de compra, níveis de es-
toque de produtos e matérias primas, estoques no distribuidor e nos pontos de venda.
Como as ordens de compra são em volumes maiores, a movimentação é feita em lotes
(numa operação de e-commerce a movimentação é fracionada em itens individuais)
pois o foco é suprir os pontos de venda com volumes que sejam suficientes para atender
a demanda por um certo tempo.
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
• Canais unificados
• Acoplamento de capacidades de canais Alinhamento • Canais geograficamente distribuídos
• Conexão em tempo real Colaboração dos canais de • Conceito de ecossistema
• Compartilhamento de informações de • Congruência dos “nós” dos canais
demanda
distribuição • Otimização funcional
• Uso dos mesmos indicadores
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
2.3.3.2 Colaboração
A chave do SCM pode, talvez, ser encontrada na disposição dos inte-
grantes da rede de fornecimento em se envolverem e melhorarem cons-
tantemente as relações de colaboração entre si. A colaboração pode ser
definida como uma atividade desenvolvida em conjunto por dois ou mais
entes para alcançar um objetivo comum. Isso pode significar qualquer
coisa, de troca bruta dados pelos meios mais básicos, ao compartilhamento
periódico de informações por meio de ferramentas, para a estruturação de
sistemas capazes de alavancar infraestruturas altamente interdependentes
na busca de um sistema complexo com funções que assegurem planeja-
mento, execução e sincronização de informações.
Conforme exibido na Figura 2.5, a intensidade da colaboração pode
variar. Pode ser conduzido internamente à empresa e ser focado na reali-
zação de objetivos locais; pode se utilizar de tecnologia para aprofundar
a integração com outros entes da cadeia ou mesmo permitir uma inte-
roperabilidade das operações de supply chain pela integração das redes
computacionais dos entes.
Figura 2.5 – Alcance da integração de supply chain
Escopo de integração de supply chain
Desenvolvimento Competências
Funções internas Funções logísticas
estratégico de clientes e estratégicas de
de negócio intra-negócio
fornecedores supply chain
Aumento da integração de SCM
REGIÕES DE SUPPLY
CHAIN
INTEGRAÇÃO DE
REDES
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Logística de E-commerce
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
Saiba mais
4 A expressão bricks-and-mortar foi cunhada nos anos 2000 para designar uma empresa
que possuía um modelo de negócios com estrutura física (ponto de venda, loja, depósi-
to) e que oferecia uma experiência ao cliente baseada no atendimento presencial – olho
no olho, diferente de uma empresa tipicamente de e-commerce que não possui lojas
físicas e todo o processo de atendimento é feito de forma online.
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
Dica de filme
Conclusão
A logística sempre teve um papel importante para as transações
comerciais. Desde os tempos mais remotos do comércio, transportar pro-
dutos de sua origem para o centro de venda sempre foi um grande desafio.
A partir do final do século XIX, esse desafio tornou-se ainda maior,
uma vez que o volume de mercadorias a serem destinadas aos pontos de
venda e aos consumidores aumentou drasticamente devido aos ganhos de
produtividade proporcionados pela Revolução Industrial e sua produção
em massa.
As empresas começaram a perceber que a operação logística era crí-
tica para o sucesso dos negócios e, durante quase todo o século XX, o
foco foi em disponibilizar o produto ao ponto de venda para satisfação da
necessidade de compra dos consumidores da forma mais imediata possí-
vel (conceito de utilidade de local e utilidade de tempo).
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E-logística: uma introdução
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Logística de E-commerce
Atividades
1. A constante preocupação em atender às necessidades do cliente,
proporcionando uma entrega do produto em perfeitas condições e
de acordo com o pedido, passou a ser o mínimo esperado. Agora,
as lojas tradicionais, os comércios eletrônicos e os operadores
logísticos já começaram a utilizar a abordagem de “velocidade de
entrega determinada pelo cliente”, por meio de janelas de tempo
de entrega estabelecidas pelo cliente, entrega de diferentes itens
em locais distintos, tudo em prol da satisfação do cliente.
A quem pertence o cliente, ao fabricante, ao vendedor ou ao
entregador?
Para que você possa ter mais subsídios para reflexão, leia a reporta-
gem do site da revista Forbes disponibilizado no endereço a seguir:
https://bit.ly/2DZ4bWN
Utilizando o navegador Chrome, você tem a possibilidade de
traduzir automaticamente o texto do site para o português.
2. O objetivo fundamental da operação logística é:
a) Satisfazer as necessidades do consumidor final.
b) Reduzir custos totais da empresa.
c) Integrar todos os elos da cadeia de suprimento.
d) Desenvolver o operador de transporte mais seguro para
as entregas.
3. Num modelo de negócios de e-commerce, o uso intensivo de
tecnologia tem permitido ganhos de performance superiores aos
negócios tradicionais (bricks and mortar). Essa afirmação é:
a) Verdadeira
b) Falsa
4. Apesar de a logística ser fundamental para melhorar a percep-
ção de valor da empresa pelo cliente, a operação logística gera
uma série de conflitos de interesse. No caso de a empresa adotar
ações para redução de custos de produção, que tipos de conflito
de interesse resultarão dessa iniciativa?
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3
E-commerce e
processo de decisão
de compra
preferido, tem se tornado mais constante a cada ano que passa, fazendo
com que o ato de comprar seja mais cômodo e possa ser realizado em
qualquer lugar.
Mesmo assim, a decisão de realizar uma compra pela internet
pode ser um processo de alto envolvimento ou de baixo envolvimento,
e isso traz impactos para o processo de decisão de compra do cliente.
Esse processo é influenciado por diversos fatores que, quando bem
gerenciados e conforme são disponibilizados para o consumidor no
site da loja online, tornam-se diferenciais para que ele tome a decisão
de comprar.
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E-commerce e processo de decisão de compra
Pensamento
Ação
Vagaroso
Rapidez
Serial
Automático
Controlado
Sem esforço
Mais esforço
Associativo
Regras de Decisão
Baixa aprendizagem
Flexível
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
Perguntas Respostas
As pessoas compram por uma série de razões, como por
exemplo:
22 para reforçar sua autoimagem;
Por que as pessoas compram? 22 para manter seu estilo de vida;
22 para se tornar parte de um grupo ou ganhar aceita-
ção de um grupo ao qual já pertençam;
22 para expressar sua identidade.
Cada pessoa é influenciada internamente pelas suas
próprias atitudes, personalidade, percepções e emoções.
Quais fatores internos e exter-
nos influenciam suas compras? A pessoa também precisa lidar com as influências
externas, como necessidades familiares, grupos sociais,
padrões culturais etc.
As pessoas compram principalmente de empresas que
De quem elas estão oferecem produtos que satisfazem suas necessidades
comprando? psicológicas, fazendo-as se sentirem bem-vindas, com-
preendidas e importantes.
As pessoas compram com base em seus padrões de con-
Quando as pessoas compram? sumo, influenciadas pelo contexto familiar a que per-
tencem, suas carências e necessidades.
As pessoas compram seguindo as etapas do processo de
Como as pessoas compram? decisão de compra. Esse processo leva em consideração
os aspectos internos e externos.
Fonte: adaptado de Lake (2009, p. 30).
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Logística de E-commerce
2 A ínsula é uma região do cérebro que fica escondida no sulco lateral, entre o lobo
temporal e parietal, sendo dividido em duas regiões anatomicamente distintas a insula
anterior (ou frontal) e a insula posterior.
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E-commerce e processo de decisão de compra
PERSPECTIVA DO PERSPECTIVA DO
CONSUMIDOR MARKETING
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
compra, mas, por outro lado, o crescimento do número de pais que ficam
em casa também influencia essa dinâmica.
Compra
Compradedebaixo
alto envolvimento
envolvimento Compra de baixo envolvimento
(compra
(compranãorotineira)
rotineira) (compra rotineira)
Compra do produto
Avaliação pós-compra
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Logística de E-commerce
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
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Logística de E-commerce
Saiba mais
Para termos uma ideia sobre esse conflito entre o sistema 1 e o sistema
2, faça o seguinte exercício:
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E-commerce e processo de decisão de compra
* O Teste Stroop avalia a atenção seletiva, a capacidade de manter o foco numa atividade
e inibir a tendência de fornecer respostas impulsivas, além da velocidade no processa-
mento de informações.
Dica de filme
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
4 Essa é a ideia original extraída da obra, porém em países como o Brasil onde a legisla-
ção trabalhista ainda obriga que o funcionário realize seu trabalho dentro da empresa
e não remotamente, ainda será necessário superar esta barreira para que seja possível
obter as vantagens citadas neste tópico (Nota do autor).
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
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Logística de E-commerce
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E-commerce e processo de decisão de compra
Variáveis controláveis
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Logística de E-commerce
Conclusão
Nesse capítulo, estudamos o processo de decisão de compra do con-
sumidor online e pudemos compreender que as decisões são tomadas con-
forme o grau de envolvimento do consumidor com o produto/processo de
compra. Essas decisões ocorrem conforme a área do cérebro utilizada para
a tomada de decisão que pode ocorrer no sistema 1 – sempre ativo e que
é o responsável pelas decisões de compra mais rápidas e automáticas com
baixo envolvimento do consumidor, e no sistema 2 – utilizado para deci-
sões mais racionais em situações que o resultado da compra gera um grau
de risco importante para o indivíduo, sendo o responsável pelas decisões
de compra com maior envolvimento.
As pessoas compram para reforçar sua autoestima, expressar sua
identidade, fazer parte de um grupo, e por isso são influenciadas pelas
suas próprias atitudes (estímulos internos) ou por necessidades familiares
ou do grupo com que convivem (estímulos externos) e, para isso, buscam
produtos e lojas que tenham reputação e possam lhes vender produtos que
supram suas necessidades.
O processo de decisão de compra é tradicionalmente segmentado em
cinco etapas: (1) o reconhecimento do problema pelo consumidor – uma
carência que ele deseja que seja suprida; (2) a busca de informações sobre
alternativas de produtos ou serviços, que pode ser uma busca individual
ou com suporte de outras pessoas que possam influenciar a decisão do
consumidor; (3) a seleção das alternativas, em que o consumidor escolhe
as alternativas que melhor atendam seus requisitos; (4) a compra propria-
mente dita e, (5) a avaliação pós-compra, em que o consumidor verificará
se a carência inicial foi devidamente suprida e se ocorreu abaixo, dentro
ou acima de suas expectativas.
O uso crescente da internet para realização de compras traz opor-
tunidades a todos os envolvidos. Para as lojas, representa uma forma de
atender mais rapidamente e com menores custos, possibilitando ampliar
mercados. Para os consumidores, é uma forma de comprar o produto por
um preço mais atrativo e em lojas que melhor atendam suas expectativas
e ganhem sua confiança.
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E-commerce e processo de decisão de compra
Atividades
1. As pesquisas em neurociência têm auxiliado a compreensão do
processo de decisão de compra. Sobre esse aspecto, como se dá
a relação “recompensa versus dor”?
2. Como ocorre o processo de decisão de compra quando a compra
é rotineira? E quando ela é não rotineira?
3. São fatores que influenciam a decisão de compra online:
a) fator preço; fator disponibilidade do site; fator catálogo online.
b) fator cognitivo; fator emocional.
c) fatores do consumidor; fatores ambientais; fatores do ven-
dedor; fatores do produto/serviço; sistemas de venda online.
d) fatores organizacionais; fatores individuais; fatores da
sociedade.
4. Descreva os componentes mais importantes do modelo de com-
portamento do consumidor online.
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4
Gestão de estoques
para e-commerce
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Gestão de estoques para e-commerce
de exigência, bem como o ciclo de vida dos produtos1 – que está cada
vez mais curto, além dos ganhos de escala necessários. Isso leva os
gestores a um direcionamento em relação a como medir a demanda – é
uma demanda local, regional, nacional ou global? A resposta auxilia a
definir em que ponto os estoques devem ser mantidos – centralizados
ou distribuídos.
A primeira questão diz respeito à previsão de demanda e, quanto mais
assertiva for essa previsão, melhores são as chances de sucesso desse pro-
duto. Essa é uma atividade complexa e é realizada com auxílio de automa-
ção, pesquisas de mercado nos pontos de venda e condições socioeconô-
micas, uma vez que somente a previsão com base em histórico de compras
já não responde adequadamente à dinâmica de vendas online, em que o
consumidor muda seus hábitos de compra muito rapidamente.
O segundo questionamento está diretamente relacionado com o pri-
meiro pois, uma vez identificados os pontos de demanda, será possível
estabelecer estratégias de disponibilidade de estoques centralizados ou
descentralizados, visando otimização de custos e rotas que possibili-
tem que o produto esteja o mais próximo possível do local de consumo,
como mostra a figura 4.1 (CHISTOPHER, 1999 apud ARBACHE et al.,
2011, p. 46).
1 O ciclo de vida de produtos é a progressão de um determinado produto através de
seus quatro estágios de mercado: (1) Introdução, (2) Crescimento, (3) Maturidade e
(4) Declínio. Dependendo do estágio em que o produto se encontra no ciclo, diferentes
estratégias são adotadas para maximizar os resultados.
Na fase de Introdução, o principal objetivo é que o produto seja rapidamente aceito
pelo consumidor e isso é feito, muitas vezes, com uma estratégia de estabelecimento de
marca e divulgação das qualidades do novo produto para o cliente formador de opinião.
Na fase de Crescimento, o principal objetivo é aumentar o volume de vendas e ampliar
o market share (fatia de mercado) do produto, muitas vezes isso é feito com estratégias
de preço, promoção de vendas e distribuição para várias praças e pontos de venda em
que haja o maior número de clientes em potencial.
Na fase de Maturidade, o principal objetivo é manter o market share e a lucratividade
do produto, muitas vezes isso é feito com estratégias de exclusividade com distribuido-
res e pontos de venda, dificultando a entrada de produtos concorrentes.
Na fase de Declínio, o principal objetivo é manter o produto no mercado o maior tempo
possível, muitas vezes isso é feito com estratégias de novos usos para o produto, diminui-
ção de funcionalidades ou venda para mercados que antes não eram interessantes para a
empresa ou mesmo retirando o produto do mercado (KOTLER; KELLER, 2016, p. 370).
– 95 –
Logística de E-commerce
Saiba mais
EVA – Economic Value Added
CAPITAL CAPITAL DE
PRÓPRIO TERCEIROS
Valor investido 40.000,00 60.000,00
Custo de capi-
16% 18%
tal (% ao ano)
Custo ponderado 16% X 40% = 6,4% 18% X 60% = 10,8%
EVA = 2.800,00
– 96 –
Gestão de estoques para e-commerce
– 97 –
Logística de E-commerce
– 98 –
Gestão de estoques para e-commerce
– 99 –
Logística de E-commerce
– 100 –
Gestão de estoques para e-commerce
Saiba mais
Aplicação prática
– 101 –
Logística de E-commerce
4.2 Estoques e
satisfação do cliente
Uma das formas de as empresas promoverem a diferenciação perante
concorrentes é pela oferta de serviços diferenciados, que aumentem a con-
veniência para o cliente e melhorem sua experiência de compra com a
empresa. Isso tem levado os clientes a desejarem, cada vez mais, ser tra-
tados como se fossem únicos, o que requer das empresas um aperfeiçoa-
mento constante dos processos de supply chain, provendo alta qualidade e
uso intensivo de tecnologia, que deem ao cliente a possibilidade de obter
informações online sobre o status de sua compra – pagamento, separação
do pedido, transporte e efetiva entrega. Esse tratamento diferenciado é
uma das maneiras de tentar fidelizar o cliente, caso contrário ele rapi-
damente migrará para um concorrente que lhe proporcione uma melhor
experiência de compra.
As empresas se desenvolveram “de maneira a permitir que o con-
sumidor transacione (navegando, comprando ou devolvendo) através de
canais independentes, incluindo lojas de varejo, lojas online, aplicativos
de smartphone e telemarketing”, porém, vários desafios surgiram para a
logística, principalmente no controle de estoques nos diferentes canais,
uma vez que era necessário ter alta disponibilidade de produtos para suprir
a demanda do consumidor cada vez mais exigente. (LOCKTON et al.,
2013 apud HARRISON; HOEK; SKIPWORTH, 2014, p. 42).
Os clientes podem realizar compras a qualquer hora do dia e em qual-
quer dia da semana pela internet. Eles acessam promoções, fazem pesqui-
sas de comparação, acessam fóruns online sobre o produto e empresa e o
status de seu pedido, elevando a necessidade de as empresas investirem
em CRM e, mais recentemente, em tecnologias de análise profunda de
dados de navegação na internet (Big Data2) buscando maximizar a relação
com o cliente.
– 102 –
Gestão de estoques para e-commerce
– 103 –
Logística de E-commerce
– 104 –
Gestão de estoques para e-commerce
– 105 –
Logística de E-commerce
– 106 –
Gestão de estoques para e-commerce
4 Lead time é o nome dado ao tempo total do processo de compra que vai desde a solici-
tação feita pelo consumidor (seja de um produto ou serviço) e só é finalizado após sua
entrega/prestação.
– 107 –
Logística de E-commerce
– 108 –
Gestão de estoques para e-commerce
– 109 –
Logística de E-commerce
– 110 –
Gestão de estoques para e-commerce
Dica de Vídeo
1. Esse processo teve início com o projeto Amazon Key, implantado ini-
cialmente em 37 cidades dos Estados Unidos em novembro de 2017,
e proporcionava a realização de entregas na residência do cliente sem
que ele precisasse estar presente para receber a encomenda solicitada.
– 111 –
Logística de E-commerce
– 112 –
Gestão de estoques para e-commerce
(https://www.traycorp.com.br/conteudo/skus-por-que-sao-tao-impor-
tantes-para-minha-empresa/)
– 113 –
Logística de E-commerce
Visualize a seguinte situação: se você tem uma loja online que vende ape-
nas um tipo de sapato, pode achar que se trata de uma operação simples.
Porém, esse único sapato é vendido em 5 cores diferentes e cada cor tem
5 opções de tamanho. Isso significa que um único sapato traz consigo 25
variantes! E se a loja tiver um mix de centenas de produtos?
– 114 –
Gestão de estoques para e-commerce
A principal razão para optar por usar SKUs em vez do código de barras
no controle de estoque está na facilidade de visualização gerada por
esse modelo. Basicamente, enquanto o SKU é feito para o olho humano,
o código de barras é criado para a leitura a partir de máquinas.
Conclusão
Pudemos observar que a gestão de estoques é de fundamental importância
para qualquer empresa, pois afeta dois pontos muito sensíveis de um empreen-
dimento, que são as finanças e o relacionamento com o consumidor.
– 115 –
Logística de E-commerce
– 116 –
Gestão de estoques para e-commerce
Atividades
1. O número de dias resultante do ciclo financeiro significa o que
para a empresa?
2. Por que é importante a empresa assegurar a conformidade com
os requerimentos do cliente?
3. Quais são as três categorias de serviços ao cliente segundo
Ballou (1999)?
4. Quais as implicações de se adotar um serviço como o da Ama-
zon Key no Brasil?
– 117 –
5
Tecnologias por trás
do e-commerce
– 120 –
Tecnologias por trás do e-commerce
7090, mas foi em 1965, com o modelo IBM 360, que a adoção em larga
escala realmente ocorreu. O IBM 360 foi o primeiro a possibilitar o pro-
cessamento em tempo compartilhado, multitarefa e o uso de memória vir-
tual, e fez com que a IBM dominasse o mercado de mainframes desde
então. Essa tecnologia permitiu que milhares de terminais remotos fossem
conectados online com o computador central (mainframe).
Figura 5.1 – IBM 360 Series
– 121 –
Logística de E-commerce
– 122 –
Tecnologias por trás do e-commerce
Altair 8800
Xerox Alto
Apple II IBM PC
Fonte: Joho345/CC BY 3.0/Wikimedia.
– 123 –
Logística de E-commerce
Vendas
Produção
Finanças
RH
– 124 –
Tecnologias por trás do e-commerce
– 125 –
Logística de E-commerce
– 126 –
Tecnologias por trás do e-commerce
3 A linguagem C foi criada em 1972 com foco inicial para desenvolvimento de progra-
mas para sistemas operacionais Unix, que antes eram escritos em linguagem Assembly
(binária). Essa linguagem de programação se adapta a qualquer tipo de projeto por ser
portável e de execução rápida. A linguagem C++ é uma evolução da linguagem C que
incorporou a orientação a objetos. Para obter mais detalhes consultar <http://lingua-
gemc.com.br/breve-historia-da-linguagem-c/.
– 127 –
Logística de E-commerce
Dados em Dados em
formato formato
interno interno
Transformação Decodificação
no padrão EDI do padrão EDI
EDI provedor de
Serviço de Rede
Dados no Dados no
formato formato
EDI EDI
Comunicação direta
(ponto a ponto)
Software de Software de
comunicação comunicação
– 128 –
Tecnologias por trás do e-commerce
– 129 –
Logística de E-commerce
– 130 –
Tecnologias por trás do e-commerce
INTERNET
GIS
DSS
GDSS
IDSS
– 131 –
Logística de E-commerce
Fonte: www.gps.gov.
– 132 –
Tecnologias por trás do e-commerce
Dica de Vídeo
– 133 –
Logística de E-commerce
– 134 –
Tecnologias por trás do e-commerce
– 135 –
Logística de E-commerce
– 136 –
Tecnologias por trás do e-commerce
Suporte a decisão
Planejamento/Previsão/Supervisão Avaliação de custos Avaliação das alternativas
Diagnóstico e Modelos de Integração
Modelos de IA
(Inteligência Artificial) Modelos Estatísticos Modelos Numéricos
Data Mining
Dados geográficos (GIS) Dados temporais (Base de dados)
Interpretação de dados
Análises subjetivas Informações subjetivas
– 137 –
Logística de E-commerce
– 138 –
Tecnologias por trás do e-commerce
5.2.1.1 Dados
Dados são fatos “crus” que descrevem as características de um evento
ou um objeto e que ainda não passaram por um processo de depuração.
Apesar de existirem, ainda não é possível extrair informações para tomada
de decisão.
Os dados são classificados em dois grandes agrupamentos: os dados
estruturados e os dados não estruturados. Os dados estruturados são
assim classificados porque possuem tamanho, tipo e formato definidos,
– 139 –
Logística de E-commerce
5.2.1.2 Informação
Informação é o dado convertido em um contexto que tenha sig-
nificado e utilidade, ou seja, o dado bruto não representa muita coisa
para a tomada de decisão de negócios, mas o tratamento inicial des-
ses dados, lhes dando algum sentido (nesse aspecto, são selecionados
do conjunto total de dados aqueles que melhor atendem aos requisitos
do problema, sendo os demais dados descartados para aquela tarefa) e
que sejam úteis para atender aos requisitos levantados para solução
do problema.
Possuir a informação correta no momento correto contribui muito
para o sucesso empresarial, porém, ter a informação incorreta no momento
certo ou a informação correta no momento incorreto pode ser desastroso
para qualquer empresa (BALTZAN, 2018, p. 9).
– 140 –
Tecnologias por trás do e-commerce
– 141 –
Logística de E-commerce
22 Conhecimento
O conhecimento pode ser compreendido como o resultado
da informação que foi devidamente tratada e que possui
alta relevância e confiabilidade e, esse resultado foi gerado
pela interpretação das várias informações para se chegar a
uma melhor compreensão do contexto em que a empresa
está operando.
O conhecimento ainda não está desatrelado do indivíduo,
mesmo utilizando ferramentas computacionais sofisticadas,
pois é o indivíduo que possui a habilidade de interpretação
mais refinada e da intuição que a máquina ainda não possui,
por exemplo: imagine que a concessionária de veículos de
luxo só possua modelos Mustang da cor amarela e o cliente
deseja um modelo de outra cor. O vendedor, com toda a sua
– 142 –
Tecnologias por trás do e-commerce
Conhecimento
Inteligência de
Dados Informação
Negócios (BI)
Informação coletada de
Fatos brutos que Dados convertidos Habilidade,
múltiplas fontes
descrevem as em um contexto competência e
que analisa
características de um de utilidade experiência em
padrões, tendências
evento ou objeto. e com significado conjunto com informação
e relacionamentos
e inteligência
para tomada de
que cria recursos
Produto mais decisão
Data do pedido intelectuais no indivíduo.
vendido estratégica
montante pedido
Número de clientes Melhor cliente Semana de Decidir não é demitir
Quantidade pedida Produtos menos vendas mais baixas um vendedor que
vendido comparada com as está sabidamente
Pior cliente taxas de juros praticadas. passando por
Produto mais problemas familiares.
vendido por mês comparado Colocar os produtos
com as vitórias e derrotas que estão próximos da data
do time da cidade. de vencimento em
primeiro no menu ou criar
um dia de oferta
para esses produtos.
– 143 –
Logística de E-commerce
– 144 –
Tecnologias por trás do e-commerce
– 145 –
Logística de E-commerce
– 146 –
Tecnologias por trás do e-commerce
Desing Segurança
Experiência
prometida
Visual Credibilidade
Valores
emocionais
Estilo Confiança
Valores racionais
Conclusão
Nesse capítulo, percebemos que a tecnologia desempenha um papel
central para que uma operação de e-commerce possa, de fato, atender às
expectativas do cliente. Por trás de um site de comércio eletrônico exis-
tem várias tecnologias que possibilitam a criação de uma experiência
superior do consumidor.
Algumas das tecnologias não são novas, surgiram há décadas e foram
sendo aperfeiçoadas ao longo dos anos e mesmo adaptadas à nova realidade
da internet, permitindo soluções que estão perfeitamente inseridas no coti-
diano do consumidor online (como a geolocalização) mas que algum tempo
atrás eram restritas a usos muito específicos (levantamentos topográficos).
Algumas tecnologias que antes eram de uso militar, experimentaram
uma utilização exponencial quando disponibilizadas para uso comercial –
– 147 –
Logística de E-commerce
Atividades
1. Em linhas gerais, quais são as tecnologias que suportam o
e-commerce?
2. Qual a diferença entre “dados” e “informação”?
3. A internet gera, diariamente, um volume gigantesco de dados
que precisam ser analisados para que tenham relevância para a
decisão de negócios. Para tratar um volume de dados como esse
são utilizadas ferramentas de Big Data que, por sua vez, possui
quais características?
4. Quais são os principais componentes da infraestrutura de um
e-commerce?
– 148 –
6
Gestão de estoques
em e-commerce
– 150 –
Gestão de estoques em e-commerce
Volume de entrada
Volum
e de s
Estoque aída
– 151 –
Logística de E-commerce
– 152 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 153 –
Logística de E-commerce
Fonte: Shutterstock.com/Champiofoto
– 154 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 155 –
Logística de E-commerce
– 156 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 157 –
Logística de E-commerce
Mundo
Nível País
espacial Região
Território
Cliente
Vendas totais
Vendas setoriais
Nível de Vendas da empresa
produto Vendas da linha de produtos
Vendas de forma de produtos
Vendas de ítem de produtos
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Nível termporal
Fonte: Kotler e Keller (2016).
– 158 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 159 –
Logística de E-commerce
Saiba mais
– 160 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 161 –
Logística de E-commerce
– 162 –
Gestão de estoques em e-commerce
DEMANDA
TEMPO TEMPO
TEMPO TEMPO
– 163 –
Logística de E-commerce
Demanda dependente
700
600
500
400
300
200
100
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
TEMPO
Fonte: elaborada pelo autor
– 164 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 165 –
Logística de E-commerce
TRIMESTRE
– 166 –
Gestão de estoques em e-commerce
TRIMESTRE
– 167 –
Logística de E-commerce
– 168 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 169 –
Logística de E-commerce
TEMPO
QUANTIDADE
980
NÍVEL DE
ESTOQUE
Etapa 2: acompanhe o nível
de estoque no período. NÍVEL DE
SEGURANÇA 500
TEMPO
QUANTIDADE
NÍVEL DE
ESTOQUE
Etapa 3: identifique o nível de
pedido histórico. NÍVEL DE TEMPO DE REPOSIÇÃO
SEGURANÇA 500 NÍVEL DE PEDIDO
TEMPO
– 170 –
Gestão de estoques em e-commerce
QUANTIDADE
NÍVEL DE
ESTOQUE
Etapa 4: ajuste o nível de
pedido conforme a demanda NÍVEL DE PEDIDO
620
real daquele período. NÍVEL DE
SEGURANÇA
TEMPO DE REPOSIÇÃO
TEMPO
1500
QUANTIDADE
NÍVEL DE
ESTOQUE
TEMPO
QUANTIDADE
NÍVEL DE 980
Etapa 6: reinicie o processo ESTOQUE
de acompanhamento dos
níveis de estoque e níveis de NÍVEL DE
NÍVEL DE PEDIDO
TEMPO DE REPOSIÇÃO
segurança de estoque. SEGURANÇA
TEMPO
Fonte: elaborada pelo autor.
– 171 –
Logística de E-commerce
– 172 –
Gestão de estoques em e-commerce
– 173 –
Logística de E-commerce
Conclusão
Esse capítulo demonstrou a importância da gestão de estoques para
qualquer tipo de empresa, uma vez que a gestão dos estoques possibi-
lita aos gestores a tranquilidade para atender a demanda, mas ao mesmo
tempo gera preocupações pelos investimentos financeiros necessários
para manter os estoques.
Foram apresentados os principais tipos de estoque (em trânsito,
sazonal, especulativo e de segurança), bem como as razões que levam
– 174 –
Gestão de estoques em e-commerce
Atividades
1. O que é estoque e para que ele é necessário?
2. Ao decompor os dados para identificar os padrões da demanda,
que componentes são necessários identificar?
3. Quais são as estratégias de preço sugeridas na técnica de otimi-
zação de preços?
4. Utilizando o método de amortecimento exponencial, ajuste a pre-
visão da 1ª e da 2ª semana e faça a previsão para a 3ª semana dos
volumes de venda a seguir, assumindo o fator de ponderação α=0,2:
SEMANA
1ª SEM 2ª SEM 3ª SEM 4ª SEM
MÊS PASSADO 800 550 900 750
ESTE MÊS 950 800
PREVISÃO ?? ?? ??
– 175 –
7
Estratégia e
planejamento de
supply chain
– 178 –
Estratégia e planejamento de supply chain
das ao segmento da tecnologia criadas no Vale do Silício na Califórnia. Uma startup é defi-
nida hoje, de forma geral, como “uma organização temporária com um modelo de negócios
escalável e repetível”. Para saber mais acesse https://acestartups.com.br/o-que-e-uma-startup/
2 A sugestão de Kawasaki para a declaração de missão da Mary Kay quando o artigo em
seu blog foi escrito era “Enriquecendo a vida das mulheres”. Em 2019, o site da Mary
Kay International traz a seguinte missão: “Enriquecendo a vida das mulheres e suas fa-
mílias em todo o mundo”, muito parecida com a sugestão dada em 2016 por Kawasaki.
– 179 –
Logística de E-commerce
obtido, por exemplo, com o envio direto do produto aos clientes para
evitar o armazenamento, a escolha de depósitos terceirizados ao invés
de próprios, a opção de fornecimento por demanda ao invés de constituir
estoques, ou a utilização de provedores externos de serviços de logís-
tica. Essas estratégias podem resultar em custos variáveis mais altos, no
entanto, o retorno pode ser melhor por não necessitar altos investimen-
tos em constituição de estoques.
Melhora do nível de serviço: geralmente tem relação com a percep-
ção de que as vendas aumentam proporcionalmente ao aumento do nível
de serviço de logística. Embora os custos aumentem pela razão de se man-
terem estoques mais elevados, que permitam um rápido envio ao cliente
(nível de serviço de logística mais alto), o incremento nas receitas pode
compensar esse valor. Para ser eficaz, esta estratégia deve ser utilizada na
contramão do que a concorrência oferece.
– 180 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 181 –
Logística de E-commerce
– 182 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 183 –
Logística de E-commerce
– 184 –
Estratégia e planejamento de supply chain
Canais verticais
Tradicionalmente os canais de distribuição eram vistos como estruturas
mercadológicas verticais (NOVAES, 2007, p. 128) em que a responsabili-
dade ia sendo transferida ao longo da cadeia logística conforme a localiza-
ção do produto; ou seja, a fábrica enviava uma carga de produtos ao dis-
tribuidor/atacadista, que realizava o armazenamento temporário. Então os
produtos eram destinados aos pontos de venda (lojistas), que realizavam o
armazenamento até a venda ao consumidor final. Os serviços de pós-venda
e suporte eram realizados pelo varejista, de forma que a responsabilidade
sobre o produto ia mudando à medida que esse produto era armazenado nos
diferentes participantes da cadeia de suprimento, como se fosse uma corrida
de 4x100, onde o bastão é transferido ao corredor adiante (Figura 7.4).
Em termos logísticos esses estoques distribuídos por pontos interme-
diários até sua entrega ao consumidor exercem a função de um pulmão de
estoque (buffer). Os produtos saem da indústria em cargas fechadas até o
distribuidor, que fraciona essa carga em carregamentos menores (incluindo
outros itens) para envio ao lojista, sendo que, neste modelo, nem o fabri-
cante nem o distribuidor têm acesso direto ao consumidor – pois o único
contato deste é com o quem está lhe vendendo o produto/serviço.
O lojista interpreta a preferência do consumidor e traduz isso em
pedidos de produtos aos fornecedores (distribuidores e fabricantes), exer-
cendo papel fundamental para previsão de demanda, uma vez que é o
lojista quem conhece mais profundamente o consumidor, seus hábitos e
– 185 –
Logística de E-commerce
Fonte: Shutterstock.com/sportpoint
Canais híbridos
Neste tipo de canal, uma parte das funções é exercida por dois ou mais
participantes da cadeia de suprimentos, tornando o processo menos rígido
do que no canal vertical descrito anteriormente (Figura 7.5). Por exem-
– 186 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 187 –
Logística de E-commerce
Canais múltiplos
As empresas podem escolher diferentes canais para distribuir seus
produtos e esses canais englobam as lojas físicas, o website da empresa,
os marketplaces como a Amazon e o Mercado Livre, e redes sociais como
o Instagram e Facebook. Cada um desses canais de distribuição representa
uma maneira diferente para o consumidor adquirir o produto, podendo
lidar diretamente com o fabricante ou com intermediários (varejistas ou
distribuidores autorizados).
Um sistema de distribuição baseado em canais múltiplos é quando
uma empresa decide distribuir seus produtos por meio de vários canais
simultaneamente, em uma estratégia de disponibilizar acesso aos produtos
pelo maior número possível de pontos de atendimento ou pelos pontos
com maior potencial de realização de negócios (Figura 7.6).
Figura 7.6 – Canal múltiplo
– 188 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 189 –
Logística de E-commerce
– 190 –
Estratégia e planejamento de supply chain
Fonte: Shutterstock.com/TarikVision
– 191 –
Logística de E-commerce
veículos devem ser utilizados para transporte, etc. Porém, outros aspectos se
tornaram relevantes para o efetivo planejamento das operações logísticas, o
que tem a ver com o desenho de processo logístico, sistemas de informação
necessários para ela e estrutura organizacional específica para a área.
– 192 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 193 –
Logística de E-commerce
– 194 –
Estratégia e planejamento de supply chain
7 Do termo em inglês shipper, no Brasil utiliza-se essa nomenclatura para designar quem
despacha a mercadoria utilizando qualquer meio de transporte, seja próprio ou de um
operador logístico.
– 195 –
Logística de E-commerce
– 196 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 197 –
Logística de E-commerce
Dica de filme
8 Nos Estados Unidos a velocidade de trens de carga pode chegar a 112 km/h, ao passo
que na Alemanha essa velocidade pode chegar a 60km/h.
– 198 –
Estratégia e planejamento de supply chain
9 No caso do Brasil, a ligação marítima entre os portos brasileiros com os portos da Ar-
gentina, Paraguai e Uruguai são classificados como navegação de grande cabotagem ou
cabotagem de longo curso e, normalmente, envolvem várias escalas – por exemplo: um
navio que sai do porto de Vila Velha-ES, faz escala para carga e descarga nos portos de
Santos-SP e Itajaí-SC e segue para o porto de Montevidéu-Uruguai.
– 199 –
Logística de E-commerce
– 200 –
Estratégia e planejamento de supply chain
10 A Zona Franca de Manaus - ZFM foi um projeto criado pelo governo federal com o
objetivo de trazer desenvolvimento econômico para a Região Amazônica. A ZFM cons-
titui-se, quando da criação, de uma área de livre comércio, gerenciada pela Superinten-
dência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA, tendo seu centro na cidade de Manaus.
Os Estados que compõem a Zona Franca são: Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre e
Amapá. Atualmente, esses estados dispõem de amplos benefícios fiscais, seja redução e/
ou isenção, dentre eles: Imposto sobre Produto Industrializado – IPI, Imposto de Exporta-
ção – IE, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS (NASCIMENTO
e SILVA, 2012).
– 201 –
Logística de E-commerce
– 202 –
Estratégia e planejamento de supply chain
Fonte: Shutterstock.com/Bigflick
– 203 –
Logística de E-commerce
– 204 –
Estratégia e planejamento de supply chain
– 205 –
Logística de E-commerce
Conclusão
Neste capítulo foram apresentados os conceitos-chave de planeja-
mento estratégico e os seus vínculos com a logística e o supply chain.
Vimos que a estruturação de uma operação logística deve estar vinculada
às metas estabelecidas pela organização, o que nem sempre ocorre devi-
dos às pressões (internas e externas) existentes sobre a gestão logística
vindas de competidores, do departamento financeiro, das legislações, dos
integrantes da rede de supply chain, etc.
Identificar a forma de escoar o produto e decidir sobre a mais ade-
quada, seja distribuição direta, indireta, ou uma mescla de ambas, trará
repercussões sobre toda a empresa, pois os canais de distribuição (canais
diretos, múltiplos e híbridos) desempenham quatro funções básicas: a
indução da demanda, a satisfação da demanda, os serviços de pós-venda
e a troca de informações.
A complexidade logística varia conforme o canal escolhido (o canal
de menor complexidade é direto e o de maior é o múltiplo) e a adoção do
omnichannel permite que o consumidor escolha receber o pedido em seu
endereço ou faça a retirada em um ponto de venda. Isto implica na escolha
de quais meios de transporte serão os mais adequados para suportar essa
decisão estratégica. No Brasil, um país continental, o uso do modal rodo-
viário prevalece sobre os demais, principalmente no caso do e-commerce,
que, em sua maioria, despacha pequenos volumes para entrega.
A Teoria das Restrições (TOC) e sua aplicação no gerenciamento da
cadeia de suprimentos é uma forma bastante adequada de identificar e
gerenciar os gargalos logísticos existentes, uma vez que eles são bastante
comuns no dia a dia das operações logísticas. Os gargalos podem exis-
tir tanto interna quanto externamente à empresa, sendo função da gestão
de supply chain atuar sobre eles, minimizando impactos financeiros e de
satisfação do cliente.
– 206 –
Estratégia e planejamento de supply chain
Atividades
Na China desde 2015 existe um modelo de quiosque chamado Bingo
Box que não tem um atendente sequer e todos os processos são automati-
zados. O cliente usa seu smartphone para entrar na loja, scanear o código
do produto e, no próprio smartphone, realizar o pagamento do item adqui-
rido. Mas toda a retaguarda funciona interligada a cada quiosque, princi-
palmente o processo de reposição de mercadorias.
Assista o vídeo de demonstração da Bingo Box neste link: https://
youtu.be/hYN3gozk4fo e responda:
1. Quais as semelhanças entre a Teoria das Restrições para supply
chain e o modelo de negócios da Bingo Box?
2. Qual a forma de distribuição mais adequada para a Bingo Box, a
forma direta ou a indireta?
3. O canal omnichannel é um canal que pode ser utilizado na ope-
ração da Bingo Box?
4. Que tipo de canal é mais adequado à operação da Bingo Box,
canal vertical, híbrido ou múltiplo?
– 207 –
8
Entrega da encomenda –
o futuro da última milha
– 210 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
– 211 –
Logística de E-commerce
Transporte
ponto a ponto
Última milha
53%
– 212 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
44%
43% 43%
42% 42%
40% 40% 40% 40% 40%
38% 38%
37%
36% 36%
35% 35%
34%
33%
30%
29%
28%
27%
26%
22%
19%
18%
1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 4T17 1T18 2T18
mercado geral de e-commerce top 10 lojas de e-commerce
8,3%
8,3%
7,1%
6,5%
4,5%
– 213 –
Logística de E-commerce
Centro de
Ponto de partida da entrega de última milha
distribuição
Depósito Entrega em
Local de entrega Cluster
do lojista domicílio
– 214 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
– 215 –
Logística de E-commerce
Datas comemorativas
Faturamento Shape
Evento Período
(R$ bilhões) no ano
Dia doconsumidor 14/03/18 0,22 0,4%
Dia das mães 28/04 a 12/05/18 2,11 4%
Dia dosnamorados 28/05 a 11/06/2018 1,77 3,3%
Dia dos Pais 2 8/7 a 11/08/2018 2,09 3,9%
Dia das crianças 27/9 a 11/10/18 1,97% 3,7%
Black Friday 22/11 a 23/11/2018 2,60 4,9%
Cyber Monday 28/11/2018 0,37 0,7%
Natal 11/12 a 24/12/2018 2,54 4,8%
* período pode variar conforme calendário anual
Dia do Dia do
Consumidor 0,22 Consumidor 0,4%
Dia das Dia das
Natal 2,54 Mães 2,11 Natal 4,8% Mães 4,0%
Cyber Cyber
Monday 0,37 Dia dos Monday 0,7% Dia dos
Namorados 1,77 Namorados 3,3%
Black Black
Fryday 2,60 Dia dos Fryday 3,7% Dia dos
Pais 2,09 Pais 3,5%
88,0%
87,4%
87,0%
86,6% 86,6%
86,0%
85,1% 85,2%
85,0%
84,4%
83,4%
83,0%
82,0%
81,0%
Retirou na Loja Correios Transportadora
Acompanhamento do pedido Entrega no prazo Manuseio e envio dos produtos
24,4% 16,8%
2,6%
75,6% 83,4%
97,4%
– 217 –
Logística de E-commerce
– 218 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
– 219 –
Logística de E-commerce
– 220 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
– 221 –
Logística de E-commerce
22 Vantagens do crowdsourcing
A entrega via crowdsourcing é benéfica tanto para os varejistas
quanto para os clientes, com a principal vantagem de as empre-
sas conseguirem atender pedidos online mais rapidamente – às
vezes, em menos de uma hora. Com a opção de entrega por
demanda ou programada, as empresas podem atender às deman-
das dos clientes por gratificação instantânea (que é particular-
mente prevalecente entre os consumidores mais jovens e digi-
tais), garantindo também que os pacotes sejam entregues quando
alguém está em casa – eliminando tempo e custos adicionais
envolvidos com várias tentativas de entrega.
Um benefício secundário da entrega via crowdsourcing é que ela
é intensiva em tecnologia e com baixos investimentos em ativos,
em comparação com as empresas de transporte e logística, que
precisam montar uma estrutura física com armazéns e depósi-
tos, aquisição de veículos de entrega, softwares especializados
na gestão do processo logístico e pessoal capacitado para cada
etapa do processo. No crowdsourcing, após a realização da com-
pra pelo cliente, o lojista chama um prestador de serviços, que
efetua a entrega no endereço do cliente (Figura 8.8).
– 222 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
– 223 –
Logística de E-commerce
– 224 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
– 225 –
Logística de E-commerce
– 226 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
Permissão geral para uso de drones para entrega: o governo dos Estados Uni-
2018 dos estima que mais de 7.500 drones podem obter autorização para serem
utilizados para entregas em 2018 e a regulamentação está em andamento.
Fonte: adaptado de Lee et al. (2016, p. 11).
– 227 –
Logística de E-commerce
Fonte: Shutterstock
– 228 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
2. Piloto
automático 3. Sem uso 4. Sem precisar 5. Mente desligada 6.Passageiro
1. Motorista Assistência das mãos olhar Automação Veículo
Sem assistência parcial Automação Automação completa Autônomo
Sem uso parcial elevada
dos pés
– 229 –
Logística de E-commerce
Figura 8.13 – Ford Fusion autônomo para entrega da Domino´s Pizza (em teste)
– 230 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
Fonte: chinadaily.com.cn
– 231 –
Logística de E-commerce
– 232 –
Entrega da encomenda – o futuro da última milha
Conclusão
O grande desafio da operação logística, principalmente para o comér-
cio eletrônico, se dá em relação à última milha e merece especial atenção
dos gestores, não só por ser a etapa mais cara do processo logístico, mas
porque é na última milha, o momento em que a mercadoria chegar no
endereço final, que o cliente perceberá se o nível de serviço foi adequado
ou ficou abaixo das suas expectativas.
Todo o esforço anterior de capturar o pedido do cliente, receber o
pagamento, preparar a mercadoria e gerenciar os estoques centrais aca-
bam passando despercebidos pelo cliente, pois, para ele, o que importa é o
momento que a encomenda chega em sua residência.
Os centros urbanos têm grandes problemas de trânsito, congestiona-
mentos, dificuldades para estacionar, gerando desafios para os operadores
logísticos realizarem as entregas. O uso de novas tecnologias tem sido
apontado como soluções viáveis para contornar os problemas de trânsito
urbano intenso. Esses meios, hoje considerados alternativos, possuem
grande potencial para serem utilizados em larga escala, sendo que, alguns
deles, já são comuns em mercados mais desenvolvidos (o uso de pick-up
points é comum na Alemanha e Inglaterra) e outros ainda estão no estágio
de testes (veículos autônomos, drones sendo testados nos EUA e Europa)
ou sendo implantados recentemente (droids sendo usados na China).
Atividades
1. Quais são as dificuldades existentes para os lojistas em relação à
última milha?
2. Assista ao vídeo em que a Ford testa o veículo autônomo para
entrega de pizzas na Domino´s Pizza e responda: este modelo
de entregas é viável em grandes cidades brasileiras? O link
para o vídeo é: <https://youtu.be/ep8ZbdIO0xI>. Você também
pode acessar o vídeo por meio de pesquisa no Google, com
o seguinte argumento: “Ford Fusion autônomo é testado em
entrega de pizza”.
– 233 –
Logística de E-commerce
– 234 –
9
Logística reversa:
conceitos e implicações
para a empresa
SISTEMA ABERTO
ambiente
Retroação ou feedback
– 236 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
1 Renda per capita é obtida da divisão do Produto Interno Bruto (PIB) de um país pelo
número de seus habitantes; é um dos indicadores econômicos mais utilizados para apu-
ração do nível de desenvolvimento de um país.
2 “Growth in prosperity and movement to urban areas are linked to increases in per cap-
ita generation of waste. Furthermore, rapid urbanization and population growth create
larger population centers, making the collection of all waste and the procuring of land
for treatment and disposal more and more difficult.”
– 237 –
Logística de E-commerce
800 40%
32% 34%
700 35%
29%
600 683 30%
655
Toneladas por ano
400 20%
300 15%
200 10%
5%
100 5%
93
0 0%
Baixa renda Baixa a média renda Média renda Alta renda
Percentual Quantidade
Fonte: adaptada de Nações Unidas Brasil (2018).
Os países que mais geram resíduos (Figura 9.3) estão na região do Leste
Asiático e Pacífico e na Ásia Central, contabilizando cerca de 43% de todo
o lixo gerado (equivalente a 468 milhões de toneladas). A região do Oriente
Médio, do Norte da África e da África Subsaariana são responsáveis pela
geração de 15% do lixo global (equivalente a 129 milhões de toneladas).
– 238 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
350
300
250
200
150
100
50
0
Sul da Ásia
Europa Ásia
América Latina
Oriente Médio e
Sub-Sahariana
Oeste Asiático
do Norte
Nore da África
América
Central
e Pacífico
e Cartibe
África
Oriente Médio e
Nore da África 6%
Oeste Asiático
e Pacífico 23% África Sub-Sahariana 9%
América Latina
e Cartibe 11%
– 239 –
Logística de E-commerce
Para o futuro, ainda com base no mesmo relatório das Nações Unidas
Brasil (2018), a expectativa é que a geração de resíduos atinja 3,4 bilhões
de toneladas até 2050 — lembrando que existe uma correlação direta entre
a geração de lixo e o nível de renda. Nas economias mais desenvolvidas,
as projeções apontam aumento de 19% nesse mesmo período, enquanto
em países com renda média pode atingir mais de 40%. O fato mais alar-
mante é que a geração de resíduos cresce a taxas mais elevadas devido ao
incremento de renda em economias menos desenvolvidas com a perspec-
tiva de esses países gerarem três vezes mais lixo em 2050 do que geram
atualmente (Figura 9.4).
Figura 9.4 — Geração de resíduos projetada
4,0
3,5 3,40
3,0
Bilhões de toneladas
2,59
2,5
2,01
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
2016 2030 2050
– 240 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
1,20
Sudeste
1,217
1,00
Brasil
Nordeste Centro Oeste 1,035
25% 0,969 0,978
Norte
0,872
Sul
0,60 0,757
0,40
0,20
0,00
Fonte: adaptada de Abrelpe ([c2019]).
– 241 –
Logística de E-commerce
Figura 9.7 — Composição dos resíduos gerados no mundo por nível de renda
– 242 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
Alumínio Inertes
0,51% 0,46%
Plástico
11,0%
Papel/Papelão
13,16%
Orgânicos
57,41%
Outros
8,10%
Metal
1,56%
Vidro
2,34%
Fonte: adaptada de Besen (apud SILVA, 2017).
– 243 –
Logística de E-commerce
– 244 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
– 245 –
Logística de E-commerce
– 246 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
– 247 –
Logística de E-commerce
4 Para Guarnieri (2011, p. 36), a logística reversa é um conjunto de atividades que envol-
vem “desde o processamento de pedidos, compra de matéria-prima, sua transformação
e distribuição até o consumidor final, muitas vezes podem ser repetidas uma vez mais,
quando os produtos usados e descartados são reciclados e voltam ao canal logístico.”.
Para Xavier e Corrêa (2013, p. 04) a logística reversa ou fluxos reversos “fluem contra
a corrente dos fluxos diretos, da ponta do consumo para trás. Exemplos são os materiais
e componentes de produtos ou de processos que, após serem consumidos ou utilizados
são coletados e transportados para trás nas redes de suprimento, para serem reutilizados
ou reciclados e reincorporados” no processo produtivo.
5 Os atores existentes na cadeia de suprimentos foram detalhados no Capítulo 2 e se
resumem em fornecedores, canais de distribuição e operadores logísticos.
– 248 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
1. Pessoas
As empresas estão cada vez mais conscientes de que suas decisões
estratégicas afetam as pessoas, incluindo clientes, funcionários e aquelas
que vivem nas comunidades nas quais elas estão inseridas. Com o cresci-
mento econômico, a renda aumenta e as pessoas se tornam mais preocupa-
das com o meio ambiente, com a ética empresarial e os desdobramentos de
suas atitudes na sociedade. Dessa forma, organizações que desenvolvem
uma estratégia ambientalmente sustentável têm maiores possibilidades de
obter vantagens competitivas e assegurar a aprovação de suas decisões
junto aos grupos de interesse (stakeholders) (MCKINSON et al., 2015).
2. Planeta
A preocupação com o meio ambiente está na estratégia da maior parte
das empresas, seja por efeitos de legislação, seja por pressão de consumi-
dores, seja pelo próprio modelo de negócios mais voltado para a sustenta-
bilidade. Os gestores buscam cada dia mais maneiras de reduzir o impacto
ambiental de suas operações, envolvendo todos os participantes da cadeia
de suprimentos, com inovação em processos e meios de entrega alternati-
vos, bem como preocupação com o descarte dos produtos que chegaram
ao fim de sua vida útil. Uma das necessidades mais relevantes para os
gestores diz respeito à eficácia no uso de recursos, não só pela ótica de
redução de custos mas também visando reduzir os impactos ambientais.
3. Lucro
A sustentabilidade social e ambiental (HEIZER; RENDER; MUNSON,
2017) não existe sem a sustentabilidade financeira da empresa, que diz res-
peito a como a companhia se mantém no mercado, em um processo que
demanda investimentos financeiros objetivando a geração de lucro — é o
custo de oportunidade de explorar um mercado, investindo recursos finan-
ceiros visando a uma taxa de retorno (lucro) que compense os riscos de ter
realizado aquele investimento. Também faz parte dos investimentos o capi-
tal intelectual existente na empresa, pois ele é capaz de gerar soluções ino-
vadoras que melhorem o desempenho geral da empresa, incluindo todas as
estratégias de gestão de pessoas (clima organizacional, benefícios, gestão
de carreiras, retenção de talentos), melhorando a produtividade e gerando
engajamento para ações voltadas à sustentabilidade social e ambiental.
– 249 –
Logística de E-commerce
Maximizar o tripé de
sustentabilidade
Saiba mais
Economia Circular
6 Os fatores associados ao descarte adequado dos resíduos devem ser referenciados aos
princípios dos 3Rs da sustentabilidade: Reduzir (consumir menos produtos e preferir
aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos); Reutilizar (usar nova-
mente as embalagens que antes iriam direto para o descarte); Reciclar (transformar os
materiais para a produção de matéria-prima em outros produtos por meio de processos
industriais ou artesanais).
– 250 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
– 251 –
Logística de E-commerce
– 252 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
Varejo físico
Varejo físico
Logística reversa
– 253 –
Logística de E-commerce
– 254 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
Saiba mais
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/9GorqroigqM/maxresdefault.jpg
– 255 –
Logística de E-commerce
– 256 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
– 257 –
Logística de E-commerce
– 258 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
Conclusão
Há uma crescente preocupação com a geração de resíduos sólidos
nas diversas regiões do mundo. A humanidade é a única espécie que
produz resíduos oriundos de processos produtivos, principalmente a
partir do desenvolvimento econômico proporcionado após a Revolução
Industrial (Capítulo 1).
Ao longo dos anos, com o crescimento populacional e o aumento da
densidade demográfica nos grandes centros urbanos, a gestão de resíduos
sólidos se tornou um grande desafio para todos os envolvidos (sociedade,
empresas e governos), trazendo para a discussão o conceito de economia
circular, que orienta para a transformação do processo produtivo a partir
de uma economia linear para um processo baseado em economia circular,
tendo como início o modelo de ciclos naturais de transformação, no qual
os resíduos gerados são insumos para outro processo.
Embora muitos atores estejam envolvidos em atividades de geren-
ciamento de resíduos e logística reversa, muitas vezes falta eficiência
e visibilidade. Muitas empresas, ao realizarem logística reversa, ainda
estão mais preocupadas com garantias e serviços de pós-venda do que
com sustentabilidade ambiental. No entanto, nos últimos anos, mais
empresas estão percebendo oportunidades em operações de logística
reversa para reciclar, reutilizar, reformar e remanufaturar, não apenas
como forma de reduzir custos mas também como estratégia de fortale-
cimento da marca.
Atividades
1. A preocupação com a geração de resíduos é resultado de hábi-
tos da sociedade. O que e como ela consome, como utiliza os
produtos que geram conforto no dia a dia, como descarta seu
lixo. Para testar qual é o impacto ambiental gerado pelos seus
hábitos de vida, acesse o teste Sua pegada ecológica, elabo-
rado pelo Governo Federal e verifique qual é o impacto que
seus hábitos geram no meio ambiente (<http://www.suapegada
ecologica.com.br>).
– 259 –
Logística de E-commerce
– 260 –
Logística reversa: conceitos e implicações para a empresa
– 261 –
10
Marketing, vendas e
estoque: estratégias
de integração
– 264 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 265 –
Logística de E-commerce
– 266 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 267 –
Logística de E-commerce
– 268 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 269 –
Logística de E-commerce
Saiba mais
Exemplo: preço de venda (R$ 100) e custo variável (R$ 60), então
MC = PV – CV
MC = 100 – 60
MC = 40
– 270 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
PEF = CF/MC%
PEF = 40.000/40%
PEF = 40.000/(40/100)
PEF = 40.000/0,4
PEF = 100.000
PEQ = PEF/PV
PEQ = 100.000/100
PEQ = 1.000
– 271 –
Logística de E-commerce
– 272 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 273 –
Logística de E-commerce
– 274 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 275 –
Logística de E-commerce
Características
do
consumidor
Características Atributos
dos do
intermediários produto
Seleção dos
canais de
marketing
Tamanho
Forças
da
ambientais
organização
Competidores
– 276 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 277 –
Logística de E-commerce
– 278 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
2 São arquivos criados pelos websites visitados, que tornam a experiência online mais fá-
cil, economizando informações de navegação. Com os cookies, os sites podem manter o
usuário conectado, lembrar suas preferências e fornecer conteúdo relevante localmente.
– 279 –
Logística de E-commerce
– 280 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
– 281 –
Logística de E-commerce
– 282 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
ciência logística maior, fazendo que as entregas ocorram cada vez mais
rápido. O grupo logístico GLP, especializado em operação de galpões
logísticos e presente em oito países além do Brasil, destina 30% de sua
operação para o e-commerce (CASTRO, 2019) e tem investido em solu-
ções que aumentem a eficiência do ecossistema logístico que opera, maxi-
mizando o aproveitamento da área disponível de acordo com a necessi-
dade dos clientes – o Mercado Livre passou a ocupar uma área de 50 mil
metros quadrados para suas operações logísticas.
Na esteira das funções do comércio eletrônico, o mercado de entregas
também passou a ser alvo de investimentos, principalmente para operação
da última milha (como explorado no Capítulo 8). Em um mercado atrativo
como o de entregas, que só no Brasil representa 12,7% do Produto Interno
Bruto (PIB), englobando desde armazenamento até transporte e entrega
(FONSECA, 2019), a atuação de startups de logística com intensos inves-
timentos em tecnologia, como a Loggi, com a oferta de serviços tanto para
pessoas físicas (com serviços de motoboy para pessoas enviarem encomen-
das) como para empresas (delivery para restaurantes, motoboy para escritó-
rios e entregas para e-commerce), faz que o mercado evolua cada vez mais.
As pequenas e médias lojas de varejo online devem olhar para os
marketplaces com um dos canais de venda, sem dispensar as estratégias
e os esforços de venda em seus próprios sites. Esses espaços possibilitam
aumento significativo de vendas para os pequenos, portanto seu uso deve
estar vinculado a uma estratégia consistente, definindo quais produtos
devem ser vendidos pelo canal próprio da empresa e quais serão oferecidos
via marketplace, bem como qual será a região de abrangência e o nicho de
mercado a atender por cada canal online e que preços praticar, uma vez que
nesse canal a concorrência se dá por preço (PERRETTO, 2018).
No marketplace, como o vendedor consegue acompanhar as mudan-
ças de preço dos produtos oferecidos por todos os participantes (basta rea-
lizar uma consulta do item para ter o resultado ordenado por menor preço),
é importante identificar quais varejos online estão vendendo os mesmos
produtos e tomar ações junto ao fornecedor. Os pequenos negócios que
concorrem via marketplace têm probabilidade bastante grande de serem
atendidos pelos mesmos fornecedores, então é importante que a empresa
– 283 –
Logística de E-commerce
– 284 –
Marketing, vendas e estoque: estratégias de integração
Fonte: Shutterstock.com/HQuality
Conclusão
O plano de marketing é fundamental para que as empresas de comér-
cio eletrônico tenham maior probabilidade de sucesso. Mesmo que a
base conceitual seja a mesma dos planos de marketing em empresas que
mantêm uma estrutura física de produção e de distribuição, considera-
das tradicionais em seu modelo de negócios, novos conceitos voltados
ao consumidor online foram incorporados à teoria para adaptar o plano
de marketing aos novos tempos. Rastreamento de hábitos de navegação,
comportamento nas redes sociais e horários de conexão passaram a fazer
parte da tarefa de mapeamento do consumidor para a venda online.
A cadeia de valor do e-commerce permanece em evolução, fazendo
que os negócios tradicionais de venda (shopping centers) também tenham
de se adaptar para atender ao cliente que compra cada vez mais online. A
adequação de centros de compra para centros de distribuição e a criação
de marketplaces nos próprios shopping centers demonstram a preocupa-
ção em se manter atualizados, ampliando o leque de conveniência ofere-
cido pelos shopping centers.
– 285 –
Logística de E-commerce
Atividades
1. Quando falamos em estratégias de marketing para e-commerce,
existem alguns canais que se incorporaram aos tradicionais uti-
lizados antes de o comércio eletrônico ganhar a importância que
tem atualmente. Cite três canais de marketing tradicionais e três
canais de marketing da internet utilizados no plano de marketing
para e-commerce:
2. Quais são os três tipos de utilidade dos canais de marketing e o
que eles significam?
3. As redes sociais geram cada vez mais influência nos canais de
marketing. Qual é a razão para isso acontecer?
4. A Sociedade 5.0 é uma política pública no Japão, porém em
outras partes do mundo ainda estão sendo implantadas soluções
tecnológicas integradas. Cite três soluções com relação direta
com a logística:
– 286 –
Gabarito
Logística de E-commerce
– 288 –
Gabarito
– 289 –
Logística de E-commerce
– 290 –
Gabarito
– 291 –
Logística de E-commerce
Semana
1ª sem 2ª sem 3ª sem 4ª sem
Mês passado 800 550 900 750
Este mês 950 800
Previsão 750 790 792
– 292 –
Gabarito
8. Entrega da encomenda – o
futuro da última milha
1.
22 Custo alto para o lojista;
22 Acompanhamento do cliente;
22 Competência na entrega;
22 Orientação do cliente.
2.
Os grandes centros urbanos brasileiros possuem dificuldades de
trânsito nos bairros mais populosos, o que torna a implantação
da tecnologia de entregas por veículos autônomos difícil de ser
implantada, principalmente por questões relacionadas a vagas
de estacionamento em frente ao local de entrega.
3.
22 O nível de serviço ao consumidor;
22 Tipo e segurança da entrega;
22 Área geográfica, grau de penetração de mercado e densida-
des populacionais;
22 Frota de veículos e tecnologia empregada;
22 Impacto ambiental.
4.
22 Tempo de entrega: como, por exemplo, o prazo e a possi-
bilidade de fixar uma data específica ou intervalo de datas
para entrega;
– 293 –
Logística de E-commerce
– 294 –
Gabarito
2.
a) Utilidade de tempo: disponibilizar produtos quando o
cliente desejar;
b) Utilidade de posse: disponibilizar produtos nos locais em
que o cliente deseja comprá-los;
c) Utilidade de local: dar ao cliente a possibilidade de ter a
posse do produto para utilizá-lo no futuro.
3. A predominância das comunicações por redes sociais e o tempo
cada vez maior que as pessoas permanecem conectadas fazem
que esses canais sejam cada vez mais utilizados pelas empresas
para as comunicações de marketing, além da possibilidade de
segmentação profunda que só é possível na internet.
O que se espera do leitor é que ele tenha uma percepção sistê-
mica, mas não profunda, de como é a audiência em canais de
comunicação (a TV é cada vez menos ligada e o rádio, cada vez
menos ouvido, porém as mídias sociais são cada vez mais utili-
zadas). O marketing, visando atingir com mais assertividade o
consumidor, obviamente passou a utilizar as redes sociais para
se comunicar com o público-alvo.
4. Entrega por drones; uso de carros autônomos; geladeira inteli-
gente que avisa quando o produto está acabando.
– 295 –
Referências
Logística de E-commerce
– 298 –
– 299 –
Logística de E-commerce
– 300 –
– 301 –
Logística de E-commerce
– 302 –
– 303 –
Logística de E-commerce
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– 305 –
Logística de E-commerce
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A atividade comercial é uma das mais antigas da humanidade. O contato direto
entre comprador e vendedor prevaleceu como a forma mais eficiente de reali-
zação de trocas comerciais. O surgimento da internet, na década de 1990, es-
tabeleceu uma nova forma de as empresas se relacionarem com seus clientes.
O comércio passou a ser eletrônico, e desde então tem sido adotado por cada
vez mais pessoas e movimentado um volume financeiro crescente.
Os desafios logísticos trazidos por essa nova forma de comprar e vender im-
puseram às empresas o aperfeiçoamento de seus modelos de distribuição de
produtos, passando de uma logística criada para escoamento da produção até
o ponto de venda para um processo integrado, que incorpora novas tecnolo-
gias e é voltado à conveniência do consumidor.
A logística para e-commerce trouxe nova luz a uma área que, outrora, possuía
um status secundário nas estratégias empresariais. As empresas perceberam
que essa atividade é fundamental para atingir objetivos estratégicos e no rela-
cionamento com o consumidor.