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QUÍMICA GERAL
2a Edição
SUMÁRIO
Prefácio …………………………………………………………………………… vi
Nota Explicativa …………………………………………………………………. vii
Normas de Procedimento e Segurança no Laboratório …………………….. 01
Equipamento Básico de Laboratório ………………………………………….. 04
Erros e Tratamento de Dados Obtidos Experimentalmente ………………… 20
Preparo de Soluções ……………………………………………………………. 37
Padronização de Soluções ……………………………………………………… 46
Titulação Ácido-Base: Determinação da Concentração de Ácidos e de
Bases em Produtos Comerciais …………………….. 56
Titulometria de Oxidação e de Redução ……………………………………… 67
Reações entre Íons em Solução Aquosa …………………………………..… 75
Estequiometria …………………………………………………………………… 82
Reações de Oxirredução envolvendo Metais ………………………………… 87
Reações de Oxirredução envolvendo Não-Metais …………………………… 93
Estados de Oxidação e Colorações do Manganês ………………………….. 97
Eletroquímica: Pilhas Galvânicas ……………………………………………… 101
Lei de Faraday ………………………………………………………….………… 108
Reações Químicas e Trocas de Energia ……………………………..……….. 112
Termoquímica ……………………………………………………………..……… 117
Cinética Química ………………………………………………………………… 127
Velocidades e Mecanismos de Reações Químicas …………………………. 134
Equilíbrio Químico: Alterações no Estado de Equilíbrio …………………….. 139
Curvas de Titulação Ácido-Base e Soluções-Tampão ………………..……… 143
Eletroquímica: Eletrólise ………………………………………….……………… 148
v
PREFÁCIO
OS AUTORES
Curitiba, outubro de 1996.
vi
NOTA EXPLICATIVA
vii
Referências
1 MILLS, I.; CUITAS, T.; HOMANN, K.; KOLLAY, N. IUPAC’s Quantities, Units and
Symbols in Physical Chemistry. Oxford : Blackwell, 1988.
2 INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial. SI : Sistema Internacional de Unidades. 3. ed. Duque de Caxias
(RJ) : INMETRO, 1984. 72 p.
3 ROCHA-FILHO, R.C. Grandezas e Unidades de Medida : o Sistema
Internacional de Unidades. São Paulo : Ática, 1988. 88 p.
4 ROCHA FILHO, Romeu Cardozo; SILVA, Roberto Ribeiro da. Introdução aos
Cálculos da Química. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1992. p. 51-57.
5 RUSSEL, John B. Química geral. 2. ed. v. 1. Coordenação por Maria Elizabeth
Brotto; tradução e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo : Makron
Books, 1994. p. 506.
6 SILVA, Roberto Ribeiro da; BOCCHI, Nerilso; ROCHA FILHO, Romeu Cardozo.
Introdução à Química Experimental. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1990.
p. 52-54, 68-69.
7 SILVA, Roberto R. da; ROCHA-FILHO, Romeu C. Mol : uma nova terminologia.
Química Nova na Escola, n. 1, p. 12-14, 1995.
8 ROCHA-FILHO, R.C.; SILVA, R.R. Sobre o uso correto de certas grandezas em
Química. Química Nova, v.14, n. 4, p. 300-305, 1991.
viii
NORMAS DE PROCEDIMENTO E SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
12. Ao aquecer substâncias ou soluções em tubos de ensaio, não virar a boca do tubo em
sua direção ou na de outra pessoa. Não aquecer bruscamente nenhum sólido ou
líquido. Jamais aquecer sistemas completamente fechados.
13. Manter a cabeça e as roupas afastadas da chama. Diminuir a chama do bico de
Bunsen quando interromper o seu uso.
14. Não trabalhar com substâncias inflamáveis perto da chama. Exemplos de inflamáveis:
álcoois, éteres, cetonas, hidrocarbonetos.
15. Manusear com cuidado vidraria ou peças metálicas aquecidas. Lembrar-se de que
materiais quentes e frios possuem geralmente a mesma aparência.
16. Não pipetar com a boca substâncias tóxicas ou corrosivas. Utilizar aparelhos de
sucção apropriados para esta finalidade.
17. Ao diluir uma solução concentrada de ácido ou dissolver uma base, adicioná-lo(a)
lentamente à água, com agitação. Usar resfriamento, se necessário.
18. Ao adaptar rolhas ou tubos de borracha à vidraria, umedecer a peça de vidro e enrolá-
la em uma toalha para proteger as mãos.
19. Evitar fazer montagens instáveis de aparelhos, tais como as que utilizam suportes
como caixas ou livros. Usar garras, anéis, mufas e suportes metálicos apropriados
para cada situação.
20. Utilizar provetas, pipetas e buretas de volume adequado à quantidade de líquido que
se pretende medir.
21. Ao fazer vácuo, utilizar recipientes capazes de suportar o abaixamento de pressão
(frascos kitasato).
22. Rotular a pisseta corretamente quando utilizá-la para conter líquidos diferentes de
água destilada. Rotular de forma adequada os frascos destinados a conter reativos
recém-preparados.
23. Proteger os rótulos dos frascos de reagentes, evitando escorrer líquidos em sua
superfície.
24. Não devolver sobras de reagentes aos frascos de origem sem consulta prévia ao
professor.
25. Recolocar a tampa dos frascos ao interromper o seu uso, para evitar contaminação ou
perdas por volatilização. Não utilizar a mesma pipeta para soluções diferentes.
26. Não jogar detritos na pia ou nos ralos. Utilizar para isso as lixeiras existentes no
laboratório. Observar quais lixeiras estão destinadas a conter vidros quebrados.
3
27. Só descartar sobras de reagentes na pia quando tal procedimento for autorizado pelo
professor. Caso contrário, utilizar os frascos de descarte identificados para cada tipo
de resíduo.
28. Minimizar as sobras de reagentes pelo uso das quantidades indicadas no roteiro de
cada aula.
29. Antes de deixar o laboratório, lavar a vidraria utilizada, limpar a mesa de trabalho e
lavar bem as mãos.
30. Ao retirar-se do laboratório, verificar se todos os aparelhos estão desligados e se não
há torneiras abertas (água e gás).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Material de vidro
Utilizado no armazenamento e no
aquecimento de líquidos, bem como em
reações que se processam com
desprendimento de gás. Deve ser aquecido
sobre a tela de amianto.
Balão volumétrico
Bastão de vidro
Béquer
Bureta
Condensador
(b)
(c)
Dessecador
Frasco Erlenmeyer
Frasco Kitasato
Funil de separação
Funil simples
Pipeta
(A) (B)
Termômetro
Tubo de ensaio
Vidro de relógio
2. Material de porcelana
Almofariz e pistilo
Cadinho
Cápsula
Espátula
Funil de Büchner
Triângulo de porcelana
3. Material metálico
Bico de gás
Pinças
Tela de amianto
Tripé
Argola ou anel
Garras
Mufa
Suporte universal
5. Materiais diversos
Balança analítica
Banho-maria
Centrífuga
Estufa
Manta elétrica
Mufla ou forno
Pinça de madeira
Trompa d’água
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Definições
1.1. Erro absoluto: é a diferença entre o valor exato (ou verdadeiro) da grandeza
física e o seu valor determinado experimentalmente.
Eabs = X - Xv , onde:
1.2. Erro relativo (Erel): expressa a incerteza da determinação como uma fração da
quantidade medida, sendo calculado através da relação:
Erel = Eabs / Xv
21
Exemplo: Uma certa amostra possui um teor exato de ferro igual a 65,80 g de Fe/100 g
de amostra. Numa análise, o teor obtido foi igual a 66,10% (m/m). Calcular o
erro absoluto e o erro relativo dessa determinação.
Resolução:
1.4. Exatidão: A exatidão de uma medida tem relação com o seu erro absoluto, ou
seja, com a proximidade entre o valor medido e o valor verdadeiro da
grandeza. A exatidão pode ser alcançada através da eliminação dos
erros e do aumento da precisão.
Exemplo: Considere que um objeto teve sua massa determinada oito vezes numa
balança de centigramas, com os seguintes resultados (o valor "± 0,01g"
refere-se à incerteza associada ao emprego da balança de centigramas):
22
Esta determinação pode ser considerada precisa, uma vez que há pequena
diferença entre os resultados individuais.
Considere agora que a massa verdadeira do objeto é igual a 14,22 g. De posse
desta informação, pode-se afirmar que a determinação realizada é exata, além de precisa,
pois os valores encontrados diferem pouco do valor verdadeiro da grandeza.
Os valores "± 0,1 g" e "± 0,0001 g" são frequentemente denominados erros
absolutos de medida e são estimativas da limitação da precisão de cada aparelho. Tais
estimativas podem ser expressas também como erros relativos.
24
Resolução:
algarismos corretos
também seriam indicados como 0,3772 g, que deve ser entendido apenas como um
resultado em que a incerteza recai no décimo de miligrama.
Ainda de acordo com a definição, o número de algarismos significativos de um
resultado não depende da posição da vírgula eventualmente presente, pois os zeros que
só indicam a ordem de grandeza do número não são considerados algarismos
significativos. Dessa forma, os números:
Observação importante:
Exemplo: Uma equipe de quatro estudantes de Química Geral preparou uma solução
de ácido sulfúrico e determinou a sua concentração verdadeira por titulação
ácido-base, obtendo os seguintes resultados:
0,104 mol de H2SO4 / L 0,101 mol/L
0,109 mol/L 0,105 mol/L
Calcular a concentração média da solução preparada.
Resolução:
Creal =
∑ Valores determinados experimentalmente
No de medidas realizadas
27
Resolução:
10,0 - 0,1165 = 9,8835 ≈ 9,9 g
Resposta: A diferença é igual a 9,9 g.
Resolução:
Ba(OH)2(aq) + 2HCl(aq) → BaCl2(aq) + 2H2O(l)
5.1. Quando o algarismo que se segue ao último dígito permitido é menor do que 5,
todos os algarismos desnecessários devem ser simplesmente descartados.
5.2. Quando o algarismo que se segue ao último dígito permitido é maior do que 5, ou 5
seguido de outros dígitos, o último algarismo permitido é aumentado de uma
unidade e os algarismos desnecessários são descartados.
5.3. Quando o algarismo que se segue ao último dígito a ser mantido é igual a 5 ou 5
seguido somente de zeros, existem duas possibilidades:
5.3.1. Se o último dígito a ser mantido for ímpar, ele é aumentado de uma unidade e o 5
desnecessário é descartado, bem como os eventuais zeros.
Existem equações para o cálculo da propagação de erros nos mais variados tipos
de operações matemáticas. Consideraremos aqui apenas os casos mais simples, que são
geralmente suficientes para resolver problemas analíticos comuns. Uma discussão mais
aprofundada deste tema pode ser encontrada em livros de Química Analítica Quantitativa.
A incerteza relativa do resultado final não pode ser menor que a incerteza do
número que possui a menor incerteza relativa. Por isso, a incerteza no resultado do
cálculo é igual à soma dos erros relativos das medidas.
Exemplo: Uma caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar de
1°C a temperatura de 1g de água. Com base nesta informação, calcular a
quantidade de calor (Q), em calorias, absorvida por 150 ± 5g de água, quando
sua temperatura se eleva em 30,0 ± 0,2°C.
Resolução:
Quantidade de calor = Q = massa de água x variação de temperatura
Q = (150 ± 5)(30,0 ± 0,2)
algarismos incertos
Verificação: Menor resultado possível: Q = (150 - 5)(30,0 - 0,2) = 145 x 29,8 = 4321 cal
Maior resultado possível: Q = (150 + 5)(30,0 + 0,2) = 155 x 30,2 = 4681 cal
Diferença entre o resultado maior e o menor: 4681 - 4321 = 360 cal
Valor médio do resultado: Q = (4501 ± 180) cal
32
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
Escolher uma proveta de volume total adequado ao tamanho das amostras sólidas
cuja densidade pretende-se determinar. Em seguida, colocar água na proveta até
aproximadamente a metade da sua capacidade total.
Introduzir a peça metálica previamente pesada na proveta, tomando o cuidado de
não espirrar água para fora da proveta, nem quebrar o fundo do instrumento de vidro.
Eliminar as bolhas de ar eventualmente presentes na superfície do metal ou do vidro,
através de leves batidas nas paredes da proveta.
Medir o volume de água deslocado pelo sólido, expressando-o corretamente e
considerando o erro inerente ao uso da proveta escolhida. Lembrar-se de que, quanto
mais esse volume aproximar-se do volume máximo da proveta, menor será o erro relativo
cometido.
Realizar as operações de pesagem e de medida de volume utilizando todas as
amostras recebidas. Anotar os resultados. Em seguida, lavar, secar e guardar a vidraria e
as amostras utilizadas.
33
Observação: O limite de erro de uma balança é igual à sua menor divisão (seu fundo
de escala); o limite de erro de uma proveta é igual à metade da menor
divisão da escala.
sem esquecer a indicação do erro contido no resultado final de cada cálculo (propagação
de erros).
Determinar a média das densidades absolutas calculadas, indicando
também o erro (absoluto e relativo) contido na média final.
Se as amostras sólidas utilizadas forem de uma mesma substância, a
densidade do metal pode ser calculada através do coeficiente angular de uma reta que
expresse as diferentes massas em função dos volumes, como sugerem a equação e a
figura:
massa = (densidade) . (volume)
Equação da reta: y = a . x
∆ massa
Coeficiente angular = = densidade absoluta (g / cm 3 )
∆ volume
Massa
(g)
∆ Massa
∆ Volume
Volume ( cm 3 )
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2. a. Determinar a densidade de uma barra de chumbo que possui massa igual a 23,52
g e volume igual a 2,05 mL, considerando o número correto de algarismos
significativos.
b. Calcular os erros absoluto e relativo dessa determinação, sabendo que a
densidade absoluta do chumbo metálico, referida na literatura, é igual a 11,34
g/mL.
8. Mostrar que o erro percentual associado a uma medida de volume (numa proveta)
diminui quando o volume medido se aproxima da capacidade máxima do
instrumento.
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Soluções sólidas: o dispersante (solvente) é sempre sólido e o soluto pode ser sólido,
líquido ou gasoso.
Exemplos: prata de lei: o solvente é o cobre (Cu(s)) e o soluto é a prata (Ag(s)).
aço: o solvente é o ferro (Fe(s)) e o soluto é o carbono (C(s)).
oxigênio em platina: o solvente é a platina (Pt(s)) e o soluto é o dioxigênio
gasoso.
Soluções líquidas: o solvente é sempre líquido e o soluto pode ser sólido, líquido ou
gasoso.
Exemplos: salmoura: o solvente é a água e o soluto é o cloreto de sódio sólido.
vinagre: o solvente é a água e o soluto é o ácido acético líquido.
solução aquosa de oxigênio: o soluto é o oxigênio gasoso.
Esse termo é utilizado para indicar a relação entre a massa do soluto (m),
expressa em gramas, e o volume (V), da solução, em litros:
C = 30,0 g/L
n = 0,10 mol
Molalidade
Fração em mol
XA = nA / (nA + nB + nC + …)
Note-se que
XA + XB + XC + … = 1
Normalidade (N)
x = 78 g HCl
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivos:
Realizar cálculos envolvendo quantidades de soluto e de solvente
necessárias para o preparo de soluções de ácidos e bases fortes;
Utilizar vidraria apropriada para o preparo de soluções-padrão.
Procedimento
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2. Suponha que você dispõe de 15,0 mL de uma solução de hidróxido de bário 0,20
mol/L. Responda:
a. Qual é a concentração desta alíquota (em quantidade de matéria)?
b. Qual é a quantidade de matéria de hidróxido de bário contida nesta alíquota?
4. O etanol puro tem uma densidade absoluta igual a 0,785 g/mL. Qual é a sua
concentração em quantidade de matéria, expressa em mol/L?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRADY, James E.; HUMISTON, Gerard E. Química geral. Tradução por Cristina Maria
Pereira dos Santos e Roberto de Barros Faria. 2.ed. Rio de Janeiro : Livros
Técnicos e Científicos, 1986. 2v. p.187-188, 347-351.
BUENO, Willie A.; BOODTS, Julien F.C.; DEGRÈVE, Leo et al. Química geral. São
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. p. 307-316, 326-327.
HEIN, Morris. Fundamentos de química. Tradução por Delmo Santiago Vaitsman. Rio
de Janeiro : Campus, 1983. p. 259.
O'CONNOR, Rod. Fundamentos de química. Tradução por Elia Tfouni; revisão por
Abel de Oliveira e Gerson Unger de Oliveira. São Paulo : Harper & Row do Brasil,
1977. p. 215-226.
ROCHA FILHO, Romeu Cardozo; SILVA, Roberto Ribeiro da. Introdução aos cálculos
da química. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1992. p. 51-57.
RUSSEL, John B. Química geral. 2. ed. v. 1. Coordenação por Maria Elizabeth Brotto;
tradução e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo : Makron Books, 1994.
p. 505-511.
SILVA, Roberto Ribeiro da; BOCCHI, Nerilso; ROCHA FILHO, Romeu Cardozo.
Introdução à química experimental. São Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1990. p. 68-
69.
PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Padrões secundários
Substâncias indicadoras
Uma das técnicas de detecção do ponto final de titulações faz uso da variação
de cor de algumas substâncias denominadas indicadores. No caso particular das
titulações ácido-base, os indicadores são ácidos ou bases orgânicos fracos, que
apresentam colorações diferentes em função da concentração de íons H3O+ na mistura
de reação.
Exemplo: O vermelho de fenol‚ um ácido orgânico fraco que apresenta duas formas
coloridas em solução aquosa:
48
- -
SO3 SO3
+
C + H2O H3O + C
-
HO O O O
VERMELHO AMARELO
-
Forma ácida (HIn) Forma da base conjugada (In )
PARTE EXPERIMENTAL
Como a massa molar do carbonato de sódio é igual a 105,99 g/mol, essa massa
do padrão reage completamente com um mol de H2SO4:
Assim, uma determinada massa do padrão irá reagir com "n" mols do ácido na solução
a ser padronizada. Se "mpadrão" for cerca de 0,1 g, por exemplo, nácido será a quantidade
de matéria de H2SO4 que reagirá quantitativamente com essa massa.
49
Vesperado
Creal = . Cesperada ,
Vreal
Creal (solução ácida) = nácido / volume da solução ácida gasto na titulação (L)
-
CO2H CO2
_
- -
CO2 + OH (aq) CO2 + H2O(l)
(s) (aq)
- 2-
ânion ftalato ácido, (HC8H4O4) ânion ftalato, (C8H4O4)
52
Assim,
Creal (solução alcalina) = nbase / volume da solução básica gasto na titulação (L)
Este cálculo também pode ser feito considerando-se que 1,000 mL de solução
de NaOH exatamente 0,1 mol/litro reage completamente com 0,0204g de biftalato de
potássio. Assim, uma determinada massa do padrão irá reagir com "x" mililitros da
solução a ser padronizada. Se "x" for igual a 25,00 mL da solução de hidróxido de
sódio, por exemplo, mpadrão representará a massa de biftalato que reagirá
quantitativamente com esse volume de 25,00 mL.
Amostras de biftalato (cerca de 0,4g) deverão ser pesadas com precisão de ±
0,1 mg (mpadrão). A fenolftaleína será o indicador do ponto final desta titulação ácido-
base.
O volume da solução de NaOH consumido na titulação poderá ser utilizado para
o cálculo da concentração verdadeira da solução alcalina, de acordo com o seguinte
raciocínio:
Vesperado
Creal ( NaOH , aq ) = . Cesperada ,
Vreal
53
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Explique por que o carbonato de sódio pode ser utilizado como padrão primário na
determinação da concentração verdadeira de soluções ácidas. Da mesma
maneira, explique por que o biftalato de potássio é padrão primário para a
padronização de soluções básicas.
2. Que erros podem ser cometidos durante o preparo de uma solução, que façam a
sua concentração real ser diferente da concentração suposta?
3. Para que são utilizados indicadores em titulações?
4. Diferencie os termos ponto de equivalência e ponto final de uma titulação ácido-
base.
5. Na padronização de uma solução de ácido nítrico aproximadamente 0,1 mol/L, um
estudante obteve Creal = 0,132 mol/L. Que procedimento este estudante deveria
adotar para corrigir a concentração desta solução, de modo a obter um erro
relativo máximo de ± 5% em relação à concentração esperada? (Inclua os cálculos
necessários).
54
6. Para neutralizar 0,1970g de ácido oxálico (padrão primário) puro e seco foram
gastos 30,15 mL de solução aproximadamente 0,15 mol/L de hidróxido de sódio
recém-preparada. Calcule a concentração verdadeira da solução alcalina.
Dado: ácido oxálico = ácido etanodióico.
7. Uma amostra de ácido capróico de massa igual a 0,1000 g foi dissolvida em água
destilada e titulada com 17,20 mL de solução de hidróxido de sódio (Creal = 0,0498
mol/L), até a neutralização completa. De posse destes dados e sabendo que o
ácido capróico é monoprótico, calcular a sua massa molar.
8. A titulação de uma solução de HCl 0,100 mol/L com solução de Na2CO3 0,100
mol/L (reação completa) tem seu ponto de equivalência entre pH 2,5 e pH 4,5. De
posse desta informação indique, na tabela abaixo, que indicador(es) você
escolheria para a visualização do ponto final desta titulação. Explique também por
que a fenolftaleína não poderia ser usada neste caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACCAN, Nivaldo, ANDRADE, João Carlos de, GODINHO, Oswaldo E.S. et al.
Química Analítica Quantitativa Elementar. 2.ed.rev.ampl. São Paulo : Edgard
Blücher; Campinas: Ed. da UNICAMP, 1985. p.174 -181.
BAPTISTA, Jusseli R. Caderno de Química Analítica Quantitativa : teoria e prática. Rio
Grande : FURG, 1987. p.12-21.
55
Fonte: ATKINS, P. & JONES, L. Chemistry : Molecules, Matter, and Change. 3rd ed.
New York : W. H. Freeman and Co., 1997. p. 559-561.
muda a estrutura da molécula de tal forma que a absorção de luz por HIn(aq) é diferente
daquela que caracteriza In-(aq) (ver esquema na página 47).
A constante de equilíbrio KIn, correspondente à ionização de um indicador ácido,
é calculada através da expressão:
[H 3O + ][In − ]
KIn =
[HIn ]
Ou seja:
[In − ]
KIn = [H 3O + ]
[HIn ]
pH = pKIn
Resolução:
Resolução:
a.2. Quantidade de matéria de ácido acético que reage com 3,68 milimols de NaOH:
b.
1 mol de CH3COOH ------ 60,06 g de CH3COOH
0,736 mol de CH3COOH ------ “y” gramas de CH3COOH
y = 44,2 g de CH3COOH / L
Portanto, a amostra de vinagre utilizada contém 44,2 g de ácido acético por litro.
61
Procedimento
Observação: Nas aplicações comuns, as leituras de volume na bureta são feitas com
uma precisão de 0,05 cm3 (para buretas graduadas em 0,1 cm3). Nos
trabalhos de precisão, deve-se ler até 0,01-0,02 cm3, usando uma lente
de aumento para ajudar na estimativa das subdivisões.
bactéria
2 C2H5OH(l) + O2(g) 2 CH3CHO(l) + 2 H2O(l)
bactéria
2 CH3CHO(l) + O2(g) 2 CH3COOH(l)
Procedimento
solução (por litro de vinagre); (ii) em gramas de soluto por litro de solução e (iii) em
percentagem (m/V).
Comparar os resultados obtidos com o valor de referência fornecido pelo
fabricante do produto e sugerir explicações para as possíveis discrepâncias.
Procedimento
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
9. Vinte mililitros (20,0 mL) de uma solução de HCl foram diluídos a exatamente 100
mililitros. Se 50,00 mL desta solução diluída consumiram 40,00 mL de solução de
hidróxido de sódio 0,30 mol/L para neutralização completa, qual era a
concentração original da solução de HCl?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACCAN, Nivaldo; ANDRADE, João Carlos de; GODINHO, Oswaldo E.S. et al.
Química Analítica Quantitativa Elementar. 2.ed.rev.ampl. São Paulo : Edgard
Blücher, Campinas : Ed. da UNICAMP, 1985. p.174-181.
BAPTISTA, Jusseli R. Caderno de Química Analítica Quantitativa : teoria e prática. Rio
Grande : FURG, 1987. p.12-21.
BASSET, J.; DENNEY, R.C.; JEFFERY, G.H.; MENDHAM, J. (Rev). VOGEL : Análise
Inorgânica Quantitativa. Tradução por Aida Espinola. 4.ed. Rio de Janeiro :
Guanabara Dois, 1981. p.60-61.
SHREVE, N; BRINK Jr, J.A. Indústrias de Processos Químicos. Tradução de Horácio
Macedo. 4. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Dois, 1980. p. 469-486.
66
SILVA, Roberto Ribeiro da; BOCCHI, Nerilso; ROCHA FILHO, Romeu Cardoso.
Introdução à Química Experimental. São Paulo : McGraw-Hill, 1990. p.156-169.
TITULOMETRIA DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO
Equação global:
Semi-reação de oxidação:
→ Fe
2+ 3+ -
Fe (aq) (aq) + e
Semi-reação de redução:
Na reação acima, o íon ferro(II) é o agente redutor, pois o ferro tem seu número
de oxidação aumentado de +2 para +3. O íon dicromato, por sua vez, é o agente
oxidante, pois o cromo tem seu número de oxidação diminuído de +6 para +3.
PERMANGANIMETRIA
PARTE EXPERIMENTAL
Experimento 1 - Procedimento:
3 3
Assim, 1,00 cm de "água oxigenada a 100 volumes" produzirá 100 cm de
dioxigênio (O2(g)) medidos nas CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão).
A concentração de peróxido de hidrogênio na água oxigenada pode ser
determinada através da permanganimetria. Em solução ácida, o permanganato oxida
o peróxido de hidrogênio de acordo com a seguinte equação:
Procedimento
IODIMETRIA
I2(aq) + 2 e- → 2 I-(aq)
Equações:
castanho-amarelado
71
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
3.a. Por que motivo as titulações que utilizam o ânion permanganato são auto-
indicadoras?
b. No método descrito por Fowler e Bright para a padronização de soluções de
permanganato de potássio, a solução-padrão de oxalato é titulada à temperatura
ambiente até a proximidade do ponto de equivalência, sendo então aquecida a
55-60oC. A titulação é completada a quente. No seu entender, por que motivo se
faz o aquecimento?
c. Soluções de permanganato recém-preparadas devem ser fervidas por cerca de
uma hora e em seguida filtradas através de um funil simples contendo lã de vidro
em sua haste. Pesquise a razão para tal procedimento e responda: por que não
se pode filtrar soluções de permanganato de potássio através de papel de filtro?
6. O tiossulfato de sódio hidratado não pode ser utilizado como padrão primário em
titulações, pois contém água em quantidade variável e apresenta eflorescência
(dá origem a cristalitos anidros na superfície de cristais hidratados). O iodato de
potássio é frequentemente usado como padrão primário na padronização de
soluções de tiossulfato. Trezentos miligramas (300,0 mg) de iodato de potássio
(dissolvido em meio ácido e em excesso de iodeto de potássio) foram titulados
com 48,00 mL de solução de tiossulfato de sódio penta-hidratado. Calcular a
concentração exata, em quantidade de matéria, da solução de tiossulfato, sendo
dadas as equações:
8. Uma amostra de 1,622 g de iodo (I2(s)) impuro foi dissolvida em água suficiente
para um volume final de 250,0 mL. Vinte e cinco mililitros (25,00 mL) desta
solução consumiram 19,90 mL de solução de tiossulfato de sódio penta-hidratado
a 13,02 g/L. Qual é a percentagem (m/m) de iodo molecular na amostra?
1 31,20
2 30,90
3 31,20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACCAN, Nivaldo, ANDRADE, João Carlos de, GODINHO, Oswaldo E.S. et al.
Química Analítica Quantitativa Elementar. 2. ed. rev. ampl. São Paulo : Edgard
Blücher; Campinas: UNICAMP, 1985. p.191-203.
BAPTISTA, Jusseli R. Caderno de Química Analítica Quantitativa : teoria e prática. Rio
Grande : FURG, 1987. p. 51-63.
CUNHA, Alexandre A.V. (Coord.). Manual de práticas de Química Analítica. Pelotas :
Universidade, 1984. p. 113-117, 121-133.
OHLWEILER, Oto Alcides. Teoria e métodos da análise quantitativa. Rio de Janeiro :
Instituto Nacional do Livro, 1957. p.689-712. (Biblioteca Científica Brasileira,
Coleção do Estudante, IV).
OHLWEILER, Oto Alcides. Química Analítica Quantitativa, 3. ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1981. p. 180-193.
VOGEL, Arthur I. Análise Inorgânica Quantitativa. 4. ed. Tradução por Aida Espinola.
Rio de Janeiro : Guanabara Dois, 1981. p. 168-299.
REAÇÕES ENTRE ÍONS EM SOLUÇÃO AQUOSA
A maioria das reações que ocorrem em solução aquosa envolvem íons, gerados
em processos de dissociação ou de ionização1. Considere-se, por exemplo, a reação
que se processa quando soluções aquosas de nitrato de alumínio e hidróxido de
potássio são misturadas de acordo com a estequiometria abaixo:
1
O termo dissociação refere-se ao processo de separação de íons de um eletrólito. A ionização
significa a formação de um íon, a partir de um átomo ou molécula, pela perda de elétrons.
76
Em função da força da ligação H-F, apenas uma pequena parte das moléculas de
fluoreto de hidrogênio dissolvidas dissociam-se nos íons hidroxônio e fluoreto
hidratados. Em soluções de HF 1,0 mol/L, por exemplo, em média 97% das moléculas
dissolvidas permanecem na forma molecular, e apenas 3% dão origem aos íons
hidratados. Por causa deste tipo de comportamento, que caracteriza os eletrólitos
fracos, as soluções destes eletrólitos apresentam condutividade elétrica relativamente
baixa.
77
→ H2S(aq) + 2 H2O(l)
2- +
S (aq) + 2 H3O (aq)
2
Uma propriedade organoléptica é uma propriedade de um corpo ou de uma substância que
impressiona os sentidos e o organismo.
78
Observação: A maioria dos sais ditos "insolúveis" apresenta uma baixa solubilidade
em água.
Formação de gás:
→ SO2(g) + H2O(l)
- +
HSO3 (aq) + H (aq)
Mudança de temperatura:
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
Misturar alíquotas (de cerca de 1 mL) das soluções, duas a duas, observando se
há diferença entre os estados inicial e final de cada mistura de reação.
Observação: Uma vez que o experimento a ser realizado tem caráter qualitativo, não
é necessário medir volumes com precisão. Por outro lado, é importante
minimizar o consumo de reagentes e a produção de resíduos.
80
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRADY, J. HUMISTON, G.E. Química Geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1986. p. 193-210.
KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York : Saunders
College, 1991. p. 137-151.
O'CONNOR, R. Fundamentos de Química. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1977.
p. 216.
RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. Coordenação de Maria Elizabeth Brotto; tradução
e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo: Makron, 1994. p. 543-547, 577-
581.
ESTEQUIOMETRIA
A massa molar de qualquer substância química, por sua vez, corresponde à massa
de um mol de partículas daquela substância. Para um mesmo composto, a massa molar é
numericamente igual à massa molecular, com a diferença de que a massa molar é
expressa em gramas/mol.
Os termos massa molecular e massa molar podem ser utilizados, sem distinção, para
compostos moleculares e não-moleculares.
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
Preparo das soluções 0,50 mol/L de iodeto de potássio e de nitrato de chumbo (II)
Observação importante: Não descartar o filtrado na pia, pois ele corresponde a uma
solução saturada de iodeto de chumbo (II). Colocar a
solução numa cuba de cristalização, de acordo com as
instruções do professor.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Sob condições apropriadas, acetileno (C2H2) e ácido clorídrico reagem para formar
cloreto de vinila (C2H3Cl). Em uma determinada circunstância, 35,0 g de C2H2 são
misturados com 51,0 g de ácido clorídrico.
a. Qual é o reagente limitante neste processo?
b. Quantos gramas de cloreto de vinila serão formados?
c. Quantos gramas do reagente em excesso restarão após o final da reação?
3. Qual é a quantidade de matéria de cálcio metálico que reage completamente com 2,5
mols de átomos de cloro para produzir cloreto de cálcio?
4. Quantos gramas de sódio metálico devem reagir com 72 g de água para produzir
hidróxido de sódio? Escreva a equação que representa a reação química envolvida.
6. Quantos mols de etanol são produzidos a partir de 1,40 mols de glucose (C6H12O6)?
Escreva a equação química que representa a reação de fermentação.
7. Quantos gramas de ortofosfato de bário podem ser obtidos quando se reage 200 g de
ácido orto-fosfórico com hidróxido de bário em quantidade suficiente? Escreva a
equação química que representa a reação de neutralização.
8. Uma amostra de 0,578 g de estanho puro é tratada com flúor molecular (gasoso) até
que a massa do composto resultante fique constante e igual a 0,944 g. Qual é a
86
fórmula empírica do fluoreto de estanho formado? Escreva uma equação para esta
síntese.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O'CONNOR, Rod. Fundamentos de Química. São Paulo : Harper & Row do Brasil, 1977.
p. 69-80.
ROCHA-FILHO, R.C.; SILVA, R.R. Sobre o uso correto de certas grandezas em Química.
Química Nova, v.14, n. 4, p. 300-305, 1991.
RUSSEL, John B. Química Geral. 2. ed. Coordenação de Maria Elizabeth Brotto;
Tradução e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo : Makron, 1994. p. 58-65.
SILVA, Roberto R. da; BOCCHI, Nerilso; ROCHA FILHO, Romeu C. Introdução à Química
Experimental. São Paulo : McGraw-Hill, 1990. p. 52-54.
REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO ENVOLVENDO METAIS
+ 2 e → Sn(s)
2+ -
Sn (aq)
2+
o íon hidrogênio é um agente oxidante mais forte do que o íon Zn e esta reação
ocorre exatamente no sentido indicado, sem que a reação inversa ocorra
apreciavelmente. Em outras palavras, os íons H+(aq) têm uma afinidade por elétrons
suficientemente forte para retirá-los dos átomos de zinco. Por outro lado, o zinco
metálico é agente redutor mais forte do que o hidrogênio gasoso, porque o zinco perde
seus elétrons com maior facilidade.
É possível arranjar os agentes oxidantes e redutores numa série, de acordo com
suas tendências relativas para ganharem ou perderem elétrons (potenciais de redução
ou de oxidação). Consideramos, em primeiro lugar, que o flúor é um dos agentes
oxidantes mais fortes e que o lítio é um dos agentes redutores mais fortes; assim,
estes dois elementos constituem os extremos opostos de uma série de potenciais de
oxirredução. A posição de cada espécie química neste conjunto de potenciais redox
pode ser conhecida se analisarmos o seu comportamento na presença de outras
substâncias. Por exemplo, na reação:
o flúor molecular é o agente oxidante mais forte e o íon Fe2+ é oxidado. Por outro lado,
se reagirmos este cátion com zinco metálico, obteremos:
89
O mesmo tipo de estudo foi feito com um grande número de outras substâncias,
tendo resultado nas tabelas de potenciais de oxidação ou de redução que estão
disponíveis na literatura e que encontram inúmeras aplicações em diversos campos da
Física e da Química.
A espontaneidade de um processo de transferência de elétrons pode ser
prevista por meio dos potenciais-padrão de oxirredução dos reagentes. Consideremos
o seguinte sistema: um pedaço de zinco metálico imerso em uma solução aquosa de
ácido clorídrico. As semi-reações que podem ocorrer são:
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
Cada equipe irá receber placas, fitas ou barras dos metais zinco, cobre e
chumbo, bem como as seguintes soluções aquosas:
Semi-reação Eo (V)
Fonte: KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York :
Saunders College, 1991. p. A-21.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAHAN, Bruce H. Química : um curso universitário. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
1972. p. 212.
OHLWEILER, Otto A. Química Analítica Quantitativa. Rio de Janeiro: Instituto Nacional
do Livro, 1974. p. 63.
RUSSEL, John B. Química geral. 2. ed. Coordenação de Maria Elizabeth Brotto;
tradução e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo : Makron, 1994. p. 586-
594.
REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO ENVOLVENDO NÃO-METAIS
O produto deste desproporcionamento pode ser descrito como uma mistura de ácido
hipocloroso e ácido clorídrico, mas o valor da constante de equilíbrio é pequeno. Isso
indica que só uma pequena quantidade de ambos os ácidos está presente na mistura
quando o sistema atinge o equilíbrio.
O bromo ocorre na natureza como brometo, em menor quantidade do que os
cloretos. O bromo molecular, por sua vez, é um líquido denso, móvel, vermelho-escuro
à temperatura ambiente. É moderadamente solúvel em solventes apolares como o
dissulfeto de carbono (CS2(l)) ou o tetracloreto de carbono (CCl4(l)). A solubilidade do
94
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
Semi-reação E o, V
F2(g) + 2e- → 2F-(aq) 2,866
Cl2(g) + 2e → 2Cl (aq)
- -
1,358
Br2(g) + 2e → 2Br (aq)
- -
1,066
I2(g) + 2e- → 2I-(aq) 0,536
At2(g) + 2e- → 2At-(aq) ± 0,3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Embora o flúor oxide todos os metais, ele pode ser estocado em recipiente
metálico. Explique.
2. Um laboratorista usa uma jóia de prata e está trabalhando em um ambiente com
vapores de bromo. A jóia será danificada? Justifique a sua resposta.
96
HNO3 + HI → NO + I2 + H2O
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
+
H 2+
Mn (rosa)
-
MnO4 -
HSO3 MnO2 (laranja)
(violeta) MnO2
- +
OH 2-
H
MnO4 (verde) laranja-avermelhado
-
MnO4
2-
MnO4
- -
OH /HSO3
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEE, J.D. Química Inorgânica não tão concisa. Tradução da 4. ed. São Paulo : Edgard
Blücher, 1991.
MAHAN, B.M. & MYERS, R.J. Química : um curso universitário. Tradução da 4.ed.
americana por Koiti Araki et al.; coordenação de Henrique Eisi Toma. São Paulo :
Edgard Blücher, 1993. p.168-173, 443-444.
MASTERTON, W.L. & HURLEY, C.N. Chemistry: principles and reactions. Philadelphia
: Saunders College, 1989. p. 777-783, 798-799.
MASTERTON, W.L.; SLOWINSKI, E.J.; STANITSKI, C. 6. ed. Princípios de Química.
Rio de Janeiro : Guanabara, 1985.
PEARSON, R.S. & GEORGE, A. Manganese Colour Reactions. J. Chem. Ed., v. 65, n.
5, p. 451-452, 1988.
ELETROQUÍMICA: PILHAS GALVÂNICAS
Pilhas Galvânicas
Para que se consiga realizar trabalho útil a partir da energia liberada numa
reação espontânea de oxirredução, deve-se evitar a transferência direta de elétrons do
agente redutor para o agente oxidante. Para tanto, eles devem ser confinados em
recipientes separados ou devem ter suas mobilidades restringidas, o que pode ser
obtido por misturas com fases (líquidas ou sólidas) nas quais a difusão é lenta. Assim,
os elétrons gerados na semi-reação de oxidação devem passar através de um
condutor metálico antes de promoverem a semi-reação de redução.
A figura que se segue esquematiza uma pilha típica, constituída por um eletrodo
de zinco ligado a um eletrodo de cobre (pilha de Daniell):
102
Zn Cu
(s) (s)
2+ 2+
Zn (aq) Cu (aq)
(A) (B)
+ 2 e → Zn(s)
2+ - o
Zn (aq) E = - 0,76 V
+ 2 e → Cu(s)
2+ - o
Cu (aq) E = + 0,34 V
∆Eo = Eored + Eooxid = [+ 0,34 + (+0,76) ] V
∆E = + 1,10 V
o
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivos:
Construir pilhas eletroquímicas capazes de gerar pequenas diferenças de potencial
a partir de reações de oxirredução;
Determinar experimentalmente a voltagem produzida por cada pilha.;
Utilizar a energia elétrica obtida para realizar trabalho útil (acender uma lâmpada).
Procedimento:
Cortar uma folha de papel de filtro em seções, como indica a figura a seguir:
eletrodo.
Preencher a tabela abaixo com as combinações dos eletrodos para formar as
pilhas (ver exemplo). Determinar, para cada combinação, os pólos positivo e negativo.
MnO4-/H+ Zn 2,273
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
o
Semi-reação E (V)
(aq) + 5 e → Mn (aq)
- + - 2+
MnO4 (aq) + 8 H + 4 H2O(l) + 1,51
Ag+(aq) + e- → Ag(s) + 0,80
Cu (aq) + 2 e → Cu(s)
2+ -
+ 0,337
Pb2+(aq) + 2 e- → Pb(s) - 0,126
Sn (aq) + 2 e → Sn(s)
2+ -
- 0,136
Cd (aq) + 2 e → Cd(s)
2+ -
- 0,40
Zn2+(aq) + 2 e- → Zn(s) - 0,763
Mg2+(aq) + 2e- → Mg(s) - 2,37
Fonte: KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York :
Saunders College, 1991. p. A-21.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W. Physical Chemistry. 4. ed. Oxford : Oxford University Press, 1990. p.
244-279.
BARROW, George M. Química Física. 2. ed. Barcelona : Reverté, 1968. p. 756-799.
KOTZ, John C. & PURCELL, Keith F. Chemistry and chemical reactivity. New York :
Saunders College, 1991. p. 851-871.
RUSSEL, John B. Química Geral. 2. ed. Coordenação de Maria Elizabeth Brotto;
Tradução e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo : Makron, 1994. p. 868-
878.
LEI DE FARADAY
+ e → M(s)
+ -
M (aq) [1]
Q = F. n [2]
Q=ZFn [4]
Carga elétrica total (Q) = Corrente elétrica (i) x tempo (t) [5]
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento:
Medir a massa de uma peça de cobre metálico (já polida e seca) em uma
balança analítica. Esta peça servirá de substrato para a eletrodeposição de cobre puro.
Montar o esquema abaixo:
1. Substrato
2. Eletrodo auxiliar de cobre
3. Cuba eletrolítica (béquer de 400 ou 500 mL)
4. Fonte de corrente contínua (6V)
5. Dissipador de calor (resistor de cerca de 4 W, com uma
resistência que suporte a passagem de 100 mA)
6. Amperímetro
110
4
5
- 6
+
2
3
1
Preencher a cuba eletrolítica com uma solução de sulfato de cobre 0,50 mol/L.
Ligar a fonte de corrente contínua e anotar o valor da corrente (lida no amperímetro),
em intervalos de 30 segundos. Deixar que a eletrodeposição ocorra por 30 minutos.
Findo o tempo, retirar o eletrodo onde a eletrodeposição ocorreu, sem que o
circuito seja desligado (eletrodo polarizado). Lavá-lo com água e em seguida com
etanol, para facilitar a secagem da peça metálica. Pesar o eletrodo (seco) na balança
analítica.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Exatamente 0,20 mol de elétrons são passados por três cubas eletrolíticas em
série. A primeira contém íons Ag+(aq), a segunda íons Zn2+(aq) e a terceira Fe3+(aq).
Admita que, em cada cuba, a única reação catódica possível seja a redução do
íon ao metal. Quantos gramas de cada metal serão depositados?
2. Uma certa corrente elétrica libera 0,504 g de hidrogênio gasoso em duas horas.
Quantos gramas de oxigênio gasoso e de cobre metálico (em uma solução de
2+
Cu (aq)) podem ser obtidos pela mesma corrente fluindo pelo mesmo tempo?
111
3. A mesma carga que liberou 2,158 g de prata foi passada por uma solução de um
sal de ouro. Como resultado, 1,314 g de Au(s) foram depositados. Calcular, a
Z+
partir destes dados e das massas molares de prata e ouro, a carga do cátion Au
na solução.
4. Por quanto tempo uma corrente de 125 A deve passar por uma cuba eletrolítica
contendo Al2O3 fundido para depositar 100 g de Al(s)? Admita que a formação de
alumínio metálico seja a única reação catódica possível.
5. Uma corrente de 15,0 A é empregada numa niquelação com banho de NiSO4(aq).
Formam-se Ni(s) e H2(g) no cátodo. A eficiência da corrente, com relação à
formação de Ni(s), é de 60%. Pergunta-se:
a. Quantos gramas de níquel serão depositados por hora?
b. Qual a espessura deste depósito, sabendo-se que o cátodo é constituído por uma
chapa metálica quadrada de 4,0 cm de lado e que o depósito se forma em ambas
-3
as faces? A densidade do níquel é igual a 8,9 g.cm .
c. Qual o volume de H2(g) (CNTP) produzido?
6. Quantos Coulombs são consumidos numa cuba onde são produzidos 245 g de
NaClO4 a partir de NaClO3? Devido a reações secundárias, a eficiência anódica
para a reação desejada é de apenas 60%.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P.W. Physical Chemistry. 4.ed. Oxford : Oxford University Press, 1990. p.
260.
BARROW, G.M. Química Física. 2.ed.. Barcelona : Editorial Reverté, 1968. p. 64-65.
KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York : Saunders
College, 1991. p. 876-888.
MAHAN, B.H. Química : um Curso Universitário. São Paulo : Edgard Blucher, 1970. p.
218-219.
PIMENTEL, G.C. Química : uma Ciência Experimental. 4.ed. Lisboa : Fundação
Calouste Gulbenkian, 1963. p. 349-352.
REAÇÕES QUÍMICAS E TROCAS DE ENERGIA
PARTE EXPERIMENTAL
Conceitos envolvidos
Procedimento
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Ligação D, kJ mol-1
O-H 464
O=O 498
H-F 569
5. Sugira um outro método para a determinação do teor de cloro ativo no produto
comercial.
6. Um estudante fez o seguinte comentário a respeito de reações endotérmicas:
“Se calor é absorvido durante uma reação, a temperatura da mistura de reação
deveria aumentar, e não diminuir”. Você pode ajudá-lo a entender o que está
ocorrendo?
116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. 2nd. ed. New York:
Saunders College, 1991. p. 198-200, 378-82.
MAHAN, B.H. & MYERS, R.J. Química: um curso universitário. Tradução da 4a ed.
americana. São Paulo: Edgard Blücher, 1993. p. 197-9.
MATTHEWS, P. Advanced chemistry 1: physical and industrial. Cambridge:
Cambridge University Press, 1992. p. 243-6.
McCULLOUGH, T. & TYMINSKI, H. How good is your bleach? J. Chem. Ed., v.
66,
n. 11, p. 973, Nov. 1989.
TERMOQUÍMICA
Graficamente, teremos:
118
Entalpia
(H) Reagentes
∆H = -285,83 kJ
Produtos
Graficamente, teremos:
Entalpia
(H) Produtos
∆H = +285,83 kJ
Reagentes
Neste caso, a entalpia associada aos reagentes é inferior àquela associada aos
produtos, e a transformação ocorre com absorção de energia (calor):
119
AUMENTO DE ENTALPIA
∆H
o
neutralização = - 57,74 kJ/mol
121
∆H
o
neutralização = - 57,74 kJ/mol
∆H
o
neutralização = - 15,90 kJ/mol
Observação: Quando o ácido e a base são fortes, como ocorre nos dois primeiros
exemplos, o ∆H de neutralização é constante e igual a - 57,74 kJ/mol
(ou -13,8 kcal/mol). Isso ocorre porque ácidos fortes e bases fortes
dissociam-se completamente em solução aquosa, de tal forma que a
única reação que ocorre entre eles é a seguinte:
Calorimetria
Calorímetros
Q = m . c . ∆t
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivos:
Procedimento
Uma vez que a quantidade de calor cedido pela água quente é igual à
quantidade de calor recebido pelos demais componentes do sistema (considerando
desprezível qualquer perda de calor para o ambiente), pode-se dizer que:
∑Q=0
[mágua fria . cágua . (T3 -T1)] + [Ccal (T3-T1)] + [mágua quente . cágua . (T3-T2)] = 0 ,
o o
onde Ccal é obtido em J/ C ou em cal/ C.
Procedimento
Discutir as fontes de erro que podem ter influído no resultado desta experiência
e sugerir alternativas para a correção ou a minimização das falhas eventualmente
ocorridas.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P. W. Physical Chemistry. 4.ed. Oxford : Oxford University Press, 1990. p. 28-
55.
BUENO, Willie A.; BOODTS, Julien F.C.; DEGRÈVE, Léo et al. Química Geral. São
Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1978. p. 249-253.
KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York : Saunders
College, 1991. p. A-24-28.
O'CONNOR, R. Fundamentos de Química. Tradução por Elia Tfouni; revisão por Abel
de Oliveira e Gerson Unger de Oliveira. São Paulo : Harper & Row do Brasil, 1977,
p. 81-90.
QUAGLIANO, J.V.; VALLARINO, L.M. Química. 3.ed. Rio de Janeiro : Guanabara Dois,
1973, p. 328-354.
CINÉTICA QUÍMICA
PARTE EXPERIMENTAL
Descrição da experiência
Nesta aula prática, cada equipe receberá duas soluções aquosas denominadas
A e B, constituídas respectivamente por:
Primeira etapa:
IO3-(aq) + 3 HSO3-(aq) → I (aq) + 3 SO42-(aq) + 3 H (aq)
- +
Segunda etapa:
+ IO3-(aq) → 3 I2(aq) + 3 H2O(l)
- +
5 I (aq) + 6 H (aq)
Terceira etapa:
I2(aq) + HSO3-(aq) + H2O(l) → 2 I-(aq) + SO42-(aq) + 3 H+(aq)
Quarta etapa:
I2(aq) + amido(aq) → Complexo de adsorção azul
As etapas (1) e (2) são lentas, em relação ao passo (3). Por isso, enquanto os
íons hidrogenossulfito estiverem presentes na mistura de reação, a rapidez da terceira
etapa evitará a acumulação de iodo molecular. Como consequência, o complexo azul
(etapa 4) não será formado.
Depois que os ânions hidrogenossulfito forem totalmente consumidos, o iodo
molecular não será mais reduzido na etapa (3), e a coloração característica do
complexo amido-iodo aparecerá repentinamente, indicando o término da "reação-
relógio".
Procedimento
1/1'
2/2'
3/3'
4/4'
5/5'
-
(1) Quantidade de matéria de HSO3 logo após a mistura das soluções A (diluída) e B.
(2) Quantidade de matéria de IO3- logo após a mistura das soluções A (diluída) e B.
130
o
Tubos Temperatura ( C)
1 e 1' 20
2 e 2' 15
3 e 3' 10
4 e 4' 05
5 e 5' zero
1/1'
2/2'
3/3'
4/4'
5/5'
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a velocidade da reação foi medida como ∆[NH3]/∆t = 2,0 x 10-4 mol/(L.s). Se não
ocorrerem reações secundárias, qual será a velocidade da reação expressa em
termos das variações nas concentrações de N2(g) e H2(g)?
2. Quais são as unidades da constante de velocidade k para uma reação:
a. de ordem zero; b. de primeira ordem;
c. de segunda ordem; d. de terceira ordem;
e. de ordem meio?
Considere que as velocidades são dadas em mol/(L.s).
3. O processo de inativação de um preparado viral por um banho químico mostrou
ser de primeira ordem com relação à concentração do vírus. No início da
132
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RUSSEL, John B. Química geral. Tradução por Márcia Guekezian et al., coordenação
de Maria Elizabeth Brotto. 2. ed. São Paulo : Makron Books, 1994. p. 624-634.
VELOCIDADES E MECANISMOS DE REAÇÕES QUÍMICAS
n m
velocidade inicial da reação = k [A] [B] ,
onde:
k = constante de velocidade (uma constante de proporcionalidade)
[A] = concentração do reagente A
[B] = concentração do reagente B
n = ordem da reação para a concentração do reagente A
m = ordem da reação para a concentração do reagente B.
PARTE EXPERIMENTAL:
Cinética da redução do permanganato
Objetivo geral: Analisar quatro dos fatores que controlam a velocidade de reações
químicas em solução: a natureza das ligações químicas nos
136
Procedimento
2
3
4
5
6
Efeito da temperatura
Efeito do catalisador
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. 2nd. ed. New York:
Saunders College, 1991. p. 607-13.
MASTERTON, William L. & HURLEY, Cecile N. Chemistry: principles and reactions.
Philadelphia: Saunders College, 1989. p. 614-9, 798-9.
STEFFEL, Margaret J. Reduction of permanganate: a kinetics demonstration for
general chemistry. J. Chem. Educ., Easton, PA, v. 67, n. 7, p. 598-9, Jul. 1990.
EQUILÍBRIO QUÍMICO: ALTERAÇÕES NO ESTADO DE EQUILÍBRIO
Todos os processos que ocorrem em um sistema isolado (onde não ocorre troca
de matéria ou de energia com as vizinhanças) atingem um estado de equilíbrio. No
estado de equilíbrio, as propriedades macroscópicas do sistema (pressão,
temperatura, volume, coloração, entre outras) permanecem inalteradas com o tempo.
Por exemplo, na transformação:
depois que os dois reagentes gasosos são misturados num balão de vidro à
temperatura ambiente, a cor da mistura varia gradualmente de um castanho-escuro
para uma tonalidade mais clara, indicando um consumo parcial do dióxido de
nitrogênio. Uma vez atingido este ponto, não se pode perceber qualquer alteração na
aparência do sistema, a menos que alguma interferência externa venha a afetar o
estado de equilíbrio.
É conveniente lembrar que a simples constância nas propriedades
macroscópicas do sistema não caracteriza necessariamente uma situação de
equilíbrio. Por exemplo, quando o gás metano (CH4(g)) queima numa chama de
maçarico, observa-se que em cada ponto da chama a coloração e a temperatura são
diferentes entre si, mas são constantes no decorrer do tempo. Esta situação é
chamada de estado estacionário e não deve ser confundida com o estado de
equilíbrio.
Equilíbrios químicos são sempre dinâmicos. Quando se diz que um sistema
atingiu o equilíbrio, não se quer sugerir que toda transformação foi interrompida ou
completada. Ao invés disso, as reações direta e inversa continuam, e elas ocorrem
com velocidades iguais. O equilíbrio que se estabelece na reação de íons ferro(III) e
tiocianato (SCN-), ambos em solução aquosa, pode ser usado como exemplo:
140
3+ 2+
OH2 OH2
OH2 OH2
-
H2 O Fe OH2 + SCN H2 O Fe OH2
H2 O incolor NCS
OH2 OH2
O Princípio de Le Chatelier
PARTE EXPERIMENTAL
Procedimento
Colocar uma pequena quantidade de nitrato de chumbo (II) sólido num tubo de
ensaio pequeno e aquecer o sal sobre a chama do bico de gás, cuidadosamente, até
que a quantidade de gás liberado seja suficiente para preencher o tubo.
Arrolhar o tubo de ensaio, deixar que ele atinja a temperatura ambiente e
mergulhá-lo em um banho de gelo por cinco a dez minutos. Observar o resultado.
Em seguida, aquecer o tubo levemente, sem abri-lo, com auxílio do bico de gás.
Observar a coloração da mistura de reação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W. Physical Chemistry. 4th. ed. Oxford : Oxford University Press, 1990.
p. 209-39.
KOTZ, J.C. & PURCELL, K.F. Chemistry and chemical reactivity. New York : Saunders
College, 1991. p. 659-689.
PIMENTEL, George C. Química: uma Ciência Experimental. 4. ed. Lisboa : Fundação
Calouste Gulbenkian, 1963. p. 206-238.
PIMENTEL, G.C. & SPRATLEY, R.D. Química: um Tratamento Moderno. São Paulo:
Edgard Blücher, 1974. p. 69-79.
CURVAS DE TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE E SOLUÇÕES-TAMPÃO
formando ácido etanóico não-dissociado. Uma vez que o íon etanoato presente na
solução é uma base relativamente forte, ele reage quantitativamente com o íon
hidroxônio adicionado, diminuindo o efeito dessa adição sobre o pH da solução.
Do mesmo modo, se uma pequena quantidade de íons hidróxido (proveniente
de uma base forte) for adicionada ao sistema-tampão, ocorrerá a seguinte reação:
145
na qual os íons hidróxido são consumidos pela reação com o ácido fraco, não
alterando significativamente o pH da solução.
O pH do tampão formado pelo ácido etanóico e pelo ânion etanoato pode ser
calculado através da equação de Henderson-Hasselbach:
onde:
-5
pKa = - log Ka (para o ácido etanóico, Ka = 1,80 x 10 )
[sal]eq = concentração de equilíbrio da base conjugada do ácido etanóico
(etanoato), expressa em mol/L.
[ácido]eq = concentração de equilíbrio do ácido etanóico, expressa em mol/L.
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivos
Construir a curva de titulação de uma solução aquosa de ácido fraco com uma
solução aquosa de base forte;
Determinar o pH do ponto final da titulação com auxílio de um indicador ácido-
base e do pH-metro;
Comparar os dados obtidos experimentalmente com o pH calculado a partir de
considerações teóricas (equação de Henderson-Hasselbach);
Determinar a faixa de pH em que o sistema-tampão formado pelo ácido fraco e
sua base conjugada mantém constante a [H3O+] da mistura de reação.
Procedimento
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
O pK do ácido formado é igual a 8,0. Que relação [base conjugada] / [ácido] deverá
ser utilizada no preparo de 500 mL de tampão tris(hidroximetil)-aminometano 0,500
mol/L, com pH = 7,4?
6. O carbonato ácido de sódio (NaHCO3) é um ingrediente comum de antiácidos.
Justifique o seu uso na correção de problemas estomacais causados por excesso
de HCl.
7. Calcular a razão em que NaH2PO4 e Na2HPO4 devem ser misturados para que se
obtenha uma solução tampão de pH = 7,1. O pK do NaH2PO4 é igual a 7,21. Que
massa de cada sal deve ser utilizada no preparo de 1,00 L desta solução?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P.W. Physical Chemistry. Oxford: Oxford University Press, 1990. p. 225-237.
BUENO, Willie A.; BOODTS, Julien F.C.; DEGRÈVE, Leo et al. Química Geral. São
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. p. 378-409.
CONN, E.E.; STUMPF, P.K. Introdução à Bioquímica. São Paulo: Edgard Blücher,
1975. p. 1-17.
O'CONNOR, R. Fundamentos de Química. São Paulo: 1977. p. 302-311.
RUSSEL, J.B. Química Geral. 2. ed. Coordenação de Maria Elizabeth Brotto; Tradução
e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo : Makron Books, 1994. p. 768-
774.
ELETROQUÍMICA: ELETRÓLISE
O flúor molecular pode ser obtido, entretanto, na ausência de água, pela passagem de
uma corrente elétrica através de uma mistura fundida de fluoreto de potássio e fluoreto
de hidrogênio. Neste processo, o ânodo da célula eletrolítica é transformado em um
agente oxidante extremamente poderoso, capaz de produzir F2 e superar a tendência
da reação inversa de ocorrer espontaneamente.
ânodo - este deve ter deficiência de elétrons, ou seja, deve estar carregado
positivamente.
Na Figura 1 abaixo está esquematizada uma célula eletrolítica, na qual a
passagem de corrente elétrica produz a decomposição do cloreto de sódio fundido,
com formação de sódio metálico (no cátodo) e gás cloro (no ânodo):
FONTE
CATODO ANODO
-
Cl
+
Na
NaCl (l)
+ -
Na + e- Na 2 Cl Cl2 + 2e-
FONTE
CATODO ANODO
-
Cl
+
Na
NaCl (aq)
- - -
2 H2O + 2 e H2 + 2 OH Cl2 + 2e -
2 Cl
Figura 2 - Modificação do processo de
Downs: o eletrólito é NaCl(aq); H2 e Cl2 são
os produtos.
é necessário aplicar pelo menos 1,23 V, com auxílio da fonte externa, para superar a
tendência natural da reação ocorrer no sentido oposto. Na prática, o potencial aplicado
é maior do que o potencial da célula: a d.d.p. adicional, que varia com o tipo de
eletrodo, é denominada sobrepotencial. Para eletrodos de platina, por exemplo, o
sobrepotencial para a produção de hidrogênio e oxigênio moleculares a partir da água
é de aproximadamente 0,6 V, de forma que cerca de 1,8 V (1,23 + 0,6 V) são
usualmente requeridos para a eletrólise da água quando eletrodos de platina são
utilizados (em pH 7,0).
151
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivos:
Procedimento:
1. Eletrólise da água:
Identificar o ânodo e o cátodo, bem como as reações que ocorrem em cada um dos
eletrodos.
Observar o volume relativo (mL/mL) dos gases produzidos em cada um dos
compartimentos do voltâmetro. Identificar qual é o gás obtido em maior quantidade e o
gás produzido em menor quantidade.
Verificar o pH das soluções em cada um dos compartimentos do voltâmetro.
Explicar o resultado a partir das semi-reações que ocorrem nos eletrodos.
152
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W. Physical Chemistry. 4th ed. Oxford: Oxford University Press, 1990. p.
244-279.
ATKINS, P. & JONES, L. Chemistry: molecules, matter and change. 3rd ed. New York:
W.E. Freeman, 1997. p. 654-660.
BRADY, James E. & HOLUM, John R. Chemistry: the study of matter and its changes.
New York: John Wiley & Sons, 1993. p.769-813.
KOTZ, John C. & PURCELL, Keith F. Chemistry and chemical reactivity. New York:
Saunders College, 1991. p. 851-871.
RUSSEL, John B. Química Geral. 2.ed. Coordenação de Maria Elizabeth Brotto;
tradução e revisão por Márcia Guekezian et al. São Paulo: Makron, 1994. p. 868-
878.
APÊNDICE
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
Folha de rosto
Introdução
Objetivos
Na formulação dos objetivos, o autor deve deixar claro o que pretende obter ou
realizar em cada etapa da experiência.
Material e métodos
Resultados e discussão
Tabelas
Gráficos
Conclusão
Referências bibliográficas
ISBN 978-85-99697-27-6
A expansão do Ensino Técnico no Brasil, fator importante para melhoria
de nossos recursos humanos, é um dos pilares do desenvolvimento
do país. Esse objetivo, dos governos estaduais e federal, visa à melhoria da
competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis com os dos países com
os quais mantemos relações comerciais.
Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs e
Classes Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual de
Educação e com Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de 2008 a
2011, as matrículas do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e integrado,
presencial e a distância) evoluíssem de 92.578 para 162.105.
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
César Silva
Chefe de Gabinete da Superintendência
Elenice Belmonte R de Castro
Coordenador do Ensino Médio e Técnico
Almério Melquíades de Araújo
REALIZAÇÃO
Parecer Técnico
Edilberto Felix
Revisão de Texto
Yara Denadai
Projeto Gráfico
Diego Santos
Fábio Gomes
Priscila Freire
Impressão
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
ISBN 978-85-99697-27-6
Neste material, você encontrará textos sobre os tópicos citados, bem como
atividades experimentais de características investigativas e propostas para
que o professor desenvolva seu próprio material e atividades com esse
enfoque.
Para que as atividades aqui propostas sejam bem aproveitadas por todos
nós, a troca de experiências é um fator muito importante, bem como
o estabelecimento de um espaço para discussões e aprofundamentos
conceituais.
O PAPEL DA
EXPERIMENTAÇÃO
NO ENSINO DE
QUÍMICA
Capítulo 1
1.1 Por que usar experimentação no ensino de
Química?
As atividades experimentais são práticas em geral vistas com bons olhos
pelo professorado e, sobretudo, pelos estudantes. Dificilmente algum desses
sujeitos não aprecia a realização, ou mesmo a observação, de um experimento
de ciência. Os alunos gostam de ver cores, fumaças, movimentos, choques
e explosões. Os professores gostam de “ensinar na prática”, como eles
mesmos dizem. Todos gostam de experiências fantásticas!
Por fim, a maior das falácias é a ideia de que pela experimentação didática,
aquela feita em uma sala de aula (ou mesmo em um laboratório didático),
com controles mínimos das condições experimentais, pode-se provar ou
negar uma teoria científica. Na melhor das hipóteses, a experimentação
didática pode fornecer mais elementos, argumentos, fatos, que, em conjunto
com outros conhecimentos, podem ajudar na compreensão e construção de
um conceito científico, mas nunca prová-lo ou negá-lo. Se a experimentação
didática tivesse tal poder, o que dizer aos alunos diante de um experimento
em que o resultado observado não confere com a teoria estudada? Muda-se
a teoria? Claro que não! Por outro lado, não é aconselhável simplesmente
dizer que o experimento deu errado, que o ignorem e se foquem na
12 teoria. Ao invés disso, podemos interpretar o resultado inesperado à luz
dos conhecimentos já tratados, analisar as condições de realização do
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Nível Descrição
Níveis N3 – Apresenta
N1 – Não apresenta N2 – Tangencia
algumas característi- N4 – Atividade
características características
cas de atividade investigativa
investigativas investigativas
investigativa
Caracterís- Apresenta
Apresenta característi-
ticas do característi-cas de Investigativo, busca
Verificação ou ilustra- cas investigativas devi-
experi- verificação, porém resolver o problema
ção de conceitos. do ao tipo de questões
mento com uma exploração proposto.
de análise dos dados.
conceitual inicial.
2
SCHWAB, J. J. The teaching of science as enquiry. In: 2SCHWAB, J. J.;
BRANDWEIN, P. F. (eds). The teaching of science. Cambridge: Harvard
University Press, 1962, p. 3-103.
e meios para enfrentar os problemas e as respostas aos problemas, ou seja,
quanto maior a intervenção do professor menor o grau de abertura.
Nível 0 1 2 3 4
Investigação Investigação
Nome Demonstração Exercício Projeto
estruturada aberta
Dado em
Objetivo Dado Dado Dado Dado parte ou
aberto
Dado todo
Material Dado Dado Aberto Aberto
ou em parte
Dado em parte
Método Dado Dado Aberto Aberto
ou aberto 21
Solução Dado Aberta Aberta Aberta Aberta
Nível de
Problemas Procedimentos Conclusões
investigação
3
HERRON, M. The nature of scientific inquiry. School Review, 79, 1971, p. 171-
212,
4
TAMIR, P. Practical work at school: An analysis of current practice. In:
WOOLNOUGH, B. (ed). Practical Science. Milton Keynes: Open University
Press, 1991.
Quadro 6 – Níveis de abertura propostos por Borges (2002).
Atividades
Aspectos Laboratório tradicional
Investigativas
Variado grau de abertura
Roteiro pré-definido
Quanto ao grau
de abertura
Liberdade total no
Restrito grau de abertura
planejamento
Processo
22 Nível Nome Descrição cognitivo
requerido
Todos os procedimentos são dados aos alunos.
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
INVESTIGATIVA
TRADICIONAL
NIVEL 1 NIVEL 2 NIVEL 3
23
Elaboração
Não há Professor Professor Aluno
Proposição dos
Professor Professor Aluno Aluno
procedimentos
Análise dos
Professor Aluno Aluno Aluno
dados
Elaboração da Aluno/
Aluno Aluno Aluno
conclusão Professor
Atividade experimental investigativa de nível 1
Capítulo 2
As orientações construtivistas do processo de ensino e aprendizagem de
ciências defendem que os estudantes constroem seus próprios conhecimentos
na interação entre os conhecimentos que fazem parte de suas estruturas mentais,
as informações que recebem do meio externo e com os outros. Portanto, o
reconhecimento de ideias já estabelecidas na mente do aluno é de fundamental
importância para que se estabeleçam ligações entre o que se pretende ensinar
e o que o aluno já conhece, tendo em vista a aprendizagem significativa. Com
base nessa premissa, destaca-se a célebre frase: “O fator singular mais importante
que influencia a aprendizagem é o que o aprendiz já conhece; descubra-o e ensine-o de
acordo” (AUSUBEL et al., 1980, p. 137).
Assim se o ensino deve partir das ideias ou concepções prévias dos alunos
é importante que se conheça um pouco sobre elas. O que chamamos de
concepções prévias? Segundo a literatura, inúmeras denominações podem
ser atribuídas às concepções prévias dos alunos, tais como: pré-conceitos,
conceitos de senso comum, ideias intuitivas, conceitos espontâneos,
concepções alternativas, pré-concepções, entre outras. No consenso geral,
referem-se a ideias de caráter pessoal, pois são representações que cada
indivíduo faz do mundo que o cerca, são vagas (variam seu significado
de uma situação para outra) e pouco definidas. São ideias que os sujeitos 31
constroem para interpretar e explicar eventos naturais cotidianos; são
construções que os estudantes elaboram para dar respostas às necessidades
• Em uma célula, os ânions e cátions atraem uns aos outros e isto afeta o
movimento dos íons para os elétrodos.
Segundo Yip6 (1998 apud CAKIR, 2008, p. 204, tradução nossa) a formação
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
6
YIP, D. Y. Identification of misconceptions in novice biology teachers and remedial strategies
for improving biology learning. International Journal of Science Education, 20(4), 1998,
p. 461-477.
Para acessar os conhecimentos e concepções dos alunos previamente
ao ensino, o professor poderá utilizar de questões que façam os alunos
explicitarem suas ideias sobre um determinado tema. Assim, por exemplo,
no ensino de cinética química, questões como as exemplificadas abaixo,
poderiam contribuir para o reconhecimento das concepções prévias dos
alunos sobre cinética química:
1. Em sua opinião, por que algumas substâncias reagem quando estão juntas
enquanto outras não reagem?
3. Como você imagina que uma transformação química ocorre? Por favor, desenhe
o que está pensando e explique seu desenho. Ex: para a reação: H2 + I2→2HI.
4) O que você entende por íon? Como você pensa que se formam os íons?
Explique.
Outro artigo publicado trata das ideias que os alunos apresentam sobre a
dissolução (CARMO; MARCONDES, 2008). Para conhecer as concepções
dos estudantes, foram apresentadas quatro questões abertas que solicitavam.
Assim, além de planejar suas próprias questões para saber o que os alunos
já conhecem do assunto a ser ensinado, o professor poderá encontrar
subsídios na literatura, de vários exemplos de manifestação das concepções
sobre os mais diversos assuntos.
36
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Referências
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional.
Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1980.
Capítulo 3
Atividade 1
Energia Fornecida pelos
Alimentos
Situação problema
Alguns alimentos são utilizados pelo homem como fonte de matéria e
energia para poder realizar suas funções vitais, incluindo o crescimento,
a movimentação, a reprodução etc. A produção de energia pelo corpo
humano ocorre a partir da digestão dos alimentos, em que acontece uma
série de transformações químicas que convertem moléculas complexas em
moléculas mais simples. Nas células do organismo acontecem, com estas
moléculas, transformações químicas que são responsáveis pelo fornecimento
da energia.
Supondo que uma pessoa disponha dos seguintes alimentos: pão torrado, amendoim,
nozes e castanha. Qual desses alimentos forneceria maior quantidade de energia?
Atividade pré-laboratório 41
1. Dos alimentos citados, na sua opinião, qual forneceria mais energia para
Laboratório
Materiais e reagentes:
»»fósforos
»»água destilada
»»pão torrado
Procedimento:
Massa do
Massa do Temperatura Temperatura ∆T massa de
Alimento tubo de
alimento (g) inicial (ºC) final (ºC) (ºC) água (g)
ensaio (g)
Pão torrado
Noz
Castanha
Amendoim
Bibliografia:
SÃO PAULO (Estado) Sec. da Educação. Coordenadoria de Estudos
e Normas Pedagógicas. Subsídios para implementação da proposta
curricular de química para o 2° grau. Coord. Marcello de Moura Campos.
São Paulo: SE/CENP/FUNBEC, 1979.
43
5. Sabendo que 1g de vidro necessita de 0,2 cal para elevar sua temperatura
em 1ºC, calcule quantas calorias o tubo de ensaio absorveu para aumentar
sua temperatura no valor obtido.
Bibliografia:
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor:
química, ensino médio. 2ª série, v. 1. São Paulo: SEE, 2009.
46
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Atividade 3
Reatividade de metais
(Adaptada de SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do
professor: química, ensino médio. 2ª série, v. 4. São Paulo: SEE, 2009.)
Materiais e Reagentes:
»»raspas de cobre.
»»raspas de magnésio.
»»raspas de zinco.
Procedimento:
48
Zinco
Cobre
Metais
Magnésio
Íons
Zn2+
Cu2+
Mg2+
Atividade 4
Galvanização – cobreação
Objetivo: Efetuar o recobrimento de um objeto com cobre.
Materiais E Reagentes:
»»1 moeda
»»1 béquer de 50 mL
»»1 fonte
Procedimento:
50
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Atividade 5
Galvanização – zincagem
Título: Utilização de energia elétrica – galvanização – zincagem.
Materiais e Reagentes:
»»1 béquer de 50 mL
Procedimento:
51
»»1. Limpar as placas com palha de aço.
BIBLIOGRAFIA:
NUFFIELD Foundation. Colección de experimentos. Barcelona:
Reverté, 1971.
Atividade 6
Galvanização – niquelação
Título: Galvanização - Niquelação.
Materiais e Reagentes:
»»água destilada
Procedimento:
»»2. Limpar as placas com palha de aço. Em seguida, enxaguar bem com água
destilada.
Bibliografia:
ALYEA, H. N. & DUTTON, F. B. Tested Demonstrations in Chemistry.
6th ed., Pennsylvania, Journal of Chemical Education, 1965.
53
»»Materiais e Reagentes:
»»vela e fósforos
»»Cronômetro
54 »»placa de alumínio ou ferro (20cm × 3cm) dobrada a 1 cm de uma das
extremidades
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Procedimento:
Materiais e Reagentes:
»»1 conta-gotas
»»Água
»»balança
Procedimento:
Bibliografia:
GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e
Transformações I: Química para o 2° Grau: Livro do Aluno/GEPEQ. São
Paulo: Edusp, 1993.
Metais e Eletroquímica 3
Título: Metais - Reatividade.
Materiais e Reagentes:
Procedimento:
56
»»1. Numerar os tubos de ensaio de 1 a 4.
Anotações:
1 ferro
2 cobre
3 zinco
4 magnésio
Bibliografia:
TRINDADE, D. F. et al. Química Básica Experimental. São Paulo:
Ícone, 1981.
Metais e Eletroquímica 4
Título: Determinação dos potenciais de eletrodos metálicos.
Materiais e Reagentes:
»»papel toalha
Procedimento:
»»1. Escrever em cada uma das pontas do papel de filtro o nome de um metal
(Pb, Zn, Cu).
»»4. Repetir a etapa anterior para as demais pontas, onde está escrito “Zn” com
solução de nitrato de zinco [Zn(NO3)2.6H2O] e “Cu” com solução de sulfato de
cobre (CuSO4.5H2O).
»»5. Colocar cada metal sobre o papel de filtro correspondente.
»»6. A montagem dos metais sobre o papel deve ficar conforme a figura 2.
Bibliografia:
FELICÍSSIMO, A. M. P. et al. Experiências de Química: Técnicas e
conceitos básicos: PEQ. São Paulo: Moderna, 1982.
Metais e Eletroquímica 5
Título: Construção de uma pilha comum (seca).
Materiais e Reagentes:
»»dióxido de manganês
»»água destilada
Procedimento:
»»2. Adicionar a solução de ácido clorídrico ao tubo de ensaio até cobrir o tubo
59
de zinco. Deixar em repouso por aproximadamente 1 minuto.
»»5. Adicionar solução de cloreto de amônio até formar uma pasta líquida.
»»11. Observar o que ocorre. Caso nada ocorra, verificar todos os contatos.
Bibliografia:
SHAKHASHIRI, Bassam Z. Chemical Demonstrations. Wisconsin: The
University of Wisconsin Press, 1992, vol. 4.
Metais e Eletroquímica 6
Materiais e Reagentes:
»»palha de aço
60 Procedimento:
»»5. Observar o que ocorre. Caso nada aconteça, verificar todos os contatos.
Bibliografia:
Metais e Eletroquímica 7
Título: Pilha de água sanitária.
Materiais e Reagentes:
»»água sanitária
»»água destilada
Procedimento:
»»3. Colocar no outro pote água sanitária até a metade de sua capacidade.
»»6. Adicionar uma colher de sal no béquer que contém água e a placa de
alumínio.
Bibliografia:
GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação Química. Projeto Laboratório
Aberto. São Paulo, IQUSP, 2003.
Metais e Eletroquímica 8
Título: Pilha de Daniell.
Materiais e Reagentes:
Procedimento:
»»3. Colocar no outro pote solução de sulfato de zinco até a metade de sua
capacidade.
»»7. Observar o que ocorre. Caso nada aconteça, verificar todos os contatos.
Bibliografia:
GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e
Transformações III: A Química e a Sobrevivência: Fonte de
Materiais: Química para o Ensino Médio: Livro do Aluno/Guia do
Professor. São Paulo: EDUSP, 1998.
Metais e Eletroquímica 9
Título: Pilha de cobre e zinco (pilha pingo d’água).
Materiais e Reagentes:
»»2 conta-gotas
Procedimento:
»»3. Colocar outro algodão em outra placa de petri e embebê-lo com a solução
aquosa de sulfato de zinco.
»»
»»
»»
»»
»»6. Caso nada ocorra, verificar todos os contato ou tentar intercalar mais uma
placa de zinco e outra de cobre, respeitando a seguinte seqüência: placa de
zinco / algodão com solução aquosa de sulfato de zinco / algodão com
solução de sulfato de cobre II / placa de cobre / placa de zinco / algodão com
solução aquosa de sulfato de zinco / algodão com solução de sulfato de cobre
II / placa de cobre.
Bibliografia:
GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e
Transformações III: A Química e a Sobrevivência: Atmosfera: Fonte
de Materiais: Química para o Ensino Médio: Livro do Aluno/Guia
do Professor. São Paulo: EDUSP, 1998.
Metais e Eletroquímica 10
64 Título: Eletrólise da salmoura
Materiais e Reagentes:
»»2 béqueres de 50 mL
»»amido ou maisena
»»água destilada
»»2 conta-gotas
»»algodão
Procedimento:
• Teste Preliminar:
• Eletrólise da salmoura:
65
»»5. Numerar os dois béqueres.
Bibliografia:
GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação Química. Projeto Laboratório
Aberto. São Paulo, IQUSP, 2003.
66
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Atividade 8
Estudo do equilíbrio químico
(NO2 / N2O4)
Materiais e Reagentes:
Procedimento:
»»3. Manter um dos tubos, que será tomado como referência, na água à 67
temperatura ambiente e retirar o outro, transferindo-o para o banho de gelo.
Aguardar alguns minutos até notar alguma mudança. Comparar a cor do gás
»»4. Transferir o tubo do banho de gelo ao béquer que contém água à temperatura
ambiente. Aguardar o tempo suficiente até que nenhuma mudança mais seja
observada (equilíbrio térmico). Anotar na tabela.
Bibliografia:
GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e
Transformações II: Reelaborando Ideias sobre Transformação
Química: Cinética e Equilíbrio: Livro do Aluno/Guia do Professor.
São Paulo: EDUSP, 1995.
Atividade 9
Equilíbrio químico (Fe e SCN)
Título: Equilíbrio Químico.
Materiais e Reagentes:
»»3 provetas de 10 mL
»»1 conta-gotas
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
»»1 espátula
Procedimento:
Tubo Adicionar
1 cristais de nitrato de ferro (III) e observar
2 cristais de tiocianato de amônio e observar
3 1 pastilha de hidróxido de sódio, esperar 2 min e observar
4 nada (usar como padrão)
Bibliografia:
FUNBEC. Laboratório Portátil de Química para o 2° grau. Coord.
Nagib Chaib. São Paulo, EDART, 1977.
69
»»conta-gotas
»»canudo de refresco
»»pinça metálica
»»HCl 3 mol/L
»»indicador universal
»»escala de pH
70
»»solução saturada de Ca(OH)2
»»gelo seco
Procedimento:
»»1. Num dos béqueres de 100 mL, colocar água destilada até a metade de sua
altura.
»»6. Com o canudo de refresco, assoprar na solução por alguns minutos até
observar alguma mudança no sistema. Compará-lo com o de referência, em
relação ao aspecto e à cor (pH). Registrar na tabela as observações feitas.
»»7. Com o auxílio de pinça metálica, retirar pequeno pedaço ( 2 cm) de gelo
seco e adicioná-lo ao sistema em estudo. Aguardar o tempo suficiente até que
nenhuma modificação mais seja observada.
»»9. Marcar uma altura de mais ou menos 3 cm em dois tubos de ensaio. Com
o conta-gotas, retirar o líquido sobrenadante, transferindo-o para cada um
desses tubos até a marca de 3 cm.
»»12. Adicionar ao sólido que ficou no tubo algumas gotas de HCl 3 mol/L.
Bibliografia:
GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e
Transformações II: Reelaborando Ideias sobre Transformação
Química: Cinética e Equilíbrio: Livro do Aluno/Guia do Professor.
São Paulo: EDUSP, 1995.
Atividade 11
Titulação ácido-base [H2SO4 e
Ba(OH)2]
Esta atividade ilustra uma transformação química de precipitação e permite
observar a variação da condutibilidade elétrica no decorrer da transformação.
Materiais e Reagentes:
»»bureta de 50 mL
»»béquer de 100 mL
»»pipeta de 25 mL
»»fenolftaleína
Procedimento:
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
»»10. Adicionar mais algumas gotas da solução ácida. Observar o que acontece
e anotar.
Bibliografia:
GRUPO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO QUÍMICA. Interações e
Transformações IV: A Química e a Sobrevivência: Hidrosfera: Fonte
de Materiais: Química para o Ensino Médio: Livro do Aluno/Guia
do Professor. São Paulo: EDUSP, 1998.
73
Capítulo 4
Atividade 1
Análise de uma atividade
experimental
1. Analise o experimento proposto sobre Energia nos Alimentos e a maneira
como ele foi realizado. Qual seria o seu principal papel se fosse aplicado em
uma aula de Química?
( ) outro:_____________________________________________________
77
( ) foi bom fornecer essa tabela, pois facilita o registro dos dados e sua
posterior análise.
78
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
(1) Requer que o estudante somente recorde uma informação partindo dos
dados obtidos.
(3) Requer que o estudante utilize os dados obtidos para propor hipóteses,
fazer inferências, avaliar condições e generalizar.
Questão 1 2 3 4 5 6 7 8
Nível cognitivo
Atividade 2
Elaboração de atividade
experimental investigativa
Após a realização dos experimentos de condutibilidade elétrica e reatividade
de metais, escolha um deles e elabore uma atividade experimental com
características investigativas. Nesta atividade, deve-se propor uma
situação-problema, na qual o experimento auxilie sua resolução, questões
pré e pós-laboratório. Além disso, ela deve apresentar orientações para a
coleta e análise dos dados experimentais. Explicite quais competências e
habilidades pretende-se desenvolver nessa atividade e quais os principais
conceitos que seriam construídos.
79
80
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Atividade 4
Laboratório Aberto
Considere a seguinte situação-problema:
S2O3-2 (aq) + 2H+ (aq) H2O (l) + SO2 (g) + S (s) coloidal
1º Experimento: (Demonstrativo)
• Material:
• Reagentes:
»»Banho-maria
Reagentes:
84
2. Quais as variáveis envolvidas que devem ser controladas?
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Referência Bibliográfica:
AMBROGI, A.; VERSOLATO, E. F.; LISBÔA, J. C. F. Unidades Modulares de
química. São Paulo: Hamburg,1987.
1. Como esse recurso poderia contribuir para que seus alunos aprendam
conteúdos da Química?
2. Como você, professor, utilizaria esse recurso em sua sala de aula? Com
que finalidade?
http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna.
http://www.pontociencia.org.br/experimentos-interna. Acesso em
18/03/2013
Phet - Interactive Simulações
http://phet.colorado.edu/en/simulation/reactions-and-rates
b) Concentração de soluções
http://phet.colorado.edu/en/simulation/concentration
http://www.profpc.com.br/Simula%C3%A7%C3%A3o.htm
http://www.labvirt.fe.usp.br/
http://gepeqiqusp.wix.com/gepeq#!experimentos/c24ib
86
Referência Bibliográfica
Atividades experimentais e investigativas no ensino de Química
Formular problemas
Planejar o experimento
Executar o experimento
Registrar os dados
Desenvolver responsabilidade
Desenvolver autonomia
Desenvolver criatividade
Desenvolver habilidade de
gerenciamento de tempo e projetos
Esta publicação foi impressa em papel offset 90g/m2 (miolo) e
papel couché 230g/m2 (capa).
Maio de 2013
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
Laboratório de
Química Geral Experimental
as as
(1 e 2 Fases)
COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE......................................................................................................61
Nas aulas de Química Experimental, o aluno tem a oportunidade de conhecer as diversas técnicas
e instrumentação utilizados por um químico em seu dia-a-dia. Um experimento químico envolve a
utilização de uma variedade de equipamentos de laboratório bastante simples, porém, com finalidades
específicas. O emprego de um dado material ou equipamento depende de objetivos específicos e das
condições em que serão realizados os experimentos.
Esta disciplina tem por objetivo ensinar conceitos químicos, terminologia e métodos laboratoriais,
bem como proporcionar o conhecimento de materiais e equipamentos básicos de um laboratório e suas
aplicações.
As experiências foram selecionadas de maneira a complementar o conteúdo da Química Teórica.
As aulas de laboratório serão baseadas neste material, que contém as instruções básicas sobre cada
experiência a ser executada. No entanto, para você estudante acompanhar as aulas com desempenho,
estude a teoria, leia o roteiro antes da experiência e, após a prática, responda as questões. Para uma boa
acolhida, o aluno deverá ter noções iniciais de como se comportar no ambiente do laboratório, sendo uma
das exigências a utilização de vestimenta adequada na execução das atividades práticas. Fica também
acertado que o aluno deverá apresentar um relatório, após cada prática, em data agendada pelo professor.
Tudo isso fará parte da composição da nota, com pesos que serão estabelecidos.
Prezado aluno, seja bem vindo ao Laboratório de Química Geral. Aqui começa sua vida
acadêmica de contato direto com esta ciência maravilhosa que tanto tem servido à humanidade.
Bons estudos!
PRÁTICAS 1ª FASE
9
1. Objetivo
2. Noções de segurança
A Química é uma Ciência Experimental, desta forma, são necessários conhecimentos práticos para
compreender suas leis e teorias. As experiências permitem uma melhor compreensão do que está sendo
estudado na teoria.
A ocorrência de acidentes em laboratório não é tão rara como possa parecer; sendo assim, com a
finalidade de diminuir a frequência e a gravidade desses acidentes, torna-se imprescindível que durante os
trabalhos realizados em laboratório se observe uma série de normas de segurança:
2.18- Quando for utilizar o gás, abra a torneira somente após acender o palito de fósforo (nunca um
isqueiro!) e, ao terminar seu uso, feche com cuidado a torneira, evitando vazamentos.
2.19- Não aqueça reagentes em sistemas fechados.
2.20- Ao aquecer tubos de ensaio não volte a extremidade aberta para si ou para uma pessoa próxima.
2.21- Não deixe vidro quente onde possam pegá-lo inadvertidamente (o vidro quente parece com o vidro
frio!). Coloque-o sempre sobre uma tela de amianto, o que alertará aos demais sobre o perigo de
queimaduras.
2.22- Não deixe produtos inflamáveis perto do fogo.
2.23- Se qualquer produto químico for derramado sobre a bancada, lave imediatamente o local.
2.24- Evite debruçar-se sobre a bancada. Algum reagente pode ter caído sobre a mesma, sem que fosse
percebido, o que pode ocasionar acidentes. Conserve, portanto, sempre limpa a bancada e a aparelhagem
que utilizar.
2.25- Não deixe frascos de reagentes destampados. Tenha o cuidado de não trocar as tampas dos frascos.
2.26- Os reagentes de uso coletivo deverão ser mantidos em seus devidos lugares.
2.27- Durante os trabalhos em grupo apenas um aluno deverá se deslocar para pegar materiais e reagentes.
2.28- Sempre que trabalhar com água e ácidos concentrados, use sempre a capela, adicionando,
lentamente, o ácido sobre a água e NUNCA o contrário (poderá haver projeção, devido à energia
liberada no processo).
2.29- Não jogue nenhum material sólido e líquido nas pias e nos ralos. Use o local indicado para descarte.
2.30- Ao se retirar do laboratório verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Limpe todo o
material utilizado, inclusive a bancada.
OBS:
1. Os materiais e reagentes de laboratório são de alto custo, portanto, cuide bem do seu material e
utilize somente quantidades necessárias dos reagentes, evitando desperdícios.
2. Qualquer material que seja quebrado por negligência do aluno deverá ser reposto pelo mesmo.
3. Em caso de acidentes envolvendo ácidos ou bases, lave bem o local abundantemente com água o
maior tempo possível. Não adicione nenhuma substância no local afetado.
11
Balão de fundo
chato Tubos de ensaio
Balão volumétrico Balão de fundo
redondo Usado para Empregado para fazer
Usado para preparar e reações em pequena escala
Usado para recolher e preparar, armazenar
diluir soluções com
aquecer soluções e aquecer soluções
volumes precisos
(05) (06) (07) (08)
Pipeta volumétrica
Béquer __________________ Pipeta graduada Placa de Petri
________________ Usado para medir e _______________
Usado para medir, transferir pequenos Usado para medir e Usado na cultura de fungos
aquecer e transferir volumes líquidos (com transferir pequenos e bactérias e finalidades
volumes precisão) volumes de líquidos diversas
13
Argola
Bureta Usado como suporte Pera de borracha
Usada em titulações e para funis de vidro Funil de separação Usada para encher uma
análises volumétricas Usado para a pipeta por sucção
separação de
líquidos imiscíveis
(21) (22) (23) (24)
Pinça de Morh
Cadinho Usado para impedir ou
Bastão de vidro Espátulas Usado nas reduzir o fluxo de líquido
ou gases em alta
Usada para agitar e Usadas para transferir calcinações, temperatura
transferir líquidos substancias sólidas secagem,
aquecimento e
fusões de
substâncias
(37) (38) (39) (40)
Triângulo
Kitazato Copo graduado
Usado como
Frasco de vidro Usado para medir Escova
suporte em
coletor do filtrado a volumes sem grande Usado para a limpeza de
aquecimento de
alto vácuo precisão tubos de ensaio
cadinhos
15
Centrífuga
Dessecador Usado para acelerar Capela
Forno ou mufla
Usado para guardar a sedimentação de Recinto isolado onde se
Usado para calcinação
substâncias em sólidos em fazem reações que
de substâncias em
altas temperaturas, de atmosfera contendo suspensão em desprendem
1000°C a 1500°C baixo índice de líquidos
umidade
(45) (46) (47) (48)
Perfurador de
rolhas
Balão de destilação Manta Usados para
Usado em destilação Usada para aquecer perfuração de Suporte universal
contendo o material a líquidos contidos em rolhas (cortiça ou Usado para sustentar
ser destilado balão de fundo borracha) equipamentos em geral
redondo
(49) (50) (51) (52)
-PRÁTICA 1-
1. Objetivo
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
- 1 pipeta volumétrica de 25 mL - Água
- 1 pipeta graduada de 25 mL
- 1 proveta de 25 mL
- 5 béqueres de 50 mL
- 1 balão volumétrico de 25 mL
- 1 pera de borracha
- 1 frasco lavador (pisseta)
- 1 pipeta Pasteur
- balança analítica com precisão de 0,0001 g
3. Procedimento
02 Proveta
03 Pipeta graduada
04 Pipeta volumétrica
05 Balão volumétrico
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
1) Calcule o erro percentual, na medida do volume, de cada vidraria utilizada (apresente os cálculos).
3) Um laboratorista solicita ao seu assistente que meça 5 mL de água deionizada com a melhor precisão pos-
sível e transfira-a para um balão volumétrico de 50 mL. Assinale a alternativa que mostra o instrumento a ser
utilizado pelo assistente para fazer a tarefa solicitada.
(A) Uma proveta com capacidade de 5 mL. (B) Uma pipeta volumétrica de 5 mL.
(C) Uma pipeta graduada de 25 mL. (D) Uma pipeta graduada de 10 mL.
(E) Um béquer de 5 mL.
4) Um químico deseja preparar uma solução aquosa de cloreto de sódio (sal de cozinha), com volume total
de 50 mL. Qual a vidraria mais indicada: um béquer ou um balão volumétrico?
7) Nos laboratórios de ensino e pesquisa na área de química e comum o uso de diversas vidrarias como as
apresentadas nas imagens abaixo. Numere corretamente o instrumento com a sua utilização em laboratório,
associando as colunas.
Assinale a alternativa que contem a sequencia CORRETA de associação, de cima para baixo.
a) 3, 1, 2, 4, 5, 6 b) 6, 5, 2, 1, 4, 3
c) 6, 4, 5, 1, 2, 3 d) 3, 1, 5, 4, 2, 6
e) 6, 2, 1, 4, 5, 3
10) A extração de substâncias químicas - como as que apresentam atividade farmacológica, obtidas a partir
de qualquer material de origem natural, seja ele vegetal ou animal - envolve diversas operações de
laboratório. Nesse sentido, numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, relacionando as operações de laboratório
com os respectivos equipamentos utilizados.
1. secagem ( ) funil de Büchner
2. filtração a vácuo ( ) proveta
3. destilação ( ) estufa
4. medidas de volume de liquidos ( ) almofariz e pistilo
5. trituração ( ) condensador
-PRÁTICA 2-
FENÔMENOS FÍSICOS E FENÔMENOS QUÍMICOS E DENSIDADE
1. Objetivo:
2. Materiais e Reagentes
Materiais Reagentes
- bico de Bunsen - 2 pedaços pequenos de magnésio
- tela de amianto e tripé - estanho em pó
- pinça de madeira - solução de nitrato de prata (0,01 mol/L)
- pinça de metal - iodo sólido
- 2 cápsulas de porcelana - solução de cloreto de sódio
- vidro de relógio - água destilada
- 3 tubos de ensaios e suporte - solução diluída de H2SO4 (0,5 mol/L)
- 3 pipetas
- 1 pipetador
3. Procedimento (Demonstrativa)
3.1. Segurar um pequeno pedaço de magnésio com a pinça de metal. Introduzir a ponta do metal na chama
do bico de Bunsen. Observar com cuidado (a luz observada é muito viva e pode prejudicar a vista).
Anotar o que ocorreu e classificar o fenômeno________________
3.2. Adicionar alguns cristais de iodo em uma cápsula de porcelana. Tampar com vidro de relógio e colocar
algumas gotas de água sobre o vidro. Aquecer o sistema sobre uma tela de amianto durante alguns segundos.
Esperar esfriar. Usar uma pinça de madeira, segurar o vidro de relógio, observar os cristais de iodo formado.
Anotar o que ocorreu e classificar o fenômeno____________
3.3. Adicionar, a um tubo de ensaio, cerca de 2 mL de solução de cloreto de sódio. Adicionar a outro tubo, 2
mL de solução de nitrato de prata. Em seguida, verter o conteúdo de um tubo no outro. Anotar o que ocorreu
e classificar o fenômeno__________
Aquecer o conteúdo do tubo de ensaio até entrar em ebulição.
Anotar o que ocorreu e classificar o fenômeno____________
3.4. Aquecer cuidadosamente um pedaço de estanho em uma cápsula de porcelana. Deixar esfriar. Anotar o
que ocorreu e classificar o fenômeno_______________
3.5. Colocar 2 mL de solução de H2SO4 diluído em um tubo de ensaio. Adicionar um pedaço pequeno de
magnésio e observar.
Anotar o que ocorreu e classificar o fenômeno: ______________
22
1. Objetivo
2. Materiais e Reagentes
3. Procedimento
Obs: A diferença entre o volume final e volume inicial é o volume deste metal (amostra).
Chumbo 11,30
Cobre 8,96
Estanho 7,31
d=m
v
Título da prática:_________________________________________________________
QUESTÕES
2) Represente o fenômeno que ocorreu no experimento 3.2 com sua fórmula e estado físico.
3) Represente a equação da reação que ocorreu no experimento 3.3. Qual o nome do precipitado formado?
4) Represente a equação da reação que ocorreu no experimento 3.5. Qual o nome do gás liberado na reação?
5) Na tabela abaixo temos as densidades de alguns materiais sólidos. Se eles forem adicionados à água
líquida e pura, à temperatura ambiente, qual/ais dele/s flutuará? (Dado: dágua à 25 °C = 1,0 g/cm3).
6) Três frascos de vidro transparentes, fechados, de formas e dimensões iguais, contêm cada um a mesma
massa de líquidos diferentes. Um contém água, o outro, clorofórmio e o terceiro, etanol. Os três líquidos são
incolores e não preenchem totalmente os frascos, os quais não têm nenhuma identificação. Sem abrir os
frascos, como você faria para identificar as substâncias?
Dadas as densidade de cada um dos líquidos, à temperatura ambiente é:
d(água) = 1,0 g/cm3, d(clorofórmio) = 1,4 g/cm3, d(etanol) = 0,8 g/cm3
7) Um vidro contém 200 cm3 de mercúrio de densidade 13,6 g/cm3. Qual a massa, em kg, de mercúrio
contido no vidro?
8) A elevação da temperatura de um sistema produz, geralmente, alterações que podem ser interpretadas
como sendo devidas a processos físicos ou químicos. Medicamentos, em especial na forma de soluções,
devem ser mantidos em recipientes fechados e protegidos do calor para que se evite:
I. Evaporação de um ou mais de seus componentes;
II. A decomposição e consequente diminuição da quantidade de composto que constitui o
princípio ativo;
III. A formação de compostos indesejáveis ou potencialmente prejudiciais à saúde.
Chumbo 11,30
10) Após a determinação experimental da densidade de cada metal, determine o erro da densidade em relação
ao valor teórico para os metais do exercício 9.
25
-PRÁTICA 3-
1. Objetivos
2. Materiais e Reagentes:
Materiais Reagentes
- 4 béqueres de 50 mL - Água destilada
- 3 espátulas - Gelo (com o professor)
- 3 béqueres de 100 mL - Álcool etílico
- 1 funil de vidro - Óleo
- Papel de filtro - Enxofre
- 1 Suporte universal - sal
- 1 Funil de decantação
- 3 Bastões de vidro
- 1 Argola
3. Procedimento
3.1. Misturas
Misturar, com um bastão de vidro, 20 mL de água com as substâncias discriminadas no quadro
abaixo, usando um béquer de 50 mL.
Observar e assinalar se a mistura é homogênea ou heterogênea.
Sistema Nº de fases
20 mL água + 1 cubo de gelo
20 mL água + 1 espátula de sal
20 mL água + 10 mL de álcool
20 mL agua + 10 mL de óleo
a) Filtração simples
26
Materiais Reagentes
- 1 erlenmeyer -água
- 1 manta elétrica -Sulfato de cobre
- 2 suportes universais
- 2 garras
- Sistema de destilação (balão de fundo redondo,
termômetro, condensador)
Procedimento
Pegar uma pequena quantidade de sulfato de
cobre e dissolver em 300 mL de água destilada.
Transferir a mistura para um balão de fundo
redondo.
Montar o equipamento para a destilação,
conforme a figura ao lado.
Aquecer e ligar a água para o processo de
refrigeração do condensador e observar todo o
processo (ebulição, condensação e separação dos
componentes da mistura).
27
QUESTÕES
1) O sistema formado pela água destilada e um cubo de gelo feito com água destilada
apresenta................fases e .................componente/s.
2) O sistema formado pela mistura de 20 mL de água destilada com uma espátula pequena de cloreto de
sódio (NaCl) apresenta ...............fases e ............componentes/s.
5) Na separação do sulfato de cobre da água, esta é destilada e coletada porque apresenta ponto de
ebulição...................do que do sulfato de cobre que fica no balão de destilação.
6) Na mistura de 20 mL de água destilada com 10 mL de álcool, este não pode ser separado totalmente da
água por destilação.............................nem por destilação....................................porque estes componentes
formam uma mistura...........................
8) Uma solução aquosa de sulfato de cobre II é uma mistura .............................. Este sal pode ser separado da
água por.................................................
10) Há misturas onde a filtração é muito lenta porque as partículas sólidas fecham os poros do papel poroso
(papel filtro). Neste caso para acelerar a separação utiliza-se um método conhecido como
filtração .....................................
28
29
PRÁTICA 4
Zona neutra: região próxima da boca do tubo; nela não ocorre combustão do gás. É fria. Região da chama
menos aquecida, de cor amarelo-avermelhada, que possui uma maior área.
Zona redutora: fica acima da zona neutra e forma um pequeno “cone”; nela se inicia a combustão do gás. É
pouco quente. Começa a apresentar a coloração roxa tendendo para a azul. Esta indica a aproximação para
uma chama mais aquecida.
Zona oxidante: compreende toda a região acima e ao redor da zona redutora; nela a combustão do gás é
completa. É muito quente. É a chama com maior energia, ou seja, mais quente. Observe que ela é a chama
que possui menor área, por isso mantêm uma energia maior.
1. Objetivo
2. Materiais e Reagentes
Materiais Reagentes
3. Procedimento
Título da prática:_________________________________________________________
QUESTÕES
Complete as questões de 1 a 5.
1) O teste de chama é baseado no fato de que quando certa quantidade de.............................é fornecida a um
determinado elemento químico, alguns......................da...........................de valência .......................esta
energia passando para um nível de energia mais elevado, produzindo o que chamamos de estado excitado.
5) A reação que ocorre na queima do magnésio pode ser representada pela reação:
............ + ............ ............
A luz emitida pelo magnésio é de cor....................
6) A luz amarela emitida por uma lâmpada de sódio é a energia liberada pelos átomos do metal, quando
elétrons:
9) Os fogos de artifício coloridos são fabricados adicionando-se à pólvora elementos químicos metálicos
como o sódio (cor amarela), estrôncio (vermelho-escuro), potássio (violeta) etc. Quando a pólvora queima,
elétrons dos metais presentes sofrem excitação eletrônica e, posteriormente, liberação de energia sob a forma
de luz, cuja cor é característica de cada metal. O fenômeno descrito:
10) O quadro abaixo indica os resultados de testes de chama, realizados num laboratório, com quatro
substâncias:
Substância Cor da chama
HCℓ Não se observa a cor
CaCℓ2 Vermelho-tijolo (ou alaranjado)
SrCℓ2 Vermelho
BaCℓ2 Verde-amarelado
b) Utilizando um modelo atômico em que os elétrons estão em níveis quantizados de energia, explique como
um átomo emite luz no teste de chama.
33
-PRÁTICA 5-
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS IÔNICOS E MOLECULARES
1. Objetivo
2. Materiais e Reagentes
Materiais Reagentes
- bico de Bunsen e tripé com tela - NaOH, CaO, NaCl, HCl
- 2 cápsulas de porcelana - álcool etílico
- 3 béqueres de 50 mL - sacarose
- 2 pipetas de 5 mL - água deionizada
- 1 pinça (tenaz) - ácido acético glacial
- fósforo
- circuito elétrico
- 3 espátulas
- pera
3. Procedimento
3.1. Estado físico: Observar os estados físicos dos compostos iônicos e moleculares dos diversos compostos
na bancada do professor.
3.2. Ponto de fusão: Comparar os pontos de fusão dos diferentes compostos no quadro abaixo.
Procedimento:
a) Em um béquer colocar 2 mL de água pura. Verificar a condutibilidade elétrica. Anotar.
d) Em um béquer, colocar uma ponta de espátula de cloreto de sódio sólido (NaCl) e acrescentar 20
mL de água. Agitar até a dissolução. Verificar a solubilidade e a condutibilidade elétrica. Anotar.
Título da prática:_________________________________________________________
Questões
Sacarose
Álcool _____
Ácido acético _____
Ácido clorídrico _____ _____
a) O NaOH e o HCl conduzem corrente elétrica em solução aquosa, porque em solução estas substâncias
estão, respectivamente,.................................. e ..................................
b) A solução aquosa de sacarose (C12H22O11) não conduz corrente elétrica, pois a solução não
apresenta...........................
d) O cloreto de sódio (NaCl) apresenta ligação ..………… e conduz corrente elétrica no estado ígneo
(.......................) e em solução…………....…..., porque nestas condições há mobilidade de íons positivos,
denominados ....................e íons negativos, denominados ......................
36
6) Um material sólido tem as seguintes características: não apresenta brilho metálico; é solúvel em água; não
se funde quando aquecido a 500 ºC; não conduz corrente elétrica no estado sólido; conduz corrente elétrica
em solução aquosa. Com base nos modelos de ligação química, pode-se concluir que, provavelmente, trata-
se de um sólido:
a) iônico. b) covalente. c) molecular. d) metálico. e) nenhuma das respostas anteriores
7) Tanto os ácidos quanto os compostos iônicos conduzem eletricidade em solução aquosa, porém, os
compostos iônicos sofrem dissociação, já os ácidos (compostos moleculares) sofrem ionização, quando
dissolvidos em água. Qual a diferença entre ionização e dissociação?
8) Com base na questão anterior, o que ocorre ao se dissolver ácido bromídrico (HBr) em água? E ao se
dissolver cloreto de sódio (KCl) em água? Represente estes fenômenos com equações químicas.
9) Alguns compostos quando dissolvidos em água não liberam íons. Qual é o nome do processo que ocorre
ao se dissolver açúcar (C12H22O11) em água? Represente este fenômeno com equação química.
-PRÁTICA 6-
A gasolina é uma mistura de substâncias de fórmula CnH2n+2, sendo que n pode variar de 6 a 10. A lei
brasileira estipula um nível máximo de 27% de etanol anidro adicionado à gasolina combustível. Para
verificar a quantidade de etanol presente na gasolina é realizado o “teste de proveta”
1. Objetivo
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
3. Procedimento
PARTE II - PRÁTICA
Materiais Reagentes
1 funil de vidro Água destilada
2 pipetas graduadas de 10 mL Sal de cozinha (NaCl)
1 espátula Óleo de soja
9 tubos de ensaio com rolha vinagre
1 espátula
1 funil (para o óleo de soja)
Bastão de vidro
Papel toalha
38
PROCEDIMENTO
Colocar água em um tubo de ensaio até a metade de seu volume e adicionar meia espátula de sal.
Fechar com a rolha. Agitar bem. Observar se os materiais se misturam ou não e anotar na tabela.
Repetir o procedimento anterior com cada mistura de materiais da tabela. Para misturas líquidas,
adicionar iguais quantidades de cada uma (cerca de 2 mL). Anotar os dados na tabela.
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
1) Considerando o álcool como a única substância adicionada a gasolina, explique o que ocorreu quando a
mistura gasolina com água foi agitada
2) Por que houve aumento do volume da fase incolor após a agitação da mistura gasolina com água?
3) Com base nos dados obtidos, calcule a percentagem de álcool existente na gasolina analisada.
6) Considerando que o sal é uma substância iônica, que diferença deve existir entre os dois grupos de
materiais moleculares, de forma que um permita a separação dos íons do sal e o outro não?
7) Ocorre ou não dissolução entre materiais moleculares de um mesmo grupo? E entre os dos grupos
diferentes? Que conclusões você pode extrair desse experimento?
a) somente I é correta.
b) somente II é correta.
c) somente III é correta.
d) somente II e III são corretas.
e) somente I e III são corretas.
-PRÁTICA 7-
INDICADORES ÁCIDO-BASE
PARTE I - Prática
1. Objetivo
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
- 20 tubos de ensaio - Solução 01 mol/L de ácido clorídrico (HCl)
- suporte para tubos - Solução 01 mol/L de ácido sulfúrico (H2SO4)
- 5 pipetas de 2 mL - Solução 01 mol/L de hidróxido de sódio (NaOH)
- Solução 01 mol/L de hidróxido de amônio (NH4OH)
- Solução de cloreto de sódio (NaCl)
- fenolftaleína
- azul de bromotimol
3. Procedimento
b) Uso do indicador
1. Indicador Fenolftaleína:
Acrescentar, a cada tubo de ensaio da primeira bateria, duas gotas de indicador fenolftaleína.
Observar a coloração adquirida em cada tubo e anotar, na tabela.
Acrescentar, a cada tubo de ensaio da segunda bateria, duas gotas de indicador azul de bromotimol.
Observar a coloração adquirida em cada tubo e anotar, na tabela
.
3. Indicador papel tornassol azul
Colocar, nos tubos de ensaio da terceira bateria, uma tira de papel tornassol azul.
Observar a coloração adquirida em cada tubo e anotar, na tabela.
42
Colocar, nos tubos de ensaio da quarta bateria, uma tira de papel tornassol vermelho.
Observar a coloração adquirida em cada tubo e anotar, na tabela
.
TABELA
HCl
H2SO4
NaOH
NH4OH
NaCl
43
1. Objetivos
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
- 1 pinça metálica - Magnésio
- fósforo - Fenolftaleína
- 1 tubo de ensaio - Água destilada
- 1 béquer 250 mL - Azul de bromotimol
- 1canudo - Solução de hidróxido de amônio (NH4OH)
- 2 pipetas de 5 mL - Solução de ácido clorídrico (HCl)
- 2 vidros de relógio - enxofre em pó
- 1 erlenmeyer de 250 mL - água destilada
- 1 proveta de 50 mL - Papel de tornassol azul
- 1 espátula
- 2 pedaços de fio de cobre (um com um cone em
uma das pontas)
- flor vermelha (tonalidade bem viva)
- 1 rolha de borracha
- 1 pera
a) óxido ácido
b) óxido básico
Com o auxílio de uma pinça metálica, executar a queima do magnésio, recolhendo, em um vidro
relógio, o produto formado.
Transferir o produto, com o auxílio de uma espátula, para um tubo de ensaio.
Adicionar um pouco de água e agitar brandamente.
Colocar algumas gotas de fenolftaleína na solução e observar a mudança de cor. Reservar.
44
c) reação de neutralização
Adicionar à solução rosada de Mg(OH)2 da atividade anterior, gotas de HCl até observar
mudança de cor.
Mg+2(aq) + 2OH –(aq) + 2H+(aq) + 2Cl –(aq) Mg+2(aq) + 2Cl –(aq) + 2H2O(l)
d) Chuva ácida
Esses óxidos dissolvem-se e reagem com a água da chuva, formando ácidos causadores de sérios
problemas ambientais.
SO2(g) + H2O(l) H2SO3(aq)
SO3(g) + H2O(l) H2SO4(aq)
Procedimento
Pegar o outro fio de cobre e encher o cone com enxofre em pó; acender o fósforo e iniciar a queima
do mesmo, colocando-o rapidamente dentro do erlenmeyer, preso à borda. Tampar imediatamente
para que o gás produzido (o dióxido de enxofre) não escape.
Aguardar cerca de 10 minutos e anotar suas observações.
Retirar a flor e o cone de dentro do erlenmeyer e adicionar, imediatamente, cerca de 30 mL de água
ao frasco e tampar rapidamente. Agitar.
Retirar uma amostra desse líquido com a pipeta e pingar 2 gotas num pedaço de papel tornassol
azul. Observar a cor e anotar.
45
Título da prática:_________________________________________________________
QUESTÕES
1) Complete a tabela abaixo, indicando as cores do meio, utilizando os indicadores abaixo, conforme resultado
da prática – Parte I.
Tornassol
Azul de
Fenolftaleína Tornassol
Meio bromotimol Vermelho
Azul
Ácido
Básico
Neutro
2) Num recipiente contendo uma substância A foi adicionado gotas de fenolftaleína, dando uma coloração
rósea. Adicionando-se uma substância B em A, a solução apresenta-se incolor. Com base nessas informações
podemos afirmar que:
a) A e B são bases.
b) A é um ácido e B é uma base.
c) A é uma base e B é um ácido
d) A e B são ácidos.
e) A e B são sais neutros.
3) Ao adicionar uma gota de fenolftaleína à solução aquosa de óxido de cálcio, observa-se o aparecimento de
coloração rósea. Com base nesta informação, responda:
4) Colocando 0,1 g de sódio metálico em um béquer de 1000 mL com 900 mL de água e duas gotas de
fenolftaleína, observa-se que imediatamente a solução fica rósea. Esta coloração deve-se a reação:
Na(s) + 2H2O(l) 2NaOH(aq) + H2(g)
5) A chuva já é naturalmente ácida em razão da presença do gás carbônico (CO2) na atmosfera. Este óxido
reage com a água da chuva e o resultado é a “chuva ácida”.
6) Sabe-se que a chuva ácida é formada pela dissolução, na água da chuva, de óxidos ácidos presentes na
atmosfera. Entre os pares de óxidos relacionados, qual é constituído apenas por óxidos que provocam a chu-
va ácida?
a) Na2O e NO2
b) CO2 e MgO
c) CO2 e SO3
d) CO e NO2
e) CO e NO
7) A ação do ácido sulfúrico presente na chuva ácida sobre o mármore (carbonato de cálcio) pode ser repre-
sentada por:
a) CaCO3(s)+ H2O(l)→ CO2(g)+ CaOH(s)+ H2O(l)
b) CaCO3(s)+ H2O(l)+ H2SO4(aq)→ Ca2SO4(s)+ H2O(l)+ CO2(g)
c) CaCO3(s)+ H2SO4(aq)→ CaSO4(s)+ H2O(l)+ CO2(g)
d) CaCO3(s)+ H2SO4(aq)→ Ca2SO4(s)+ CO2(g)
e) CaCO3(s)+ H2SO4(aq)→ CaSO4(s)+ H2O(l)
a) O papel de tornassol azul mudou para vermelho, porque o meio tornou-se ...............
b) A pétala murchou e mudou de coloração porque foi desidratada pela reação da água com o -------------------
-------------liberado na queima do enxofre.
9) Nesta prática foram realizadas duas reações de neutralização. Escreva-as abaixo, colocando a nomenclatu-
ra do sal formado.
-PRÁTICA 8-
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
3. Procedimento
I – Mudança de cor
II. 1. Colocar, em um tubo de ensaio, 2 mL de ácido sulfúrico. Inserir, em seguida, um prego (ferro).
Observar e anotar__________________________
II. 2. Colocar, em um tubo 2 mL de peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Inserir, em seguida uma
pitada de MnO2. Observar e anotar__________________________
Colocar 2 mL de ácido clorídrico em um tubo de ensaio. Juntar uma espátula de óxido de magnésio e
agitar. Observar e anotar: _________________.
49
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
1) O que são reações químicas?
3) No experimento I foi observado a mudança da coloração da solução após a adição do ácido nítrico,
explique o porquê dessa mudança.
5) O que evidenciou experimentalmente a formação de gás nos experimentos II.1 e II.2? Quais foram os
gases formados?
50
7) Em relação ao experimento III, qual foi a evidência que indicou a ocorrência da reação química?
8) Em relação ao experimento IV, a reação ocorreu com liberação ou absorção de calor? Como a sua equipe
evidenciou esse fenômeno?
10) Escreva as reações químicas balanceadas pertinentes aos experimentos, II.2 e IV.
51
PRÁTICAS 2ª FASE
53
UNIDADE FLORIANÓPOLIS - Departamento Acadêmico de Linguagem
Tecnologia Educação e Ciência
Professor: _________________________Disciplina: Química
Aluno: ____________________________Turma: _______ Data:___/___/___
-PRÁTICA 1-
1. Objetivos
2. Materiais e Reagentes
Reagentes
Materiais
- 1 latinha de alumínio - Água
- Recipiente de plástico para conter água - Gelo
- Tenaz metálica longa
- Bico de Bunsen
- 1 garrafa plástica (500mL)
- 1 balão de festa (bexiga de borracha)
- 2 béqueres 500 mL
- 1 tripé
- 1 tela de amianto
Procedimento 1
Colocar água no recipiente plástico até aproximadamente três quartos de sua altura.
Adicionar um pouco de água na lata, suficiente para cobrir o seu fundo.
Utilizando a tenaz, segurar a lata e aqueça-a diretamente na chama do Bico de Bunsen,
inclinando-a levemente, até a ebulição da água.
Quando uma grande quantidade de vapor estiver saindo pela boca da lata, inverter
rapidamente a lata no recipiente com água, de forma que a boca da lata fique submersa.
Observar e anotar.
Procedimento 2
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
2) O que aconteceu com o gás contido na garrafa quando esta foi mergulhada em água quente? E em água
fria? Justifique.
4) Represente, por meio de desenhos, o que aconteceu com as moléculas de gás em cada caso, após a
variação de temperatura.
5) O número de moléculas aumentou ou diminuiu após o aquecimento e o resfriamento dos gases? Justifique.
56
6) Represente graficamente essa relação, ou seja, faça um gráfico da variação do volume (eixo y) em função
da temperatura (eixo x). Considere que você tem três pontos no gráfico: quente, temperatura ambiente e frio.
7) Baseando-se no gráfico confeccionado, indique qual das relações abaixo você pode estabelecer entre o
volume (V) e a temperatura (T) de um gás:
a) Volume é igual à temperatura (V= T).
b) V é diretamente proporcional a T (V α T).
c) V é inversamente proporcional a T (V α 1/T).
8) Em uma aula prática de Química um estudante do IFSC colocou em uma garrafa de 3 L, 2 mL de água e
elevou a temperatura até 473 K. Considerando o comportamento desta água como a de um gás ideal, e a sua
densidade como 1 g/mL, calcule a pressão que essa quantidade de água estará exercendo nesta garrafa.
(massa molar da água = 18g/mol)
10) As figuras a seguir representam os sistemas A, B e C, constituídos por um gás ideal puro.
(02) Aumentando-se a pressão P, exercida
sobre o pistão do sistema A, mantida constante
a temperatura T1, o volume do sistema será
reduzido.
(04) Resfriando-se o sistema B, até que a
temperatura seja reduzida à metade do valor
inicial, sua pressão será duplicada.
(08) Triplicando-se o número de mols do gás
contido no sistema B, mantida constante a
temperatura T1, a pressão também será
triplicada.
Sobre os sistemas representados, é correto (16) Abrindo-se a válvula que conecta os dois
afirmar: recipientes do sistema C, haverá passagem de
(01) Aquecendo-se isobaricamente o sistema gás, do recipiente da direita para o da
A, até uma temperatura T2=2T1, seu volume esquerda, até que P1=P2.
será duplicado.
Somatório: _____
57
-PRÁTICA 2-
CONSERVAÇÃO DA MASSA
1. Objetivos
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
- 1 erlenmeyer (500 mL) - NaHCO3 sólido
- 2 tubos de ensaio - Solução de HCl (1 mol/L e 2 mol/L)
- 1 rolha de borracha - Zinco granulado
- 1 pipeta de 2 mL
- 1 espátula
- balança
- papel toalha
- 1 pera
- 1 bexiga de ar
- 1 suporte para tubos de ensaio
3. Procedimento
Em um tubo de ensaio, colocar solução de ácido clorídrico 2 mol/L até a metade da sua capacidade.
Usando uma balança, pesar o suporte para tubos de ensaio com o tubo e o ácido, a bexiga e um
pedaço pequeno de zinco. Anotar este valor:_____g
Ao tubo com ácido, adicionar o metal (zinco) e rapidamente tampar a boca desse tubo com a bexiga.
Esperar que a reação se complete. Pesar e anotar este valor______g.
Pegar os materiais com papel toalha, a fim de evitar contato com os dedos.
Colocar no erlenmeyer 0,5 g de NaHCO3.
Pipetar 2 mL de HCl e colocar no tubo de ensaio.
Introduzir o tubo de ensaio no erlenmeyer, CUIDADOSAMENTE, sem que haja contato entre as
substâncias (ver Fig. I).
Vedar o erlenmeyer com rolha, formando um sistema fechado (ver Fig. II).
Levar o sistema à balança e “pesar”. Anotar o “peso’’ do sistema: ______g.
Por meio de uma inclinação adequada (ver Fig. III) permitir o contato entre as duas substâncias,
tomando o cuidado para não molhar a rolha.
Após a ocorrência da reação, levar o sistema novamente até a balança e “pesar”. Anotar o “peso” do
sistema: ____g.
58
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
1) Os dois experimentos confirmam o enunciado de qual lei? O que diz esta lei?
2) Considerando o experimento I que evidências permitem concluir que houve reação química nesse
experimento?
Zn + HCl ZnCl2 + H2
4) Supondo que a massa de zinco pesada foi de 5 g, determine quais as massas de cloreto de zinco (ZnCl2) e
de hidrogênio (H2) que deveriam ser formadas.
5) Em relação a questão anterior, considerando CNTP, qual o volume de H2(g) que deveria ser formado com a
massa de zinco pesada (5 g)?
6) A reação feita no experimento II é uma reação muito comum onde um ácido forte é neutralizado por sal de
caráter básico, conforme equação química abaixo.
Se esta reação tivesse sido realizada em um sistema aberto seria possível observar a conservação das massas?
Justifique.
8) Considerando a reação realizada na aula experimental, as massas, em gramas, dos reagentes e produtos e
a lei de conservação das massas, determine os valores de X, Y Z e W no quadro abaixo:
Reação: HCl aq) + NaHCO3(s) NaCl(aq) + H2Ol) + CO2(g)
10) Dada a reação que representa a redução do minério de ferro (hematita) para a obtenção de ferro metálico,
xFe2O3 + 3CO yCO2 + 2Fe, faça o que se pede:
b) Qual a massa de ferro metálico produzido a partir de 320 g de hematita, com rendimento de 100%?
61
-PRÁTICA 3-
COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE
1. Objetivo
2. Materiais e reagentes
MATERIAIS REAGENTE
- 1 termômetro - solução saturada de NaCl
- 2 cápsulas de porcelana - solução saturada de sulfato de cobre II
- 2 provetas de 25 mL penta hidratado (CuSO4.5H2O)
- bico de Bunsen
- balança
- 1 tripé
3. Procedimento
CuSO4.5H2O
63
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
01) Sabendo as massas de água, cloreto de sódio e sulfato de cobre que estavam dissolvidos em cada
solução, calcule o coeficiente de solubilidade desses sais em relação a 100 g de água.
02) Procure na literatura (livros ou sites) o coeficiente de solubilidade em água do cloreto de sódio (NaCl) e
do sulfato de cobre II penta hidratado (CuSO4.5H2O) na temperatura em que foi realizado seu experimento.
Considerando esses dados e os valores dos coeficientes de solubilidade experimentais que você calculou na
questão 1, calcule a porcentagem de erro experimental que você obteve para cada solução.
03) Nesta aula prática você utilizou uma solução saturada de cloreto de sódio (NaCl) para determinação do
coeficiente de solubilidade. Levando em consideração seus conhecimentos adquiridos nesta aula prática e
nas aulas teóricas, explique de forma clara e direta o que é uma solução saturada e o que é o coeficiente de
solubilidade de uma solução.
04) Forneça a definição do que é uma solução e diga quais os tipos de solução que existem (em relação ao
estado físico da solução) citando pelo menos dois exemplos de cada tipo.
64
05) A tabela abaixo mostra o coeficiente de solubilidade do cloreto de sódio para várias temperaturas.
Determine qual a massa desse sal necessária para formar 285 g de uma solução saturada de cloreto de sódio,
a uma temperatura de 50 oC .
Considerando os dados da tabela, indique qual o tipo de solução (saturada, insaturada ou saturada com corpo
de fundo) que seria formado em cada caso abaixo:
07) O gráfico abaixo mostra a solubilidade de vários sais a diferentes temperaturas. Analisando o gráfico
diga qual é o composto mais solúvel e qual o menos solúvel, a 30 oC. Justifique.
65
08) Seis soluções aquosas de nitrato de sódio, NaNO3, numeradas de I a VI, foram preparadas, em diferentes
temperaturas, dissolvendo-se diferentes massas de NaNO3 em 100g de água. Em alguns casos, o NaNO3 não
se dissolveu completamente. O gráfico abaixo representa a curva de solubilidade do NaNO3, em função da
temperatura, e seis pontos, que correspondem aos sistemas preparados.
A partir da análise desse gráfico, é CORRETO afirmar que os dois sistemas em que há precipitado são:
a) I e II. b) I e III. c) IV e V. d) V e VI.
09) NaCl e KCl são sólidos brancos cujas solubilidades em água, a diferentes
temperaturas, são dadas no gráfico abaixo. Para distinguir os sais, os três procedimentos foram sugeridos:
I. Colocar num recipiente 2,5 g de um dos sais e 10,0 mL de água e, em outro recipiente, 2,5 g do outro sal e
10,0 mL de água. Agitar e manter a temperatura de 10 °C.
II. Colocar num recipiente 3,6 g de um dos sais e 10,0 mL de água e, em outro recipiente 3,6 g do outro sal e
10,0 mL de água. Agitar e manter a temperatura de 28°C.
III. Colocar num recipiente 3,8 g de um dos sais e 10,0 mL de água e, em outro recipiente, 3,8 g do outro sal
e 10,0 mL de água. Agitar e manter a temperatura de 45 °C.
a) do procedimento I.
b) do procedimento II.
c) do procedimento III.
d) dos procedimentos I e II.
e) dos procedimentos I e III.
-PRÁTICA 4-
PARTE I: SOLUÇÕES
1. Objetivos
2. Reagentes e Materiais
Materiais Reagentes
- 2 béqueres de 100 mL. - Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O)
- 2 balões volumétricos de 50 mL - Água destilada.
- 1 pipeta volumétrica de 5 mL.
- 1 bastão de vidro.
- 1 vidro de relógio.
- 1 pera.
3. Procedimento
3.1 Preparação de solução
Dissolver completamente 250 mg de sulfato de cobre, em um béquer, com água destilada.
Transferir quantitativamente para um balão de 50 mL.
Lavar, por duas vezes, o béquer com um pouco de água destilada e transferir para o balão, com o
auxílio do bastão de vidro.
Adicionar água ao balão até a marca do volume (menisco) e homogeneizar.
3.2 Diluição de solução.
Verter um pouco da solução preparada no item anterior para um béquer e desta retirar 5 mL, com o
auxílio de uma pipeta volumétrica.
Adicionar os 5 mL da solução a um balão de 50 mL.
Completar o volume com água destilada e homogeneizar a solução.
DADOS:
1. Objetivo
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
- 1 bureta de 25 mL - Solução de HCl de concentração desconhecida
- 1 pipeta volumétrica de 10 mL - Solução de NaOH 0,1mol/L
- 1 erlenmeyer de 250 mL - Indicador: fenolftaleína
- 1 béquer de 100 mL
- 1 funil de vidro
- 1 suporte universal com garra
- 1 pera
3. Procedimento.
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
1) Calcule a concentração em massa (g/L) e em quantidade de matéria (mol/L) para a solução preparada na
parte I, item 3.1 (solução de sulfato de cobre penta hidratado).
2) Na parte I, item 3.2, foi realizado a diluição da solução de sulfato de cobre penta hidratado preparada
inicialmente. Explique de forma clara o que é uma diluição de uma solução. E esta última solução diluída,
também possui soluto? Justifique sua resposta.
3) Calcule a concentração em massa (g/L) e em quantidade de matéria (mol/L) para a solução diluída.
4) Ainda levando em consideração a solução diluída, determine a massa de soluto presente nesta solução.
5) As soluções inicial e diluída de sulfato de cobre preparadas na parte experimental I possuem densidade de
aproximadamente 1 g/mL. Considerando esta densidade para ambas as soluções, determine a porcentagem
em massa e o título para as duas soluções.
70
6) Um aluno do IFSC ao realizar o procedimento 3.2 da parte I (diluição de soluções), por engano misturou
25 mL de uma solução de sulfato de cobre 1 mol/L com 25 mL de uma outra solução de sulfato de cobre de
concentração 3 mols/L. Qual foi a concentração final da solução preparada equivocadamente por este aluno?
Determine também a massa de soluto presente nesta solução.
7) Para preparar um refresco a partir de suco concentrado, o fabricante recomenda o consumo de cinco partes
de água e duas partes de suco concentrado. Para produzir 45 litros de refresco, são necessários quantos litros
de suco concentrado? E quantos litros de água serão utilizados nesta diluição?
8) No experimento de titulação (parte II) foi realizada a titulação de uma solução de concentração
desconhecida de ácido, utilizando uma solução de hidróxido de sódio com concentração conhecida de 0,1
mol/L. Utilizando seus dados obtidos no experimento, calcule a concentração de HCl na solução
desconhecida.
9) Caso a concentração da base (NaOH) utilizada no experimento da titulação fosse o dobro da utilizada,
qual seria o volume desta base necessário para determinar a concentração do ácido (HCl). Levar em
consideração o volume de ácido utilizado no experimento e a concentração determinada na questão 8.
10) Durante a titulação foi utilizado uma substância denominada fenoftaleína. Qual a função desta substância
neste experimento?
71
-PRÁTICA 5-
PROPRIEDADES COLIGATIVAS
Objetivo
Determinar os efeitos coligativos causados a água através da adição de uma quantidade de cloreto de
sódio.
Parte I – Crioscopia
Materiais Reagentes
- 1 béquer de 50 mL - NaCl
- 1 espátula - Gelo
- 1 termômetro - Água deionizada
- 1 bastão de vidro
Procedimento
Colocar alguns cubos de gelo no béquer, completando com água suficiente até cobrir o
bulbo do termômetro. Anotar a temperatura.
Em seguida, colocar no mesmo béquer NaCl até saturar a solução. Anotar a temperatura
obtida.
Comparar os valores das temperaturas nos dois casos.
- Temperatura 1 - ____ - Temperatura 2 - ____
Parte II – Ebulioscopia
Materiais Reagentes
- 1 termômetro - Água deionizada
- 1 béquer de 100 mL - NaCl
- 1 tripé
- 1 tela de amianto
- 1 espátula
- 1 bastão de vidro
- Bico de Bunsen
Procedimento
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
1) Com relação ao procedimento I, explique porquê houve uma diminuição da temperatura quando foi
adicionado o NaCl.
2) Pesquise e explique, por que em países com invernos rigorosos emprega-se sal nas estradas.
3) Com relação ao procedimento II, explique porquê houve um aumento da temperatura quando foi
adicionado o NaCl.
4) Quando a água está fervendo e adicionamos sal de cozinha, a mesma para de ferver por alguns instantes.
Explique este fenômeno.
5) Entre água pura e uma solução aquosa de NaCl, qual possui maior pressão de vapor? Explique
brevemente.
6) Foi observado que o cozimento de meio quilo de batatas em 1 litro de água é mais rápido se adicionarmos
200 gramas de sal à água de cozimento. Considere as seguintes possíveis explicações para o fato:
1- a adição de sal provoca um aumento da temperatura de ebulição da água;
2- a adição de sal provoca um aumento da pressão de vapor da água;
3- o sal adicionado não altera a temperatura de ebulição da água, mas reage com o amido das batatas.
7) Considere o gráfico a seguir, que representa as variações das pressões máximas de vapor da água pura
(A.P.) e duas amostras líquidas A e B, em função da temperatura.
9) Um aluno fez a seguinte experiência; pegou dois copos de bequer (frasco I e frascoII), adicionou 500 mL
de água pura em cada um e aqueceu até entrar em ebulição (100 oC). Ainda em ebulição adicionou 4 mols de
sacarose (C12H22O11) no frasco I e 4 mols de cloreto de sódio (NaCl) no frasco II. Verificou que em ambos
os frascos a água parou de ferver por alguns instantes. Só entrou em ebulição novamente em uma temperatu-
ra maior. Levando em conta essa experiência, responda:
a) Em qual dos frascos a nova temperatura de ebulição foi maior? Explique
10) Um aluno, interessado em estudar as propriedades de soluções, colocou em uma caixa dois copos con-
tendo volumes iguais de soluções aquosas de um mesmo soluto não-volátil, fechando-a hermeticamente,
conforme ilustra a figura a seguir:
A solução contida no copo I era mais concentrada que a contida no copo II. A temperatura externa à caixa
permaneceu constante durante o experimento. Acerca das observações que poderiam ser feitas a respeito
desse experimento, podemos afirmar:
-PRÁTICA 6-
1. Objetivo
2. Materiais e reagentes
Materiais Reagentes
- 6 tubos de ensaio - HCl 1mol/L
- 3 pipetas graduadas de 5mL - NaOH 1mol/L
- 1 termômetro - CuSO4.5H2O(s)
- 3 espátulas - NaNO3(s) (com o professor)
- 1 pinça de madeira - NaOH(s) (com o professor)
- 1 pera - H2O deionizada
- Bico de Bunsen
- Suporte para tubos de ensaio de madeira
- 1 Pipeta Pasteur
3. Procedimento
Experiência nº 1
Em um tubo de ensaio, colocar, com espátula, uma pitada de CuSO4.5H2O. Aquecer o tubo,
usando uma pinça de madeira e observar a mudança de coloração. Deixar esfriar e adicionar
uma gota de água. Verificar a coloração. Aquecer novamente e observar.
Experiência nº 2
A seguir, adicionar uma pastilha de NaOH(s) a este tubo. Com o auxílio de termômetro, observar
o que ocorre com a temperatura do sistema. Anotar: T=_____°C
NaOH(s) + H2O(l) Na+(aq) + OH-(aq)
Processo:_____________
Experiência nº 3
A seguir, adicionar a este tubo, com espátula, uma pitada de NaNO3(s). Com o auxílio do
termômetro, observar o que ocorre com a temperatura do sistema. Anotar: T=_____°C
NaNO3(s) + H2O(l) Na+(aq) + NO3-(aq)
Processo:___________
76
Experiência nº 4
Em outro tubo de ensaio, adicionar, com pipeta, 1 mL da solução de NaOH. Com o termômetro,
observar a temperatura desta solução. Anotar: T=_____°C
Misturar as duas soluções. Com o auxílio do termômetro, observar o que ocorre com a
temperatura. Anotar: T=_____°C
Reação:
Título da prática:__________________________________________________
QUESTÕES
Experimento 1
Experimento 2
Experimento 3
Experimento 4
4) No segundo experimento você dissolveu uma pastilha de hidróxido de sódio em água. Caso fosse
necessário dissolver uma quantidade referente ao dobro da que foi dissolvida, você esperaria que a
temperatura da solução atingisse um valor maior ou menor? Justifique.
6) No quarto experimento foi realizada uma reação entre um ácido e uma base. Diga qual o nome deste ácido
e desta base e como se chama esta reação.
7) Represente através de um gráfico de entalpia (eixoY) vs caminho da reação (eixo X) a reação do quarto
experimento, indicando através de patamares de energia onde estão os reagentes e onde estão os produtos.
Leve em consideração se esta reação é endotérmica ou exotérmica. (Utilize quaisquer valores de entalpia, se
necessário).
8) A entalpia da reação realizada no quarto experimento pode ser calculada através da entalpia padrão de
formação das substâncias presentes nesta reação. Através dos valores de entalpia de formação mostrados na
tabela abaixo, calcule a entalpia envolvida na reação de 1 mol de HCl com 1 mol de NaOH.
9) A reação de neutralização entre um ácido forte e uma base forte libera uma quantidade de calor constante e
igual a 58 kJ/mol de H2O formada. Das reações representadas a seguir, apresenta ∆H = -58 kJ/mol a reação: