O documento discute a importância econômica das algas, destacando que (1) as algas são amplamente utilizadas em diversas indústrias e na alimentação humana e animal, (2) o Brasil possui grande biodiversidade de algas e produção concentrada no Nordeste e Sudeste, e (3) o extrativismo e cultivo de algas no Brasil ainda são realizados de forma rudimentar e podem ameaçar o equilíbrio ambiental.
O documento discute a importância econômica das algas, destacando que (1) as algas são amplamente utilizadas em diversas indústrias e na alimentação humana e animal, (2) o Brasil possui grande biodiversidade de algas e produção concentrada no Nordeste e Sudeste, e (3) o extrativismo e cultivo de algas no Brasil ainda são realizados de forma rudimentar e podem ameaçar o equilíbrio ambiental.
O documento discute a importância econômica das algas, destacando que (1) as algas são amplamente utilizadas em diversas indústrias e na alimentação humana e animal, (2) o Brasil possui grande biodiversidade de algas e produção concentrada no Nordeste e Sudeste, e (3) o extrativismo e cultivo de algas no Brasil ainda são realizados de forma rudimentar e podem ameaçar o equilíbrio ambiental.
Enzo Renan de Oliveira Saraca Gabriela Karam Gama Ingrid Nascimento Leonardo Gavino Rossi R2 – A Importância Econômica das Algas Definição de alga: Organismos fotossintetizantes, produtores de biomassa (produtividade primária), constituintes de recurso renovável, geralmente presentes no ambiente marinho, não possuem raiz, caule e folha. O grupo das algas constitui uma categoria didática, não taxonômica, já que inclui diversos clados eucariotos fotossintetizantes. A aula aborda as algas através de 4 áreas: Algas como Recurso Econômico (A); Algas e seus produtos (B); Conservação (C); Patrimônio Genético (D) *Este resumo está organizado na ordem cronológica da aula, portanto, em cada item citado, entre parênteses, terá a abordagem dada, ou seja, a letra correspondente às 4 áreas citadas acima. O Brasil é considerado um hotspot de biodiversidade (genotípica, fenotípica, fisiológica e química) na terra e no mar. Por conta disso, há procura por novos produtos naturais e funcionais. No mar brasileiro, chamamos a grande extensão costeira de biodiversidade alta de Amazônia Azul. (C/D) Os primeiros registros paleontológicos do uso das algas foram datados de ~14000 anos atrás, no uso de 9 espécies (as algas utilizadas para produtos, e alimentação estão ou em algas pardas, ou em algas vermelhas (macroalgas), ou em microalgas (algas verdes)). Isso evidencia que as antigas culturas já se utilizavam das algas não só como recurso econômico, mas como fonte nutritiva. (A/B) As algas possuem aplicações em diversas áreas. Servem para a alimentação humana (contém açúcares, fibras, abundância de minerais, antioxidantes). Ademais, as algas possuem um forte sabor e salinidade devido ao seu ambiente de cultivo, e, portanto, são utilizadas como tempero, principalmente nas culturas orientais. As algas também alimentam animais, sendo utilizadas em rações, pois diminuem em até 80% a produção de metano dos ruminantes, quando comparado com o capim. (A/B) No consumo humano as algas são divididas em algas de 1ª linha - frescas ou secas – e de 2ª linha -utilizadas como ingredientes funcionais, pigmentos, polifenóis, antibióticos, entre outros. (A/B) Atualmente, as algas são 97% cultivadas e 3% feitas em extrativismo. Sua produtividade chega até 32 mi toneladas/ano. Do uso destas algas, 50% vão para o consumo humano na alimentação e outros produtos. 34% são ficocoloides, 8% ração, e 8% como outros (A/B/D) Ficocoloides (ágar, carragenas, alginato) são polissacarídeos coloidais hidrossolúveis, provenientes de macroalgas, presentes na parede celular. Se comportam em gel (e por isso valem muito mais economicamente, têm alto valor agregado) e são largamente utilizados como espessantes e estabilizantes na indústria alimentícia. A indústria de cosméticos também utiliza ficocoloides. O alginato (INS 405), por exemplo, é bactericida e aumenta a regeneração celular. (A/B) As algas também podem ser bioestimulantes vegetais e biocombustíveis (no caso de microalgas por possuírem bastante lipídios). (A) A produção de macroalgas (aquacultura) é concentrada na Ásia (99%) da produção mundial. O mercado de algas está em alginato (61%), fertilizantes/aditivos (35%), alimentos (3,8%), outros (0,2%). Na aquacultura, pouquíssimas espécies são cultivadas (o que é uma consequência negativa da extração, dependente de riqueza e abundância de espécies). (A/C) No Brasil, no Nordeste, é cultivada principalmente Gracilaria spp. Tal cultivo é feito principalmente por extrativismo, com métodos rudimentares e coleta manual, sem um largo conhecimento biológico. Tal produção fomenta o mercado interno (10%) de ágar. No RJ/SC, há a produção de carragena, com maricultura de Kappaphycus alvarezzi, onde é cultivado a alga. (C/D) Apesar de todas essas aplicações, a atividade humana em desequilíbrio ambiental junto de mecanismos naturais pode gerar proliferações de microalgas, algumas prejudiciais ao meio ambiente.