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Português

O que seria um preconceito linguístico? Então, preconceito linguístico seria a


discriminação entre os falantes da mesma língua.
Exemplos de preconceito linguístico no Brasil
 debochar dos sotaques regionais, como cearense, carioca, mineiro, paulista ou gaúcho;
 rir de pessoas que cometem erros simples na hora da fala (como falar "poblema" ao invés de problema);
 dizer que uma pessoa fala “errado” porque não segue as regras da gramática;
 julgar que é mais certo falar “você” ao invés de “tu” (são apenas diferenças regionais);
 debochar dos nomes diferentes que as coisas têm em cada região (como mandioca, macaxeira e aipim);
 pensar que só é certo falar da maneira como se escreve.

A priori, no Brasil, o preconceito linguístico é muito perceptível em dois aspectos: no


regional e no socioeconômico.

No primeiro aspecto, é comum que os agentes estejam nos grandes centros


populacionais, os quais monopolizam cultura, como Sudeste e Sul. As vítimas, por sua
vez, normalmente, estão nas regiões consideradas pelos algozes como mais pobres ou
“atrasadas” culturalmente (como Nordeste, Norte e Centro-Oeste). Rótulos como o de
“nordestino analfabeto” ou de “goiano caipira”, infelizmente, ainda estão presentes no
pensamento e no discurso de muitos brasileiros.

No segundo aspecto, o viés linguístico é direcionado da elite econômica para as


classes mais pobres. Muitas pessoas utilizam a linguagem como ferramenta de
dominação porque, aos olhos dessas pessoas, a falta de conhecimento da linguagem
padrão representaria um baixo nível de qualificação profissional. Por esta razão, muitos
permanecem subempregados e auferem baixos rendimentos. Ou seja, infelizmente, o
preconceito linguístico é um dos pilares que sustentam as divisões de classe no Brasil.

Qual a causa e as consequências do preconceito linguístico?


Causa: A principal causa, é achar que só existe uma forma certa de expressão. Como a gramática não inclui as
gírias regionais, não podem ser considerados errados.

Consequências: 1-exclusão social das pessoas que se expressam com linguagem regional, informal ou
por meio de dialetos; 2-medo de se expressar ou de falar em público; 3- prejuízos à autoestima porque a
vítima de preconceito pode se sentir inferiorizada ou “menos inteligente”; 4- dificuldade para conseguir
um emprego, principalmente para os trabalhos que requerem uma comunicação mais formal.

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