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Preconceito linguístico
O preconceito linguístico é um fenômeno que ocorre quando uma determinada forma
de falar ou escrever é depreciada por uma determinada sociedade ou grupo de
pessoas. Esse tipo de preconceito é extremamente comum em todo o mundo e pode
ser observado em diversas situações, desde o ambiente escolar até o mundo
corporativo.
No Brasil, por exemplo, é muito comum que as pessoas que falam com sotaque
nordestino ou venham do interior de outras regiões sejam julgadas e tratadas com
preconceito por falantes de outras regiões. Os baianos, são alvos frequentes de
preconceito, muitos são rotulados de preguiçosos, por falarem de maneira mais
arrastada. Os nordestinos em toda a história são taxados sempre como pobres,
analfabetos e que vivem de forma precária.
Nos Estados Unidos, as pessoas que falam inglês com sotaque estrangeiro, como
os falantes de espanhol, muitas vezes são discriminadas e tratadas com
preconceito. O inglês americano padrão, que é baseado no sotaque dos falantes da
costa leste do país, é muitas vezes considerado a “forma normal” de se falar e as
outras formas de expressão são depreciadas.
No entanto, é importante lembrar que não existe uma única forma "correta" de falar
ou escrever. A língua é um fenômeno extremamente dinâmico e variável, que se
adapta e evolui constantemente de acordo com as necessidades e experiências dos
falantes, só que essa concepção de certo e errado não funciona, pois o que certo
hoje pode variar com o tempo. Tal preconceito é decorrente do ensino da gramática
normativa que aprendemos, em que nos acostumamos a achar que toda forma
gramatical que é diferente das que nos foram apresentadas estão erradas.
Além disso, é preciso reconhecer que todas as formas de expressão têm valor e
merecem ser respeitadas. O sotaque ou dialeto de uma pessoa pode ser uma parte
importante de sua identidade cultural, assim como a forma como ela se expressa
pode ser influenciada por sua formação e história de vida.
Portanto, é essencial combater o preconceito linguístico em todas as suas formas.
Isso pode ser feito através da promoção de uma educação mais inclusiva e
diversificada, que valorize todas as formas de expressão e ajude a combater
estereótipos e preconceitos. As famílias também precisam fazer a sua parte na
educação dos filhos, abordando o assunto e orientando a não se calarem ao serem
vítimas do preconceito, para que sejam um exemplo a outras pessoas que também
sofrem com tal discriminação. Também é importante criar espaços de diálogo e
intercâmbio entre pessoas de diferentes origens linguísticas, de forma a promover a
compreensão mútua e o respeito pela diversidade.