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Sabemos que a linguagem e a língua são essenciais em nossa vida, porque sem elas não conseguiríamos
nos comunicar, nos referir às coisas que nos cercam, aos nossos sentimentos e pensamentos; não
conseguiríamos viver em sociedade nem falar sobre nossas experiências de vida.
Por meio da língua que falamos, conseguimos compreender e construir ideias sobre o que existe na nossa
realidade.
Todas as palavras da língua portuguesa são categorizadas, ou seja, elas podem ser agrupadas e
analisadas por diferentes critérios. Um deles, por exemplo, pode ser agrupá-las de acordo com o modo como
são criadas e formadas. Veja:
Outra forma de categorizar as
palavras pode ser organizá-las de
acordo com a sua finalidade na
língua. Por exemplo, há palavras
que foram criadas para dar nome
às coisas (substantivos); outras
para dar característica a essas
coisas (adjetivos); há as que
indicam quantidade ou ordem
das coisas (numerais) e há ainda
as que indicam um processo,
Observe a frase a seguir: uma ação ou estado (verbo).
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Quando organizamos as palavras dessa forma, considerando seus
traços em comum, podemos classificá-las em dez categorias ou
classes gramaticais.
2. Leia:
3. Nas duas atividades anteriores, você teve contato com palavras que pertencem a sete classes diferentes:
substantivo, advérbio, numeral, interjeição, adjetivo, pronome e verbo. Procure saber mais sobre cada um
desses conceitos, assistindo ao vídeo disponibilizado no mural virtual da turma. Em seguida, responda:
Agora que você entendeu um pouco mais como as palavras são categorizadas, ou seja, agrupadas,
vamos estudar os substantivos.
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Substantivo é a classe de palavras que dá nome aos seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações,
entre outros.
Os substantivos são classificados em nove tipos: comum, próprio, simples, composto, abstrato, concreto,
primitivo, derivado e coletivo.
Substantivo Comum
Os substantivos comuns são as palavras que designam os seres da mesma espécie de forma genérica.
Exemplo: A moça foi à loja comprar um vestido para a formatura.
Substantivo Próprio
Os substantivos próprios, grafados em letra maiúscula, são palavras que particularizam seres, entidades,
países, cidades, estados da mesma espécie.
Exemplo: Letícia foi à loja comprar um vestido para a formatura.
Substantivo Simples
Os substantivos simples são formados por apenas uma palavra.
Exemplo: A mulher colheu a flor do jardim.
Substantivo Composto
Os substantivos compostos são formados por mais de uma palavra.
Exemplo: Vi um beija-flor no jardim.
Substantivo Concreto
Os substantivos concretos designam seres ou objetos reais. Representam seres com existência própria e que
não dependem de outros para existirem.
Exemplo: O gato estava deitado aos pés da cama.
Substantivo Abstrato
Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados, qualidades e ações. Ao
contrário dos substantivos concretos, o substantivo abstrato depende de outro para se manifestar.
Exemplo: A raiva é um veneno para a alma.
Substantivo Primitivo
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras palavras.
Exemplo: A chuva atrapalhou a festa.
Substantivo Derivado
Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.
Exemplo: Todos se surpreenderam com a chuvarada.
Substantivo Coletivo
Os substantivos coletivos são aqueles que, mesmo estando no singular, transmitem a ideia de agrupamento
de vários seres da mesma espécie.
Exemplo: Ele se perdeu naquela multidão.
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Alguns substantivos coletivos
https://youtu.be/GM0XRcaW00c https://sujeitosimples.com.br/jogo-
classificacao-gramatical/
https://sujeitosimples.com.br/jogo-
substantivos-combinacao/
OBS.: Informe a sua pontuação no jogo. Se possível, tire o
print da sua tela e envie pelo WhatsApp. Quero saber, hein!
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Produção Textual
O texto que você vai ler é um fragmento extraído do livro Eu sou Malala, de Malala Yousafzai, no
qual a jovem conta fatos reais que aconteceram em sua vida. Textos como esse são chamados
autobiografias.
No dia em que nasci, as pessoas da nossa aldeia tiveram pena de minha mãe, e ninguém deu os parabéns
a meu pai. Vim ao mundo durante a madrugada, quando a última estrela se apaga. Nós, pachtuns,
consideramos esse um sinal auspicioso. Meu pai não tinha dinheiro para o hospital ou para uma parteira;
então uma vizinha ajudou minha mãe. O primeiro bebê de meus pais foi natimorto, mas eu vim ao mundo
chorando e dando pontapés. Nasci menina num lugar onde rifles são disparados em comemoração a um
filho, ao passo que as filhas são escondidas atrás de cortinas, sendo seu papel na vida apenas fazer comida e
procriar.
Para a maioria dos pachtuns, o dia em que nasce uma menina é considerado sombrio. O primo de meu
pai, Jehan Sher Khan Yousafzai, foi um dos poucos a nos visitar para celebrar meu nascimento e até mesmo
nos deu uma boa soma em dinheiro. Levou uma grande árvore genealógica que remontava até meu trisavô,
e que mostrava apenas as linhas de descendência masculina. Meu pai, Ziauddin, é diferente da maior parte
dos homens pachtuns. Pegou a árvore e riscou uma linha a partir de seu nome, no formato de um pirulito.
Ao fim da linha escreveu “Malala”. O primo riu, atônito. Meu pai não se importou. Disse que olhou nos
meus olhos assim que nasci e se apaixonou. Comentou com as pessoas: “Sei que há algo diferente nessa
criança”. Também pediu aos amigos para jogar frutas secas, doces e moedas em meu berço, algo reservado
somente aos meninos.
Meu nome foi escolhido em homenagem a Malalai de Maiwand, a maior heroína do Afeganistão. Os
pachtuns são um povo orgulhoso, composto de muitas tribos, dividido entre o Paquistão e o Afeganistão.
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[...] sempre nos unimos contra forasteiros que tentam conquistar nossas terras. Todas as crianças pachtuns
crescem ouvindo a história de como Malalai inspirou o Exército afegão a derrotar o britânico na Segunda
Guerra Anglo-Afegã, em 1880.
Malalai era filha de um pastor de Maiwand, pequena cidade de planícies empoeiradas a oeste de
Kandahar. Quando tinha dezessete anos, seu pai e seu noivo se juntaram às forças que lutavam para pôr fim
à ocupação britânica. Malalai foi para o campo de batalha com outras mulheres da aldeia, para cuidar dos
feridos e levar-lhes água. Então viu que os afegãos estavam perdendo a luta e, quando o porta-bandeira
caiu, ergueu no ar seu véu branco e marchou no campo, diante das tropas.
[...]
Malalai foi morta pelos britânicos, mas suas palavras e sua coragem inspiraram os homens a virar a
batalha. Eles destruíram uma brigada inteira – uma das piores derrotas da história do Exército britânico. Os
afegãos construíram no centro de Cabul um monumento à vitória de Malwand. [...] Muitas escolas de
meninas no Afeganistão têm o nome dela. Mas meu avô, que era professor de teologia e imã da aldeia, não
gostou que meu pai me desse esse nome. “É um nome triste”, disse. “Significa luto, sofrimento.”
[...]
Meu pai contava a história de Malalai a toda pessoa que viesse à nossa casa. Eu a adorava, assim como
amava ouvir as músicas que ele cantava para mim e a maneira como meu nome flutuava ao vento quando
alguém o chamava.
LAMB, Christina; YOUSAFZAI, Malala. Eu sou Malala. Tradução de George Schlesinger et al. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013.
1) Agora que você já leu o texto com bastante atenção, assinale a alternativa correta em
cada item.
No dia do nascimento de Malala, as pessoas tiveram pena de sua mãe e não parabenizaram
seu pai. Por que isso aconteceu?
a) ( ) Porque o pai de Malala não tinha dinheiro para pagar as despesas médicas e hospitalares
de um parto, então foi necessário pedir ajuda à vizinha.
b) ( ) Porque o primeiro filho de seus pais foi natimorto.
c) ( ) Porque Malala nasceu menina em um lugar onde se disparam rifles em comemoração a
um filho, mas se escondem as filhas atrás de cortinas.
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Em visita à família de Malala, Jehan Sher Khan Yousafzai os presenteou com uma árvore
genealógica que mostrava apenas as linhas de descendência masculina. Qual foi a atitude
do pai de Malala com relação ao presente?
a) ( ) Ele traçou uma linha a partir de seu nome, no formato de um pirulito, para mostrar a
importância de sua filha.
b) ( ) Ele traçou uma linha a partir de seu nome, no formato de um pirulito, e colocou aquele que
seria o nome de seu filho natimorto.
c) ( ) Ele agradeceu, mas recusou o presente, já que Malala era menina e só deveriam constar
na árvore os descendentes do sexo masculino.
a) ( ) O pai de Malala escolheu esse nome, mas não sabia a história da heroína.
b) ( ) O pai de Malala esperava que ela fosse forte, destemida e corajosa assim como Malalai.
c) ( ) O pai de Malala gostaria que ela também fizesse parte do Exército afegão a derrotar o
britânico na Segunda Guerra Anglo-Afegã.
No dia em que nasci, as pessoas da nossa aldeia tiveram pena de minha mãe, e ninguém deu os
parabéns a meu pai. Vim ao mundo durante a madrugada, quando a última estrela se apaga.
Nós, pachtuns, consideramos esse um sinal auspicioso.
a) ( ) Uma crônica jornalística – narrativa produzida para os meios de comunicação em que são
utilizados temas da atualidade para fazerem reflexões.
b) ( ) Uma notícia – texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento real,
veiculado pelos principais meios de comunicação.
c) ( ) Uma autobiografia – relato retrospectivo que a própria pessoa faz de sua vida, ou seja, o
autor-narrador-personagem tem um papel de destaque nos acontecimentos.
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6) Leia o trecho abaixo e circule a frase em que há a presença de sentido conotativo:
“Meu pai contava a história de Malalai a toda pessoa que viesse à nossa casa. Eu a adorava,
assim como amava ouvir as músicas que ele cantava para mim e a maneira como meu nome
flutuava ao vento quando alguém o chamava”.
Ampliando conhecimentos
Você sabe quem é Malala? Por que ela é importante? Por que ela escreveu uma
autobiografia? Quantos anos tinha quando a escreveu? Veja só:
OLIVEIRA, Tania Amaral; ARAÚJO, Lucy Aparecida Melo. Tecendo LinGUAgens – Língua
Portuguesa