Você está na página 1de 86

REDACÇÃO TÉCNICA

CARGA HORARIA : 40h

Formadora: Margarida Fueco

17/06/19
TEMA
INTRODUÇÃO A REDACÇÃO TÉCNICA
- QUALIDADES FUNDAMENTAIS DA
REDACÇÃO
OBJECTIVOS:
• Geral
Conhecer as qualidades fundamentais da
redacção dentro do contexto do texto.

• Específico
Identificar as qualidades fundamentais da
redacção, através do contexto do texto, sem
erros.
O que é a Redacção Técnica?
REDACÇÃO TÉCNICA

• É a maneira peculiar de redigir um texto tendo


em conta o contexto da mesma, cuja finalidade
básica é possibilitar a elaboração de
comunicações e normativos claros e
impessoais, pois o objectivo é transmitir a
mensagem com eficácia, permitindo
entendimento
imediato.
Qualidades Fundamentais da Redacção:
➢Clareza
➢Coesão
➢Concisão
➢Correcção Gramatical
▪ CLAREZA
Clareza é a qualidade do que é inteligível. Já que
se busca com a clareza, fazer-se entender.
É preciso que o pensamento de quem
comunica, seja claro e ordenado com as suas
ideias; a pontuação correcta, as palavras bem
dispostas na frase, assim como a precisão
vocabular.
Exemplos de textos obscuros que devem ser
evitados:
➢Mudança de sentido com a mudança de
pontuação:
Ex.: Aprovas? Não discordo.
Aprovas? Não! Discordo!
➢Má disposição das palavras na frase:
Ex.: A Defesa Civil pede, neste ofício, cobertores
para casal de lã.
A Defesa Civil pede, neste ofício, cobertores
de lá para casal.
a) Utilizar preferencialmente a ordem directa ou
lógica (sujeito, predicado e complemento);
b) Usar as palavras e as expressões em seu
sentido mais comum;
c) Buscar a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto;
d) Escolher com cuidado o vocabulário;
e) Evitar Neologismos e preciosismos;
f) Utilizar palavras ou expressões de língua
estrangeira somente quando indispensável
COESÃO
O termo coesão pode ser conceituado como: a
união íntima das partes de um todo. Assim, o
texto coeso é aquele em que as palavras, as
orações, os períodos e os parágrafos estão
interligados e coerentemente dispostos.
Deste modo, para que não ocorra um
desligamento, temos de trabalhar com
mecanismos de ligação entre os parágrafos. A
utilização desses mecanismos chama-se
transição ou coesão.
Exemplos de algumas expressões de transição ou
coesão:
da mesma forma; em primeiro lugar;
então;
aliás, portanto.
Também;
mas;
por fim;
assim;
Enquanto;
CONCISÃO
A concisão consiste em expressar com um
mínimo de palavras um máximo de informações,
desde que não se abuse da síntese a tal ponto
que a ideia se torne incompreensível.
Assim, para que se redija um texto conciso, é
fundamental que se tenha, além de
conhecimento do assunto sobre o qual se
escreve, o tempo necessário para revisá-lo
depois de pronto.
Procedimentos para redigir textos concisos:
a) Eliminar palavras ou expressões
desnecessárias;
Ex.: Acto de natureza hostil => acto hostil
b) Evitar o emprego de adjectivação excessiva;
Ex.: O difícil e alarmante problema da seca => o
problema da seca.
c) Dispensar, nas datas, os substantivos dia, mês
e ano;
Ex.: No dia 12 de Janeiro => em 12 de Janeiro.
PROCEDIMENTOS PARA REDIGIR TEXTOS
CONCISOS
Trocar a locução, verbo+substantivo pelo verbo;
Ex.: fazer uma viagem => viajar
e) Empregar o particípio do verbo para reduzir
orações;
Ex.: Agora que expliquei o título, passo a
escrever o texto => Explicado o título, passo a
escrever o texto.
f) Eliminar, sempre que possível, os indefinidos
um e uma:
Ex.: Dante quer (um) inquérito rápido e rigoroso.
CORRECÇÃO GRAMATICAL

Correcção Gramatical é a utilização do padrão


culto da linguagem, ou seja, é escrever sem
desrespeitar os factos particulares da língua e as
regras apropriadas para o seu perfeito uso.
EM SÍNTESE
Considera-se, portanto, que não há uma forma
específica de linguagem, mas sim qualidades
comuns a qualquer bom texto, seja ele oficial ou
literário, pois a eles são sempre aplicáveis a
clareza, coesão, concisão e correcção
gramatical.
TEMA
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS
DA REDACÇÃO
OBJECTIVOS:
• Geral
Conhecer as características fundamentais da
redacção.

• Específico
Identificar as qualidades fundamentais da
redacção, através do contexto do texto, sem
erros.
CARATERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA REDACÇÃO

Formalidade e Uniformidade

Impessoalidade
Formalidade e Uniformidade
A formalidade consiste na observância das
normas de tratamento usuais na
correspondência oficial.
É importante salientar que a formalidade de
tratamento vincula-se, também, à
necessária uniformidade das comunicações.
Assim, o estabelecimento deste padrão
exige atenção a todas as características da
redacção oficial e cuidado com a
apresentação dos textos.
Impessoalidade
A finalidade pública está sempre presente na
redacção oficial, daí a necessidade de ser isenta
de interferência da individualidade de quem
elabora.
O tratamento impessoal que deve ser dado aos
assuntos constantes das comunicações oficiais
decorre:
a) Da ausência de impressões individuais da
pessoa que comunica;
Impessoalidade
b) Da impessoalidade de quem recebe a
comunicação: seja um cidadão, seja um órgão
público, o destinatário é sempre considerado de
forma homogénea e impessoal;
c) Do carácter impessoal do próprio assunto
tratado: as comunicações oficiais restringem-se a
questões referentes ao interesse público, não
cabe, portanto, qualquer tom particular ou
pessoal.
Orientações básicas sobre o acto de escrever
Harmonia
Uma mensagem é harmoniosa quando é elegante, ou seja,
quando soa bem aos nossos ouvidos. Muitos factores
prejudicam a harmonia na redacção oficial, tais como:

a) Aliteração
Ex.: Na certeza de que seria bem sucedido, o sucessor fez
a seguinte asserção:…

b) A ocorrência de hiato
Ex.: Obedeça à autoridade.
Harmonia
c) A rima
Ex.: O director chamou, com muita dor, o
assessor, dizendo-lhe que, embora reconhecendo
ser o mesmo trabalhador, não lhe poderia fazer
esse favor;

d) A repetição excessiva de palavras


Ex.: O presidente da nossa empresa é primo do
presidente daquela transportadora, sendo um
presidente muito activo.
Polidez
O texto polido revela civilidade, cortesia. A
finalidade, especialmente nas
correspondências oficiais, é impressionar o
destinatário de forma favorável, evitando
frases grosseiras ou insultuosas, expressando
respeito sem rebaixamento próprio.
Uso elegante de pronomes oblíquos
Os pronomes oblíquos (me, lhe, nos)
substituem elegantemente os possessivos
(minha, sua) em frases como mas seguintes:
➢O barulho perturba-me as ideias (em vez
de: O barulho perturba as minhas ideias);
➢Ninguém lhe ouvia as propostas (em vez de:
Ninguém ouvia as suas propostas)
Uso (não aconselhável) de chavões
Chavão é o que se faz, se diz ou se escreve por
costume. De tanto ser repetido, o chavão perde a
força original e envelhece o texto.
Exemplos de chavões:
▪ Abrir com chave de ouro;
▪ Baixar a guarda;
▪ Cair como uma bomba;
▪ Dizer cobras e lagartos.
Uso (não aconselhável) de pleonasmos

Pleonasmos indica redundância de expressão, ou


seja, repetição da mesma ideia, mediante palavras
diferentes.
Exemplos de pleonasmos:
▪ Acabamento final;
▪ A razão é porque;
▪ Encarar de frente;
▪ Certeza absoluta;
▪ Criação nova;
FORMAS DE TRATAMENTO
As formas de tratamento são um recurso da
língua de natureza formal, com a função
discursiva de evitar obstáculos ou roturas na
comunicação/interacção.
A opção por forma de tratamento em
detrimento de outra é determinada pela
distância psicossocial
(familiaridade/proximidade). Quer o locutor,
quer o interlocutor contam com a activação de
formas adequadas à situação interactiva.
FORMAS DE TRATAMENTO
Assim sendo, vejamos os tipos de tratamentos:
a) Tratamento informal : tu (familiar e amigos);
b) Tratamento formal:
▪ Honorífico (Senhor Presidente, Senhora
Ministra);
▪ Nobiliárquico (Vossa Majestade, Sua Alteza);
▪ Eclesiástico (Vossa Santidade, Sua Eminência);
▪ Académico (Senhor Doutor, etc.).
FORMAS DE TRATAMENTO

Normalmente, não nos dirigimos a uma pessoa


desconhecida, mais velha ou superior hierárquico
utilizando o pronome “tu”. Tão pouco se fala com
uma criança. Fazendo-se o uso do pronome “você”.
São as escolhas de “pronomes de tratamento” que
fazemos ao falar ou escrever a alguém.
Embora esses pronomes se refiram à 2ª pessoa,
eles se comportam como pronomes de 3ª pessoa.
FORMAS DE TRATAMENTO

Portanto, a forma de tratamento que usa a segunda


pessoa do singular “tu”, expressa ou subentendida, é
normalmente reservada ao tratamento familiar,
entre amigos ou no tratamento de uma pessoa mais
nova.
Ao passo que, no tratamento formal ou de um
inferior para um superior, o pronome “você” é
evitado; pode ser considerado desrespeitoso. Assim,
utilizam-se formas em que o pronome é omitido ou
outras expressões de tratamento, como o senhor/a.
Ex.: O senhor ouviu?.
O ACTO DA COMUNICAÇÃO
O ACTO DA COMUNICAÇÃO

A Comunicação consiste em concretizar um


determinado conteúdo por palavras ou
frases.
Assim, o Processo de Comunicação ocorre
quando o emissor (ou codificador) emite uma
mensagem (ou sinal) ao receptor (ou
descodificador), através de um canal (ou
meio).
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

➢Emissor/ Locutor/ Interlocutor


➢Mensagem
➢Canal
➢Receptor/ Ouvinte
EMISSOR, LOCUTOR E INTERLOCUTOR

O emissor é a pessoa que, num determinado


contexto espácio-temporal, realiza
intencionalmente um acto de comunicação
verbal, que podem ser orais ou escritos.
O locutor é a pessoa que fala e que produz
um acto discursivo no âmbito de uma
situação de comunicação oral.
EMISSOR, LOCUTOR E INTERLOCUTOR

O Interlocutor é o participante num acto discursivo na


posição de receptor e que pode, no intercâmbio da
interacção discursiva de um diálogo, assumir o papel de
locutor.
MENSAGEM E CANAL

A Mensagem é o enunciado, discurso ou


texto produzido pelo emissor/locutor.

O Canal é o meio pelo qual a mensagem está


ser ou foi transmitida.
RECEPTOR E OUVINTE

O Receptor é a pessoa que recebe e


interpreta um discurso ou um texto.

O Ouvinte é a pessoa que


recebe/compreende os actos enunciativos
produzidos pelo locutor.
TEMA
Texto não Literário e Texto Literário
TEXTO NÃO LITERÁRIO

Características de Textos não Literário

1. Objectivo

Aquilo que é dito pode ser verificado e comprovado.


Ex.: Esta mesa é feita de madeira.
Angola tem 18 províncias.

2. Denotativo

Sentido próprio, literal das palavras.


Ex.: A água está quente.
TEXTO NÃO LITERÁRIO

3. Níveis de Linguagem Corrente e Cuidada

Linguagem corrente é a linguagem padrão, a


mais usada, gramaticalmente correcta, sem
desvios.

Linguagem Cuidada define-se pelo rigor das


construções frásicas e por uma escolha cuidada
do léxico. É utilizado em conferências e em textos
de carácter mais formal
TEXTO NÃO LITERÁRIO

4. Função Informativa
5. Normas/ Regras Fixas
TEXTO LITERÁRIO
Características dos Textos Literários
1. Subjectividade
Aquilo que é dito reflete uma visão pessoal, não
pode ser comprovado, depende das opiniões e dos
gostos.
Ex.: A Maria é bonita.
2. Conotativo
Sentido figurado das palavras, sentido menos
comum. Ou seja, sujeito a diferentes
interpretações.
TEXTO LITERÁRIO

EX.: O ambiente estava muito quente.


3. Todos os níveis de linguagem.
No texto literário podem surgir todos os níveis
literários, visto que as personagens de um
romance, por exemplo, pode falar em gíria, ou
de forma extremamente formal e cuidada.
4. Função Estética
Vamos em busca da beleza, do prazer, da
surpresa, etc.
TEXTO LITERÁRIO

5. Liberdade
No texto literário temos liberdade tanto pela
forma como aos temas tratados (todos os
temas são tratados em literatura).
TEXTOS NÃO LITERÁRIOS TEXTOS LITERÁRIOS
▪ Curriculum Vitae ▪ Textos Narrativos
▪ Carta Oficial ▪ Textos Líricos
▪ Relatório ▪ Textos Dramáticos
▪ Acta
▪ Ofício
▪ Notícia
▪ Aviso
▪ Requerimento
▪ Inventário, etc.
TEXTOS NARRATIVOS

Textos narrativos são aqueles que possibilitam contar


e relatar factos e acontecimentos, sejam eles
verídicos ou fictícios.
Elementos que constituem a categoria da narrativa:
▪ Narrador
▪ Acção
▪ Personagens
▪ Tempo
▪ Espaço
NARRADOR
O narrador é uma entidade fictícia que, numa narrativa,
tem a função de contar a história.
A figura do narrador pode ser classificada quanto à: a
presença, ciência e posição.

Quanto à presença o narrador pode ser:


▪ Narrador heterodiegético
▪ Narrador homodiegético
▪ Narrador autodiegético
NARRADOR

Narrador heterodiegético é a aquele que


narra uma história à qual não pertence. Tem
conhecimento da mesma, mas não participa
dela.

Narrador Homodiegético é o narrador que


faz parte da diegese como personagem
secundária ou figurante.
NARRADOR

Narrador autodiegético: mais do que ser um


personagem da narrativa que narra, constitui-
se como protagonista da mesma. A narrativa
é contada em primeira pessoa.
Quanto à focalização ou a ciência
e Posição
O Narrador pode ter uma focalização
externa, interna e omnisciente.
A posição do narrador tem a ver com a
atitude do mesmo perante as sequências que
vai narrando. Neste âmbito, a sua postura
pode ser objectiva ou subjectiva.
ACÇÃO

A acção é uma sucessão de acontecimentos ligados


entre si que conduzem a um desenlace. Assim, a
acção pode ser principal ou secundária.
Acção principal é o conjunto das sequencias
narrativas que assumem, no texto, uma maior
importância.
Acção secundária é definida em relação à acção
principal da qual, na maior parte das vezes,
depende.
PERSONAGEM

As personagens são os actantes. São estas


que conduzem as acções narradas e é destas
de quem o narrador fala. Deste modo, as
personagens podem ser: principal,
secundária e figurante.
Personagem principal é a protagonista da
história, desempenhando num papel central
na mesma.
TEMPO

A categoria da narrativa “tempo” pode ser subdividida em:


tempo histórico, tempo cronológico, tempo do discurso e
tempo psicológico.
ESPAÇO

Espaço é o cenário onde a diegese toma lugar.


Existem três tipos de espaços: o espaço físico, o espaço
psicológico e o espaço social.
TEXTOS LÍRICOS

• Este adjetivo costuma ser utilizado para se referir ao


gênero literário composto pelo uso do canto e da
música, onde o autor da obra utiliza-se do “eu-
lírico” para expor intensas emoções e sentimentos no
texto.
• Na literatura, o gênero lírico consiste basicamente na
poesia (texto em verso), formado por quatro principais
aspectos: o eu-lírico, a subjetividade, o lirismo
(sentimentalidade) e a musicalidade.
TEXTOS DRAMÁTICOS
• O drama, por sua vez, é uma forma de apresentar
várias cenas através da sua representação com
actores e diálogos.
• O texto dramático é portanto aquele que
representa algum tipo de conflito da vida a partir
do diálogo entre os personagens. A noção de
drama permite nomear, de uma forma genérica,
qualquer obra escrita por um dramaturgo em que
os factos têm lugar num espaço e num tempo
determinados.
TIPOS DE TEXTOS DRAMÁTICOS

Comédias
Tragédias
Dramas
Farsas, etc.
TEMA
Contracções com a preposição “a” - Crase
A CRASE

A crase acontece na contracção da preposição que


rege um verbo, um nome ou um adjectivo com
artigo definido feminino que lhe segue.
Há crase nas seguintes situações:
a+qual= à qual. Ex.: A moça à qual dei o recado…
as+quais= às quais. Ex.: As moças às quais…
a+aquele/a = àquele. Ex.: Vai àquele banco/
àquela loja.
A CRASE

Não há crase nas seguintes situações:


a+um/a/s +nome. Ex.: Dá isso a um menino
de rua.
a+este/a/s+nome. Ex.: Vai a esta clínica.
a+nome masculino. Ex.: Graças a Deus.
a+verbo no infinitivo. Ex.: Estou a pedir.
a+indefenidos. Ex.: Não digas a ninguém.
Crases com números
Com horas há sempre crase.
Ex.: O culto começa às 9 horas.

Com outros números, pode haver ou não crase. Em caso


de dúvida recorra ao truque do masculino.
Ex.: Fala às sete meninas. / Falo aos sete rapazes.
CRASE COM NÚMEROS

Com datas nunca há crase.


Ex.: A cerimónia acontecerá a 20 de
Dezembro.
Também não há crase, com dias da semana,
quando ocorrer a situação “de+a”:
Ex.: De Segunda a Sábado … De Domingo a
quarta-feira.
Mas:
Às segundas-feiras tenho aula.
CRASE COM TOPÓNIMOS

Topónimos são palavras que designam nomes de


lugares. Ex.: Angola, Huambo, Huíla, etc.

Como saber se antes do topónimo há ou não contracção?!


Geralmente, os topónimos masculinos não são
acompanhados de crase.
Ex.: Vou ao Brasil; Vamos ao Canada;
CRASE COM TOPÓNIMOS

Assim, em caso de dúvida, usa-se um verbo


que tenha como regência a preposição “de”, para
verificar se há ou não contracção.
Ex.: Venho de Angola. Vou a Angola. (Não há
contracção).
Venho da Namíbia. Vou à Namíbia. (Há
contracção).
Pronominalização
PRONOMINALIZAÇÃO

Pronominalização é a substituição de um complemento


directo ou indirecto numa oração, pelo pronome pessoal
correspondente.
Complemento directo: é um tipo de complemento que se
segue ao verbo e geralmente, pergunta ao verbo “o quê
ou quem” ?
Complemento indirecto: obtém-se perguntando ao verbo
“a quem, ou a quê”?
PRONOMINALIZAÇÃO

Os pronomes que substituem os complementos


directos são: o, a, os, as.
Ex.: Comprei um vaso lindo. Comprei-o.
Repare que os pronomes o, a, os, as, tomam a
forma de lo, la, los, las, quando a terminação
verbal for em: r, s ou z.
Ex.: Vou visitar a Isabel. = Vou visitá-la.
Bebes o leito frio? = Bebe-lo frio?
Traz os livros para cá. = Trá-los para cá.
PRONOMINALIZAÇÃO
Depois de um ditongo nasal (am, em, õe ou ão)
o pronome o, a, os, as tomam a forma de: no,
na, nos, nas.

Ex.: Entreguem os documentos ao Martins.


Entreguem-nos ao Martins.
TEMA
Posição do pronome na frase
Posição do pronome na frase
O pronome , na frase, em função das
circunstâncias podem aparecer:
▪ Depois do verbo
▪ Antes do verbo
▪ A meio do verbo
Geralmente, o pronome aparece depois do
verbo em frases declarativas afirmativas:
Ex.: Eu chamo-me Paulo. / Pede-lhe o livro.
Posição do Pronome na Frase
Antes do verbo:
Geralmente, aparece em frases negativas,
interrogativas iniciadas com advérbios
interrogativos, depois da conjunção ou locução
subordinativa, depois de advérbios (já, nunca,
jamais, só, sempre, etc.), depois das preposições
(de, por, sem, etc.), depois de indefinidos (todo/a,
alguém, etc.).
Ex.: Não me chamo Paulo.
Como te chamas?
Ele quer que lhe digas a verdade.
Já me esqueci disso.
No meio do verbo
Quando o mesmo se apresenta no futuro.
Ex.: Comprarei o livro que sugeriste. Levá-lo-ei
depois do almoço.
Quando o verbo estiver no condicional:
Ex.: Comprá-lo-ia se tivesse dinheiro.
Posição do Pronome na Frase

Portanto, quando o pronome for atraído para antes do verbo estamos


perante a uma Próclise.
Quando for atraído para o meio do verbo estamos perante a uma Mesóclise.
E, finalmente, quando for atraído para posição pós-verbal, estamos diante a
uma Ênclise.
Tema
Discurso Directo e Discurso
Indirecto
Discurso Directo

Discurso Directo consiste na reprodução


ou na citação do discurso de um
emissor/personagem.
Ex.: Foste tu que comeste a maçã?
Perguntou o carlos.
Discurso Indirecto
Discurso Indirecto conta-se o que o emissor ou
personagem disse.
Ex.: O Carlos perguntou a Isabel se tinha comido a
maçã.
Discurso Directo Discurso Indirecto
▪ Enunciado na 1ªe2ªpessoa. ▪ Enunciado na 3ª pessoa.
▪ Verbos no presente, ▪ Verbos no pretérito
pretérito perfeito, futuro e imperfeito, pretérito mais
imperativo. que perfeito, condicional e
▪ Advérbios (Aqui,cá,ontem, conjuntivo ou infinitivo.
hoje, amanhã, agora). ▪ Advérbios (ali, lá).
▪ Vocativo ▪ Complemento indirecto.
A carta é um texto cuja organização e linguagem
são condicionadas pela intenção de quem
comunica – o Remetente – com alguém que se
encontra ausente – Destinatário – para dar
notícias ou cumprimentos, fazer pedidos,
reclamar, apresentar-se, etc.
• Remetente
• Local e data
• Destinatário
• Parágrafo Inicial
• Desenvolvimento
• Conclusão
• Nome do Remetente
• Formas de Tratamento;
• Vocabulário Adequado;
• Construção Frásica Correcta;
• Apresentação Gráfica.
OBRIGADA PELA VOSSA ATENÇÃO!
Formadora Margarida Fueco

Você também pode gostar