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Decerto que o preconceito linguístico é frequentemente normalizado pela sociedade por

causa dos julgamentos feitos em relação a diferentes formas de linguagem da língua


portuguesa. (AFIRMAÇÃO SOBRE O TEMA) Segundo estudos de linguistas brasileiros, essa
discriminação se baseia, entre outros fatores, pelo desconhecimento da riqueza da língua e do
regionalismo. (REPERTÓRIO) Um exemplo disso é o caso do personagem Chico Bento, criado
por Maurício de Sousa, que é visto como um mau falante do idioma e representado como um
estereótipo de todo habitante nascido no interior. (EXEMPLO)

Em primeiro lugar, para se falar em preconceito linguístico, não se pode negar que a
forma de ensino da língua materna em escolas e universidades se baseiam em regras criadas
há décadas, perpetuam até os dias atuais, e sua forma de estudo está presa no tempo. De
acordo com o filólogo Marcos Bagno, todo e qualquer preconceito voltado à área de linguagens
é uma manifestação da rejeição às diferentes formas e meios presentes na língua; fazendo-se
necessária uma desconstrução de “certo” e “errado” do idioma para “variações linguísticas”.

No site UOL, um dos casos mais polêmicos relacionados a celebridades ocorreu no


reality show BBB 21, quando a cantora curitibana Carol Conká se referiu à cidade natal de
Juliette como a causa de um comportamento reprovável. Por causa dessa afirmação, aquela foi
atacada em massa pelas redes sociais, configurando-se como uma reprovação a esse caso de
xenofobia. Tal discriminação está diretamente relacionada com o preconceito linguístico, uma
vez que regiões como Nordeste e Sudeste apresentam conflitos antigos e cujas motivações
giram em torno de vocabulário, sotaque e gírias, por exemplo.

Desse modo, é perceptível que a principal promotora da discriminação linguística é


a falta de conhecimento sobre a riqueza da língua, como o gramático Evanildo Bechara reza a
respeito de o falante ser poliglota em seu próprio idioma. Para que haja uma considerável
redução em tal discriminação, é necessária a ação de órgãos como as Secretarias da Educação
e da Cultura, com o estímulo à criação de rodas de conversas em escolas e em outros
ambientes acadêmicos acerca das várias linguagens existentes diante das ocorrências
regionais / do histórico linguístico do país. Só assim há a esperança de reflexão sobre como são
julgadas as formas de falar na sociedade atual.

PROBLEMA 1 DISCRIMINAÇÃO
Agente (Quem deve fazer?)
Ação (O que fazer?)
Meio (Como fazer?)
Efeito (Para que fazer?)
Detalhamento
PROBLEMA 2 DESCONHECIMENTO DA RIQUEZA DA LÍNGUA MATERNA
Agente (Quem deve fazer?) Secretaria da Educação e Secretaria da Cultura
Ação (O que fazer?) Apresentar para as pessoas que não há só uma forma de
falar
Meio (Como fazer?) Rodas de conversa com professores da área e linguistas
Efeito (Para que fazer?) Reduzir a discriminação linguística
Detalhamento Como iniciativa do Governo do Estado, juntamente com o
Secult (Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas)

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