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FAZENDA SOSSEGO

GERSON LOPES DE SOUZA – CPF: 252.767.785-15

PROJETO AGRONÔMICO

FAZENDA SOSSEGO

SANTA MARIA DA VITÓRIA - BAHIA

OUTUBRO DE 2022
FAZENDA SOSSEGO
GERSON LOPES DE SOUZA – CPF: 252.767.785-15

SUMÁRIO

DADOS GERAIS .............................................................................................................................. 3


Contratante ............................................................................................................................... 3
Dados da propriedade ............................................................................................................... 3
Responsável técnico .................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 5
ÁREA BENEFICIADA ....................................................................................................................... 6
DADOS DA CULTURA ..................................................................................................................... 6
CLIMATOLOGIA DO MUNICÍPIO .................................................................................................... 8
SOLOS ............................................................................................................................................ 9
GEOLOGIA LOCAL ........................................................................................................................ 11
NECESSIDADE DE IRRIGAÇÃO ...................................................................................................... 12
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO ............................................................................................. 14
Dados do sistema .................................................................................................................... 14
Calculo da altura manométrica total e da potência necessária do motor ............................. 15
Seleção do Método ................................................................................................................. 15
Sistema de Bombeamento ...................................................................................................... 15
Necessidade Hídrica ................................................................................................................ 15
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 16
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DADOS GERAIS

Contratante

Nome : Gerson Lopes de Souza

CPF : 252767785 15

RG : 041115722 29 SSP-BA

Ocupação : Produtor rural

Endereço : Zona rural, final da estrada do Laticínio Faz Bem. Sem número.

Dados da propriedade

Denominação: Fazenda Sossego

Cartório: Cartório de Registro de Imóveis e Hipotecas

Comarca: Santa Maria da Vitória – Ba.

ITR/Receita Federal: 3020580270818

Matrícula: 7310

Livro: 1A Folha:191

CEP:47680-000

UF: BA Cidade: Santa Maria da Vitória

Área do imóvel: 6,6350 ha

Área produtiva: 6,0195 ha

Área total de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente: 0,4650

Área total de Reserva Legal no próprio imóvel: 2,1000 ha, equivalente a


21,23% da área do imóvel.
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Área de Preservação Permanente: 0,1000 há

Responsável técnico

Celso Vasconcelos de Oliveria Junior

Engenheiro Agrônomo – CREA: 32.240/D


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INTRODUÇÃO

A água é um bem essencial para a sobrevivência dos seres vivos e


indispensável para manutenção da saúde e qualidade de vida, pois participa de
várias reações químicas e atua como um veículo para transporte de moléculas
no interior dos corpos vivos. Além disso, esse recurso natural serve para
inúmeros fins, como higienização, diluição de efluentes e cozimento de
alimentos. Porém, a água em condições de qualidade satisfatórias vem se
tornando escassa e em algumas regiões já existe conflitos para a obtenção da
mesma. Dessa forma, faz se necessário o uso racional desse bem.

As plantas precisam da água, além de outros fatores, para sobreviver, se


desenvolver bem e para produzir bons frutos. A irrigação, serve principalmente
para corrigir o déficit hídrico do solo e com isso permitir que haja um contínuo
fluxo de água e nutrientes do solo para as raízes, caule, folhas e demais partes
da planta, o que irá favorecer no crescimento, desenvolvimento e reprodução
da planta e consequentemente no melhoramento da quantidade e qualidade dos
frutos. Dessa forma, principalmente para regiões onde há déficit hídrico em
determinadas épocas do ano, a irrigação torna-se extremamente necessária
para a produção de culturas muito exigentes de água.

A Mangueira (Mangifera indica) é considerada uma planta tolerante à


escassez hídrica, pois mesmo em situações de estiagem prolongada,consegue
manter um alto nível de turgor foliar (WHILEY, 1993), porém, essa tolerância é
relativa e depende do grau do estresse hídrico, da demandaevapotranspirativa
do ambiente e da quantidade de água armazenada no solo em que se encontra.
Além disso, essa tolerância a escassez de água sópermite a sua sobrevivência
e é insuficiente para se ter um crescimento normal e uma produção adequada
da planta. Em regiões úmidas, como na região norte do Brasil, na maior parte
do tempo, as chuvas são suficientes para suprira necessidade por água das
mangueiras, e portanto, torna-se necessária a irrigação, apenas em períodos de
estiagem prolongada (LARSON & SCHAFFER, 1989). Já em zonas do semiárido
brasileiro, como na região nordeste, as chuvas são pouco frequentes e
inconstantes, o que torna a
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irrigação essencial para o desenvolvimento e produção da mangueira


(CHOUDHURY & SOARES, 1992).

A metodologia empregada no trabalho para obtenção dos dados segue as


recomendações técnicas do manual de procedimentos técnicos e administrativos
de outorga de direito de uso de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas
, literatura técnica da FAO e as indicações por guias da EMBRAPA.

ÁREA BENEFICIADA

O imóvel rural onde será implantado o empreendimento possui 6,6350 ha,


dos quais 5,0 ha serão utilizados para plantio de mangueira (Mangifera indica)
em sistema de irrigação localizada por microaspersão.

DADOS DA CULTURA

A mangueira (Mangifera indica) é uma espécie de planta da família


Anacardiacea, nativa da Índia, onde se espalhou para várias regiões do mundo,
em torno de 400-500 aC. No século 15 foi introduzida em Filipinas, por onde foi
levada à África e ao Brasil no século 16 pelos colonizadores portugueses.

Segundo a FAO/ONU, o Brasil é o 6° maior produtor de manga, e está


atrás apenas da Índia, China, Tailândia, México e Indonésia. Em 2018, segundo
o IBGE, foram produzidas cerca de 1,3 milhão de toneladas da frutano país. A
Bahia é o estado que mais produz manga no Brasil. Em 2017, foram registrados
281 mil toneladas da fruta no estado, onde destacou-se o municípiode Juazeiro
com 130.488 mil toneladas, e Casa Nova com 54.859 mil toneladas.

A mangueira é uma espécie arbórea, de porte médio a alto, que pode


atingir até 30 metros de altura, possui copa arredondada e simétrica. Suas
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folhas são sempre verdes e possuem formato lanceolado. A inflorescência


possui flores pentâmeras masculinas e hermafroditas, com cor amarelada. O
fruto recebe o nome de manga, é uma drupa com formato que varia de
arredondado a alongado, sua casca pode ser de cor verde, vermelha ou amarela,
a polpa é carnosa e amarelada.

A manga, além de possuir um sabor bastante agradável à maioria da


população, apresenta diversos benefícios a saúde quando ingerida. Ela possui
vitaminas A, C, E e as do complexo B, minerais como potássio e cobre,
carotenoides antioxidantes, ácido fólico e ainda é uma boa fonte de fibras.

Além do uso na alimentação in natura , a manga é consumida em sucos,


compotas e polpas congeladas. Sua polpa pode ser utilizada na confecção de
geleias, doces, néctares, licores e outros produtos. As folhas e a sua madeira
podem ser utilizados pela indústria farmacêutica e madeireira.

A cultura da mangeira é considerada tolerante à escassez hídrica, pois


mesmo em situações de estiagem prolongada, consegue manter um alto nível
de turgor foliar (WHILEY, 1993), porém, essa tolerância é relativa e depende do
grau do estresse hídrico, da demanda evapotranspirativa do ambiente e da
quantidade de água armazenada no solo em que se encontra. Além disso, essa
tolerância a escassez de água só permite a sua sobrevivência e é insuficiente
para se ter um crescimento normal e uma produção adequada da planta. Em
regiões úmidas, como na região norte do Brasil, na maior parte do tempo, as
chuvas são suficientes para suprir a necessidade por água das mangueiras, e
portanto, torna-se necessária a irrigação, apenas em períodos de estiagem
prolongada (LARSON & SCHAFFER, 1989). Já em zonas do semiárido
brasileiro, como na região nordeste, as chuvas são pouco frequentes e
inconstantes, o que torna a irrigação essencial para o desenvolvimento e
produção da mangueira (CHOUDHURY & SOARES, 1992).

A lâmina de água quando aplicada de forma inteligente aumenta a


produtividade, ocorre o aumento do peso do fruto e do número total de frutos
produzidos. Isto acontece porque quando há disponibilidade satisfatória deágua
no solo, ocorre plena atividade evapotranspiratória, maior captação de
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nutrientes no solo e consequentemente , um maior estabelecimento de flores, e


produção de frutos.

CLIMATOLOGIA DO MUNICÍPIO
O clima predominante em Santa Maria da Vitória é conhecido como um
clima de estepe local. Segundo Köppen e Geiger o clima é classificado como
BSh, que significa: clima semiárido quente. Durante o ano, a temperaturavariou
entre 15.9 °C (temperatura mínima registrada) e 33.4 °C (temperatura máxima
registrada). A temperatura anual média é de 24,9 °C, tendo o mês de outubro
como o mês mais quente, com uma temperatura média de 26,7 °C, e junho com
a temperatura mais baixa ,com temperatura média de 23,1 °C. As temperaturas
médias durante o ano variam em 3,6° C.

Quando se fala em pluviometria, o município considerado como pouco


chuvoso. As chuvas ocorrem de outubro a abril. Segundo, a Agência Nacional
das Águas, a precipitação média anual para os últimos anos foi de 481 mm, tendo
os meses de maio a setembro como os meses mais secos, nos quais a
precipitação média foi próxima de 0 mm, e o último mês do ano como o mais
chuvoso, com precipitação média de 113 mm. Portanto, há uma diferença de
precipitação de 113 mm entre o mês mais seco e o mês mais chuvoso.

Tabela 1. Dados de precipitação provável e efetiva em mm/mês para o município de Santa


Maria da Vitória – Ba.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
P(p%) 97,1 71,7 55,0 21,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 35,3 100,5 118,9
Fonte: Dados fornecidos pela Agência Nacional de Águas – ANA a partir da base FAOCLIM;
P(p%)- precipitação provável com 80% de garantia (método FAO/AGLW) e efetiva (método
SCS).
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Figura 1. Dados climatológicos para o município de Santa Maria da Vitória, Bahia, no período
de novembro de 2018 a outubro de 2019. ( Fonte de dados: SYNOP , PCD, INMET, IAC e centros
regionais).

SOLOS

Segundo a NBR-6502, solo é o material resultante da decomposição das


rochas pelas ações de agentes químicos ou físicos, podendo ou não conter
matéria orgânica, ou seja, qualquer material que tenha sua origem rochosa e que
foi decomposta por algum agente presente no planeta.

As condições de uso e ocupação do solo estão intimamente ligadas ao


seu regime hídrico, por isso é de grande importância conhecer as características
do solo, como a qualidade e seus fatores limitantes. Um solo que está
recebendo água em excesso pode sofrer processos erosivos, por outro lado, um
solo com água insuficiente, se torna pobre, e consequentemente, sua
composição orgânica e mineral são prejudicados. Da mesma forma, a qualidade
do solo pode alterar a qualidade da água através da transmissão de sedimentos
e poluentes.

Os principais solos encontrados na região de Santa Maria da Vitória são


os: Latossolos, Neossolos, Cambiossolos e Argissolos. A seguir, uma breve
caracterização de cada um desses solos citados, segundo a Companhia e
Pesquisa de Recursos Minerais, 2006.

• Argissolo – É um solo bastante rico em argila em sua superfície, possui


alto potencial de armazenamento de agua e quando encontrado em
relevos planos a suave ondulados são bons para usos de mecanização
agrícola e de agricultura irrigada. Os seus fatores limitantes são a baixa
fertilidade em condições naturais e a alta vulnerabilidade à erosão
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quando ocorre uma mudança estrutural repentina. Apesar desses pontos


negativos, esse solo é utilizado para agricultura intensiva, pastagem,
silvicultura e como base para construção civil.
• Cambiossolo – É um solo constituído por diversas rochas e sedimentos,
possui boa reserva de nutrientes e capacidade de armazenar agua, por
isso, seu uso é indicado para a agricultura irrigada, principalmente
aqueles que foram desenvolvidos a partir de rochas calcarias. Os fatores
limitantes desse solo são a sua vulnerabilidade a inundação no ambiente
de várzea, o alto teor de alumínio trocável, o risco de erosão, rochosidade
e pedregosidade, e sua associação com relevo forte ondulado. Esse solo
, quando em relevo forte ondulado ou nas margens de rios, é indicado
para preservação ambiental.
• Latossolo – É um solo bem desenvolvido, bem drenado e profundo, possui
boa capacidade de armazenamento de agua e efluentes, e tem um bom
potencial de uso para mecanização agrícola e agricultura irrigada. Além
disso, é amplamente utilizado para produção agrícola intensiva,
pastagem, agricultura e para construção civil. Seus pontos negativos são
a baixa fertilidade natural e os problemas com a fixaçãode fosforo.
• Neossolos – Como o nome já diz, é um solo novo, ou seja, pouco
desenvolvido. É raso e pedregoso e por conta dessa características não
indicado para atividades agrícolas ou não agrícolas. Suas limitações são
a baixa capacidade de armazenamento de agua, a pedregosidade e a
rochosidade sempre presente, e a alta vulnerabilidade a erosão.
Geralmente é utilizado para pastagem natural e para cultivo de
subsistência em áreas planas, porém é indicado apenas para preservação
ambiental.

Na fazenda sossego o solo predominante é o latossolo, sendo possível


encontrar regiões de latossolo amarelo e regiões de latossolo vermelho
amarelo. No local objeto desse projeto, o solo predominante é o latossolo
vermelho amarelo distrófico, um solo mineral, profundo (normalmente
superior a 2m), horizonte B bastante espesso, e sequencialmente
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horizontes A, B e C pouco diferenciados. Além disso, esse tipo de solo


apresenta estrutura granular muito pequena, é macio quando seco e bastante
friável quando molhado, seu teor de silte é inferior a 20% e o valor de argila
fica em um intervalo entre 15% a 80%. Essa composição faz com que esse
solo tenha alta permeabilidade e tendência a formar crostas quando este,
descoberto de vegetação for inundado.

Tabela 2. Características físico-hídricas do solo da propriedade pré-estabelecido segundo


Martins e Costa.
Textura Porosidade Capacidade de Ponto de Peso específico
do solo total (%) campo (%) murcha (%) aparente (g/cm³)
Argiloso 49-53% 27-35% 13-18% 1,25-1,35
Arenoso
Fonte: (Martins e Costa, 2003).

GEOLOGIA LOCAL

A região do município de Santa Maria da Vitória é caracterizada pela


ocorrência dominante das rochas pelitocarbonáticas do Grupo Bambuí e por
afloramentos de rochas atribuídas ao embasamento arqueano-
paleoproterozoico do Bloco Guanambi-Correntina e arenitos cretáceos e
coberturas cenozoicas da Bacia Sanfranciscana. Quando se fala em
estratigrafia, o Grupo Bambuí na região representa uma seção com cerca de 350
metros de espessura, desde a base da Formação Sete Lagoas até o topo da
Formação Lagoa do Jacaré. (REIS, 2013).

O relevo do embasamento na região, se comporta de forma suave


ondulada, apresentando um aprofundamento para o leste. Este embasamento
é representado por ortognaisses migmatíticos do Complexo Gnáissico
Migmatítico Correntina e pelos monzogranitos porfiríticos e sienitos da Suíte
Intrusiva Correntina. (REIS, 2013).
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Figura 1. Tipos de solo presentes na RGPA do Rio Corrente e riachos do Ramalho, Serra
Dourada e Brejo Velho, com destaque para o município de Santa Maria da Vitória. Imagem
adaptada de RIO CORRENTE E RIACHOS DO RAMALHO,SERRA DOURADA E BREJO
VELHO – REGIAO DE PLANEJAMENTO E GESTAO DAS AGUAS.

NECESSIDADE DE IRRIGAÇÃO

Para estimar a demanda hídrica, consultou-se a literatura especializada


e instituições de notável conhecimento na área, como a EMBRAPA e ANA. Os
dados climatológicos e de cultura foram indicados pela a ANA. Os parâmetros
utilizados para os cálculos pré-requisitos para determinação da demanda hídrica
foram encontrados em guias de irrigação disponíveis na plataforma online da
EMBRAPA.

Como ocorre variação mensal da evapotranspiração de referência (Eto),


precipitação provável e efetiva (Pp%) e evapotranspiração de cultura (Etc),
(vide tabela 3) serão demostrados apenas os cálculos para o mês de janeiro,
tendo em vista que o princípio é o mesmo para os demais meses.
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Tabela 3. Variáveis utilizadas para cálculos das Lâminas de Irrigação.


Mês P(p%)(mm) Eto (mm) Kc (mm) Etc (mm)
Jan 97,1 219,6 0,8 175,7
Fev 71,7 193,1 0,8 154,5
Mar 55,0 192,7 0,8 154,2
Abr 21,7 180,4 0,8 144,3
Mai 0,0 164,9 0,8 118,7
Jun 0,0 146,5 0,8 117,2
Jul 0,0 156,3 0,8 125,0
Ago 0,0 187,9 0,8 150,3
Set 0,0 200,5 0,8 160,4
Out 35,3 220,6 0,8 176,5
Nov 100,5 202,1 0,8 161,7
Dez 118,9 206,4 0,8 165,1
Fonte de dados: ANA – Agência Nacional das Águas a partir da base FAOCLIM; Eto:
PenmanMontheith/FAO; P(p%)-precipitação provável com 80% de garantia (método
FAO/AGLW) e efetiva (método SCS); Etc: obtida pelo método do coeficiente de cultivo; Kc:
Indicado pela ANA – Agência Nacional das Águas.

MEMORIAL DE CÁLCULOS

Etc(mm)Jan = Eto . Kc
Etc(mm)Jan = 219,6 . 0,8
Etc(mm)Jan =175,7

NIL(mm)Jan = ETC-P(p%)
NIL(mm)Jan = 175,7 - 97,1
NIL(mm)Jan = 78,6

LBI(mm)jan = NIL/Ei
LBI(mm)jan = 78,6/0,9
LBI(mm)jan = 87,3
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LBI(m³/mês) jan = LBI(mm) .10 . 5,0


LBI(m³/mês) jan = 87,3 . 10 . 5,0
LBI(m³/mês) jan = 4365,0
(Utilizou-se o valor de 10 para converter mm para m³).

LBI diária jan = LBI(m³/mês)jan / 31 dias


LBI diária jan = 4365 / 31
LBI diária jan = 140,8 m³/dia

Tabela 4. Dados sobre a necessidade hídrica da cultura.


Mês NIL(mm) LBI(mm) Mensal (m³) Diário (m³)
Jan 78,6 87,3 4365,0 140,8
Fev 82,8 92,0 4600,0 164,3
Mar 99,2 110,2 5510,0 177,7
Abr 122,6 136,2 6810,0 227,0
Mai 118,7 131,9 6595,0 212,7
Jun 117,2 130,2 6510,0 217,0
Jul 125,0 138,9 6945,0 224,0
Ago 150,3 167,0 8350,0 260,4
Set 160,4 178,2 8910,0 297,0
Out 141,2 156,9 7845,0 253,1
Nov 61,2 68,0 3400,0 113,3
Dez 46,2 51,3 2565,0 82,7

DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

Dados do sistema
Turno de Rega: 10 horas
Vazão no mês mais seco: 297,0 m³/dia
Vazão em cada setor : 297,0 / 5 = 59,4 m³/dia
Vazão em cada linha : 59,4 / 10 = 5,94 m³/h
Comprimento linha principal : 460m
Comprimento linha lateral: 160m
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Calculo da altura manométrica total e da potência necessária do motor

Altura sucção: 2m
Altura recalque: 12m
Altura microaspersor: 0,2m
Perda de carga linha principal: 1,2466 m.c.a
Perda de carga linha lateral: 7,4976 m.c.a
Pressão de serviço micro-aspersor: 10 m.c.a
Total: 32,9442
Perdas eventuais (5%): 1,6472
Total com perdas eventuais: 34,6

Ni: HMT x Q / 2,7 x ef. => 34,6 x 59,4 / 2,7 x 90 = 8,46 cv

RECOMENDA-SE PARA O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO A ADOÇÃO DE


UMA BOMBA COM POTÊNCIA DE 10 CV.

Seleção do Método

Após avaliação técnica da área a ser irrigada, considerando


principalmente a taxa de infiltração apresentada pelo solo (Latossolo), o tamanho
da área a ser irrigada (5,0 ha) e culturas a serem irrigadas (manga) foi observado
que o sistema de irrigação por microaspersão, adequa-se dentre os quais, o que
apresenta maior eficiência em atingir os indicadores supracitados.

Sistema de Bombeamento

O sistema de bombeamento é de moto bomba com captação de água


diretamente da fonte para fins de irrigação.

Necessidade Hídrica
A lâmina bruta diária de 5,94 mm foi adotada devido a alta evaporação da
região.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502. Rochas e


Solos. Rio de Janeiro, 1995.

Biscaro, G. A. Sistemas de Irrigação Localizada. Dourados. MS: Ed. UFGD,


2014.

Choudhury, E.M.; Soares, J.M. Comportamento do sistema radicular de


fruteiras irrigadas. 1. Mangueira em solo arenoso sob irrigação por aspersão
sobcopa. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v.14, n.3, p.169-
176, 1992.

CLIMA SANTA MARIA DA VITÓRIA. Disponível em: https://pt.climate-


data.org/america-do-sul/brasil/bahia/santa-maria-da-vitoria-43218/. Consultado
em: 4 de dezembro de 2019.

IBGE. Produção Agrícola Municipal, 2017. Consultado em: 04 de dezembro de


2019.

IBGE. SIDRA. Produção Agrícola Municipal. Tabela 5457. 2018. Disponível em:
https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5457. Consultado em: 5 de dezembro de 2019.

Larson, K.D.; Schaffer, B. Effect of irrigation on leaf water potentia?, growth and
yield of mango trees. Proceedings of Florida State Horticuiture Science, v. 102,
p.226-228. 1989.
Litz, R.E.The Mango: Botany, Production and Uses (2nd edition). 2009.

Marler, T. E.; George, A. P.; Nissen, R. J.; Andersen, P. C. Miscellaneous


tropical fruits. In: Schaffer, B.; Andersen, P. C. (Ed.). Handbook of
environmental physiology of fruit crops. Boca Raton: CRC, 1994. v. 2, p. 199-
224.

Martins, P.E.; Costa, A.J.A. Comportamento de um milho híbrido hiperprecoce


em dois espaçamentos e diferentes populações de plantas. Cultura
Agronômica, v.12, p.77-88, 2003.

Pereira, J. B. A. Manual Prático de Irrigação. EMATER-RIO. Niterói, 2014.


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Reis, C. Geologia, Sistemas Deposicionais e Estratigrafia Isotópica do Grupo


Bambuí na Região de Santa Maria da Vitória, Ba. Dissertação de Mestrado.
Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-
Graduação Em Geologia. Brasília, 2013.

Whiley, A.W. Environmental efffects on phenology and physioiogy of mango - a


review. Acta Horticultural, v.341, p.168-176, 1993. (Mango IV).
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