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no trabalho remoto
Por Danilo Afonso e Rafael Zenato
A pandemia começa a dar sinais de que vai acabar (ainda bem!) e a vida vai
retomar algumas ações, tais como o trabalho presencial, além da
“oficialização” do modelo remoto de atuação.
E você, está atento e pronta para lidar com os desafios deste momento?
PS: esse texto foi pensado especialmente para as pessoas que, durante a pandemia,
foram orientadas a trabalhar de casa – de repente – sem ter sequer a estrutura
adequada para isso e tiveram que “se virar”. Sabemos que muitas pessoas
continuaram trabalhando presencialmente (motoristas, operadores de máquinas
em fábricas, atendentes de supermercado, estoquistas, entre tantos outros); se esse
for o seu caso, encaminhe esse texto para alguém que tenha trabalhado de casa
durante os últimos 22 meses.
A cada reunião por videochamada, fomos conhecendo mais sobre a vida privada de
nossos colegas, clientes, líderes e liderados. A generosidade apareceu e surgiu um
olhar mais apurado nas necessidades de cada indivíduo. Descobrimos que algumas
pessoas moram com avós, que outras têm filho pequeno, cães, gatos, iguanas...
percebemos aqueles que moram com familiares que tem alguma comorbidade ou
necessidade especial… enfim, as mais variadas configurações de vida.
Uma coisa é certa: a pandemia nos ensinou muito sobre adaptação e tolerância. E
nos mostrou, mais uma vez, que no geral o brasileiro sabe mesmo “se virar nos 30” e
fazer do limão uma limonada (dá uma olhada nesse vídeo):
https://www.youtube.com/watch?v=j2k-7wJOKu4
A chegada de 2022 marca o fim da fase “café com leite” no trabalho remoto,
tais como falhas de estrutura física e digital, problemas com logística pessoal,
atitudes e comportamentos inadequados.
A imensa maioria das pessoas ofereceu o seu melhor nesse período tão complexo;
fizemos o máximo com as condições que tínhamos.
Se o cão não para de latir ou o gato passa toda hora na frente da câmera e pisa no
teclado, é recomendável retirá-los do local da casa onde se está atuando.
Se ligar a câmera durante uma videochamada – e aparecer na tela para que todos
os participantes te vejam – gera algum desconforto (por vergonha, preguiça ou
porque não deu tempo de pentear os cabelos), é parte do desenvolvimento
profissional superar essa questão e “mostrar a cara”, demonstrando empatia e
simpatia com os interlocutores.
Com a chegada de 2022 e o retorno gradativo aos escritórios, o período de
permissibilidade a alguns comportamentos e argumentos excêntricos está
acabando, especialmente aqueles relacionados a desculpas por falta de estrutura
adequada ou tempo para buscar uma solução. Os clientes, as empresas e os líderes
ficarão mais exigentes.
...“vou desligar a câmera e só ficar ouvindo a apresentação pois preciso fazer, antes do
pôr-do-sol, meu suco de frutas colhidas em noites de lua cheia...”;
...“preciso tomar meu café das 15h15 conversando com minha amiga que mora na
Tailândia, é uma tradição que começamos na pandemia mas favor me aguardem antes
de discutir qualquer coisa importante pois não quero deixar de participar das reuniões
senão me sinto excluído/excluída e fico triste, posso até ficar deprimida/deprimido...”.
Não devemos resgatar as brutalidades e atitudes por vezes agressivas; mas
precisamos sim reforçar a dedicação e a capacidade de fazer escolhas e tomar
decisões difíceis.
Os professores, por exemplo, tiveram que fazer isso com alunos que
desaprenderam a pedir para ir ao banheiro ou esqueceram de aguardar o intervalo
para mexer no celular.
Ou seja, o fim do período “café com leite” estará decretado nas empresas e em
todos os ambientes produtivos onde retornar o trabalho presencial e onde o
trabalho remoto for formalizado.
Vamos precisar ainda mais dos profissionais de alto desempenho, com foco na
qualidade das entregas e comprometidos com a busca constante de soluções,
estejam eles onde estiverem, em casa ou nas organizações.
Você, líder ou profissional, está atenta(o) aos desafios dessa nova fase?