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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA-DET


CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II – LEQ II

ROTEIRO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL

ROTEIRO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL

Prática : Destilação Diferencial

1.INTRODUÇÃO

Uma destilação pode ser conduzida de uma variedade de modos, cada um


apresenta vantagens e desvantagens numa determinada situação partícular.
Observa-se, todavia, que os diversos modos de operar são modificações dos
seguintes métodos que podem ser considerados fundamentais: Destilação
diferencial; Destilação de equilíbrio; Destilação por arraste; Destilação fracionada;

Estes modos diferem um do outro pelo modo de conduzir a operação e pelo


tipo de equipamento, porém todos estão baseados no mesmo principio: o vapor
produzido por uma dada mistura liquida está geralmente mais concentrado no
componente mais volátil do que no liquido. Os cálculos de destilação ficam mais
simples quando os dados de equilíbrio são postos numa curva y vs x, denominada
curva de equilíbrio, onde y é a fração molar na fase vapor e x e a fração molar na
fase líquida.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Destilação diferencial, operação também conhecida como destilação de


Raleigh ou destilação simples, é descontinua. A carga liquida é colocada no
fervedor e aquecida até sua temperatura de ebulição. Imediatamente depois de
produzido, o vapor formado é removido através de um condensador. Tanto o vapor
,que se encontra enriquecido no componente mais volátil, como o liquido residual
do fervedor podem ser o produto da operação. A aparelhagem utilizada consta de
um fervedor que vai vaporizando a carga, e de um condensador. No laboratório
esta operação é realizada num balão de vidro de pescoço curto no qual é adaptado
o condensador. Os cálculos relativos a este tipo de operação visam relacionar a
quantidade de liquido que se encontra no fervedor num dado instante com sua
composição. Como a operação é realizada em batelada, o regime é transiente.
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A Figura 1 representa um exemplo de montagem habitual para destilação
aberta à pressão atmosférica. A solução à destilar é introduzida num balão a qual é
conectado um termômetro e um condensador. Desta parte um alongamento
conduz o destilado ao vaso de recolhimento.

Figura 1 – Montagem para destilação simples à pressão atmosférica.

Para determinar a concentração inicial de uma mistura etanol/água utilizamos as


equações 1, 2 e 3 da destilação diferencial e a equação (4) que é a equação de
equilíbrio do sistema etanol/água.

Lo (1)

xo
dx
ln =
W xW y−x
Lo = D + W (2)

xo.Lo = xD.D + xw.W (3)

y = 0,48x + 0,42 (0,1 a 0,82) álcool (4)

densidade = 1 - 0,211Φ (5)


𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙.Φ
Xmássica= (6)
𝜌𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙.Φ+(1−Φ)ρágua

Onde Lo, D, W são as correntes inícial, destilado e purga do processo;

x e y as frações mássicas do etanol nas correntes líquida e vapor;

xo, xd e xw as frações mássicas de etanol inícial, do destilado e da purga;

Φ é a fração volumétrica do álcool na mistura.


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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS

• 03 picnômetros • Piceta
• Proveta • Água destilada;
• Béquer 100ml • Solução de álcool.

3.2 PROCEDIMENTO

1. Calcular a densidade da alimentação através do método da


picnometria.
2. Colocar no destilador 100ml da mistura inicial de Álcool 70%;
3. Ligar o aquecedor
4. Destilar a amostra até atingir 40 mL de destilado;
5. Verificar a densidade do destilado e da purga, utilizando um
picnômetro, a partir da equação abaixo;

densidade = (mpic+amostra – mpicvazio)/(mpic+água – mpicvazio)

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

1 – Determinar a concentração de álcool no destilado;

2 – Determinar a concentração do álcool na purga através do densímetro


(esfriar a amostra);

3 – Calcular a concentração inicial da mistura pelas equações (1) e (3) e


comparar.

5. BIBLIOGRAFIA

OCON TOJO - Problemas de Ingenieria Química. 2 ed, Aguiar, Madrid, 1980.

REYNALDO GOMIDE – Volume IV - Cap.II. Operações Unitárias. 1988.

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