Você está na página 1de 45

Gestão Fiscal e Tributária /

Gestão das Contribuições


Especiais (GCE)
Guilherme Ávila de Carvalho
• Graduação: Direito pela Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG)
• Ciências Contábeis pelo IBMEC
• Pós-Graduação: Direito Tributário pelo Instituto
Brasileiro de Estudos Tributários (IBET)

• Sócio da Ávila Carvalho Advogados


• Trabalhou na KPMG e na Ernst & Young
• Trabalhou em escritórios de Direito Tributário de Belo
Horizonte
O que vamos estudar?

Impostos

Contribuições
de Melhoria
Sistema Taxas

Tributário
Nacional
Empréstimos Contribuições
Compulsórios Especiais
Quais são as contribuições?

De Melhoria
Contribuições
Especiais
Contribuição de Melhoria
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
(...)
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras
públicas.”

É instrumento de política urbana reconhecido pela Lei nº


10.257/2001

O objetivo é repor os custos com obra pública que gere


valorização imobiliária
Notas Distintivas

Fato Gerador: atuação estatal


De Melhoria
Destinação: orçamento geral
Contribuições
Especiais Fato Gerador: atuação
privada
Destinação: orçamento
específico
Conceito

Contribuição especial é o tributo que, apesar de ter hipótese


de incidência desvinculada de atuações estatais, é
juridicamente afetado à realização de finalidade específica.
Requisitos específicos de validade das
contribuições especiais
1º Busca da finalidade especificada pela CF

“A instituição das contribuições especiais está


condicionada à persecução da finalidade ínsita
à sua categoria, a qual integra o próprio arquétipo
constitucional da contribuição”.

O legislador não pode buscar toda e qualquer


finalidade por meio das contribuições especiais. A
CF/88 não possui permissão genérica – e sim
específicas - para a instituição destes tributos
2º Requisito de validade: necessidade

Como as contribuições possuem a afetação jurídica como


elemento que as distingue, a qual se justifica pela
finalidade perseguida (requisito de validade), a
competência tributária deve ser exercida na estrita
medida do necessário ao alcance da finalidade

Todo o excesso na cobrança é inconstitucional, por


contrariar a própria norma constitucional de competência
Reflexão: Atualmente, as empresas recolhem a
contribuição destinada ao INCRA, cuja finalidade principal
é atrelada à reforma agrária.

Deixando o INCRA de existir, por entender o Governo que


a reforma agrária não enseja mais atenção, pode o tributo
permanecer sendo cobrado?

Não

Por que?

Houve revogação tácita do tributo


3º Requisito de validade: referibilidade

Tem a ver com a pertinência das contribuições a um grupo


específico de contribuintes. É o liame entre a finalidade
da contribuição e o grupo de sujeitos passivos que
devem suportar o seu encargo

A relação deve ser direta entre a finalidade do tributo e o


sujeito passivo.

Somente em casos excepcionais, como no caso da


seguridade social, é que se admite que esta relação seja
indireta
A relação que pode ser indireta é aquela estabelecida
entre a atividade estatal e os obrigados tributários, pois
não se exige que tal atividade sempre seja dirigida aos
contribuintes de forma imediata.

Ex: a cide-combustíveis incide sobre a comercialização e


importação de combustíveis, destinando-se ao
desenvolvimento da indústria e do comércio do
petróleo e gás, e para financiar programas de
infraestrutura de transportes.

Não se exige que esta atividade estatal seja diretamente


relacionada aos contribuintes (produtores, importadores de
combustíveis, etc), mas sim que a finalidade da
contribuição (desenvolvimento da indústria de
combustíveis) o seja.
Contribuições Especiais
Seguridade Social

Outras
Contribuições
Contribuições
Sociais
Sociais

Contribuições de
Intervenção no Contribuições
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE
Contribuições
Especiais
Contribuições
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Objetivo
Tem por objetivo o financiamento das políticas de Estado
social e interventor previstas pela Constituição.
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.

CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
Objetivo
SEÇÃO III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência
Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:

SEÇÃO II
DA SAÚDE

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

SEÇÃO IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
Objetivo
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e
ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.
VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de
extrema pobreza.

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Objetivo
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a


capacitação científica e tecnológica e a inovação.

Saúde Seguridade
Social
Previdência + Educação e intervenção
econômica setorial
Assistência
Social
Contribuições Especiais
Seguridade Social

Contribuições Contribuições
Sociais Residuais
Art. 149 e 149-A

Contribuições de
Intervenção no Contribuições
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE
Contribuições
Especiais
Contribuições
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Fundamento: Contribuições Especiais
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no


domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e
150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que
alude o dispositivo.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei,


contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores
ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo
com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões.

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art.
150, I e III.
Fundamento: Contribuições Sociais

Seguridade Social Art. 195

Contribuições Contribuições
Sociais Residuais
Art. 149 e 149-A

Contribuições de
Intervenção no Contribuições
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE
Contribuições
Especiais
Contribuições
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Fundamento: Contribuições Sociais
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta,
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes


sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,


à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;
Fundamento: Contribuições Sociais
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência
Social;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (loterias)

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.


Fundamento: Contribuições Residuais

Seguridade Social Art. 195

Contribuições Contribuições
Sociais Residuais Art. 195
Art. 149 e 149-A

Contribuições de
Intervenção no Contribuições
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE
Contribuições
Especiais
Contribuições
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Fundamento: Contribuições Residuais
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 195. (...)

(...)

§4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
Fundamento: Contribuições Residuais

Lei Complementar

Não Cumulativo

Base de Cálculo e Hipótese de


Incidência não previstos na Constituição
Fundamento: Contribuições Sociais Gerais

Seguridade Social Art. 195

Contribuições Contribuições
Art. 195,
Sociais Residuais
Art. 149 e 149-A §4º

Contribuições de Art. 212,


Intervenção no Contribuições §5º
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE Art. 240
Contribuições
Especiais
Contribuições
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Fundamento: Contribuições Sociais Gerais
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

(...)

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição


social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
Fundamento: Contribuições Sociais Gerais
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS

Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos
empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e
de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

• Financiamento do Sistema S

• Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)


• Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi)
• Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac)
• Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)
• Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop)
• Serviço Social de Transporte (Sest)

• São pessoas jurídicas de Direito Privado, não integram a Administração Pública,


realizam atividades de interesse público e recebem a receita advinda das
contribuições
Relembrando...

IRPJ, ISS e
Tributo Fiscal
ICMS

IPI, IOF, CIDE


Tributo
Imposto sobre
Extrafiscal
Importação
Contribuição
Tributo
para o
Parafiscal
Sistema S
joinmyquiz.com
Fundamento: CIDE

Contribuições Seguridade Social Art. 195


Sociais

Art. 149 Contribuições


Art. 195,
Art. 177, §4º Residuais
Art. 149 e 149-A §4º

Contribuições de Art. 212,


Intervenção no Contribuições §5º
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE Art. 240
Contribuições
Especiais
Contribuições
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Fundamento: CIDE

A Contribuição Interventiva é uma das formas de


intervenção da União na economia

Podem ser instituídos mediante lei ordinária

Tem caráter preponderantemente extrafiscal

As receitas não precisam ser compartilhadas pela União


com os Estados
Fundamento: CIDE

A intervenção será sempre na atividade econômica privada

Não se admite intervenção em atividade de atuação


Estatal

A intervenção será realizada por meio de inventivo (o


produto da arrecadação)
Fundamento: CIDE
TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Art. 177. (...)

(...)

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico


relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus
derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender
aos seguintes requisitos:

I - a alíquota da contribuição poderá ser:


a) diferenciada por produto ou uso

b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o


disposto no art. 150,III, b ;
Fundamento: CIDE
II - os recursos arrecadados serão destinados:

a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível,


gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;

b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do


petróleo e do gás;

c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.


Outros tipos de CIDE

• apoio ao desenvolvimento tecnológico pela colaboração


Cide-royalties entre universidades, centros de pesquisa e o setor
produtivo.
(remessas) • Lei nº 10.168/2000

Adicional ao Frete
para Renovação • fomentar a atividade comercial da Marinha Mercante e a
indústria de construção e reparação naval.
da Marinha • Lei nº 10.893/2004
Mercante

• apoiar a reforma agrária e a colonização, diminuindo


Contribuição ao desigualdades. Esta Cide recai sobre empresas rurais e
urbanas.
INCRA • Lei nº 2.613/1955 (modificada pelo Decreto-lei
1.146/1970).
Fundamento: contribuições
corporativas
Contribuições Seguridade Social Art. 195
Sociais

Art. 149 Contribuições


Art. 195,
Art. 177, §4º Residuais
Art. 149 e 149-A §4º

Contribuições de Art. 212,


Intervenção no Contribuições §5º
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE Art. 240
Contribuições
Especiais
Contribuições Art. 149
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação
Pública - COSIP
Fundamento: contribuições
corporativas

Possuem o objetivo de obter recursos destinados a financiar atividades de


interesses de instituições representativas ou fiscalizatórias de categorias
profissionais ou econômicas

• CRA – Conselho Regional de Administração

• CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

• CRM – Conselho Regional de Medicina

• CRC – Conselho Regional de Contabilidade


Fundamento: contribuições
corporativas

A Contribuição Sindical, após a reforma trabalhista de 2017, perdeu seu


caráter tributário, uma vez que não é mais compulsória. A modificação se deu
no art. 582 da CLT

• Antes da reforma: “Art. 582 – Os empregadores são obrigados a descontar,


da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de
cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos
sindicatos”.

• Depois da reforma: “Art. 582 – Os empregadores são obrigados a


descontar da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de
março de cada ano a contribuição sindical dos empregados que
autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos
sindicatos.”
Fundamento: contribuições
corporativas
Contribuições Seguridade Social Art. 195
Sociais

Art. 149 Contribuições


Art. 195,
Art. 177, §4º Residuais
Art. 149 e 149-A §4º

Contribuições de Art. 212,


Intervenção no Contribuições §5º
Domínio Econômico Sociais Gerais
– CIDE Art. 240
Contribuições
Especiais
Contribuições Art. 149
Corporativas

Contribuição para o
Custeio de Serviço
de Iluminação Art. 149-A
Pública - COSIP
Fundamento: Histórico da COSIP

Era prática de algumas prefeituras a criação de taxas para remunerar certos


serviços públicos

Uma delas era a taxa de iluminação pública

O problema é que as taxas precisam se referir a serviços específicos,


divisíveis e vinculáveis a certos contribuintes.

Então, as taxas foram questionadas


Fundamento: Histórico da COSIP

Súmula Vinculante 41 - STF


O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

"A orientação do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que a Taxa de


Iluminação Pública é inconstitucional, uma vez que seu fato gerador tem
caráter inespecífico e indivisível." (AI 479587 AgR, Relator Ministro
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, julgamento em 3.3.2009, DJe de
20.3.2009)

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na


forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública,
observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 39, de 2002)

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o


caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
Contribuição para o SEBRAE

A Emenda Constitucional n°33/2001 acrescentou um § 2° ao art. 149,


dispondo:

“§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que


trata o caput deste artigo:

I- não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II-incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;

III-poderão ter alíquotas:

a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da


operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;

b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada”.


Contribuição para o SEBRAE

Passou a existir o entendimento de que, com o advento da EC 33.2001, as


contribuições de intervenção no domínio econômico que tem como base a
folha de salário, como o caso do SEBRAE, são inconstitucionais, pois a CIDE
com alíquota ad valorem somente pode ter por base o faturamento, receita
bruta, valor da operação, ou no caso de importação, o valor aduaneiro.

Em acórdão publicado em 24.05.2013, RE 635682, sob o sistema de


repercussão geral, o STF decidiu que a contribuição ao SEBRAE, destinada ao
apoio da pequena e média empresa e calculada sobre a folha de salários, tem
natureza jurídica de contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE

Foi fixada a seguinte tese:” As contribuições devidas ao SEBRAE, à APEX e à


ABDI com fundamento na Lei 8.029/1990 foram recepcionadas pela EC
33/2001″.

Você também pode gostar