Você está na página 1de 15

b

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


MATEMÁTICA

GABRIELLE DA SILVA ROSA

APRENDENDO SEM COMPLICAÇÕES CONTEÚDOS ALGÉBRICOS: COMO OS


POLINÔMIOS

Porto Velho
2019
GABRIELLE DA SILVA ROSA

APRENDENDO SEM COMPLICAÇÕES CONTEÚDOS ALGÉBRICOS: COMO OS


POLINÔMIOS

Projeto de Ensino apresentado Universidade Norte do


Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção do título de Licenciado em Matemática.

Prof.ª Orientador (a): Debora Cristiane Barbosa Kirnev

Porto Velho
2019
APRENDENDO SEM COMPLICAÇÕES CONTEÚDOS ALGÉBRICOS: COMO
OS POLINÔMIOS

LEARNING WITHOUT COMPLICATIONS ALGÉBRICOS CONTENTS: HOW THE


POLYNOMIDS

Gabrielle da Silva Rosa* Comentado [m1]: ) do(s) autor(es). Na nota de rodapé um


breve currículo do(s) autor(es).

Resumo: O presente projeto de ensino objetiva mitigar os polinômios de forma dinâmica e que desperte o
senso crítico dos educandos, no intuito que esses possam se tornar cidadãos de bens, que compreendam a
importância da Matemática no cotidiano, visto que, ela é uma ciência primordial desde os tempos antigos,
quando ainda se empregavam o uso de nós para realizar a contagem. Nessa perspectiva, elaborou-se uma
Trajetória Hipotética de Aprendizagem – THA, como ferramenta para aprimorar e disseminar esse conteúdo.
Desse modo a THA faz-se uma metodologia eficaz para o ensino, sendo efetivo para mediar
interdisciplinaridade e aperfeiçoar a Educação Brasileira.

Palavras-chaves: Álgebra. THA. Polinômios. Comentado [m2]: Palavras que representam o conteúdo
do texto.

Abstract: The present teaching project aims to mitigate polynomials dynamically and to awaken the critical
sense of the students, so that they can become citizens of goods, who understand the importance of Mathematics
in everyday life, since it is a primordial science since the old times, when the use of knots was still used to
perform the count. From this perspective, a Hypothetical Trajectory of Learning (THA) was developed as a
tool to improve and disseminate this content. In this way the THA becomes an effective methodology for
teaching, being effective to mediate interdisciplinarity and to perfect the Brazilian Education.

Keywords: Algebra. THA. Polynomials.

_____________________________
Acadêmica de Licenciatura em Matemática – Unopar. Email: gabriellesilva.1111@gmail.com
1 – INTRODUÇÃO

A educação faz-se presente desde os primórdios, pois através dela o indivíduo era
preparado para exercer sua cidadania, o processo de ensino começava com a convivência
com os pais, até o encaminhamento para as instituições de ensino, ou a relação mestre-aluno,
esse processamento nos dias nomeia-se pedagogia. Destarte, esse bem social tornou-se
indispensável para o ser humano. A Matemática como ciência antiga aterroriza os
educandos, pois ela lhes é apresentada como um sistema complexo impossível de se
aprender.
O surgimento da Matemática está atrelado à contagem, pois foi a partir disso que o
homem a desenvolveu e aprimorou. Esta possui diversas vertentes, entre elas, a Álgebra.
Esta área relaciona-se com o Egito Antigo, mais tarde acurada e nominada pelo matemático
e astrônomo Muhammad ibn Musa al-Khwarizmi (c. 780-850), escreveu um livro intitulado
Tratado sobre o Cálculo da al-Jabr e al-Muqabalah. Este livro foi fundamental para intitular
a álgebra como área do conhecimento matemático. Álgebra é o ramo da Matemática que
difunde a aritmética. Devido ao fato de que, os conceitos e operações provenientes da
aritmética (adição, subtração, multiplicação, divisão etc.) serão testados, sendo comprovada
sua vigência os números pertencentes a determinados conjuntos numéricos.
Nos estudos algébricos, incógnitas são utilizadas para representar um número
desconhecido ou de um conjunto qualquer, sendo postos em sequência formarão expressões
algébricas, denominadas de equações ou inequações. Essa ciência antiga aterroriza os
educandos, pois ela lhes é apresentada como um sistema complexo impossível de se
aprender. Entretanto, conhecer o processo de criação, e as dificuldades pelas quais os
criadores enfrentaram, os torna humanos repletos de falhas, mas que persistiram nos seus
objetivos, contribuindo com a sociedade, através dos seus conhecimentos e estudos.
A Álgebra enquanto disciplina da matemática deve estar outorgada as práticas de
ensino, pois o conhecimento mecanizado torna-se enfadonho e os alunos perdem o interesse
em aprender. Este projeto tem por finalidade executar atividades de forma dinâmica e
divertida, tornando assim, mais interessante aos olhos dos alunos e facilitando o aprendizado,
pois quando os mesmos adquirem contato com o conteúdo de forma dinâmica, pode-se
facilitar o entendimento, já que o interesse aumenta, sendo assim desenvolvendo melhor o
processo de ensino aprendizado, ou seja, deixando de ser um aluno passivo e tornando um
aluno proativo.
2 – OBJETIVOS:

Geral:

• Mitigar os aspectos da Álgebra na temática dos polinômios.

Específicos:

• Apresentar os conceitos e métodos dos polinômios.


• Instigar o processo investigativo nos educandos, de modo que percebam a
importância da matemática no cotidiano.
• Estimular o raciocínio lógico dos educandos, de forma que possam interagir mais
agilidade e rapidez.
• Germinar o senso crítico, para que eles tenham curiosidade de buscar novos
conhecimentos.

3 – FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

Os principais obstáculos faceados pelos profissionais da área da educação são


encontrar e estabelecer métodos eficazes de ensino. Desse ponto de vista Rangel (2007),
afirma que métodos de ensino são instrumentos catalisadores das aulas, pois possibilita a
introspecção dos conceitos a serem trabalhados de modo dinâmico embasados em
fundamentações teórico-práticas.
Para Simon (1995) a eficácia da aprendizagem ocorre através do Construtivismo,
nesse âmbito ele destaca que.

Quando os alunos começam a exercer as atividades planejadas, o professor se


comunica com eles e os observa, que leva o professor à uma nova compreensão
das concepções dos estudantes. O ambiente de aprendizagem evolui como
resultado da interação entre o professor e os alunos e como eles se envolvem no
conteúdo matemático. [...] O professor pode apresentar uma tarefa. No entanto, é
o que os alunos fazem dessa tarefa e sua experiência com ela que determina seu
potencial de aprendizagem (SIMON, 1995, p. 32).

Sendo assim, Simon (1995) determina a Trajetória Hipotética de Aprendizagem


(THA) como um caminho para superar esses desafios educacionais. A THA é composta por
três vieses: objetivos do professor, as tarefas de ensino e o processamento hipotético de
aprendizagem.
De acordo com o referencial teórico a proposta da Trajetória Hipotética deve
apresentar na qual, seja possível induzir os alunos a buscarem possíveis respostas,
empregando os instrumentos disponíveis, dessa maneira, pode-se compelir que os educandos
tenham conhecimentos prévios sobre determinado assunto. Entretanto, quanto estes não
possuírem conhecimento mínimo o educador, deve preparar os alunos para o conteúdo que
ele almeja trabalhar. Isso se dará através de pesquisas, e situações problemas, que incitem
reflexões, discussões, para a construção do conhecimento a ser alcançado.

No início da aula o professor deve explicar as características da metodologia de


resolução de problemas, na qual o aluno deve, por meios próprios, buscar uma
solução para o problema que será proposto, deverão matematizar. O professor
neste processo auxiliará apenas quando necessário e muitas vezes por meio de
perguntas, que estimularão os alunos a pensarem sobre o caminho que estão
seguindo e qual o próximo passo. Essa explicação é importante para que os alunos
saibam como se comportar e o que esperar do professor. A turma deve se organizar
em duplas para que os alunos possam discutir suas ideias. A tarefa será entregue a
cada uma das duplas e o professor deve dar tempo para que seus alunos leiam
atentamente o enunciado da tarefa (FERNANDES; PIRES, 2013, p. 3).

A partir da revisão bibliográfica consultada para ponderar a proposta de Trajetória


Hipotética de Aprendizagem, infere-se que essa metodologia deve ser acompanhada do
método de resolução de problemas. Para assim, instigar o educando a construir os
conhecimentos pretendidos e ser capaz de adquirir o senso crítico.

Desse modo, pretendia contribuir para o conhecimento sobre as aprendizagens dos


alunos do Ensino Médio em tarefas que envolvesse resolução de problemas,
investigação, uso de tecnologias, abordagens interdisciplinares e aplicações de
conceitos e procedimentos matemáticos a situações do cotidiano e em outras áreas
de conhecimento (PIRES, 2000, p. 2).

Segundo Simon (2004), a Trajetória Hipotética de Aprendizagem é composta por três


etapas, compreendida na definição de objetivos de aprendizagem pelo educador, as
atividades de ensino são compostas por tarefas e o processo hipotético de aprendizado. As
tarefas a serem desenvolvidas englobam a investigação dos conhecimentos prévios dos
alunos, sendo que, a partir disso haverá a aplicação de uma nova tarefa para introduzir o
assunto e gerar a reflexão, no intuito de gerar a retenção do conhecimento na relação de
atividade-efeito.

4 – TRAJETÓRIA HIPOTÉTICA DE APRENDIZADO

Tema: Abordar a Álgebra através dos Polinômios e operações com polinômios.


Turma: 1° do Ensino Médio
Duração: serão necessárias 3 (três) aulas para a resolução das 2 (duas) Tarefas
Recursos e materiais a serem utilizados: não haverá necessidade de materiais extras, visto
que, serão utilizados os que os alunos possuem (caderno, caneta, lápis e borracha).
Objetivos: Apresentar os conceitos concernentes aos polinômios; retomar o conhecimento
sobre variáveis ou incógnitas; estimular o interesse dos alunos pela matemática;
Desenvolvimento do pensamento algébrico pelos educandos; ensinar as operações
envolvendo polinômios, a partir de resolução de problemas.
Metodologia: a metodologia empregada será a de resolução de problemas. Segundo Simon
(2004), a Trajetória Hipotética de Aprendizagem é composta por três etapas, compreendida
na definição de objetivos de aprendizagem pelo educador, as atividades de ensino são
compostas por tarefas e o processo hipotético de aprendizado. As tarefas a serem
desenvolvidas englobam a investigação dos conhecimentos prévios dos alunos, sendo que, a
partir disso haverá a aplicação de uma nova tarefa para introduzir o assunto e gerar a
reflexão, no intuito de gerar a retenção do conhecimento na relação de atividade-efeito.
Tarefa 1
Observe as figuras geométricas a seguir, e apresente as expressões formadas por cada
uma delas. Depois resolva os exercícios de fixação sobre o conceito de polinômios.

Fonte: livro Matemática, volume único: Livro do Professor/Luiz Roberto Dante. P. 444.

Para o desenvolvimento desta THA, será utilizado a letra “P” simbolizando


Professor. E a letra “E” para os Estudantes, no decorrer desta THA será desenvolvido um
possível diálogo, no qual, será realizado pelos questionamentos dos educandos.
P: O que vocês notaram nas figuras?
E1: Nas medidas dos lados, elas apresentam uma letra.
E2: Mas professor qual a utilidade dessas letras?
P: Então, suponha que vocês estão planejando fazer um churrasco para 50 pessoas. Mas
precisam saber quantos quilogramas de carne irão comprar, sendo que cada pessoa como
exatos 3 quilos. Para saber a quantidade exata que devem comprar?
E3: Isso é fácil professor, e só multiplicar 50 vezes 3, que dá para achar o resultado.
P: Basicamente é isso, entretanto, não sabemos o resultado, por isso podemos representar
esse número por uma letra do alfabeto.
E2: Então essas letras nas figuras representam um número?
E4: Não necessariamente, o X em algumas figuras estão somando com outros números, ou
seja, a medida será a soma do X mais outro número.
P: Qual a expressão da primeira figura?
E1: Professor isso é um retângulo e na figura só mostra duas dimensões, que é x e x+3.
P: Quais os cálculos envolvendo cada figura?
E5: O perímetro e a área, como o E1 falou, as dimensões apresentadas são x e x+3, para
calcular o perímetro a expressão será: 2x+2(x+3). E a área por x(x+3).
P: Isso mesmo, mas há a possibilidade de simplificar essas expressões?
E1: Como assim professor?
P: Por exemplo, se eu tenho 2.2+2, eu posso reescrever assim: 2(2+2). No caso do perímetro
a expressão será 4x+6, e a área x²+3x.
E5: Entendi professor, é para fazer as operações nas contas. Então na segunda figura a área
total será 6x², e o volume x³.
P: Exatamente, como a figura é um cubo e sua aresta vale x. Então, as expressões do volume
e a área serão exatamente como o E5 falou. Mas e a terceira figura como serão as expressões
da área total e o volume.
E6: A área total é 6(x+2) ² e o volume (x+2) ³.
E5: Mas a área também pode ser 6(x²+4x+4) ou ainda 6x²+24x+24. E o volume
x³+6x²+12x+8.
P: Todas essas expressões formadas são chamadas expressões polinomiais ou polinômios.
Vocês já recordam desse nome?
E6: Eu estudei isso no oitavo ano, os polinômios significam um monômio ou uma soma
infinita de monômios.
P: Mas então o que seria um monômio?
E1: Monômios é um número ou uma expressão algébrica formada pela multiplicação de um
número por uma ou mais letras. Essas letras devem sempre ser expressas na forma de
potência com expoentes naturais.
P: Chamamos expressão polinomial ou polinômio na variável complexa x toda expressão da
forma:

Fonte: Fonte: livro Matemática, volume único: Livro do Professor/Luiz Roberto Dante. P. 444.

P: an, an-1, an-2 [...] a2, a1, a0 são números complexos denominados coeficientes. Onde n é um
número inteiro positivo ou nulo e o maior expoente de x, com coeficiente não nulo, é o grau
da expressão. Alguém poderia dar exemplos de polinômios?
E1: 4x + 6; x² + 3x; x³; 6x²+ 1(1 - i) x+5. Professor como eu vou saber o grau da expressão
polinomial?
P: O grau da expressão é indicado pelo expoente da letra. Vocês sabiam que os polinômios
podem são classificados similares às equações?
E2: Como assim?
P: Se existir um ou mais coeficientes nulos, o polinômio será denominado incompleto. Por
exemplo:
G(x) = 1 - 4x + 6x² - x6
No caso de um polinômio incompleto de grau n, o número de termos será menor ou
igual a n.
E7: Então essa classificação será de acordo com os coeficientes, mas quando a expressão
polinomial será completa?
P: O polinômio será completo quando possuir todas as potências consecutivas desde o grau
mais alto até o termo constante (números de termos iguais a n + 1). Por exemplo:
D (x) = 2 – 2x + 4x² + 6x³
P: Nesse exemplo o polinômio é completo, de grau 3 e possui 4 termos.
Nesse momento será aplicado um exercício de fixação.

1. Classifique os seguintes polinômios, considerando o grau, se ele é


completo ou incompleto:
P(x) = x – 2x + 3x² - 6x6
Q(x) = 1 – x + x² + 3x³
R(s) = 2x5 + 3x² + 4
E1: A primeira expressão é: grau 6, incompleta.
E7: A segunda é completa e do grau 3. E a última é incompleta e do grau 5.
P: Mas como vocês chegaram nesse resultado?
E7: Para definir se elas são completas ou incompletas, utilizei a explicação do professor. No
caso de ser completa, a expressão deve apresentar sequência nas potências.
E2: E o grau eu defini pelo expoente maior.
Ao final da primeira tarefa, espera-se que os alunos possuam compreensão dos
conceitos de polinômios.
Tarefa 2
Realize uma pesquisa sobre o conceito de polinômios e as operações concernentes.
O educador deverá pedir que a turma organize as carteiras
de modo a formar um semicírculo. E distribuir as seguintes
questões para os alunos:
• Dadas às expressões algébricas
A = y² - 3y
B = 2y² -y
C = y² - 2y
Efetue as operações algébricas indicadas no que segue,
representando o resultado na forma reduzida.
A+B+C
A-B

O professor aguardará trinta minutos para os alunos fazerem a resolução da questão.


Ao término do tempo será apresentada a resposta para os alunos.

Resolução

• A + B + C = (y² + 3y) + (2y² - y) + (y² - 2y)


= (1 + 2 + 1) y² + (-3 + (-1) + (-2)
= 4y² - 6y

• A * B= (y² - 3y) * (2y² - y)


= y² (2y² - y) * (-3y) (2y² - y)
= 2y² - y² - 6y³ + 3y²
= 2y² - 7y³ + 3y²
P: Observem as resoluções, quais os métodos para alcançar esse resultado?
E1: Na primeira questão foi somado todos os componentes com mesmo valor.
P: De acordo com a pesquisa realizada, qual seria o método para somar os polinômios?
E2: E achei esse enunciado: Operação de adição – para realizar a soma dos polinômios,
consideremos p e q polinômios em P[x], tal que:
p (x) = a0 + a1x + a2x² + ...+ anxn
q (x) = b0 + b1x + b2x² + ...+ bnxn
Definimos a soma de p e p por:
(p + q) (x) = (a0 + b0) + (a1 + b1)x + (a2 + b2) x² + ... + (an + bn) xn
P: vocês notaram alguma semelhança desse enunciado com a resolução do problema?
E3: Claro professor, o enunciado é só a forma algébrica, o método de resolução se dá
conforme você falou.
P: E para a multiplicação, como seria esse método? Mostrem-me exemplos.
E4: Na multiplicação usa-se o método distributivo, como por exemplo:
(x – 2) (3x³ + 2x), assim a resolução será:
= x (3x³ + 2x) + (-2) (3x³ + 2x)
= 3x4 + 2x² - 6x³ - 4x
= 3x4 – 6x³ + 2x² - 4x.
Avaliação
A avaliação será realizada durante as aulas, através da participação e pró atividade
dos alunos em sala. Será aplicado um questionário de sondagem, contendo as seguintes
perguntas:
1. Você possuía conhecimentos prévios sobre o assunto?
2. Você conseguiu entender o conteúdo abordado?
3. Qual o nível de dificuldades para realizar os exercícios?
4. Achou interessantes as aulas?
5. Qual sua opinião sobre o domínio do estagiário sobre o assunto?

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O planejamento encontra-se presente na humanidade desde tempos remotos.


Portanto, na esfera educacional a organização é primordial para um aproveitamento efetivo
no processo de ensino. Segundo Padilha (2001, p. 63):
Lembramos que realizar planos e planejamentos educacionais e escolares significa
exercer uma atividade engajada, intencional, científica, de caráter político e
ideológico e isento de neutralidade. Planejar, em sentido amplo, é um processo
que visa dar respostas a um problema, através do estabelecimento de fins e meios
que apontem para a sua superação, para atingir objetivos antes previstos, pensando
e prevendo necessariamente o futuro, mas sem desconsiderar as condições do
presente e as experiências do passado, levando-se em conta os contextos e os
pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e de com
quem se planeja.

Sendo assim, a Trajetória Hipotética de Aprendizagem é um instrumento essencial


para um bom desempenho dos conteúdos, pois ela proporciona um método inovador no
processo de ensino e aprendizagem, sendo que a mesma condiz com as instruções contidas
nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Para a elaboração de uma Trajetória Hipotética de Aprendizagem, faz-se necessário
que haja compartilhamento de ideias entre os profissionais da educação, proporcionando
interdicisplinaridade. Nessa questão Perrenoud (1994, p. 33) salienta que,

[...] os professores demonstram muita resistência em falar de suas práticas os


colegas. É preciso que haja relações de confiança que pressuponham ligações de
amizade ou a sensação de fazer parte integrante de uma equipe pedagógica.

Desse modo, a sociedade, juntamente com seus governantes, como a União, bem como
os Estados e os Municípios tem obrigação de agirem em conjunto, para organizar o sistema
educacional. Sendo que o papel cada agente, segundo o Art. 211 (CF/1988) explícita claramente
que a União custeará as instituições no âmbito federativo, e referente ao material educacional e
os gastos, caberá a ela dividir os recursos entre as esferas estaduais e municipais, garantindo o
padrão mínimo de qualidade, bem como, elaborar o Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, assegurando processo
nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em
colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria
da qualidade do ensino. Os Municípios cuidarão do Ensino fundamental e na educação infantil.
Sendo responsabilidade do Estado o ensino fundamental e médio. O Estado fica incumbido
de criar e zelar pelos órgãos e instituições oficiais de ensino, e - elaborar e executar políticas
e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação,
integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios. As três instituições
estabelecerão meios de colaboração para assegurar a universalização do ensino obrigatório.
REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: Texto constitucional


promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas
Constitucionais nos 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a
6/94. – Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. 464p.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Orientações


Curriculares para o Ensino Médio, vol. 2. Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias. Brasília. 2000, p. 58. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf>. Acesso em: 22
fev. 2019.

COELHO, Flávio Ulhoa; AGUIAR, Marcia. A história da álgebra e o pensamento


algébrico: correlações com o ensino. Estudos Avançados, v. 32, n. 94, p. 171-187, 2018.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único: manual do


professor. 1. Ed. São Paulo:

FERNANDES, Renata Karoline; PIRES, Magna Natalia Marin. Uma trajetória


hipotética de aprendizagem: construindo o pensamento algébrico nos anos iniciais.
Curitiba: anais do XI ENEM, 2013. Disponível
em:<http://sbem.web1471.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/1544_ID.pdf>. Acesso em22
fev. 2019.

FERREIRA, Miriam Criez Nobrega. Álgebra nos anos iniciais do Ensino Fundamental:
uma análise dos documentos Curriculares Nacionais. Revista de Ensino de Ciências e
Matemática, v. 8, n. 5, p. 16-34, 2017.

FERREIRA, Miriam Criez Nobrega; RIBEIRO, Miguel; RIBEIRO, Alessandro Jacques.


Conhecimento matemático para ensinar Álgebra nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Zetetike, v. 25, n. 3, p. 496-514, 2017.

FIGUEIREDO. S. A., COSTA. N. M. L. Trajetória Hipotética de Aprendizagem e a


Compreensão das Relações Trigonométricas no ciclo. 2016. Disponível em:
<http://www.sbembrasil.org.br/enem2016/anais/pdf/6101_2558_ID.pdf>. Acesso em: 22
fev. 2019.

LIMA, P. O. Uma trajetória hipotética de aprendizagem sobre funções logarítmicas.


Dissertação (mestrado em Ensino de Matemática), PUC/SP, 2009.

MOL, Rogério Santos. Introdução à história da matemática. Belo Horizonte:


CAED-UFMG. 2013. 138 p.

NETO, João Eichenberger. Historia da matemática. Londrina: Editora e


Distribuidora Educacional S.A. 2016. 224p.
OLIVEIRA, J. C. R., FRIAS, R.T., OMODEI, L. B.C. Uma Trajetória Hipotética de
Aprendizagem para o ensino de função afim em um curso de Formação Continuada.
2014. Disponível em:
<http://sbemparana.com.br/arquivos/anais/epremxii/ARQUIVOS/COMUNICACOES/CC
Titulo/CC077.PDF >. Acesso em: 20 fev. 20189

PADILHA, P. R. Planejamento Dialógico: Como construir o projeto político pedagógico


da escola. São Paulo: Ed. Cortez, 2001.

PEREIRA, Gabriela Nery; BRAGA, Maria Nilsa Silva. Investigação matemática e a


construção do pensamento algébrico: uma metodologia de ensino a compreensão de
incógnitas. Revista Eventos Pedagógicos, v. 3, n. 3, p 320 – 340, Ago. – Dez. 2012.
Disponível em:
<http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/view/940/673>. Acesso
em: 12 fev. 2019.

PERRENOUD, P. La Formation des Enseignants entre théorie et pratique. Paris:


Projeto Araribá: matemática / organizadora Editora Moderna; obra coletiva, concedida,
desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Mara Regina Garcia
Gay. – 4. e. – São Paulo: Moderna, 1994.

PIRES, Célia Maria Carolino. Perspectivas construtivistas organizações curriculares:


um encontro com as formulações de Martin Simon. Educ. Mat. Pesqui., São Paulo, v.
11, n. 1, pp. 145-166, 2009. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/2136. Acesso em: 15 fev. 2019.

PIRES, Célia Maria Carolino. Resolução de Problemas e interfaces com pesquisas do


Grupo “Desenvolvimento Curricular e Formação de Professores de Matemática”.
Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da PUC-SP. Disponível
em: <http://doczz.com.br/doc/558419/resolu%C3%A7%C3%A3o-de-problemas-e-
interfaces-com-pesquisas-do-grupo>. Acesso em: 12 fev. 2019.

RANGEL, Mary. Métodos de ensino para aprendizagem e dinamização das aulas.


Campinas. SP: Parpirus, 2005.

ROSSETTO, Hallynnee Héllenn Pires. Trajetória Hipotética de Aprendizagem sob um


olhar realístico. 2016. 104f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação
Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2016. Disponível em:
http://www.uel.br/pos/mecem/arquivos_pdf/2016%20-%20Dissertacao%20-
%20ROSSETTO,%20Hallynnee%20H.%20P.pdf. Acesso em: 26 fev. 2019.

SIMON, M. A. Reconstructing mathematics pedagogy from a constructivist


perspective. Journal for Research in Mathematics Education, 26(2), 114-145, 1995.
SIMON, M. A., TZUR, R. Explicating the Role of Mathematical Tasks in conceptual
Learning: An Elaboration of the Hypothetical Learning Trajectory. Mathematical
Thinking and Learning, 6(2), 91-104, 2004.

TINOCO, Lucia A. de A. et al. Álgebra: pensar, calcular, comunicar. IM/UFRJ, Rio de


Janeiro, 2008.

Você também pode gostar