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Confiança X Desconfiança básica (até 1 ano)

Com até 1 ano de idade, o bebê inicia a fase em que ele dá os seus
primeiros “passos” de socialização. Assim sendo, nesse estágio, o bebê
interage com seus cuidadores próximos. Como consequência, surge o
sentimento de segurança que desenvolverá a confiança nas pessoas e no
ambiente, bem como a desconfiança. Para mim, eu me lembro de apenas
conseguir conviver perto dos meus pais. Qualquer outra pessoa que não fosse
nenhum deles, me fazia chorar pois eu não tinha confiança nesses indivíduos.
Isso se aplicava, até mesmo, para os meus parentes (com exceção da minha
bisavó, na foto abaixo). Nessa fase mais inicial dá vida, eu não tinha muita
noção (não era consciente) de nada ainda.
Autonomia X Vergonha e Dúvida (entre 2-3 anos)
Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades
fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande
autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar.
Se nessa fase for criticada ou ridicularizada, desenvolverá vergonha e dúvida
quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio
anterior, ou seja, a dependência. Para mim, uma memória importante dessa
fase de desenvolvimento foi quando aprendi a tomar banho sozinho. Me
lembro que meus primos já conseguiam, e ainda não, isso me aborrecia. Assim
sendo, meu pai me ensinou a tomar banho e escovar os dentes sozinhos.
Naquela época, foram as maiores conquistas da minha vida até então. Aqui me
lembro de começar a andar e ter uma vivência de explorador: andava para
todos os lugares conhecendo coisas novas.
Iniciativa x Culpa (entre 4–5 anos)

Com a autonomia desenvolvida, a criança parte para a iniciativa. Utiliza de


capacidades físicas e mentais para expandir em outras áreas de forma criativa
e social. Além disso, a sua conexão social é aumentada, para além de sua
família. Para mim, essa fase é perfeitamente caracterizada na época em que
entrei na creche e comecei a
me socializar mais e fazer
diversas amizades. Algumas
delas tenho contado até hoje.
; a natureza; a origem dos
objetos, etc.

Indústria/Mestria x Inferioridade (entre 6–11


anos)
Neste período a criança está sendo alfabetizada e frequentando a
escola. Isso que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o
que exigirá maior sociabilidade, trabalho em conjunto, cooperatividade, e
outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá
criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. Nessa
época ingressei no colégio Anchieta. Lembro-me do meu primeiro dia: não
consegui entrar na sala sozinho, sem meus pais. Era a primeira vez em um
colégio grande, com salas de aulas espaçosas, cheias de alunos. Para alguém
vindo de uma creche pequena, aquilo realmente era aterrorizador. Entretanto,
a professora fez de tudo para que eu me sentisse acolhido e, ao final do dia,
não queria mais ir embora.
Identidade x Confusão de Identidade (entre 12 – 18
anos)
Com a chegada da adolescência, inicia-se o processo da formação da
identidade. Tal demanda pela identidade, pode gerar uma crise de identidade,
uma vez que há uma tensão entre ser diferente e se conformar às normas de
algum grupo para ser aceito. Além disso, surge a pressão de assumir algum
papel na sociedade. Me encontro atualmente nessa fase da vida. Vivi bons
momentos como atleta, mas, certamente, o mais marcante momento dessa
fase, é o término do colégio. Foram momentos difíceis vividos durante a
pandemia, e mesmo nos dias atuais, entretanto sei que isso tudo irá me
fortalecer. Com a pressão de ingressar na faculdade, percebo o quanto as
minhas responsabilidades estão aumentando. Apesar de sentir saudade dos
felizes momentos vividos até agora na vida escolar e como um adolescente,
sinto que cada vez mais marcho no caminho rumo a vida adulta.
Intimidade x Isolamento (entre 19—40 anos)
Com a formação da identidade já consolidada, a pessoa aproxima-se de
outras conforme os valores, gostos e interesses que em conjunto formam essa
mesma identidade. Com a vida voltada para um interesse profissional, bem
como a formação de relacionamentos mais íntimos e duradouros, vivencia-se
momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção
a tendência será o isolamento temporário ou duradouro. Para esse momento
da vida, espero estar apenas feliz e satisfeito: contente com a minha escolha
profissional, e cercado de pessoas que agreguem no meu dia a dia me fazendo
alguém feliz.

Produtividade x Estagnação (entre 40—60 anos)


A socialização adulta anterior pode resultar em uma carreira, família ou
amizades duradouras. Aqui começa uma atividade reflexiva de transmissão dos
bastões. É o tempo de educar seus filhos. ode aparecer uma dedicação à
sociedade e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com
o conforto físico e material. É o momento de gerar! Não é somente gerar
filhos, mas também envolve o fato de criar e orientar as gerações seguintes.
Para isso, é necessário que os pais tenham adquirido identidades próprias e
bem definidas. Se os projetos frustram ou sua autoavaliação não é satisfatória,
há uma estagnação e autossabotagem. Quando eu atingir essa idade, espero
ter uma família já formada. Sempre tive o sonho de ter filhos, mas para isso
vejo a necessidade de ser bem-sucedido, para que eu possa proporcionar uma
vida confortável para a minha família.
Integridade X Desesperança(velhice)
É a fase do balanço. A pessoa madura reflete sua vida. Sua história e
legado são avaliados. Quer por arrependimento ou gratidão, a pessoa pode se
tornar mais doce. Quer por revolta ou indiferente, uma pessoa amarga que liga
menos para a opinião alheia. Contudo, se não houver um sentimento de
realização, a tendência é ao desespero e não conformidade com o fim da vida.
Nesse estágio final da vida, pretendo apenas aproveitar o que me resta nesse
planeta chamado terra. Espero poder olhar para trás com gratidão, sabendo
que eu fiz o meu melhor, sem arrependimentos do que eu poderia ter sido ou
ter feito. Em outras palavras, espero apenas “colher os frutos” do meu impacto
no mundo. Ver as gerações que se seguirão a partir de mim, seria algo
maravilhoso.

FONTES: https://ensaiosenotas.com/2020/06/13/erik-erikson-os-
estagios-psicossociais-do-desenvolvimento/
https://sucessojovem.com.br/8-estagios-da-vida-erik-erikson/

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