O documento discute como a Cambridge Analytica coletou dados de usuários do Facebook sem seu consentimento para criar perfis psicológicos de eleitores e influenciar o resultado das eleições americanas de 2016 de forma antiética. Christopher Wylie, ex-funcionário da empresa, afirma que eles manipularam psicologicamente uma nação inteira sem seu consentimento. O documento também alerta que gigantes da tecnologia precisam ser responsabilizados para que eleições livres e justas sejam possíveis novamente.
O documento discute como a Cambridge Analytica coletou dados de usuários do Facebook sem seu consentimento para criar perfis psicológicos de eleitores e influenciar o resultado das eleições americanas de 2016 de forma antiética. Christopher Wylie, ex-funcionário da empresa, afirma que eles manipularam psicologicamente uma nação inteira sem seu consentimento. O documento também alerta que gigantes da tecnologia precisam ser responsabilizados para que eleições livres e justas sejam possíveis novamente.
O documento discute como a Cambridge Analytica coletou dados de usuários do Facebook sem seu consentimento para criar perfis psicológicos de eleitores e influenciar o resultado das eleições americanas de 2016 de forma antiética. Christopher Wylie, ex-funcionário da empresa, afirma que eles manipularam psicologicamente uma nação inteira sem seu consentimento. O documento também alerta que gigantes da tecnologia precisam ser responsabilizados para que eleições livres e justas sejam possíveis novamente.
A evolução tecnológica e a pressão econômica se espalharam rapidamente pelo
mundo e os algoritmos se tornaram um ótimo recurso para inovação e para modelos
de negócios. Esta rápida difusão dos algoritmos e sua crescente influência, porém, trazem consequências para o mercado e para a sociedade, o que inclui questões de ética e de governança. O Documentário Privacidade Hackeada, revela que através de dados psicográficos ao fazerem os americanos responderam uma simples pesquisa conseguiam chegar entre 4 e 5 mil pontos de dados sendo possível prever a personalidade de cada pessoa nos Estados Unidos, visto que é a personalidade que controla o comportamento e o comportamento obviamente influencia a forma que cada um vota. No entanto, segundo o filósofo Immanuel Kant, um indivíduo que se encontra em estado de manipulação é aquele cujo pensamento é influenciado por outrem, de modo a renunciar à sua racionalidade crítica e liberdade. Convém lembrar ainda que em uma das aulas com o professor Shanti Nitya, sobre a ética institucionalista foi explicado que o objetivo primordial das empresas deve ser gerar lucro para o seu próprio sustento, como também para a sociedade. Nesse sentido, a Cambridge Analytica, foi totalmente antiética ao ter o seu diretor Alexander Nix se gabando por ter tido acesso aos dados de todos os 157 milhões de eleitores que votaram nas eleições de 2016 nos EUA. Somando a isso, houve outras séries de fatos que corroboraram com o naufrágio ético desta empresa, a jornalista Investigativa do The Guardian, Carole Cadwalladr em umas de suas investigações sobre a Cambridge Analytica eventualmente encontrou um ex-funcionário que estava disposto a conversar com ela. Christple Wylie falou pela primeira vez o que levou umas 8 horas de depoimento ele disse: É incorreto chamar a Cambridge Analytica puramente de uma ciência de dados ou de algoritmos. Ela é uma máquina de serviço completo de propaganda de uma forma de obter dados. Christple Wylie continuou, dizendo: Steve Bannon antigo estrategista- chefe da Casa Branca no governo Trump. Seguia a ideia da doutrina Breitbart que se quiser mudar a base de uma sociedade você primeiro precisa destruí-la. E só quando você destruí-la poderá remoldar a base de uma nova sociedade. Vale também ressaltar que é evidente que estavam tratando o povo como uma espécie de marionete em um jogo político. No entanto, segundo Aristóteles a Política tem a finalidade de assegurar a felicidade dos indivíduos e não manipular os indivíduos para se manter no poder. Outrossim, esta empresa estava utilizando a internet como arma de combate a cultura, ferindo o que chamado por Kant de princípio da moralidade, pois ao utilizarem aplicativos no Facebook com permissão especial para colher dados não somente da pessoa que utilizou o aplicativo ou se associou a ele, mas também para toda a rede de amigos e obtinham todos os dados dessas pessoas, se alguém fosse amigo de um indivíduo que utilizou o aplicativo não fazia ideia de que haviam obtido todos os dados, como atualizações de status, likes e até mensagens privadas. Estavam tendo as pessoas não simplesmente como eleitores, mas focavam como personalidade. A meta era obter 200 mil pessoas para construir um perfil psicológico de cada eleitor dos Estados Unidos. Carole Cadwalladr pergunta a Christopher Wylie: As pessoas não faziam ideia que seus dados estavam sendo tomados dessa forma? Você nunca parou e pensou essas são informações pessoais e nós estamos tomando-as de maneira que as pessoas não entendem? Christopher Wylie, respondeu: Através da história você tem exemplos de experimentos muito antiéticos. Carole Cadwalladr pergunta: É assim que você define? Christopher Wylie responde: Foi um experimento muito antiético você está mexendo com o psicológico de um país inteiro sem o consentimento ou ciência dele. E você não só está mexendo com o psicológico de uma nação inteira! Você está mexendo no psicológico de uma nação inteira no contexto do processo democrático. É inegável que se vive a chamada democracia imperfeita. Para o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada para estabelecer o equilíbrio por meio da justiça. Analogamente, nota-se como a Cambridge Analytica a serviço de políticos, colocou abaixo a teoria do filósofo e rompeu com a harmonia proposta, pois grande parte do eleitorado sofreu ao ter seus direitos básicos não assegurados. Brittany Kaiser ex-diretora de desenvolvimento empresarial da Cambridge Analytica, cometeu vários erros, mas foi muito corajosa ao cooperar com denúncias de forma séria, pois questionou a ética da empresa e revelou que eles não focavam em todos os eleitores por igual, a maior parte dos recursos eram destinados a focar naqueles que ainda poderiam fazer mudar de ideia, pois eram chamados de os persuasíveis. Eles os bombardeavam através de blogs, artigos em sites, vídeos, anúncios. Todas as plataformas que se pode imaginar, até eles verem o mundo como eles queriam, até eles votarem no candidato anunciado. Era como um bumerangue eles enviavam os dados eles eram analisados e eles voltavam com mensagens focadas para mudar o comportamento do eleitor. Outrossim, a manipulação de dados dos usuários de redes sociais corroborou para a perpetuação da intolerância e dos discursos de ódio, na medida em que gera um estreitamento de relações à pessoas que pensam semelhante e inviabiliza debates de ideias antagônicas. Somado a isso, essa prática feita por algoritmos virtuais influencia uma sociedade de consumo que compartilha tanto padrões estéticos quanto ideológicos. A jornalista investigativa Carole Cadwalladr terminou o documentário alertando que o parlamento passou 18 meses investigando o caso eles chamaram várias testemunhas e no fim o relatório diz que está muito claro que as leis eleitorais nos EUA não servem para este propósito. Nós não podemos ter mais eleição livre justa, por causa do Facebook por causa dos gigantes da tecnologia que ainda estão saindo impunes. Entretanto, Alexander Nix ex-diretor da Cambridge Analytica foi a suspensão com efeito imediato e a empresa acusada de ter coletado mais de 87 milhões de usuários do Facebook declarou falência nos Estados Unidos e Reino Unido. No entanto, Carole Cadwalladr adverte dizendo: Eu não preciso te dizer que existe uma corrente tenebrosa que nos conecta globalmente, essa fluindo pelas plataformas tecnológicas, por isso que eu estou aqui para falar diretamente a vocês, os deuses do Vale do silício. Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, Larry page, Sergey Brin, Jack Dorsey. Porque se propuseram a conectar pessoas estão se recusando a reconhecer que a mesma tecnologia está agora nos afastando. E o que não parecem entender que isso é maior do que vocês e maior que todos nós, não é sobre direita e esquerda, Trump ou não é sobre se é realmente possível termos novamente eleições livres e justas. Desse modo, convém frisar a escassez de medidas que visem a julgar e a punir usuários que manipulam, alteram ou interfiram o comportamento do indivíduo na esfera virtual, visto que essa prática atrapalha a formação do pensamento crítico dos internautas, além de distorcer a realidade. Uma prova disso está na menção de um dos maiores filósofos gregos preexistentes, Aristóteles, em que dizia: A base da sociedade é a justiça. Desse modo, percebe-se que um dos caminhos para minimizar essa problemática, é que o sistema judiciário seja mais presente e rigoroso dentro da internet.