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Instituto Superior de Engenharia de Coimbra Data do Documento:

Departamento de Engenharia Mecânica 2009-11-15


Assunto:
Apontamentos teóricos de Materiais Metálicos – Materiais de Engenharia

1. Temperabilidade, Penetração de Têmpera e Profundidade de Têmpera.

Penetração de têmpera

Trata-se de uma propriedade que determina a variação de dureza obtida após


têmpera desde a superfície até ao centro.

Há uma boa penetração de têmpera quando a variação de dureza entre a


superfície e o interior é ligeira.

Depende de:

 Temperabilidade do aço.
 Da velocidade de arrefecimento.
 Da temperatura inicial do fluido de têmpera
 Das dimensões da peça.
  % C   Penetração de Têmpera
  % elementos de liga   Temperabilidade (excepto Cobalto)
  Tamanho do grão   Temperabilidade
  Homogeneidade   Temperabilidade

Profundidade de têmpera

É a espessura da camada temperada, ou seja a profundidade até à qual se


encontra uma quantidade de pelo menos 50% de martensite existente na
microestrutura.

Temperabilidade

Traduz a aptidão que esse aço tem de formar martensite em toda a massa da
peça quando esta é arrefecida a partir de uma temperatura à qual toda a massa da
peça se encontra no domínio austenítico.

Característica intrínseca do aço, não depende de dimensões.

Melhor temperabilidade significa menor velocidade crítica de têmpera (V.C.T.)

Depende de:

 Composição química do aço,


 Do tamanho do grão austenítico,
 Da homogeneidade da fase austenítica,
 Da quantidade de carbonetos dissolvidos na austenite.
  % C   Temperabilidade
  % elementos de liga   Temperabilidade (excepto Cobalto)
  Tamanho do grão   Temperabilidade
  Homogeneidade   Temperabilidade

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2. Austêmpera e Martêmpera, qual o interesse da sua realização ao invés da


têmpera convencional.

Têmpera convencional

É um tratamento térmico que visa conferir ao aço uma dureza e resistência


mecânica elevada, através da obtenção de estruturas do domínio martensítico ou
bainítico. A têmpera envolverá um aquecimento com austenização total ou parcial
seguido de um arrefecimento rápido desde o domínio austenítico. Esta velocidade de
arrefecimento deve ser igual ou superior à velocidade crítica de têmpera (VCT) que se
define como a velocidade a partir da qual se evita a transformação da austenite no
domínio perlítico.

Esta velocidade é tanto menor quanto mais rico for o aço em carbono e quanto
maior é a percentagem em elementos de liga visto que estes, com excepção do cobalto,
tendem a desviar as curvas do gráfico para a direita. O que equivale a dizer que
favorecem a estabilidade da austenite aumentando o tempo de incubação para a
transformação destes noutros constituintes.

Austêmpera

Transformação isotérmica de austenite em bainite, na zona de temperaturas


situada entre as zonas de formação de perlite e martensite.

Este tratamento térmico confere às peças uma maior resistência mecânica e uma
maior tenacidade do que os tratamentos habituais.

Este tratamento consiste no arrefecimento e estágio das peças em banho de sais


fundidos à temperatura conveniente (superior a Ms) para assegurar a transformação de
maior quantidade possível da austenite em bainite. O tempo do estágio é o suficiente
para se completar a transformação isotérmica da austenite em bainite. De seguida as
peças são arrefecidas ao ar.

Martêmpera

Consiste num tratamento térmico em que o arrefecimento é feito de modo


descontínuo, ou seja em estágios, sendo a interrupção produzida num domínio e
durante um tempo tal que a austenite permaneça no estado metaestável e portanto
sem transformação.

De seguida a peça é imergida em água ou óleo a uma temperatura pouco


superior a Ms, mantendo-se nessa temperatura durante um determinado tempo de
modo a homogeneizar a temperatura da peça e reduzir as tensões internas devido ao
arrefecimento rápido (conferindo ao aço uma maior tenacidade), arrefecendo-se depois
a partir desta temperatura de modo a obter a estrutura martensítica.

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Defeitos de Têmpera

Dureza insuficiente.

A ausência de têmpera completa poderá estar associada ao facto de se escolher


uma temperatura de têmpera incorrecta (demasiado baixa).

Estágio de têmpera demasiado curto; não suficiente para dissolver o carbono


não se atingindo a dureza devida.

Possível aparecimento de fissuras ou empenamentos causados pelo próprio


tratamento.

3. Ensaio de Jominy.

Um provete cilíndrico de 100mm de comprimento e 25mm de diâmetro é elevado a


temperatura de austenização especificada (dependendo do aço) durante 30min e colocado
rapidamente na vertical num suporte onde sofre o impacto de um jacto de água fria na
extremidade inferior que fica, portanto, temperada. Determina-se posteriormente a dureza
Rockwell C ao longo das duas geratrizes opostas a partir da base temperada. Uma fraca
variação denota uma boa aptidão à penetração da têmpera, enquanto que uma queda abrupta
da dureza indica que apenas uma fraca espessura de material será temperável.

4. Ensaio Grossman.

Ensaio para determinar a temperabilidade.

Consiste em realizar a têmpera em varões de diâmetro crescente, no sentido de


determinar a dureza ao longo do diâmetro e qual o diâmetro que dá origem ao aparecimento
de uma estrutura de 50% martensite ou menos.

5. Recozimento de afinação de grão.

O aquecimento faz-se sem manutenção prolongada e seguido de arrefecimento a


velocidade conveniente a fim de afinar ou regularizar o grão do aço.

O grão final será tanto mais fino quanto o aquecimento e arrefecimento se sucederem
mais rapidamente.

Em aços hipoeutectóides faz-se um aquecimento acima de Ac3 + 50 ºC seguido de um


estágio pouco prolongado e depois um arrefecimento a velocidade conveniente.

Em aços hipereutectóides faz-se um aquecimento acima de Ac1 + 50 ºC seguido de um


estágio pouco prolongado e depois um arrefecimento a velocidade conveniente.

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6. Recozimento de normalização.

Tem como objectivo alcançar uma estrutura homogénea e um grão fino além da
diminuição de irregularidades estruturais, provocadas por tratamentos mecânicos a quente, e a
eliminação de tensões residuais.

Em aços hipoeutectóides faz-se um aquecimento acima de Ac3 + 50 a 100 ºC seguido


de uma manutenção adequada durante um certo tempo fazendo-se em seguida um
arrefecimento ao ar calmo.

Em aços hipereutectóides faz-se um aquecimento acima de Accm + 50 a 100 ºC seguido


de uma manutenção adequada durante um certo tempo fazendo-se em seguida um
arrefecimento ao ar calmo.

7. Influência do aumento da velocidade de arrefecimento na microestrutura e nas


propriedades mecânicas de um aço não ligado - hipoeutectóide.

Ao aumentarmos a velocidade de arrefecimento as temperaturas AR3, AR1, e Accm


diminuem, bem como a diminuição do teor em carbono do ponto eutectóide, o qual será obtido
a temperaturas sucessivamente mais baixas. Isto implica uma formação incompleta e em menor
quantidade de grãos de ferrite (), que surgem sobre as fronteiras dos grãos de austenite ().

Como consequência do aumento da velocidade de arrefecimento as lamelas de Perlite (


+ Fe3C) não se formam completamente, sendo mais pequenas (mais finas), o que implica uma
distância interlamelar menor e uma grande quantidade de núcleos de Perlite.

Conclui-se que a velocidade de arrefecimento provoca o aumento da dureza, da


resistência mecânica, da tenacidade e uma diminuição da ductilidade.

8. Formas de distribuição e influência dos elementos de liga de um aço sobre o


(TI TAC).

A adição de elementos de liga tem como objectivo a obtenção de melhores


características mecânicas num aço (resistência à tracção, limite de elasticidade, dureza,
resiliência, fadiga, fluência), e/ou a obtenção de propriedades específicas (resistência ao
desgaste, à corrosão, ao corte, ao calor, etc.)

 Quanto à forma de distribuição podem ser carburígenos ou não carburígenos.

 No primeiro caso os elementos carburígenos tem muita afinidade com o carbono


podendo formar carbonetos,

Exemplos: Mn, Mo, Ti, W, Nb, Cr, Zr.

 Quanto aos elementos não carburígenos estes possuem pouca afinidade com o
carbono, tendendo a formar soluções sólidas com a ferrite.

Exemplos: Si, Cu, Ni.

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 Quanto à influência dos elementos de liga no sistema Fe-C estes podem ser:
alfagéneos ou gamagéneos.

 Os alfagéneos, ou estabilizadores da ferrite, elevam a temperatura A1 e A3 e baixam


a A4, ou seja, restringem o domínio austenítico e alargam o domínio ferrítico, por ex.:
Mo, Ti; W; Nb; Cr.

 Os gamagéneos, ou estabilizadores da austenite, baixam a temperatura A1 e A3 e


aumentam a temperatura A4, ou seja, alargam o domínio austenítico e restringem o
domínio ferrítico.

Quanto à influência dos elementos de liga nos diagramas TI e TAC

Quanto à influência dos elementos de liga nos diagramas TI e TAC praticamente todos
os elementos de liga, com a excepção do cobalto, atrasam o processo de transformação de
austenite, deslocando as curvas de transformação para a direita. O crómio e o molibdénio
separam a zona perlítica da zona bainítica.

A presença de elementos, além de dificultar a difusão do carbono exige a distribuição


desses elementos pelas novas fases o que faz atrasar o processo.

A adição de elementos de liga é um factor importante para efectuar a têmpera dos


aços.

9. Explique porque razão os tratamentos térmicos de recozimento completo e


de têmpera de aços não ligados de composição hipereutectóide são
efectuados com austenitização apenas parcial.

No recozimento completo, de aços ligados hipereutectóides, a austenitização é apenas


parcial (pouco acima de Ac1, ou seja Ac1 + 50ºC) para evitar um crescimento exagerado do
grão austenítico que se produziria caso se fizesse uma austenitização completa, o que implicaria
uma diminuição das características mecânicas.

A austenização parcial não produz grandes inconvenientes porque o constituinte que se


vai formar, após têmpera, é a cementite que tem uma dureza semelhante à martensite.

Na têmpera destes aços a temperatura é de Ac1 + 50ºC, para evitar sobreaquecimento


e maiores riscos de fissuração.

Se o teor em carbono for superior a 0,8, ou seja, hipereutectóide, a austenite residual


pode provocar uma diminuição de dureza da martensite obtida no arrefecimento, já que esta se
posiciona nas fronteiras dos grãos de martensite.

10. Diâmetro crítico.

É o diâmetro do varão a partir da qual a percentagem de martensite é igual ou inferior


a 50%.

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11. Têmpera em água.

Para um aço não ligado, a temperabilidade é bastante baixa relativamente ao aço


ligado, tal como a dureza é bastante inferior para o aço não ligado.

12. Têmpera em óleo.

Para um aço não ligado o óleo não funciona como meio de têmpera.

13. Têmpera.

Pretende conferir aos aços uma elevada dureza e resistência mecânica, mediante a
obtenção de uma estrutura martensítica ou bainítica, a partir de um arrefecimento rápido desde
a zona austenítica.

14. Para um aço 1.5% C, como procederia para fazer um recozimento completo e
têmpera martensítica. Justifique as temperaturas que utilizava:

Recozimento completo:

Objectivo:

Melhorar as propriedades das peças tratadas à custa de uma melhor


distribuição em toda massa dos componentes químicos ou dos constituintes estruturais.

Como é um aço hipereutectóide o aquecimento eleva-se apenas ligeiramente


acima de ac1 (em vez da temperatura Accm como seria desejável para se obter uma
estrutura totalmente austenítica) para evitar excessivo crescimento do grão cristalino
que se produz a temperaturas muito elevadas.

Têmpera martensítica:

Objectivo:

Obtenção de uma estrutura martensítica que confere à peça a sua máxima


dureza.

Para aços hipereutectóides aquecem-se a uma temperatura de Ac1 + 50 ºC e


não a partir de Accm de forma a evitar um sobreaquecimento e maiores riscos de
fissuração.

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15. Explicar porque se faz um revenido num aço não ligado a seguir a um
tratamento de têmpera.

O Revenido deve realizar-se logo a seguir à têmpera.

Objectivo:

Eliminar a maioria dos inconvenientes produzidos pela têmpera e reduzir a


possibilidade de fissuração;

Aliviando ou removendo tensões internas, corrigindo durezas excessivas e a


fragilidade do material, melhorando a ductilidade e a tenacidade do aço. Pode no
entanto provocar um endurecimento secundário.

1ª Etapa:

Aquecimento até cerca de 200 ºC onde se dá a decomposição da martensite


primária rica em carbono em martensite de baixa % de carbono (C < 0.25%). A
austenite residual mantém-se inalterável a não ser que se processe um tratamento
muito prolongado a partir de 150 ºC. Assim verifica-se um aumento de dureza devido à
precipitação dos carbonetos de transição.

2ª Etapa:

Aquecimento de 200 a 300 ºC. Processa-se a decomposição da austenite


residual em ferrite e carbonetos metaestável e possivelmente cementite. Aos 260 ºC
observa-se uma transformação quase completa da austenite, ocorrendo aumento de
volume e de dureza.

3ª Etapa:

Aquecimento acima de 300 ºC. Observa-se a transformação gradual dos


carbonetos de transição em cementite e da martensite de baixo teor de carbono em
ferrite e cementite, resultando numa importante diminuição do volume e da dureza.

16. Ferro fundido branco.

A sua solidificação dá-se segundo um sistema metaestável das ligas Fe-C com mais de
2% C.

O constituinte eutéctico é formado por austenite e cementite (ledeburite).

A sua denominação é devida ao facto do carbono se encontrar todo sob a forma


combinada, dando lugar a fractura branca.

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17. Ferro fundido cinzento.

Ocorre quando as ligas Fe-C de teor superior a 2% de C solidificam segundo o sistema


estável.

O constituinte eutéctico é formado por austenite e carbono grafite;

A existência de grafite livre dá origem a fractura que apresenta uma cor que varia de
negro até cinzento consoante a grafite existente.

18. Como procederia para efectuar tratamentos térmicos de normalização, de


têmpera martensítica num aço não ligado com 1.2%c (aço hipereutectóide).

Para proceder a um tratamento de normalização temos que aquecer a peça a uma


temperatura superior a 50 ºC em relação à temperatura Accm, seguido de um arrefecimento ao
ar livre.

Têmpera martensítica:

Aquece-se a peça a uma temperatura de austenitização de cerca de 50 ºC


acima de Ac1 e logo acima de Accm, para evitar um sobreaquecimento e maiores riscos
de fissuração, seguido de um arrefecimento brusco.

19. Caracterizar os elementos de liga.

Elementos frequentes nos aços ligados:

Ni Elemento não carburígeno, i e, não tem afinidade com o C;

Elemento gamagéneo, ou seja, baixa as temperaturas A1 e A3 e eleva a


temperatura A4, alargando o domínio austenítico.

V Elemento carborígeno, ou seja, tem afinidade com o carbono podendo formar


carbonetos;

Elemento alfagéneo, ou seja, aumenta as temperaturas A1 e A3 e baixa A4,


diminuindo o domínio austenítico;

Percentagens elevadas deste elemento podem provocar o desaparecimento da


zona austenítica.

Ti Elemento carborígeno;

Elemento alfagéneo, estabiliza a ferrite e torna a austenite instável.

Si Alfagéneo; Não carborígeno;

Endurece a ferrite;

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Estabiliza a austenite metaestável, e promove o crescimento do grão


austenítico;

Melhora ligeiramente a temperabilidade visto que diminui pouco a V.C.T;

A sua solubilidade na austenite é fraca;

Quanto à cementite o silício é grafitizante;

Cr Alfagéneo fortemente carborígeno formando carbonetos mais duros que a


cementite.

Parcialmente solúvel no ferro , em que a solubilidade aumenta com a presença


de carbono.

No ferro  tem solubilidade total.

Retarda a transformação da austenite o que implica melhorar a


temperabilidade.

Melhora as propriedades mecânicas.

Cu Pouco solúvel tanto no ferro  como no ;

Pouca influência no alargamento do domínio austenítico;

Apenas se encontra no estado sólido no aço;

Não influi sobre a cementite nem no teor em carbono;

Pouca influência sobre a ductilidade mas eleva bastante o limite de elasticidade;

Aumenta resistência à corrosão.

20. A ocorrência de fissuras superficiais em peças de aço sujeitas a tratamento


de têmpera e problema. Explicar a razão porque se desenvolvem as fissuras e
processos para as evitar.

Causas:

 Aquecimento irregular ou sobreaquecimento;

 Posição errada da peça no banho de arrefecimento;

 Inexistência ou insuficiência de protecção em certos pontos da peca;

 Arrefecimento muito energético;

 Introdução brusca da peça fria no forno e no banho a alta temperatura.

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21. Comparar as curvas de variação de dureza em função da temperatura de


revenido para um aço não ligado, com o mesmo teor em carbono e para um
aço ligado com elevado teor em crómio (12%).

A influência do crómio caracteriza-se por um retardamento da queda da dureza à


medida que a temperatura de revenido cresce.

Acontece mesmo que a partir de certos valores do teor destes elementos se verifique
uma suspensão na curva de dureza.

22. Como se efectua um diagrama isotérmico (TI).


Comparar os diagramas para aços não ligados eutectóides e hipoeutectóides.

Estudar as alterações na microestrutura que ocorrem quando se realizam experiências


de transformações isotérmicas usando várias amostras;

Efectua-se um aquecimento às amostras a uma temperatura em que ocorra


austenitização total;

Posteriormente são arrefecidas rapidamente, ou seja, temperadas num banho de sais


fundidos até à temperatura pretendida abaixo da temperatura eutectóide;

Após terem permanecido tempos diferentes no banho de sais, as amostras são


removidas do banho uma de cada vez e mergulhadas em água à temperatura ambiente.

As curvas em s num aço hipoeutectóide é que estão desviadas para a esquerda;

Introdução de uma linha que indica o início de formação de perlite proeutectóide.

23. Em que consiste o diâmetro crítico e o diâmetro crítico ideal. Diga quais os
factores de que dependem cada um.

Diâmetro crítico é o diâmetro máximo que é possível sem haja uma zona com menos de
50% de martensite;

O diâmetro crítico ideal é o diâmetro que respeita as condições acima descritas.

24. Trace um diagrama de dureza, temperatura de revenido onde mostra a curva


de endurecimento secundário. Explique o significado da curva. Qual o
fenómeno que se dá e as vantagens exibidas.

Este fenómeno depende essencialmente da composição do aço.

Com o aumento da temperatura de revenido a dureza vai diminuindo.

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De um modo geral há uma diminuição da resistência à tracção e do limite de


elasticidade, ocorrendo uma melhoria da ductilidade e da resiliência.

25. Tratamento cementação.

É um tratamento termoquímico de difusão de carbono a partir da superfície e em que o


endurecimento é realizado em duas operações, a cementação propriamente dita e a têmpera.

Composição dos aços: % C <= 0,2%;

A peça terá uma grande dureza à superfície;

Espessura da camada cementada até 2 a 3 mm;

Dureza até 1000 HV.

26. Tratamento nitruração:

Consiste num enriquecimento superficial da peca, em azoto, sendo o endurecimento da


superfície provocado por formação de nitretos e carbonitretos;

Composição do aço: % C 0,3-0,4%;

Espessura da camada nitrurada até 0,8mm;

Dureza até 1300 HV.

27. Tratamento carbonitruração:

Misto dos 2 tratamentos.

Composição do aço: aços de cementação ou de nitruração;

Espessura até 1mm;

Durezas até 1000 HV.

28. De entre as ligas cujas microestruturas se encontram representadas,


seleccione a de maior dureza, a de maior resistência à tracção e a de maior
ductilidade. Justifique.

Maior dureza é o ferro fundido eutéctico devido à sua matriz de cementite.

Maior resistência à tracção é o aço hipoeutéctico devido à sua matriz ser

Maior ductilidade é o aço 0,35% C.


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