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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
10

Língua
Língua Portuguesa
Portuguesa
1ª série do Ensino Médio Turma ___________________
1ª série do Ensino Médio Turma _________________________
2º Bimestre de 2018 Data ______ /______ /______
2º Bimestre de 2018 Data _______ / _______ / _______
Escola ________________________________________________
Escola _______________________________________________________________________
Aluno ________________________________________________
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Avaliação da Aprendizagem em Processo ∙ Prova do Aluno – 1ª série do Ensino Médio

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Leia o texto e responda às questões 01 e 02.

[...]

Os grandes enxadristas reuniam-se todas as noites no Club Andersen, onde


esgrimiam em partidas de treinamento. Era a segunda vez que ali comparecia o
jovem ucraniano, e logo ao entrar, foi rodeado pelos frequentadores, com vivas
demonstrações de simpatia. Instantes depois, começava uma partida contra
um dos mestres presentes. A princípio jogou mal, timidamente, constrangido,
esmagado ante a personalidade famosa do adversário. Porém, pouco a pouco
foi se animando, voltou-lhe a calma habitual, sentiu-se à vontade, e mergulhando
em si mesmo, iniciou belíssima combinação, própria do seu estilo imaginoso
e exuberante. Surpreendido pela transformação brusca, em vão procurou o
contendor respostas capazes de parar as múltiplas ameaças, e foi forçado a
capitular, por duas vezes, em curto espaço de tempo. O despeito franziu-lhe o
rosto, e ele retirou-se imediatamente.

No silêncio do ambiente, quebrado apenas pela bulha compassada dos relógios


registradores, circulou um murmúrio de admiração. Então Zviazline olhou pela
primeira vez os assistentes. E viu na sua frente uma figura estranha de grifo, que
relembrava os retratos de Satanás: fronte desmedidamente ampla; sobrancelhas
oblíquas; olhos pequenos, maliciosos, faiscantes; nariz adunco como bico de
falcão; lábios frisados por sorriso diabolicamente irônico.

Se até aquele momento Zvizline não tivesse estado tão abstraído no jogo,
poderia ter notado que a sua súbita inspiração coincidira com a chegada do
bizarro personagem.

[...]
ROSA, João Guimarães. Chronos kai anagke (Tempo e destino). Antes das primeiras estórias.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 57-58. (adaptado).

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Vocabulário

1. contendor- substantivo masculino. Quem contende; aquele que briga ou disputa;


rival.1
2. capitular – v.t.d. Render-se, entregar-se, mediante capitulação.2
3. bulha - substantivo feminino. Confusão de ruídos, de gritos; barulho, gritaria, estrondo,
estampido. Desordem, desavença, motim. 3
4. grifo – substantivo masculino. Mit. animal fabuloso, com cabeça, bico e asas de águia
e corpo de leão. Possui dupla natureza: divina, representada pelo espaço aéreo,
próprio da águia, e terrestre, representada pelo leão. Tais animais simbolizam, ainda,
respectivamente, a sabedoria e a força.4

Questão 01

No texto, a expressão “figura estranha de grifo” pode ser substituída por

(A) súbita inspiração.


(B) jovem ucraniano.
(C) múltiplas ameaças.
(D) retratos de Satanás.
(E) bizarro personagem.

1 Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/contendedor/>. Acesso


em: 20 mar. 2018.
2 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1975.
3 Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/bulha/>. Acesso em: 20
mar. 2018.
4 Disponível em: em: <https://www.google.com/search?q=grifo+significado&sa=X&ved=2ahUKEwj_
37Tun_zZAhVV02MKHQY0BKQQ1QIoAXoFCAAQmwE&biw=801&bih=619>. Acesso em: 20 mar.
2018.

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Questão 02

O adversário de Zviazline retirou-se da sala em que jogavam porque

(A) se sentiu humilhado diante da dupla derrota.


(B) ficou irritado com a reação dos assistentes.
(C) estava jogando com muita habilidade e maestria.
(D) ficou surpreso com a chegada do bizarro personagem.
(E) encontrou respostas eficazes, capazes de parar o jogo.

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Leia o texto e responda à questão 03.

Abril, maio, junho

Abril, logo mais é maio, depois junho – e essa simples constatação me deixa um pouco
desanimado. A passos largos, nos afastamos dos confetes de fevereiro, ainda não se
veem no horizonte os rojões de dezembro, é como se estivéssemos presos numa longa
terça-feira incrustada na barriga do ano. [..]

PRATA, Antonio. Trinta e poucos. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 59.

Questão 03

As expressões “confetes de fevereiro” e “rojões de dezembro” foram utilizadas


por Antonio Prata para se referir

(A) às terças-feiras alegres e ruidosas.


(B) às festas de Carnaval e de Ano Novo.
(C) aos principais dias comemorativos do ano .
(D) aos confetes e rojões usados em festas.
(E) aos festejos de Corpus Christi e de Natal.

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Leia o texto e responda à questão 04.

Convite de formatura by filhotedeleao


Digital Art / Drawings & Paintings / Other

Disponível em: <https://filhotedeleao.deviantart.com/art/Convite-de-formatura-192452572>. Acesso


em: 27 mar. 2018.

Questão 04

A imagem apresenta o convite de formatura de uma jovem chamada Alyne Souza


Leonel. Esse convite de formatura é claramente especificado pelas expressões:

(A) Educação Artística UFPI 2010.


(B) Missa em Ação de Graças.
(C) Descerramento da placa.
(D) Colação de Grau.
(E) Aula da saudade.

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Leia o texto e responda às questões 05, 06 e 07.

[...]
Mas dentro de mim havia uma agonia de tal natureza, um tão estranho
sentimento de infelicidade que era exatamente como se eu chorasse em altas
vozes. E, para vencer-me, arranquei-lhe das mãos a flauta em que ele viera
soprando vagamente, e mandei-o reunir todos os que iam conosco, a fim de que
me ouvissem tocar a mim.
[...]
Quando me anunciaram que estavam todos reunidos, comecei a tocar e a
dançar. Ficaram muito espantados, e, não se contendo, disseram que eu era
o músico mais engraçado que já tinham visto. E justamente nesse instante eu
estava tocando a mais trágica das canções que já se inventaram. Mas era de um
povo distante...E os sons eram incompreensíveis como as palavras de outras
línguas.
“Viva!”, gritou-me um deles. “Por que não me mostrastes essas habilidades
logo que partimos? Teríamos gozado mais! ...” Como cumpria responder alguma
coisa, acontece-me falar. “É que no começo andava meio triste...” “E agora?”
perguntaram-me. “Oh!... Agora estou muito mudado...” Então ouvi o mais velho
dizer. “É sempre assim, nestas longas viagens. Parte-se com melancolia. Mas
por fim a gente se alegra tanto que até parece loucura...” E deram-me um gole
de vinho, com travo amargo e viscoso de sangue. Provavelmente não seria do
vinho, mas da minha boca... Tinha tocado tanto!
E toquei e dancei todas as minhas cantigas e danças. Já não entendia o
que tocava nem onde punha os pés. Não obstante, não podia parar. Bailava
desarticulado, delirante, incansável... De vez em quando, alguém gritava,
aplaudindo. Era sempre a passagem mais dolorosa....
[...]

MEIRELES, Cecília. “Epopeia”. Episódio humano. Rio de Janeiro: Desiderata: Batel, 2007. p.
26-27. (adaptado).

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Vocabulário

Travo: Sabor adstringente de qualquer comida ou bebida; amargor.5

Questão 05

Nesse excerto da crônica “Epopeia”, observa-se o emprego do discurso indireto


em:

(A) “É que no começo andava meio triste...”


(B) E toquei e dancei todas as minhas cantigas e danças.
(C) “Mas por fim a gente se alegra tanto que até parece loucura...”
(D) [...] disseram que eu era o músico mais engraçado que já tinham visto.
(E) [...] eu estava tocando a mais trágica das canções que já se inventaram.

Questão 06

No final do segundo parágrafo, no trecho “E deram-me um gole de vinho, com


travo amargo e viscoso de sangue. Provavelmente não seria do vinho, mas da
minha boca... Tinha tocado tanto!”, o personagem julga que

(A) o vinho dado a ele certamente tinha gosto de sangue.


(B) o gole de vinho tomado tinha um travo amargo devido a sua tristeza.
(C) o ferimento na boca, provocado pela flauta, causava o gosto de sangue.
(D) o gosto de sangue era provocado por suas loucuras e por sua fértil
imaginação.
(E) o fato de ter tocado tanto era a causa de ele não ter gostado muito daquele
vinho.

5 Conforme Dicionário Online de Português, Disponível em: < https://www.dicio.com.br/travo/>. Aces-


so em: 22 abr. 2018.

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Questão 07

No trecho “Ficaram muito espantados, e, não se contendo, disseram que eu era


o músico mais engraçado que já tinham visto. E justamente nesse instante eu
estava tocando a mais trágica das canções que já se inventaram.”, o narrador
personagem descreve as reações das pessoas que ouviam sua música.
Considerando o contexto da narrativa, o flautista julgou que o público tinha
achado que as melodias trágicas eram engraçadas porque

(A) a música era tão alegre que deixava loucos todos os ouvintes.
(B) pertenciam a uma nacionalidade cuja cultura era diferente da dele.
(C) estava detestando aquele espetáculo e achando tudo pouco divertido.
(D) o tocador de flauta esquecia a música e por isso bailava desajeitadamente.
(E) percebia o sentimento de infelicidade do músico que chorava em altas vozes.

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Leia o texto e responda à questão 08.

EDITORIAL

Violência em alta
Danilo Verpa - 6.abr.2017/Folhapress

01/11/2017 02h00

Há muitas formas de apresentar e cotejar a cifra de mortes violentas, intencionais


divulgada na segunda-feira (30) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP),
com 61,6 mil vítimas no Brasil em 2016. Nenhuma delas terá o condão de atenuar
tudo o que há de chocante no número.
São sete pessoas assassinadas por hora no país, o quíntuplo das perdas decorrentes
de câncer de mama; 14 mil mortos a mais do que produz o trânsito no Brasil; mais de
10% dos homicídios no mundo.
Mais ainda, o dado acabrunhante se encontra em elevação (4,7% acima do período
anterior). A violência também cresce em termos relativos: de 28,6 assassinatos por
grupo de 100 mil habitantes em 2015, galgamos o patamar de 29,9/100 mil.
[...]
Outros índices apontam que o aumento da violência segue uma tendência geral.
Subiram também as quantidades de mortos pela polícia (27%, de 3.330 para 4.224),
de policiais mortos (17,5%, de 372 para 437), e de roubos e furtos de veículos (8%,
de 515 mil para 557 mil).
Não faltam estatísticas, portanto, para comprovar que a insegurança pública grassa no
Brasil, ainda que de maneira desigual. Nas capitais, por exemplo, houve redução de
4% no total de mortes, o que sugere um processo de interiorização da criminalidade.
O que falta, em verdade, são diagnósticos mais finos. Outros dados do FBSP servirão,
talvez, para aperfeiçoar essa análise: reduziu-se em 12%, no mesmo período, a
apreensão de armas, assim como os investimentos em segurança pública (R$ 81
bilhões, ou quase 3% menos que em 2015).
Ainda que não se possa atribuir a falta de segurança apenas à crise orçamentária
do Estado brasileiro, salta aos olhos que a questão só poderá ser sanada com uma
polícia bem aparelhada e remunerada.

VERPA, Danilo. Violência em alta. Folhapress. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/


opiniao/2017/11/1932012-violencia-em-alta.shtml>. Acesso em: 10 abr. 2018. (adaptado).

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Questão 08

O autor do Editorial, Danilo Verpa, defende a tese de que

(A) a violência também cresce em termos relativos.


(B) as estatísticas sobre a violência no Brasil são escassas.
(C) a alta da violência está relacionada também à falta de segurança.
(D) a insegurança pública nas grandes cidades cresce de maneira uniforme.
(E) o número de pessoas assassinadas brutalmente, em todo o país é baixo.

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Leia o texto e responda à questão 09.

O PRIMEIRO BEIJO
Clarice Lispector

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro


e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas
me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me
beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio
da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe
pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às
vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração
no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
[...]
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida
e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente
juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de
deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar,
esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
[...]

LISPECTOR, Clarice. O primeiro beijo. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco.
1971. Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/MjE4MTI1/>. Acesso em: 10 abr. 2018.
(adaptado).

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Questão 09

Leia as frases:

I. “- Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher


antes de me beijar?”
II. “Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer”.

Nelas observa-se o uso, respectivamente, de

(A) discurso direto e discurso indireto livre.


(B) discurso direto e discurso indireto.
(C) discurso indireto livre e discurso direto.
(D) discurso indireto livre e discurso indireto.
(E) discurso indireto e discurso indireto livre.

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Leia o texto e responda às questões 10, 11 e 12.

Ciência e Tecnologia
09/04 às 18h36 - Atualizada em 09/04 às 18h43

Como erguer as sobrancelhas ajudou a evolução humana


Jornal do Brasil

A capacidade de erguer a sobrancelha em desconfiança ou franzi-la em


solidariedade pode ter dado à nossa espécie uma vantagem evolutiva, disseram
pesquisadores da Grã-Bretanha nesta segunda-feira (9).
Sobrancelhas altamente móveis deram, aos humanos, habilidades de
comunicação não verbais necessárias para estabelecer grandes redes sociais
que permitiram maior cooperação e melhores chances de sobrevivência,
disseram.
[...]
Penny Spikins da Universidade de York e uma equipe examinaram a função das
cristas ósseas pronunciadas da sobrancelha em nossos ancestrais e entenderam
por que estas se modificaram ao longo do tempo.
Pesquisas sugeriram que uma arcada supraciliar grande ajudava a proteger os
crânios dos nossos antepassados de danos resultantes da mastigação forte, ou
que preenchia um vazio entre a caixa craniana e as órbitas oculares.
[...]
O desenvolvimento de uma testa lisa com sobrancelhas mais visíveis e peludas,
capazes de maior movimento, começou nos homininis há cerca de 200 mil anos
e se acelerou nos últimos 20 mil anos.
“A sinalização social é uma explicação convincente para as sobrancelhas
salientes dos nossos antepassados”, disse Paul O’Higgins, autor sênior do
estudo e professor de anatomia da Universidade de York.
“Visto que a forma da arcada supraciliar não é orientada somente por exigências
espaciais e mecânicas, e que outras explicações para as arcadas supraciliares,
como manter o suor ou o cabelo longe dos olhos, já foram desconsideradas,
sugerimos que uma explicação contributiva plausível pode ser encontrada na
comunicação social”.

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Os movimentos das sobrancelhas permitem que os humanos expressem
emoções complexas e percebam as dos outros, disse Spikins.
“Por outro lado, foi demonstrado que as pessoas que colocaram botox, que limita
o movimento das sobrancelhas, são menos capazes de enfatizar e se identificar
com as emoções dos outros”, apontou.

Disponível em: <http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2018/04/09/como-erguer-as-


-sobrancelhas-ajudou-a-evolucao-humana/>. Acesso em: 10 abr. 2018. (adaptado).

Vocabulário

Homininis. Os hominínios (Hominina) compõem uma subtribo de primatas hominídeos,


em que o único sobrevivente é a espécie humana.6

Questão 10

Na notícia, a tese defendida pelos pesquisadores é a de que as sobrancelhas

(A) preenchiam um vazio entre a caixa craniana de grandes proporções e as


órbitas oculares.
(B) impediam a ênfase e a identificação das emoções das pessoas por terem
pouca mobilidade.
(C) expunham os crânios dos nossos antepassados a danos resultantes da
mastigação forte.
(D) começaram sua modificação há cerca de 200 mil anos e seu desenvolvimento
estacionou ao longo dos anos.
(E) proporcionaram aos humanos, habilidades de comunicação não verbal, que
permitiram a sua sobrevivência.

6 Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hominina>. Acesso em: 11 abr. 2018.

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Questão11

No trecho “Penny Spikins da Universidade de York e uma equipe examinaram a


função das cristas ósseas pronunciadas da sobrancelha em nossos ancestrais
e entenderam por que estas se modificaram ao longo do tempo”, os verbos
destacados estão conjugados no

(A) presente do Indicativo, porque se referem a fatos que são repetidos com
frequência.
(B) presente do Subjuntivo, porque mostram fatos que possivelmente podem
acontecer.
(C) pretérito imperfeito do Indicativo, porque trazem ações em andamento no
passado.
(D) pretérito imperfeito do Subjuntivo, pois indicam fatos imprecisos acontecidos
no passado.
(E) pretérito perfeito do Indicativo, pois indicam fatos constatados e acontecidos
no passado.

Questão 12

O termo Homininis pode ser substituído, com a mesma significação, por:

(A) Ancestrais.
(B) Humanos.
(C) Pesquisadores.
(D) Arcadas supraciliares.
(E) Professor de anatomia.

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