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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DO PARÁ – FACIMPA

CURSO DE MEDICINA

Aline Silva Machado


Ana Julia Maronez Vila
Ana Paula de O. Fornaciari
Ana Rebeca Oliveira Gomes Barroso
Avelino de Dea Junior
Brena Caroline Gomes da Silva Goes
Bruno Nascimento Padilha
Carlos Eduardo Rodrigues Campos
Daniela Matias Dos S. Fontes
Fabio de Souza Aráujo
Kemilly Wytoria Martins Sousa
Lara El Akra Abou Fard
Maria Eduarda Nunes Cabral

PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES DE EXTENSÃO, PESQUISA E ENSINO


PROJETO SOL DE CARAJÁS: SAÚDE MATERNA-INFANTIL
VACINAÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA EM MARABÁ: UMA AÇÃO DE
EXTENSÃO

MARABÁ/PA
2023
Aline Silva Machado
Ana Julia Maronez Vila
Ana Paula de O. Fornaciari
Ana Rebeca Oliveira Gomes Barroso
Avelino De Dea Junior
Brena Caroline Gomes da Silva Goes
Bruno Nascimento Padilha
Carlos Eduardo Rodrigues Campos
Daniela Matias Dos S. Fontes
Fabio de Souza Araújo
Kemilly Wytoria Martins Sousa
Lara El Akra Abou Fard
Maria Eduarda Nunes Cabral

VACINAÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA EM MARABÁ: UMA AÇÃO DE


EXTENSÃO

Projeto de extensão apresentado à Faculdade


de Ciências Médicas do Pará - FACIMPA, em
atendimento aos requisitos obrigatórios para
aprovação nos Módulos de Integração Ensino-
Serviço-Comunidade (IESC) I, Métodos de
Estudo e Pesquisa (MEP) I e Práticas
Interdisciplinares de Extensão, Pesquisa e
Ensino (PIEPE) I.
Orientadoras:
Profa. Ma. Paula Gomes Cândido
Profa. Dra. Patricia Almeida dos Santos

Palavras-chave: vacinação, crianças, ação.

MARABÁ/PA
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................4

2. REFERENCIAL TEÓRICO..........................................................................4
3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................… 10

4. OBJETIVOS................................................................................................. 11
5. METODOLOGIA.........................................................................................12
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.........................................................15
7. ORÇAMENTO.............................................................................................15
8. RESULTADOS/PRODUTOS ESPERADOS.............................................17
9. REFERÊNCIAS............................................................................................18
1 INTRODUÇÃO

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) as vacinas são
substâncias tradicionalmente feitas utilizando-se organismos causadores de doenças
atenuados, mortos ou, ainda, alguns de seus derivados, recebidas na primeira infância e
durante outros períodos a fim de proteger contra doenças que podem ser fatais. Tendo o
mecanismo de estimular a defesa natural do corpo, as vacinas preparam o organismo para
combater a doença de forma mais eficaz e rápida.
De maneira que a cobertura vacinal foi crescendo, muitas doenças passaram a ficar
cada vez mais raras de serem vistas no país, como a poliomielite que em 2022
comemorou-se 32 anos sem nenhum caso da doença no país, segundo a revista
Epidemiologia, Serviços e Tecnologias em Saúde. Porém, também no ano de 2022 a
cobertura vacinal contra a poliomielite foi a mais baixa, o que causa preocupação.
Quando se fala de vacinação infantil no Brasil visamos a queda da taxa de crianças
imunizadas, e alguns pontos que leva isso a acontecer frequentemente são as “fake News”,
falta de informação e foi vista que é necessária a adoção de estratégias mais amplas, e
existe, entretanto, uma preocupação com a criação dessas estratégias que visem o
aumento da cobertura vacinal infantil, de acordo com a Revista Saúde Infantil, 2020.
Dessa forma, nosso estudo propõe informar sobre a importância das vacinas em
cada fase da vida, de maneira especial na primeira infância que vai do 0 aos 6 anos, para
que possamos ter maior número de crianças com a carteira de vacinação atualizada. Nessa
perspectiva, nossa pergunta norteadora é: como esse projeto de extensão vai influenciar
no aumento do índice da vacinação infantil?

2 REFERENCIAL TEÓRICO:

De maneira especial, Carlos Fidelis Pontes autor do artigo “Vacinação, controle


de qualidade e produção de vacinas no Brasil a partir de 1960” a vacinação de crianças
na primeira infância, uma vez que, por meio de dados comprovados fica evidente que é
necessário que toda pessoa desde o nascimento até sua morte necessita de vacinas que
ajudam o sistema imunológico a se proteger contra doenças, e impedir que a transmissão
de um número crescente de patologias ameace a sociedade como um todo.
Segundo o mesmo autor, a vacina vem ocupando um lugar de inegável destaque
entre os instrumentos de saúde pública colocando à disposição dos governos e autoridades

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sanitárias, portanto, sendo responsável por salvar inúmeras vidas. Além disso, essa
profilaxia evita a propagação de uma série de doenças que, em sua ausência teria
ocasionado uma larga escala de contaminações e mortes no planeta da mesma forma que
as pestes assolaram a Europa tempos atrás.
Nos últimos anos, houve um crescimento exponencial sobre a vacinação, devido
ao aumento de doenças epidemiológicas. Surgindo assim muitas publicações, artigos
científicos e encontros, tendo como principal assunto o desenvolvimento e a utilização de
vacinas como forma de prevenir uma eclosão epidêmica.

2.1 História da vacinação no Brasil


De acordo com dados do Instituto Butantan, em 1804, deu-se início a História da
Vacinação no Brasil, quando a vacina contra varíola chegou ao país, vinda com o Marquês
de Barcarena. Após 30 anos, ela tornou-se obrigatória. A virada para o século XX foi
fundamental para a história da vacinação no país, entre os anos de 1900 e 1901 foram
fundados o Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro e o Instituto Serumtherápico, hoje
conhecidos como Fiocruz e Instituto Butantan respectivamente.
Em 1904, no Rio de Janeiro houve a Revolta da Vacina, a qual ficou assim
conhecida devido a obrigatoriedade da vacina contra varíola, somando a outros fatores
acabou por acontecer uma revolta por parte da população que passou por essa
obrigatoriedade. Nessa conjuntura, já com os institutos no país, em 1927 começou a
vacinação contra tuberculose, conhecida como BCG, e com o passar dos anos cada vez
mais novas vacinas surgiam e doenças tinham chances de serem erradicadas, como em
1942 a febre amarela urbana foi eliminada graças a cobertura vacinal, conforme citado no
site do Instituto Butantan.
Sobre isso, em 1973 foi criado o PNI, Plano Nacional de Imunizações, incluso no
Sistema Único de Saúde (SUS) alcançando grande parte da população, criando o primeiro
calendário básico de vacinação, o personagem do Zé Gotinha, que simboliza as
campanhas de vacinação.

2.2 Adesão vacinal das vacinas Pneumocócica, Poliomielite, Rotavírus e Hepatite B.


De acordo com a fundação Oswaldo cruz, a primeira dose da vacina
pneumocócica no Brasil foi aprovada em 2009, protegia contra sete sorotipo. Com a
evolução da ciência ouve uma ampliação de proteção, haja vista que, atualmente a rede
pública oferece proteção contra 10 sorotipos, e a rede privada contra 13.

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A sociedade brasileira de imunização aponta uma redução de até 40% do número
de internações por pneumonia no país, e de 70% nos casos de meningite pneumocócica.
A vacinação pneumocócica geralmente inclui os sorotipos mais frequentes os quais tem
a probabilidade de maior agravamento e mais resistentes ao tratamento, portanto as doses
são aplicadas aos 2,4 é 12 meses de vida. Conforme o infectologista pediátrico Renato
Kfouri, membro do comitê técnico assessor do programa nacional de imunização do
ministério da saúde, as crianças, além de adoecerem com mais frequência, são as que mais
transportam o pneumococo e transmite para outras faixas etárias.
Com a vacina, além de ficarem protegidas, elas deixam de portar a bactéria na
garganta ou nariz e deixam de ser transmissoras, diminuindo os casos das bactérias em
idosos e adultos.
É importante ressaltar sobre a grande ideia de Otávio Cintra, diretor médico de
vacinas da GSK, a qual foi o fabricante da vacina pneumocócica, utilizada pelo governo
brasileiro, a qual o processo de fundação começou com uma parceria para transferência
de tecnologia entre o laboratório e a fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A poliomielite também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença
causada pelo vírus poliovírus sendo este invasor do nosso sistema nervoso e, nos casos
mais graves causando paralisia. Em 12 de abril de 1955 era anunciada ao mundo a
descoberta da primeira vacina contra a poliomielite, doença também conhecida como
paralisia infantil. Descoberta pelo cientista americano Jonas Salk, que a desenvolvia
desde 1954, recebeu o nome de Vacina Salk. Ela era administrada de forma injetável.
Os primeiros testes foram eficazes em 80% dos casos. Era o começo da vitória
contra a poliomielite, provocada por um vírus altamente contagioso, que afeta
principalmente crianças pequenas. A pólio se multiplica no intestino, invade o sistema
nervoso e causa deformações no corpo, podendo levar à morte. O agravamento da
epidemia aconteceu em 1952. Cinquenta e oito mil novos casos foram relatados somente
nos Estados Unidos, onde mais de três mil pessoas morreram da doença. Cientistas se
apressaram na busca pela cura. Jonas Salk saiu na frente e anunciou a vacina no dia 12 de
abril de 1955.
Mas o mérito a erradicação da poliomielite não pertence só a Jonas Salk. Sete
anos depois da descoberta, o pesquisador e médico Albert Sabin desenvolve outra vacina,
a famosa gotinha, administrada por via oral, mais barata e de alta eficácia. Com as duas
vacinas, a poliomielite é considerada erradicada do mundo em 1994.

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No Brasil, a epidemia mais grave de poliomielite ocorreu no ano de 1986, no
Nordeste. Investigações mostraram que o problema estava na vacina contra o soro tipo 3,
utilizada desde 1980 e que não fornecia proteção suficiente. A vacina foi então
modificada e a poliomielite erradicada. Hoje a maioria dos países promove campanhas de
vacinação contra a paralisia infantil usando a vacina Sabin, que também faz parte do
calendário básico de vacinação das crianças brasileiras que tomam três doses básicas da
vacina
O Rotavírus é um dos principais agentes virais que causam doenças diarreicas
agudas, sendo a principal causa global de gastroenterite grave e desidratação em crianças
com idade abaixo de cinco anos, ocasionando óbitos de até 200 mil crianças nessa faixa
etária, anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Todavia, todas as
faixas etárias podem contrair o rotavírus, porém, os sintomas são prevalentes em crianças
menores de cinco anos, felizmente, os recém-nascidos geralmente têm infecções mais
leves ou assintomáticas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP), os índices atuais de cobertura da vacina Rotavírus, estava
em 2021 de 23 a 39 pontos percentuais abaixo do que em 2015, sendo que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) preconiza que a vacina seja administrada a pelo menos 90% da
população infantil, e dessa forma conseguir alcançar a imunidade coletiva e proteger
contra a enfermidade as crianças vacinadas e dessa forma diminuir a transmissibilidade
do vírus protegendo também as adultos e crianças ainda não vacinadas.
Em conformidade com a Fiocruz:
Os rotavírus são transmitidos pelo contato fecal-oral (fezes-boca), por contato
pessoa a pessoa, através de água, alimentos e objetos contaminados. Há presença de alta
concentração do vírus causador da doença nas fezes de crianças infectadas. Os vômitos
também são responsáveis pela disseminação dos rotavírus e norovírus. A profilaxia pode
ser realizada por meio da vacinação a qual é ofertada gratuitamente no Sistema Único de
Saúde (SUS) e é fundamental ser administrada aos 2 e 4 meses de vida dos bebês. Além
disso, é necessário seguir cuidados básicos com higiene pessoal e doméstica, higienizar
as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, preparar os alimentos,
amamentar, em contato direto com superfícies sujas, tocar em animais e lavar e desinfetar
as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos.
A hepatite B, continua sendo um importante problema de saúde pública no Brasil.
A prevalência do vírus no Brasil varia principalmente de acordo com as características

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demográficas e socioeconômicas da população estudada. Segundo o artigo
Soroprevalência de infecções por vírus da hepatite B e vírus da hepatite C em indivíduos
do estado do Pará. A transmissão da mesma pode ocorrer por vias horizontais e verticais,
sendo horizontalmente através de contato com fluidos orgânicos contendo o vírus, de
modo especial com sangue, sêmen e saliva. A maior prevalência está relacionada aos
fatores de risco: hemodiálise, multitransfusões de sangue ou hemoderivados,
manipulação de sangue humano, acidentes com materiais perfurocortantes, convivência
íntima com infectados, uso de drogas ilícitas e contato com parceiros sexuais. A
transmissão vertical ocorre através da passagem do vírus da mãe diretamente para o
recém-nascido no parto. (AQUINO et al., 2008)
Atualmente, essa e uma das doenças virais com prioridade em políticas públicas
de saúde, uma vez que estão associadas as hepatopatias crônicas e a realização de
transplante de fígado. (GONÇALVES et al., 2019)
No período de 2000 a 2021 foram notificados no Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan) 718.651 casos confirmados de hepatites virais, sendo os
casos de hepatite B, 279.872 (38,9%), nos quais 14,5 estão localizados na região norte do
país. (BRASIL, 2022)
De acordo com o website da Prefeitura de Marabá em 2021, o SAE\CTA de
marabá registrou 59 novos casos de Hepatite B. O médico infectologista Harbi Othman,
que atende no SAE\CTA enfatiza a existência das vacinas contra o vírus, por isso e
importante que a população procure manter a carteira vacinal em dia. (MARABÁ, 2021)
Com relação a primeira infância, a vacina contra hepatite B, deve ser administrada
na maternidade, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O
esquema constitui de 3 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda
dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. (BRASIL, 2007).

2.3 Determinantes sociais que contribuem para menores índice de vacinação


Apesar de todas as vacinas existentes e todas as coberturas vacinais observada no
Brasil, uma parcela das crianças continua sem ser vacinada adequadamente, mesmo em
locais com ampla disponibilidade de serviços de saúde. Vários estudos de avaliação da
cobertura vacinal e dos fatores relacionados à não-vacinação realizados em amostras
representativas da população infantil foram desenvolvidos no Brasil no sentido de
elucidar esta questão. Dentre os fatores para a não-vacinação destacam-se:

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Baixa renda, residência em área rural, idade materna, maior número de filhos,
baixa escolaridade materna, maior número de moradores no domicílio, residência há
menos de 1 ano na área, falta de conhecimento acerca das doenças preveníveis por
imunização, Dificuldades de transporte, conflitos trabalhistas motivados pela perda de
dias de trabalho para o cuidado dos filhos ausência de seguro, presença de alguma doença
na criança, e a fake News.
Todos esses motivos citados anteriormente fazem parte, em sua maioria, de
determinantes sociais. Segundo Paulo Buss e Alberto Filho diversas definições de
determinantes sociais de saúde (DSS) expressam, com maior ou menor nível de detalhe,
o conceito atualmente bastante generalizado de que as condições de vida e trabalho dos
indivíduos e de grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde.
Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os
DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de
risco na população. A comissão homônima da Organização Mundial da Saúde (OMS)
adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em que
as pessoas vivem e trabalham.
De acordo com o artigo Análise espacial da mortalidade em crianças menores de
cinco anos no Brasil: indicadores sociais e assistência de saúde, um elemento de
intervenção, ao defini-los como os fatores e mecanismos através dos quais as condições
sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações
baseadas em informação, propõe, finalmente, uma definição bastante sintética, ao
entendê-los como as características sociais dentro das quais a vida transcorre.
Sendo assim, de acordo com o mesmo artigo, vacinação entra como uma grande
aliada da prevenção de doenças e garantia de um bem estar com a imunização completa,
mesmo o Brasil sendo um país referência em cobertura vacinal, quando as regiões e
municípios são analisados separadamente, existe uma preocupação maior, pois os índices
diminuem, seja pela falta de informações ou por algum determinante social. Com
destaque para países do Norte e Nordeste (o Pará de maneira principal), que nas últimas
pesquisas apresentaram baixa procura por vacinas, o que pode justificar o aumento na
mortalidade infantil.

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3 JUSTIFICATIVA
Após a visita Unidade Básica de Saúde – UBS José Pereira de Araújo, localizada
no bairro da Paz, na cidade de Marabá, estado do Pará, tendo a oportunidade de dialogar
com membros da equipe, foram levantados alguns problemas que a equipe vinha
enfrentado. Diante de vários problemas expostos destacou-se à baixa adesão vacinal,
principalmente devido às constantes mudanças do calendário de vacinação infantil e a
desinformação quanto a eficácia das vacinas iniciada pela pandemia de COVID-19,
onde impactou diretamente na adesão das demais vacinas pela comunidade. Foi
identificado as seguintes situações:
Ausência de uma proposta de intervenção para atualização de vacinação da
comunidade em geral.
Ausência de Agentes Comunitários de Saúde – ACS, que dificulta um
acompanhamento eficaz quanto aos prazos de vacinação.
Dificuldade de acesso a informações quanto a importância da vacinação para a
prevenção de doenças na comunidade.
Devido à relevância das questões apresentas acima, foi elaborada uma proposta
de intervenção que tem como objetivo promover informação quanto a importância da
vacinação e de se manter o cartão de vacinas atualizados como forma de prevenção de
doenças, sendo assim foram estipuladas as seguintes metas:
Apresentar proposta de intervenção a equipe de saúde, para a participação da
mesma na construção do trabalho.
Desenvolver campanhas de conscientização quanto a importância das vacinas na
prevenção de doenças.
Realizar um dia de imunização voltado para a primeira infância, com a finalidade
de alcançar crianças que estejam em atraso com calendário de vacinas.
Envolver a equipe para organizar melhor o processo de trabalho nas ações voltadas
para a imunização.

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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivos gerais


Sensibilizar sobre a vacinação aos responsáveis pelo público infantil atendidos
pela Unidade Básica de Saúde José Pereira de Araújo.

4.2 Objetivos específicos


Informar sobre a importância da vacinação em dia aos responsáveis pelo público
infantil atendidos pela Unidade Básica de Saúde José Pereira de Araújo.
Desmitificar falsas notícias sobre as vacinas.
Ofertar aplicação de vacinas as crianças.

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5 METODOLOGIA

5.1 O projeto
Um projeto de extensão se trata da participação ativa do aluno na sociedade em
que vive, é sinônimo de impacto social, tanto na vida de quem recebe os benefícios do
projeto, quanto no cotidiano dos alunos que o integram (MORGATO et al., 2019).
Diante disso, nas diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no
Brasil, projeto em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) tem diversos
propósitos, como saúde e bem-estar para todos em todas as idade. Nessa conjuntura, com
o intuito de garantir os objetivos, o projeto guarda-chuva Sol de Carajás tem o objetivo
de melhorar a saúde materno infantil na região Carajás do Estado do Pará, e, especial a
cidade de Marabá.
Portanto, esse projeto de extensão tem por objetivo promover o desenvolvimento
social diante das problemáticas a frente da vacinação para população, no intuito de
esclarecer sobre todos os benefícios e as necessidades de combater os problemas
associados a não vacinação infantil, a falta de conhecimento materno e as dificuldades de
adesão.
5.2 Local de realização
Marabá é uma cidade no sudeste do estado do Pará, fundada em meados de 1903,
ocupando uma área de 15.128,058 km², em 2020, com 283 542 habitantes, sendo o
décimo município mais populoso da região Norte do Brasil. Localizado a 485 quilômetros
da capital do estado, sua localização tem por referência, o ponto de encontro entre dois
grandes rios, Tocantins e Itacaiúnas, formando uma espécie de "y" no seio da cidade, vista
de cima. É formada basicamente por três núcleos urbanos, sendo eles Nova Marabá,
Velha Marabá e Cidade nova.
A ação com objetivo de alcançar o maior número de crianças para atualização da
carteira de vacinação será realizada no núcleo Cidade Nova, mais especificamente no
Bairro da Paz. Ele é localização em região periférica, que sofre com a falta de saneamento
básico, ruas sem asfalto, casas em locais alagados, de maneira especial em períodos com
índices de chuvas elevados.
No último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010
a população estimada era de aproximadamente três mil pessoas. Hoje, a estimativa é que
seja mais que o dobro de moradores. Em 2021 foi inaugurada a Unidade Básica de Saúde
(UBS) José Pereira de Araújo, onde será executada nossa ação. Na unidade conta com

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todas as salas e estrutura de uma UBS, funcionários qualificados e funcionamento
totalmente ativo.
5.3 População
A população do Bairro da Paz em sua maioria é composta por pessoas carentes,
que possuem baixa renda e pouca informação. Por esses motivos, faltam conhecimentos
sobre saúde pública por parte da população.
Há uma extrema necessidade de crescimento de informação sobre a vacinação das
pessoas no bairro da paz, haja vista que há diversas condicionantes e determinantes
sociais que impedem a total vacinação, portanto a vacinação nessa população ajuda a
melhorar a perspectiva bem como a profilaxia de diversas doenças. Dessa forma, o
público-alvo dessa ação será às crianças inclusas na primeira infância e seus responsáveis,
disponibilizando as vacinas para essa fase da vida.
5.3 Parceiros
Como parceiros dessa ação, contaremos com a equipe da UBS José Pereira de
Araújo, compondo a equipe os funcionários da mesma, para atendimento e
principalmente na sala de vacinação.
Buscaremos uma parceria com o Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS), a fim de oferecer alguns serviços para a comunidade que estará presente.
5.4 Etapas
Para efetivação desse projeto, será seguido as seguintes etapas:
Etapa 1: Autorização
Solicitar a autorização para a realizarmos a ação na UBS José Pereira de Oliveira,
a fim de atualizar a carteira de vacinação das crianças do bairro da Paz.
Etapa 2: Elaboração de materiais para divulgação e busca de patrocínio
Vamos elaborar cartazes, ilustrando a importância das vacinas Poliomielite,
Pneumocócica, Rotavírus e Hepatite B, com o intuito de mostrar com imagens para todo
o público, o que pode causar com a ausência da vacina, como febre, dor de barriga, pessoa
resfriada, etc.
Buscar patrocinadores para a realização do projeto, através de ofícios
demonstrando as intenções do mesmo, oferecendo o local da ação para a divulgação do
patrocinador.
Etapa 3: divulgação
Divulgar a ação no bairro de abrangência da UBS em que será realizada, por meio
de:

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- Carros de som e imprensa local: divulgar dia, horário e serviços ofertados
-Cartazes contendo informações sobre a ação com o horário, local, e os serviços
oferecidos na UBS, espalhados nas ruas, postes e em locais estratégicos (como comércios
locais).
Etapa 4: Organização da ação
Após a qualificação do trabalho no dia 01/04/2023 e aprovação do mesmo,
estaremos em busca de patrocínio para a realização do café da manhã, aluguel de tendas,
mesas e cadeiras, cama elástica para o espaço de entretenimento das crianças e impressão
dos materiais.
Etapa 5: Realização da Ação
No dia 04 de maio de 2023 realizaremos a ação:
- Organizar a mesa de café da manhã, oferecida ao público que estará presente.
-Dividindo os espaços de acordo com nossos objetivos: duas estações sendo uma
separada para uma roda de conversa com os responsáveis e outra para o entretenimento
das criança com cama elástica, espaço de pintura de rosto e em papéis, com imagens
ilustrativas sobre a vacinação.
- Distribuindo cartazes pelo ambiente, com intuito educativo de esclarecer
qualquer dúvida existente sobre a vacinação;
-Sala para consulta médica com os profissionais que estarão de maneira gratuita
atendendo;
- A sala de vacinação funcionará para a atualização da carteira das crianças.

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6 CRONOGRAMA

2023 (2023/1)
Atividades FEV MAR ABRIL MAIO JUNHO

Definição do
X
Tema
Elaboração do
X X
Projeto

Qualificação do
X
Projeto

Divulgação da
X
Ação

Realização da
X
Ação

Elaboração do
Relato de X
Experiência

Apresentação na
Jornada X
Acadêmica

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7 ORÇAMENTO

7.1 Material Permanente


Discriminação Quant. Valor Unit. Valor Total

Cartazes 4 20,00 80,00

Sub-Total: 80,00

7.2 - Material de Consumo


Discriminação Quant. Valor Unit. Valor Total

Lanche 1 500,00 500,00

Água 100 1,00 100,00

Brindes 1 200,00 200,00

Brindes 1 200,00 200,00

Sub-Total: 800,00

7.3 - Despesas Com Pessoal


Discriminação Quant. Valor Unit. Valor Total

Gasolina 20L 5,60 112,00

Sub-Total: 112,00

7.4 Outros Serviços de Terceiros


Discriminação Quant. Valor Unit. Valor Total

Panfletos 3000 0,60 180,00

Tendas 1 3.900,00 3.900,00

Cadeiras 50 2,00 100,00

Carro de som 1 400,00 400,00

16
Tendas 1 3.900,00 3.900,00

Cadeiras 50 2,00 100,00

Carro de Som 1 400,00 400,00

Sub-Total: 4.580,00

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8 RESULTADOS E/OU PRODUTOS ESPERADOS

Esperamos como resultado principal desse projeto, a atualização da carteira


vacinal das crianças e a prevenção de doenças, pois com a vacinação em dias conseguimos
prevenir a ocorrência de doenças infecciosas, reduzindo significativamente sua incidência
e evitando complicações associadas a essas doenças. Conseguiremos também uma maior
proteção individual, uma vez que a vacinação ajuda a proteger o indivíduo vacinado
contra doenças, reduzindo o risco de contrair e espalhar para outros.
Um outro resultado esperado é uma maior adesão e, consecutivamente, uma maior
proteção coletiva, pois a vacinação ajuda a proteger a comunidade como um todo, criando
um efeito de imunidade coletiva (também conhecido como imunidade de grupo), onde a
maioria da população é vacinada e, portanto, a disseminação da doença é impedida.
Com a vacinação podemos reduzir os custos associados ao tratamento de doenças
infecciosas, incluindo hospitalizações, consultas médicas e medicamentos, bem como a
redução da mortalidade relacionada a doenças infecciosas, especialmente entre grupos de
alto risco, como crianças e idosos. A vacinação é uma ferramenta importante para
prevenir a ocorrência de epidemias de doenças infecciosas, como a gripe e é essencial
para a erradicação de doenças graves como a varíola, que já foi eliminada em todo o
mundo graças à vacinação em massa.
Temos certeza de que a vacinação é uma das medidas mais eficazes para a
promoção da saúde pública, ajudando a manter as populações saudáveis e protegidas
contra doenças infecciosas.

18
9 REFERÊNCIAS:
CAMPINAS, P. U. C. DE. Projeto de Extensão esclarece população sobre
benefícios das vacinas.
Fundo das nações Unidas para a Infância, Unicef. BARRETO, Mauricio;
FILHO, Naomar; VERAS, Renato; BARTA, Rita. Epidemiologia, Serviços e
tecnologias em saúde. Cap 9. Página 110.
Sato APS. Pandemia e coberturas vacinais: desafios para retorno às
escolas. Rev Saúde pública 2020, 54(115):1-8
PONTES, CARLOS. Vacinação, controle de qualidade e produção de
vacinas no Brasil a partir de 1960. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/jpF4bSsMjWrb6jdmjVyTPFH/?format=pdf&lan
g=pt. Acesso em 8 de março de 2023.
Instituto Butantan, 2021. Imunização uma descoberta da ciência que vem
salvando vidas desde o século XVIII.
Instituto Butantan, 2021. Imunização uma descoberta da ciência que vem
salvando vidas desde o século XVIII. Disponível em:
https://butantan.gov.br/noticias/imunizacao-uma-descoberta-da-ciencia-que-
vem-salvando-vidas-desde-o-seculo-xviii. Acesso em 8 de março de 2023.
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Disponível em:
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/3045-tudo-sobre-rotavirus-e-
importancia-da-vacinação. Acesso em 17 março de 2023.
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Disponível em:
https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-mapeia-causas-de-internacoes-por-
diarreia-infantil. Acesso em 17 de março de 2023.
GONÇALVES, N. V.; MIRANDA, C. D. S. C.; GUEDES, J. A.; SILVA, L. D.
C. T. D.; BARROS, E. M.; TAVARES, C. G. D. M.; PALÁCIOS, V. R. D. C.
M.; COSTA, S. B. N. D.; OLIVEIRA, H. C.; XAVIER, M. B. Hepatites B e C
nas áreas de três Centros Regionais de Saúde do Estado do Pará, Brasil:
uma análise espacial, epidemiológica e socioeconômica. Cadernos Saúde
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