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revisão de literatura
Resumo
1. Introdução
O câncer de mama pode causar linfedema, que é definido como o acúmulo
excessivo e persistente de fluído e proteínas extravasculares e extracelulares nos
espaços teciduais, devido à ineficiência do sistema linfático expelir.
Os sinais do linfedema são: aumento do diâmetro do membro, tensionamento da
pele com risco de rotura e infecção, rigidez e diminuição da amplitude de movimento das
articulações, distúrbios sensoriais na mão e uso reduzido do
membro em tarefas funcionais.
Logo, como consequência, pode ter deformidades estéticas, diminuição da
habilidade funcional, desconforto físico, episódios de erisipela e estresse psicológico.
Consequentemente, o linfedema é uma das principais intercorrências da cirurgia e
radioterapia para o câncer de mama, sendo de extrema necessidade buscar-se outras
alternativas para sua redução e controle.
2. Fundamentação
O linfedema pode ser controlado, mas não curado. O mesmo pode ser reduzido
significativamente na primeira semana de tratamento, e após a terceira semana, a
redução pode ocorrer de maneira menos significativa. A partir desse momento, o
tratamento deve ser continuado para manutenção da redução já conseguida, colaborando
para reduzir a incidência de infecções e para melhora da qualidade de vida.
4. Resultados e Discussão
Podemos observar neste estudo, que os resultados apontaram que técnicas isoladas
não foram suficientes para a redução do linfedema. As modalidades de exercícios e a CP
utilizados sem associações podem não ser benéficas, pois é necessário haver
desbloqueio linfático prévio que será mantido pela ação da contração muscular e uso de
bandagem compressiva e da pressão positiva pneumática.
A DLM isolada também não é eficaz em linfedemas, sendo que os melhores
resultados são encontrados quando associada à compressão e exercícios. O enfaixe
compressivo não só mantém como incrementa a absorção linfática e, em conjunto com a
cinesioterapia, estimula o funcionamento linfático.
A CP pode trazer complicações caso as vias linfáticas do tronco não tenham sido
esvaziadas e estimuladas previamente. Os vasos linfáticos superficiais são pequenos e
frágeis, podendo ser lesados e rompidos pela alta pressão pneumática. Se houver
insuficiência da drenagem profunda, a região do corpo acima da câmera pneumática
torna-se congestionada, o que pode originar nova área de linfedema e reduzir ainda mais
a capacidade para coletar linfa.
Portanto, o tratamento administrado pelo profissional apresentar grande
porcentagem de
redução do volume do membro acometido, o tratamento realizado somente pela paciente
pode ser útil caso ela não consiga seguir uma terapia com profissional. O conjunto de
todo tratamento
elevação, massagem terapêutica, exercícios, compressão e medicamentos, é mais
adequado
quando realizado por uma equipe interdisciplinar, sendo a cirurgia para recanalização
linfática utilizada quando o tratamento conservador é ineficaz.
5. Conclusão
Desta maneira, desta revisão de literatura, pode-se concluir que, dentre as
modalidades terapêuticas utilizadas no tratamento do linfedema, sem dúvida a TCD é a
que apresenta maior respaldo científico. Sua aplicação com a CP se mostrou eficaz e
novas técnicas com
resultados satisfatórios estão sendo estudadas, como a EVA e a laserterapia.
Os efeitos mais benéficos são obtidos com técnicas combinadas e, de acordo com a
fisiopatologia do linfedema, cabe ao fisioterapeuta eleger a melhor combinação de
modalidades, mediante avaliação pormenorizada de cada caso.
Referências bibliográficas
1) Retirado do site https://www.scielo.br/j/rlae/a/mKKJ64tffBdCNQRhnJsNQYx/?
format=pdf&lang=pt em 03/04/2023