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Fisiologia II – MIMD

SISTEMA NERVOSO

Elisabete Silva
efmoura@icbas.up.pt

2022
SISTEMA NERVOSO
Ø SENSAÇÕES SOMÁTICAS Ø ÓRGÃOS ESPECIAIS DOS SENTIDOS
q SENSAÇÕES DE DOR e CEFALEIA q AUDIÇÃO
§ Recetores e estimulação; Vias de transmissão; § Perceção do som; cóclea e órgão de corti
sistema de supressão; Tipos de dor. (receptor); Transdução sonora; vias de
§ Cefaleia. transmissão de sinais; dicriminação de
padrões sonoros; tipos de surdez.
q SENSAÇÕES TÉRMICAS
§ Recetores; Vias de Transmissão de sinais.

Ø PALADAR E OLFATO

Elisabete Silva
efmoura@icbas.up.pt

2022
SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR
Ocorre por lesão dos tecidos à mecanismo protetor
DOR RÁPIDA DOR LENTA
Pontual, agulhada, aguda, elétrica Queimação, persistente, pulsátil, nauseante,
crónica
Sentida até 0,1 s depois do estímulo Começa 1 s ou mais de pois do estímulo e
doloroso aumenta gradualmente

Estímulos mecânicos e térmicos Estímulos mecânicos, térmicos e químicos


Fibras de tipo Ad (6 a 30 m/s) Fibras de tipo C (0,5 a 2 m/s)
Trato Neoespinotalámico Trato Paleoespinotalámico
Glutamato Glutamato e Substância P (libertada mais
lentamente)
Não é sentida nos tecidos mais profundos Pele e tecidos profundos

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – RECETORES e ESTIMULAÇÃO

Terminações nervosas livres

• Pele
• Tecidos internos
• Tecidos profundos esparsamente supridos (lesões intensas somação)

ESTÍMULOS à mecânicos, térmicos e quimicos (bradicinina, serotonina, histamina, K+, ácidos, acetilcolina
e enzimas proteolíticas)
à Prostaglandinas e substância P – aumentam a sensibilidade térmica

Intensidade da dor relacionada com a intensidade do dano tecidual

RECETORES - ADAPTAM-SE MUITO POUCO ou NÃO SE ADAPTAM

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – ISQUEMIA TECIDUAL

• Falta de Oxigénio à respiração anaeróbia nos tecidos à Acumulação de ácido lático e provavelmente
outros agentes químicos

DOR – ESPASMO MUSCULAR

• Efeito direto do espasmo na estimulação de recetores da dor


• Compressão de vasos sanguíneos à isquemia

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR –TRANSMISSÃO DE SINAIS
Fibras de transmissão lenta e rápida
Os estímulos dolorosos súbitos podem ser transmitidos inicialmente
por via das fibras Ad (que terminam na sua maioria na lâmina I dos
cornos dorsais) e excitam neurónios de segunda ordem de trato
neoespinotalâmico.

1 s ou mais depois podem ser estimuladas fibras C que terminam na


lâmina II e III, passam por um ou dois neurónios de fibra curta, dentro
dos cornos dorsais antes de entrar na lâmina V. Cruzam para o lado
oposto da medula e dirigem-se para o encéfalo pela via anterolateral
–> via paleoespinotalámica.

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – VIAS DE TRANSMISSÃO
TRATO NEOESPINOTALÂMICO e TRATO PALEOESPINOTALÂMICO

Junto com o trato coluna


dorsal lemnisco-mendial

Algumas terminam
nas áreas reticulares

Quando são ativados os recetores táteis e da


dor, a localização da dor pode ser quase exata.

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – VIAS DE TRANSMISSÃO
TRATO NEOESPINOTALÂMICO e TRATO PALEOESPINOTALÂMICO

Termina de modo difuso no tronco cerebral.


1/10 a ¼ das fibras ascende ao tálamo.
Localização imprecisa da dor.

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – VIAS DE TRANSMISSÃO
TRATO NEOESPINOTALÂMICO e TRATO PALEOESPINOTALÂMICO

Remoção das áreas somatossensoriais do córtex não elimina


a perceção da dor.

ü Formação reticular do troco cerebral, tálamo e outras


regiões inferiores do encéfalo envolvidas na perceção da
dor.
ü Córtex papel importante na interpretação da quantidade
da dor.

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – SISTEMA DE SUPRESSÃO E
SISTEMA DE ANALGESIA

E
S

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – SISTEMA DE SUPRESSÃO E
SISTEMA DE ANALGESIA

Neurotransmissores mais importantes deste sistema: E

• Encefalina
• Serotonina

E
S

Bloqueia os sinais dolorosos no ponto de entrada da medula espinal

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – DOR REFERIDA E DOR VISCERAL
Dor referida
É sentida longe do local onde o tecido lesionado causa a dor.
Dor de órgão viscerais referida à superfície da pele.

Fibras da dor visceral fazem sinapses


no mesmo local que recebem sinais
dolorosos da pele

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – DOR REFERIDA E DOR VISCERAL
Dor referida
É sentida longe do local onde o tecido lesionada causa a dor.
Dor de órgão viscerais referida à superfície da pele.

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – DOR REFERIDA E DOR VISCERAL
Dor visceral
A dor oriunda das vísceras abdominais e torácicas podem ser utilizadas para diagnóstico de inflamação local, doença
visceral infeciosa e outras patologias.
Causada por estimulação difusa das terminações nervosas para a dor existentes nas vísceras.

Estímulos:
• Isquemia
• Lesão química
• Espasmo da musculatura lisa
• Distensão excessiva da víscera ou do tecido conjuntivo

Transmitida por fibras tipo C

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – DOR PARIETAL
A patologia que afeta a víscera espalha-se para o peritoneu, pleura ou pericárdio parietal
(zonas com extensa inervação dolorosa).

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
DOR – VIAS TRANSMISSÃO DOR VISCERAL E PARIETAL

Transmitida pelas fibras sensoriais para a dor, nos


feixes nervosos autónomos à são referenciadas para
áreas da superfície do corpo.

Conduzidas diretamente para os nervos espinhais à


localização direta sobre a área dolorosa.

Dor aguda

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
CEFALEIA
Dor referida para a superfície da cabeça a partir de estruturas profundas.
Origem: intracraniana
Distensão seios venosos, lesões do tentório ou distensão da dura na base do encéfalo.

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
CEFALEIA
Dor referida para a superfície da cabeça a partir de estruturas profundas.
Origem: intracraniana
Distensão seios venosos, lesões do tentório ou distensão da dura na base do encéfalo.

Causas: Meningite; Baixa pressão LCR; Enxaqueca (fenómenos vasculares anormais); álcool (efeito tóxico meninges).

Origem: extracraniana
Causas: Espasmos musculares, irritação nasal e de estruturas acessórias ou distúrbios visuais.

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SISTEMA NERVOSO
Ø SENSAÇÕES SOMÁTICAS
q SENSAÇÕES DE DOR e CEFALEIA
§ Recetores e estimulação; Vias de transmissão;
sistema de supressão; Tipos de dor.
§ Cefaleia.

q SENSAÇÕES TÉRMICAS
§ Recetores; Vias de Transmissão de sinais.

Ø ÓRGÃOS ESPECIAIS DOS SENTIDOS


q AUDIÇÃO
§ Perceção do som; cóclea e órgão de corti
(receptor); Transdução sonora; vias de
transmissão de sinais; dicriminação de
padrões sonoros; tipos de surdez.

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
SENSAÇÕES TÉRMICAS
Podemos perceber diferentes graduações do frio e calor:
• Frio congelante
• Gelado
• Frio
• Indiferente
• Morno
• Quente
• Muito quente

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
SENSAÇÕES TÉRMICAS - RECETORES

Calor
Possivelmente terminações nervosas livres
Sinais conduzidos por fibras C (0,4 a 2 m/s)
?

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
SENSAÇÕES TÉRMICAS - RECETORES

Calor
Possivelmente terminações nervosas livres
Sinais conduzidos por fibras C (0,4 a 2 m/s)
?
Frio
Terminação mielinizada fina do tipo Ad (20m/s)
Ramificada com protusões para as superfícies inferiores
das células epidérmicas basais
Adaptação parcial (rápida no início e depois lenta)
Sensação de Frio
Possivelmente terminações nervosas livres
Sinais conduzidos por fibras C

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
SENSAÇÕES TÉRMICAS - RECETORES

Estimulação dos recetores resulta (provavelmente) de estimulação química das terminações


nervosas devido a alterações do metabolismo celular

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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
SENSAÇÕES TÉRMICAS - RECETORES

Estimulação dos recetores resulta (provavelmente) de estimulação química das terminações


nervosas devido a alterações do metabolismo celular

Fibras diferentes respondem a níveis distintos de temperatura


Frio extremo e calor extremo são dolorosos
Somação de sinais quando grandes áreas são estimuladas
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SISTEMA NERVOSO
SENSAÇÕES SOMÁTICAS
SENSAÇÕES TÉRMICAS – TRANSMISSÃO SINAIS TÉRMICOS

Transmitidos por vias paralelas às da dor

Terminam

• Áreas reticulares do tronco cerebral


• Complexo ventro-basal do tálamo

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SISTEMA NERVOSO
Ø SENSAÇÕES SOMÁTICAS Ø ÓRGÃOS ESPECIAIS DOS SENTIDOS
q SENSAÇÕES DE DOR e CEFALEIA q AUDIÇÃO
§ Recetores e estimulação; Vias de transmissão; § Perceção do som; cóclea e órgão de corti
sistema de supressão; Tipos de dor. (receptor); Transdução sonora; vias de
§ Cefaleia. transmissão de sinais; dicriminação de
padrões sonoros; tipos de surdez.
q SENSAÇÕES TÉRMICAS
§ Recetores; Vias de Transmissão de sinais.

Ø PALADAR E OLFATO

Elisabete Silva
efmoura@icbas.up.pt

2022
SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
Permitem separar alimentos desejáveis e nutritivos de indesejáveis (e mesmo letais)

Botões gustativos à estruturas onde se localizam as células gustativas

Olfato também contribui para a perceção do paladar

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
SENSAÇÕES GUSTATIVAS PRIMÁRIAS
Tipos recetores membranares:
Doce Amargo Salgado Azedo Sensações Primárias da gustação

maioritariamente substâncias orgânicas

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
LIMIAR GUSTATIVO

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
BOTÃO GUSTATIVO
Botão gustativo

Encontram-se em três tipos de papilas da língua:

• Paredes dos sulcos que circulam as papilas circunvaladas


• Papilas fungiformes na superfície plana anterior da língua
• Papilas foliáceas nas superfícies laterais da língua
• Adicionalmente no palato, papilas tonsilares, epiglote e esófago proximal

3 000 a 10 000 botões no adulto


Mais em crianças
Diminui com a idade
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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
BOTÃO GUSTATIVO

Botão gustativo

• Células de suporte (sustentação)


• Células gustativas (substituídas por divisão
células epiteliais)
• Poro gustativo (microvilosidades)
• Ramificações dos terminais das fibras
nervosas

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
MECANISMO DE ESTIMULAÇÃO DOS RECETORES

Potencial recetor à alteração de potencial


elétrico da célula gustativa

ADAPTAÇÃO RÁPIDA
• Botões gustativos
• Mecanismos ativados pelo SNC

1. Sinal forte e imediato


2. Sinal contínuo mais fraco

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
TRANSMISSÃO PARA O SNC

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
TRANSMISSÃO PARA O SNC

REFLEXOS GUSTATIVOS – INTEGRADOS NO TRONCO CEREBRAL

Glândulas salivares
(auxílio na digestão)

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
PREFERÊNCIA GOSTO E CONTROLE DIETA

Preferência de uns alimentos em detrimento de outros (mecanismo provavelmente


regulado a nível do SNC)

• Necessidades corporais
adrenalectomia – preferência de ingestão de água com sal
depleção glicose – preferência pelos alimentos mais doces

• Associação a experiências prévias (agradáveis/desagradáveis)

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
Menos desenvolvido nos seres humanos

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
MEMBRANA OLFATÓRIA

Glândulas de Bowman

Células recetoras (neurónios bipolares)

Células sustentação

Cílios olfatórios (4-20 por célula)

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
MECANISMO DE ESTIMULAÇÃO DOS RECETORES

Amplificação do sinal
Sensibilidade para pequenas quantidades de moléculas odorantes (limiar do olfato)
Ex. uso de metil mercaptano no gás natural

Aumentos do limiar do olfato de 10 a 50 vezes à intensidade máxima.


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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
ADAPTAÇÃO DOS RECETORES

1. Adaptação rápida à 50% no primeiro segundo de estimulação


2. Adaptação lenta

Após 1 minutos ocorre adaptação quase até a extinção o que sugere envolvimento do SNC (mecanismo inibitório)

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
SENSAÇÕES PRIMÁRIAS

1. Cânfora
2. Almiscarado
3. Floral Dados recentes identificaram vários genes que codificam proteínas recetoras.
4. Hortelã Sugere a existência de pelo menos mais de 100 sensações primárias do olfato!
5. Etéreo
6. Irritante
7. Pútrido

Cegueira olfativa
Ausência da proteína recetora para uma substância odorante específica.

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
TRANSMISSÃO PARA O SNC

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SISTEMA NERVOSO
PALADAR E OLFATO
TRANSMISSÃO PARA O SNC

Área medial olfativa


Sistema olfativo muito antigo à reflexos básicos.

Área lateral olfativa


Sistema menos antigo à controle automático, mas parcialmente
aprendido da ingestão e aversão a alimentos.

Via recente
Do tálamo para o córtex orbitofrontal à perceção e análise
consciente.

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SISTEMA NERVOSO
Ø SENSAÇÕES SOMÁTICAS Ø ÓRGÃOS ESPECIAIS DOS SENTIDOS
q SENSAÇÕES DE DOR e CEFALEIA q AUDIÇÃO
§ Recetores e estimulação; Vias de transmissão; § Perceção do som; cóclea e órgão de corti
sistema de supressão; Tipos de dor. (receptor); Transdução sonora; vias de
§ Cefaleia. transmissão de sinais; dicriminação de
padrões sonoros; tipos de surdez.
q SENSAÇÕES TÉRMICAS
§ Recetores; Vias de Transmissão de sinais.

Ø PALADAR E OLFATO

Elisabete Silva
efmoura@icbas.up.pt

2022
SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERCEÇÃO DO SOM
Audição à perceção da energia transportada pelas ondas sonoras. Ondas de pressão com picos alternados de
ar comprimido e vales onde as moléculas de ar estão afastadas entre elas.
Somà interpretação do nosso cérebro da frequência, amplitude e duração das ondas sonoras que chegam aos
nossos ouvidos.

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERCEÇÃO DO SOM
Audição à perceção da energia transportada pelas ondas sonoras. Ondas de pressão com picos alternados de
ar comprimido e vales onde as moléculas de ar estão afastadas entre elas.
Somà interpretação do nosso cérebro da frequência, amplitude e duração das ondas sonoras que chegam aos
nossos ouvidos.

If a tree falls in the forest, and there is no one around


to hear, does it make a sound?

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERCEÇÃO DO SOM
Tons à interpretações do nosso cérebro das diferentes frequências

Frequências baixas à sons graves


Frequências altas à sons agudos

Mede-se em Hertz (Hz)

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERCEÇÃO DO SOM
Tons à interpretações do nosso cérebro das diferentes frequências

Frequências baixas à sons graves


Frequências altas à sons agudos

Mede-se em Hertz (Hz)

Ouvido humano – 20 – 20 000 Hz

Envelhecimento – 50 – 8 000 Hz

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERCEÇÃO DO SOM
Intensidade à interpretações do nosso cérebro das diferentes amplitudes

Amplitudes baixas à suave (sussurro)


Amplitudes altas à alto

Mede-se em decibéis (dB)

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERCEÇÃO DO SOM
Intensidade à interpretações do nosso cérebro das diferentes amplitudes

Amplitudes baixas à suave (sussurro)


Amplitudes altas à alto

Mede-se em decibéis (dB)

Aumento de 10 dB à aumento de 1 intensidade

Discurso à 60 dB
> 80 dB podem danificar os recetores presentes no ouvido interno.
Concerto rock à ~120 dB.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
ANATOMIA

OUVIDO
• externo
• médio
• interno

Ø Equilíbrio
Ø Audição

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
ANATOMIA

CÓCLEA – Sistema tubos espiralados

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
ANATOMIA

Rampa vestibular

Rampa média

Rampa timpânica

Orgão de córti

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
ANATOMIA

ÓRGÃO DE CORTI – órgão recetor (gera impulsos


nervosos em resposta à vibração da membrana basilar)

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – tímpano à cóclea

Membrana timpânica (sob tensão) à tracionada pelo


músculo tensor do tímpano à vibrações são transmitidas
aos ossículos.

Martelo e bigorna funcionam como alavanca que


empurram o estribo, este a janela oval e o líquido coclear.

Sistema de alavancas aumenta 22x a força sobre o líquido


da cóclea.

Importante pois o líquido tem mais inercia do que o ar.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – tímpano à cóclea

SONS INTENSOS

Contração músculo estapédio à puxa o estribo para fora

Contração músculo tensor do tímpano à puxa o cabo do martelo

Sistema auricular com maior rigidez à redução condução


ossicular – 30 a 40 dB

• Protege a cóclea de vibrações prejudiciais


• Mascara sons de baixa frequência em ambientes com
sons intensos

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – tímpano à cóclea

PRÓPRIA VOZ

Sinais nervosos colaterais são transmitidos aos músculo


estapédio e tensor do tímpano à diminui a sensibilidade
à própria voz

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – tímpano à cóclea

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA FISIOLOGIA II


SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – tímpano à cóclea

helicotrema

Membrana basilar – membrana fibrosa (20 000 a 30 000


fibras basilares)

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – tímpano à cóclea

Quando a membrana basilar tem frequência de


ressonância igual à frequência do som ela vibra (para a
frente e para trás) e dissipa-se a energia da onda.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA – excitação das células ciliadas

ÓRGÃO DE CORTI – órgão recetor (gera impulsos


nervosos em resposta à vibração da membrana basilar)

Células externas controlam a sensibilidade das células internas


(afinação). Muitas células nervosas retrogradas dirigem-se do
tronco cerebral para as vizinhanças das células ciliadas
externas à mecanismo retrogrado

3-4 x mais abundantes


90-95% das fibras
estimuladas são as internas

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA

ÓRGÃO DE CORTI

Endolinfa – secretada pela estria


vascular (área muito vascularizada)
• Elevada concentração de K+ e
baixa de Na+

Perilinfa – composição semelhante


à do líquido cefalorraquidiano.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA

Glutamato

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA
Determinação da intensidade
1. Amplitude da vibração da membrana basilar e células ciliadas.
2. Estimulação de mais células ciliadas à somação espacial
3. Estimulação de células ciliadas externas (só são estimuladas significativamente com sons intensos)

Alterações da intensidade
Compressão de escala
Exemplo:
Som aumenta 1 trilião de vezes à 1 milhão de vezes amplitude da membrana basilar à ~10 000 vezes nível sonoro

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
TRANDUÇÃO SONORA

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
VIAS NERVOSAS AUDITIVAS

• Sinais de ambos os ouvidos são transmitidos por


vias em ambos os lados do cérebro
(predominância contralateral).
• Muitas fibras colaterais dos tratos auditivos
entram diretamente no sistema reticular
ativador do tronco cerebral à projetam
difusamente (resposta a sons intensos)
• Alto grau de orientação espacial cóclea-córtex
(princípio do lugar).

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
CORTÉX E AUDIÇÃO

• Córtex primário – excitado diretamente por projeções do corpo geniculado


medial (ver figura anterior – 4 - tálamo).
• Córtex associação auditiva – excitado por impulsos do córtex primário e
algumas áreas de associação talâmicas.
• Sons de alta frequência excitam neurónios numa extremidade.
• Sons de baixa frequência excitam neurónios na extremidade oposta.

Mapas tonotópicos
Mostram áreas que dissecam uma característica específica do som (ex.
frequência, direção, início súbito, ruído vs. frequência pura)

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO

Mapas tonotópicos
Mostram áreas que dissecam uma característica específica do som (ex.
frequência, direção, início súbito, ruído vs. frequência pura)

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
INIBIÇÃO LATERAL

A estimulação da cóclea numa determinada frequência inibe as frequências sonoras em ambos os lados da
frequência primária.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
DISCRIMINAÇÃO DE PADRÕES SONOROS
Remoção bilateral córtex auditivo
• Elimina capacidade de reconhecer combinações ou sequências de tons, mas não elimina a capacidade de detetar
sons ou reagir de modo cru aos sons.

Destruição córtices auditivos primários


• Diminui sensibilidade auditiva.

Lesão nas áreas associativas


• Perda da capacidade de interpretar o significado do som ouvido.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
DETERMINAÇÃO DA DIREÇÃO DO SOM
• Intervalo de tempo entre a entrada do som em cada um dos ouvidos.
• Diferentes intensidades de som nos dois ouvidos.
• Distinção se o som vem de cima, da frente, de baixo ou de trás é feita pelos pavilhões auditivos que modificam os
sons de modo a enfatizar frequências específicas de diferentes direções.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERDA DE AUDIÇÃO – TIPOS DE SURDEZ

• Comprometimento da cóclea, do nervo ótico ou dos circuitos do SNC do ouvido à surdez neurossensorial

• As ondas sonoras não chegam perfeitamente para o ouvido interno à surdez de condução

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
PERDA DE AUDIÇÃO – TIPOS DE SURDEZ

Cóclea inserida na cavidade óssea no osso temporal

Vibrações do crânio podem causar vibrações no líquido da


cóclea.

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
AUDIOGRAMA

surdez neurossensorial

surdez de condução

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SISTEMA NERVOSO
AUDIÇÃO
AUDIOGRAMA

https://www.msdmanuals.com/professional/pages-with-widgets/videos?mode=list

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