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CVX - 2020-2021

TPC 2 ROMANOS VIII


6 – out - 2020
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Graça a pedir: Abrir el corazón a la paciência y entendimiento de la Graça de Deus y de mi


fragilidad y la fragilidad de los demás.
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Pistas para oração

- “Pero por la gracia de Dios soy lo que soy …” 


1 Corintios 15:10

- “1Todo o sumo sacerdote é escolhido de entre os homens e nomeado para servir a Deus em
favor deles. A sua missão é apresentar-lhe ofertas e sacrifícios pelos pecados. 2Como ele
próprio tem muitas fraquezas, está em condições de ter paciência com os ignorantes e os
transviados. 3Por isso ele deve oferecer sacrifícios, não só pelos pecados do povo mas
também pelos seus próprios. 4Ninguém toma por si mesmo este honroso cargo de sumo
sacerdote. O chamamento para isso tem de vir de Deus, precisamente como aconteceu
com Aarão.
5
Também não foi Cristo que tomou por si mesmo a honra de ser sumo sacerdote. Foi Deus
que o chamou para isso, ao dizer-lhe:
Tu és meu filho,
desde hoje sou teu pai.
6
E noutro lugar diz também:
Serás sacerdote para sempre,
à maneira de Melquisedec.

7
Durante a sua vida na Terra, Jesus dirigiu a Deus, que o podia livrar da morte, pedidos e
súplicas com voz forte e lágrimas. E Deus ouviu o seu pedido, por causa da sua submissão.
8
Todavia, apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a ser obediente por tudo o que sofreu. 9Foi
assim que ele realmente se tornou fonte de salvação eterna para todos os que lhe
obedecem. 10E Deus nomeou-o sumo sacerdote, à maneira de Melquisedec.”
Hebreus 5,1-10

- “15Sabemos que o nosso sumo sacerdote se compadece das nossas fraquezas, pois foi
tentado em tudo como nós, sem cair no pecado.”
Hebreus 4,15

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"O elogio da imperfeição"


Paolo Scquizzato

A riqueza do limite (parte 2)


Transformar as feridas em pérolas

«Tudo pode ser transformado em graça, até o pecado, dizia Agostinho. Até a nossa
sexualidade ferida e as nossas neuroses, acrescentaremos nós, desde que façamos delas uma
ocasião para nos abrirmos, para acolhermos e compartilharmos. Por isso, erraríamos se as
desprezássemos. São matéria de santidade» (André Daigneault, La via dell’imperfezione,
Cantalupa, Effatà Editrice, 2012, p. 17).
CVX - 2020-2021
ROMANOS VIII
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Se começamos a raciocinar deste modo, quer dizer que se realizou em nós a verdadeira
conversão, a metanoia evangélica; tornámos nosso um pensamento «outro», diferente, ou,
então, chegamos finalmente a já não pensar que a «pureza», a ausência de debilidade e de
pecado, é a nossa salvação, bem pelo contrário! A salvação, a santidade, consistirá finalmente
em nos apercebermos da nossa verdade, ou seja, de que estamos feridos, somos limitados,
frágeis; mas, ao mesmo tempo, objeto do amor «louco» de Deus que – precisamente porque
somos feitos assim – vem visitar-nos e habitar-nos.

«A santidade tem tão pouco a ver com a perfeição que é o seu oposto absoluto. A perfeição é
a irmã mais nova mimada da morte. A santidade é o gosto forte pela vida tal como é – uma
capacidade infantil de alegrar-se com aquilo que é, sem pedir nada mais» (Christian Bobin).

O Evangelho revela continuamente que tudo o que tem o sabor do limite também encerra em
si a possibilidade da sua realização. Jesus diz a cada um de nós: «Ama aquela parte de ti que
gostarias de não ter. Começa por envolvê-la com o amor e, no fim, verificarás que tens em ti
uma pérola preciosa, porque na ferida reconhecida, envolta pelo amor, experimentarás o
tesouro que trazes dentro de ti.»

Com insistência, o Evangelho exorta-nos a «pôr no meio» o nosso limite e a nossa fragilidade
(cf. o homem com a mão paralisada, Mc 3,3 e Lc 6,8; o paralítico, Lc 5,19). Colocar no meio as
nossas zonas de sombra quer dizer reconhecer, de um lado, a sua existência e, do outro, que
elas, diante da ressurreição de Cristo, não são a última palavra sobre a nossa humanidade.

Devemos decidir se optamos pela força ou pela debilidade.

A nossa insuficiência, a nossa debilidade, é uma força maior do que qualquer outra, porque
tem a própria força de Deus: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12,10).

Esta verdade deveria voltar ao centro do nosso viver cristão. Como já dissemos, nos
Evangelhos, no centro da cena está sempre o homem na sua doença, enquanto ser ferido,
débil e frágil. Por isso, também no centro da assembleia (da comunidade, da nossa família, da
Igreja...), no centro do nosso viver cristão, não sobressaem a força, o «faça-o você mesmo», a
observância obsessiva dos santos preceitos, o sermos moralmente irrepreensíveis..., mas está
simplesmente a nossa fraqueza.

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