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I. DOS FATOS
a) DA SOCIEDADE
Caldas brandão, não estava de acordo com os novos rumos que a sociedade iria tomar,
com voto vencido, em 15/04/2012 manifestou sua insatisfação e sua pretensão de retirar-se da
sociedade, em caráter irrevogável, caso a decisão da assembleia não fosse revertida. Os sócios
se recusaram a mudarem a decisão, e que caberia ao autor se conformar com os novos rumos
que a sociedade estava tomando, já que tal decisão estava amparada pelo princípio majoritário
das deliberações sociais. Não restando outra alternativa, o autor pretende nesta oportunidade
exercer seu direito de retirada e consequente apuração dos haveres societários.
II. DO CABIMENTO
A Constituição Federal em seu artigo 5º, XX, dispõe que “ninguém poderá ser
compelido a associar-se ou permanecer associado.”.
A presente exordial se faz necessária, uma vez que o Requerente não tem mais intenção
de permanecer socio cotista da requerida sociedade empresária, sendo a medida mais adequado
no caso concreto.
III. DO DIREITO
a) DA MUDANÇA DO CONTRATO SOCIAL
Em 26/03/2012, o autor se fez presente e teve seu voto vencido na deliberação dos
sócios, tomada em assembleia, que aprovou a ampliação do objeto social para incluir a atividade
de beneficiamento e comercialização de milho.
Ocorre que insatisfeito com os novos rumos que a sociedade estava tomando,
manifestou por escrito sua indignação em 15/04/2012, que se caso a sociedade não voltasse
atrás de sua decisão, ele iria sair do quadro societário da empresa. Os sócios por sua vez
informaram que o autor deveria se conformar, pois a decisão tomada estava amparada pelo
princípio majoritário das deliberações sociais.
Excelência, ocorre que o motivo da assembleia foi a alteração do contrato social, não
restando dúvidas que o autor tem pleno direito em solicitar sua retirada, pois o instituto do
direito de retirada da sociedade, refere-se a uma hipótese específica em que o socio possui o
direito conferido por lei de se remover da sociedade limitada quando este não concordar com a
alteração contratual realizada pela maioria dos sócios. conforme exposto no artigo 1.029 e
1.077 do Código Civil vejamos:
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio
pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante
notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias;
se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade,
incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu o direito
de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subsequentes à reunião,
aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art.
1.031.
Por fim, conforme exposto no caso concreto, requer a Vossa Excelência que a decisão
que decretar a dissolução parcial da sociedade deverá indicar a data de desligamento do sócio
em 15/04/2012.e o critério de apuração de haveres deve ser nos termos do artigo 606 do CPC,
com base o valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência
a data da resolução e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de
saída, além do passivo também a ser apurado de igual forma. Quando necessário realizar
perícia, que seja escolhido um perito especialista em avaliação de sociedade.
Diante do exposto pelas razões de fato e direito acima elencados, requer à Vossa
Excelência;
V. DAS PROVAS
Por fim, requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,
em especial pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, realização de perícia contábil
e demais meios necessários para comprovação da veracidade.