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ETEC “SALES GOMES”

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

FLUXO DE CAIXA

TATUÍ
2022
FLUXO DE CAIXA

Trabalho apresentado ao Curso Técnico Integrado


ao Ensino Médio sobre Fluxo de caixa referente à
disciplina de Custos, Processos e Operações
Contábeis como parte dos requisitos para obtenção
de menção referente ao bimestre.
Orientador: Prof. Edimur Diniz Vaz

TATUÍ
2022

Sumário
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2 O QUE É FLUXO DE CAIXA.....................................................................................4
2.1 Formas de apresentação do Fluxo de Caixa.......................................................4
2.2 Como elaborar um fluxo de caixa........................................................................7
3 AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO FLUXO DE CAIXA..............................10
3.1 Vantagens..........................................................................................................10
3.2 Desvantagens....................................................................................................11
4 QUAL É A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA EM UMA EMPRESA...............13
4.1 A importância do fluxo de caixa nas tomadas de decisões...............................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................16
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar informações sobre o fluxo de
caixa, pontuando suas principais características que destacam a sua importância em
uma entidade. Portanto, será conceituado o que é o fluxo de caixa e como é
elaborado para uso, podendo ser escolhido dentre opções como por exemplo fluxo
de caixa direto, indireto, projetado, operacional e livre, além de outros.
A partir de pesquisas efetuadas foi possível entender que o fluxo de caixa
é uma ferramenta construída a partir de informações financeiras da empresa. Trata-
se de uma representação gráfica e cronológica de ingressos e desembolsos de
recursos financeiros na empresa, se torna muito necessária em ambiente
empresarial, pois é uma ferramenta de gestão financeira que planeja e analisa
receitas, as despesas e os inventários.
O fluxo de caixa está fortemente ligado a tomada de decisões, o que é um
dos assuntos desenvolvido ao decorrer do trabalho proposto.
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2 O QUE É FLUXO DE CAIXA


O fluxo de caixa é uma ferramenta contábil que possibilita acompanhar as
finanças, os investimentos e os rendimentos. Trata-se de um relatório gerencial de
todas entradas (ingressos) e saídas (desembolsos) de capital do caixa de uma
empresa em determinado período. Pode variar de uma semana, um mês, um
semestral, e assim por diante.
Portanto, o fluxo de caixa analisa o saldo disponível daquele
empreendimento, para que se faça um balanço correto de quanto capital a empresa
tem, onde foram gastos os recursos e para qual finalidade. Neste sentido, o fluxo de
caixa nada mais é do que uma ferramenta fundamental de controle, é considerada
uma ferramenta que está na base da gestão de qualquer empresa, podendo ser
pequena, individual ou uma multinacional.
O fluxo de caixa para Frezatti (1997) é um dos principais instrumentos de
análise e avaliação de uma empresa, integrando o caixa central, as contas correntes
em bancos, contas de aplicação, receitas, despesas e as previsões. Pode-se então
apresentar o fluxo de caixa como um instrumento de controle financeiro gerencial,
cuja finalidade é a de auxiliar no processo decisório de uma organização, visando
sempre atingir os objetivos esperados, fazendo frente à incerteza associada ao fluxo
de recebimentos e pagamentos.
É relevante reconhecer o fluxo de caixa como instrumento que traga
subsídios para o processo de tomada de decisões. O fluxo de caixa deve ter um
formato que permita a adequada análise das informações contidas. Caso ele não
esteja adequadamente estruturado levará a empresa ao não entendimento e a
dificuldade em decidir adequadamente sobre sua decisão. A interpretação do fluxo
de caixa pode ser feita através de simulações onde se considera que todas as
contas que venceram no período foram pagas e todas as faturas vencidas nesse
mesmo período foram recebidas, independentemente de isso ter acontecido ou não.
Outras simulações podem ser feitas considerando apenas as saídas ou apenas as
entradas. Também é relevante lembrar de atualizar o saldo inicial.

2.1 Formas de apresentação do Fluxo de Caixa


Conforme Rosa e Silva (2002), o fluxo de caixa pode ser apresentado por
meio de duas formas: pelo método direto e pelo método indireto. Segundo eles, o
método direto demonstra os recebimentos e pagamentos derivados das atividades
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operacionais da empresa. Mostra, efetivamente, as movimentações dos recursos


financeiros que aconteceram no período. Por este método, a DFC evidencia todos
os pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades operacionais da
empresa, devendo apresentar os componentes do fluxo por seus valores brutos. A
opção para este método deve apresentar, no mínimo os seguintes tipos de
pagamentos e recebimentos relacionados às operações:
 Recebimentos de clientes;
 Juros e dividendos recebidos;
 Pagamentos de fornecedores e empregados;
 Juros pagos;
 Imposto de renda pago;
 Outros recebimentos e pagamentos
Este método também é conhecido como a abordagem das contas T (T
Account Approach), e consiste em classificar os recebimentos e pagamentos
utilizando as partidas dobradas e tem como vantagem permitir a geração de
informações com base em critérios técnicos livres de qualquer interferência da
legislação fiscal. Neste método começa-se a explicação dos caixas gerados pelas
operações da empresa pelo recebimento das vendas.
Fluxo de Caixa – Método Direto
INGRESSOS DE RECURSOS

Recebimentos de clientes xx
Pagamentos a fornecedores (xx)
Despesas administrativas e comerciais (xx)
Despesas financeiras (xx)
Impostos (xx)
Mão-de-obra direta (xx)
( = ) Ingressos de recursos provenientes das operações xx
Recebimentos por vendas do imobilizado xx
( = ) Total dos ingressos dos recursos financeiros xx

DESTINAÇÕES DE RECURSOS

Aquisição de bens do imobilizado xx


Pagamentos de empréstimos bancários xx
( = ) Total das destinações de recursos financeiros xx
Variação líquida de Disponibilidades xx
( + ) Saldo inicial xx
( = ) Saldo final de Disponibilidade xx
Fonte: ROSA E SILVA, 2002, P 89.
Ainda de acordo com Rosa e Silva (2002, p. 89), “O Método Indireto é
aquele no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são
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demonstrados a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas
de resultado que não afetam o caixa da empresa”. Tais como depreciação,
amortização e exaustão. O exemplo segue abaixo:
Quadro 3: Fluxo de Caixa – Método Indireto

ORIGENS

Lucro líquido do exercício xx

Mais:
Depreciações xx
Aumento em imposto de renda a pagar xx
Aumento em fornecedores xx

Menos:
Aumento em clientes (xx)
( = ) Caixa gerado pelas operações xx
Venda do imobilizado xx
( = ) Total dos ingressos de disponibilidade xx

APLICAÇÕES
Pagamentos de empréstimos bancários xx
Aquisição de imobilizado xx
( = ) Total das aplicações de disponibilidades xx
Variação líquida das disponibilidades xx
( + ) Saldo inicial xx
( = ) Saldo final das disponibilidades xx
Fonte: ROSA E SILVA, 2002, P 90.
Também há outros tipos de fluxo de caixa, por exemplo o Fluxo de caixa
projetado, que em resumo, não utiliza os valores que já foram acrescentados ou
removidos do orçamento. Na verdade, ele tem o objetivo de prever receitas e gastos.
Desse modo, é possível preparar o orçamento para pagar as despesas e garantir o
respeito aos prazos.
Fluxo de caixa operacional, essa modalidade de fluxo de caixa levanta os
gastos e as receitas operacionais, ou seja, todas as movimentações financeiras
necessárias para o funcionamento da empresa, como a folha salarial e o
abastecimento e manutenção do estoque. Não se deve, por exemplo, contabilizar os
investimentos nem o pagamento de impostos e taxas. Empreendimentos em fase
inicial de crescimento podem utilizar o fluxo de caixa operacional, já que não existe
grande variedade de informações e produtos.
E como último exemplo, o fluxo de caixa livre, uma ferramenta utilizada
para medir a capacidade de gerar capital da gestão, indicando o saldo existente a
curto, médio e longo prazo. É recomendado trabalhar em duas frentes: a primeira
entre 60 e 90 dias e a segunda com um prazo maior, entre 2 a 5 anos.
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2.2 Como elaborar um fluxo de caixa


Existem duas formas para se elaborar o fluxo de caixa, segundo Silva
(2008). A primeira forma, chamada de Método Direto, consiste em apresentar as
entradas (receitas) e saídas (despesas) de caixa projetadas e já conhecidas, sendo
a forma mais utilizada de apresentação do fluxo de caixa. A segunda, chamada de
Método do Lucro Ajustado, “apresenta as oscilações do saldo de caixa, informando
as oscilações dos ingressos e desembolsos decorrentes das variações de elementos
patrimoniais e de resultados, que darão origem ao lucro contábil” (ZDANOWICZ,
2003, p.171).
Na elaboração do fluxo de caixa, utiliza-se mapas auxiliares que tem
como propósito planejar e organizar as informações para o fechamento final do
fluxo. A forma, consistência, periodicidade e relevância desses mapas auxiliares,
dependerá do tipo da empresa e da sua atividade operacional. São exemplos de
mapas auxiliares: despesas administrativas, pagamento de fornecedores, despesas
com vendas, vendas a prazo, recebimento de atrasados, entre outras.
As principais modalidades de entradas no caixa são as vendas à vista e
cobrança das duplicatas de vendas a prazo realizadas pela empresa. Quanto aos
desembolsos podem ser relacionados com as compras de mercadorias à vista e a
prazo, salários e ordenados com os encargos sociais pertinentes, despesas
administrativas, despesas com vendas, despesas financeiras e despesas tributárias.
O prazo dos fluxos pode ser diário, semanais, mensais ou anuais.
Recomenda-se o planejamento e controle diário dos fluxos de caixa, para análises
de curto prazo, pois desta forma fornecerá informações mais detalhadas sobre os
ingressos e desembolsos, seus prazos de vencimento e o melhor dia do mês para
projetar recebimentos e compras.
São relacionadas as projeções (P), o que efetivamente fora realizado (R)
e a diferença (D) entre o realizado e o projetado de todas as semanas dos meses do
ano, conforme o modelo de Fluxo de Caixa pelo método direto, a seguir:
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Fonte: Adaptação de Zdanowicz, 2000.


Portanto, os principais itens que compõe o fluxo de caixa, conforme
Zdanowicz, são:
 Ingressos: São todas as entradas de caixa e banco, como as vendas à
vista, vendas a prazo, recebimentos de atrasados, receitas financeiras, vendas de
ativos, entre outros;
 Desembolsos: É composto pelas compras à vista, compras a prazos
com fornecedores, salários com os encargos sociais, tal como todas as despesas
administrativas, com vendas, tributárias e financeiras geradas pelo processo de
produção e comercialização;
 Diferença do período: Trata-se do resultado entre os recebimentos e
pagamentos da empresa, ou seja, a partir dos valores projetados, de ingresso e
desembolsos, encontra-se a diferença de valores, podendo ser positivo, negativo ou
nulo;
 Saldo inicial de caixa: É igual ao saldo final de caixa do período
imediatamente anterior;
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 Nível desejado de caixa: É a determinação do capital de giro líquido


necessário pela empresa, em função do volume de ingressos e desembolsos
futuros;
 Empréstimos ou aplicação de recurso financeiros: Poderão ser
captados empréstimos para subir a necessidade de caixa, mediante a apuração do
saldo da disponibilidade acumulada, ou quando houver excedentes, serão realizadas
aplicações no mercado financeiro;
 Pagamento ou resgate de aplicação: As amortizações são devoluções
do principal tomado emprestado, enquanto o resgaste constituem-se nos
recebimentos do principal aplicado;
 Saldo final de caixa: É o nível desejado de caixa projetado para o
período seguinte, que será o saldo inicial de caixa do período subsequente.
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3 AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO FLUXO DE CAIXA


Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual
o empresário deve inserir informações de entradas e saídas conforme as
necessidades da empresa. O objetivo principal é verificar a saúde financeira do
negócio a partir de análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de
sucesso do investimento e do estágio atual da empresa. Com isso, pode ser
identificado vantagens e desvantagens ao executar o fluxo de caixa.

3.1 Vantagens
Segundo Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa, assim como todos os
demais instrumentos financeiros e administrativos à disposição do gestor financeiro
apresenta suas vantagens e desvantagens. Sendo importante o conhecimento de
ambas. O autor apresenta as seguintes vantagens da implantação de um fluxo de
caixa:
 Facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de crédito a serem
obtidas junto às instituições financeiras;
 Programar os ingressos e os desembolsos de caixa, de forma
criteriosa, permitindo determinar o período em que deverá ocorrer carência de
recursos e o montante, havendo tempo suficiente para as medidas necessárias;
 Permitir o planejamento dos desembolsos de acordo com as
disponibilidades de caixa, evitando-se o acúmulo de compromissos vultuosos em
épocas de pouco encaixe;
 Determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado
período, e aplicá-los de forma mais rentável possível, bem como analisar os
recursos de terceiros que satisfaçam as necessidades da empresa;
 Proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa
com a área financeira;
 Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;
 Auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que se
possa julgar a conveniência em aplicar nesses itens ou não;
 Verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa;
 Estudar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;
 Projetar um plano efetivo de pagamento de débitos;
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 Analisar a viabilidade de serem comprometidos os recursos pela


empresa;
 Participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim
os controles financeiros.
Além desses pontos, é possível analisar de forma clara e objetiva que o
fluxo de caixa tem importante papel quanto a administração de gastos, o fluxo de
caixa evita gastos desnecessários na entidade, pois a partir dele você consegue ter
uma visão panorâmica de quanto a empresa recebe e gasta durante um
determinado período. Dessa forma, é possível otimizar o uso do seu capital no
investimento. Alguns gastos são comuns serem pequenos e diários, porém os
mesmos em diferentes períodos podem se transformar em um dos principais
responsáveis por impedir que sua empresa se desenvolva no mercado de maneira
sustentável.
Outro ponto fundamental do fluxo de caixa é a organização, por meio
dele, é possível manter o controle tanto das obrigações fiscais, como também gerar
mais satisfação e comprometimento com seus clientes, gerando notas fiscais com
cálculos coerentes e tendo mais precisão nos seus cálculos diários, fazendo com
que as obrigações sejam cumpridas e feita de maneira correta.
E por fim, uma das principais chaves para que seu negócio cresça e seja
bem desenvolvido, a tomada de decisões. O fluxo de caixa contribui diretamente na
melhoria das tomadas de decisões quando é criado projeções e previsões sobre os
futuros lucros e prejuízos que estão por vir. E então, é possível mensurar todos os
resultados e realizar estratégias com base em uma tomada de decisão eficiente.

3.2 Desvantagens
Segundo Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa apresenta também algumas
desvantagens como ser tão manipulável como qualquer outra informação contábil,
devendo, portanto, ser elaborado com base em informações confiáveis e corretas
para não perder sua função gerencial. Outro ponto a ser levado em conta é a
importância de sua análise pelo gestor, pois se a empresa não tiver a percepção de
seu fluxo de caixa para adotar ações corretivas quando necessárias, sua utilidade
será nula.
Rosa e Silva também ressaltam uma outra limitação do fluxo de caixa: a
incapacidade de fornecer informações precisas sobre o lucro e sobre os custos dos
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produtos da empresa. Isto porque sua elaboração é feita pelo regime de caixa e não
pelo regime de competência.
Também como desvantagem do fluxo de caixa, tem-se a imprecisão das
informações, pois ele destina-se a produzir estimativas numéricas que são usadas
para apoiar a tomada de decisões, e a qualidade dessas decisões dependerá do
grau de precisão dessas estimativas. As informações do fluxo de caixa estão
sujeitas à natural imprecisão de toda a atividade de planejamento (Santos, 2001).
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4 QUAL É A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA EM UMA EMPRESA


O fluxo de caixa é a ferramenta que auxilia o empresário a fundamentar
suas tomadas de decisões, pois permite acompanhar toda a movimentação de
valores da empresa, ou seja, auxilia no controle da parte financeira. Portanto, o fluxo
de caixa é uma ferramenta de controle financeiro que mostra, detalhadamente, os
valores que entram e saem de uma empresa e seu cálculo é feito a partir dos saldos
existentes em contas bancárias e dinheiro disponível na empresa.
Por isso é importante ter um controle sobre o fluxo de caixa, pois é por
meio dele que o empresário mantém a vida financeira do empreendimento
organizada. Assim, ele fica ciente de todo o dinheiro da empresa, tanto as receitas e
quanto as dívidas, a fim de tomar as melhores decisões na hora de remanejar os
valores para setores que a empresa necessite, por exemplo, além de impedir que
atrase os pagamentos de impostos que incidem sobre a empresa. Qualquer falha na
previsão de prazos dos recebimentos e dos pagamentos, incide na falta de dinheiro
para pagar as principais contas da empresa, como salários e aluguel, além dos
fornecedores. Desconhecer ou ignorar o fluxo de caixa da empresa resulta na falta
de controle financeiro e perder o controle não é bom em nenhuma área,
principalmente nas finanças.
A importância de uma boa administração é essencial para a sobrevivência
e sucesso empresariais. Também se faz necessário projetar situações financeiras
futuras e, tende um bom planejamento estratégico através do controle do fluxo de
caixa, manter equilibrado o bom funcionamento da empresa. Para a empresa obter
perspectivas de mercado, é necessário que antes, seja controlado o seu Fluxo de
Caixa. Entendê-lo e administrá-lo se torna muito importante para as empresas que
queiram evoluir no mercado. E para a utilização do instrumento, é preciso entender
que em casos é preciso que seja estudado com disposição para compreender
recursos técnicos que permitam alcançar o nível de acerto do fluxo, o que é algo
importante e que traz benefícios a toda organização.

4.1 A importância do fluxo de caixa nas tomadas de decisões
O fluxo de caixa como ferramenta para tomada de decisões é utilizado
para diagnosticar a situação da entidade, se haverá necessidade ou não de tomar
recursos de terceiros, e se deverá ou não investir. De acordo com Goldratt e Cox
(1990) é possível uma empresa apresentar lucro líquido bem como retorno sobre
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investimentos e, ainda assim, ir à falência. O fluxo de caixa mal administrado é o que


acaba com a maioria das empresas que fracassam. Muitos empresários possuem a
visão de que o lucro representa o sucesso empresarial, o que é um erro frequente e
com graves consequências, pois o lucro não está diretamente relacionado ao
sucesso de uma organização. É comum empresas obterem lucro e não ter saldo de
caixa ou o contrário, empresas operar em prejuízo e possuir saldo de caixa positivo.
Muitas empresas decretam estado de falência pela falta de liquidez e não pela falta
de lucro.
De acordo com Hoji (2009), as funções primordiais de um administrador
financeiro são: análise, planejamento e controle financeiro; tomada de decisões de
investimentos e tomada de decisões de financiamentos. A primeira função implica na
coordenação, monitoramento e avaliação de todas as atividades da empresa,
através de relatórios financeiros, e, por meio da participação ativa nas decisões
estratégicas. O segundo papel exercido pelo administrador financeiro consiste no
destino dos recursos financeiros para a aplicação em ativos circulantes, realizáveis
em longo prazo e permanentes, considerando a melhor relação de risco e retorno do
capital investido. A terceira função do administrador financeiro implica na forma de
captação de recursos financeiros para o financiamento dos ativos circulantes,
realizáveis a logo prazo e permanentes, levando em consideração a combinação
adequada dos financiamentos a curto e a longo prazos e a estrutura de capital.
Logo, por meio do fluxo de caixa é possível fazer uma avaliação da
capacidade de informações que se pode obter, desde a compra de estoques até a
projeção de vendas, equilibrando os prazos de compra e venda. O planejamento
financeiro deve ser elaborado e ajustado de acordo com a necessidade da empresa,
buscando trazer os dados, corretos ou mais próximos da realidade possível,
contribuindo para um bom funcionamento do fluxo de caixa, evitando surpresas
desagradáveis. Porém, não menos importante, é o controle financeiro, já que um
depende do outro. O acompanhamento dos dados deve ser realizado
periodicamente, medindo o desempenho dos planos, a fim de reduzir a margem de
erros e aplicar medidas corretivas.
Então, conclui-se que sem esse importante instrumento financeiro, o
administrador fica impossibilitado de planejar, controlar e administrar a empresa de
forma saudável, podendo levar a empresa à falência.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do trabalho proposto foi possível analisar que o fluxo de caixa tem
uma importância imensurável em um ambiente empresarial, pois com o uso desse
instrumento é alcançado um controle eficaz. O fluxo de caixa é um instrumento
gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras, sendo elas as
entradas e saídas de capital do caixa durante um período específico, isso permite o
administrador financeiro planejar, organizar, coordenar e auxiliar em previsões para
tomadas de decisões.
O fluxo de caixa foi apresentado principalmente como uma ferramenta
para apoio de tomada de decisões financeiras, seja operacional, de investimento ou
de financiamento, já que com a utilização dele é capaz de analisar períodos
passados e atuais, possibilitando assim, planejar o futuro e prever com antecedência
problemas que comprometa a saúde financeira da entidade.
Como visto anteriormente, a ferramenta é muito viável e necessária para
as empresas, portanto, existem vários tipos de apresentações de fluxo de caixa,
podendo ser o método direto, que é o método mais utilizado, pois registra os
recebimentos e pagamentos das atividades operacionais sem realizar qualquer
desconto, considerando a forma bruta dessas operações. Foi citado também o
método indireto, que é o contraste do método direto, pois apresenta valor líquido,
esse método não se baseia diretamente na análise dos fluxos de caixa, mas nos
lucros e prejuízos do exercício apontados no Demonstrativos de Resultados do
Exercício, ajustados por itens econômicos como depreciação, amortização e
variações nas contas patrimoniais. Existem outras variedades, porém esses
métodos são os principais.
Conclui-se, portanto, que o fluxo de caixa é um instrumento essencial
para que as empresas tenham sucesso, ele auxilia no controle, planejamento e
crescimento. É recomendado a devida atenção para utilização da ferramenta, já que
necessita de avaliação e análise contínua das informações, visto que a má gestão
afeta de modo significativo na gestão do negócio podendo causar falência.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7.ed. São Paulo:
Harbra, 2002.
GOLDRATT, E. M.; COX, J. A meta. São Paulo: Imam, 1990.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária. 8.ed. São Paulo: Atlas,
2009.
LUEHRMAN, T. Uso do VPA: Uma ferramenta melhor para a avaliação de
operações. Revista de Administração de Empresas. jul./set 2007, Vol. 47, n. 3, p.84-
94, 2007.
ROSA, Paulo Moreira da; SILVA, Almir Teles da. Fluxo de caixa – instrumento de
planejamento e controle financeiro e base de apoio ao processo decisório. Revista
Brasileira de Contabilidade, Brasília: v. 31, n. 135, p. 83-97, maio/jun. 2002.
SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e média
empresa. São Paulo: Atlas, 2001.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Criando Valor através do Orçamento. Porto Alegre:
Novak Multimedia, 2003.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e
controle financeiro. 10 ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004.

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