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Eletrônicos
Eletrônica I
CEFET–MG
1º/2011
1 / 185
Conteúdo
1 O Transistor BJT
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Conteúdo
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
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Conteúdo
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
2 / 185
Conteúdo
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
4 Exemplos
2 / 185
Conteúdo
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
4 Exemplos
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Uma Breve História
1947 A invenção do transistor de ponto de contato Bardeen e
Brattain.
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Documento da Patente do BJT
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Estrutura e Operação
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Configurações e Modos de Operação
O Transistor Bipolar é um dispositivo de 3 terminais,
denominados de Coletor(C), Base(B) e Emissor(E):
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Operação na Região Ativa
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Operação na Região Ativa (cont.)
A operação do transistor é conceitualmente simples:
• Os elétrons emitidos no emissor, que formam a corrente
de emissor, são atraídos pelo potencial positivo que
polariza diretamente a junção BE, cruzando essa junção
em direção à base.
• Alguns elétrons que chegam à base se recombinam com
as lacunas da base, formando a corrente de base. Como a
base é estreita, os elétrons são atraídos pelo forte campo
elétrico causado pela tensão que polariza reversamente a
junção BC, cruzando essa junção em direção ao coletor.
• Os elétrons, emitidos pelo emissor, são coletados no
coletor, formando a corrente de coletor.
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Operação na Região Ativa (cont.)
Devido à superfície gaussiana em torno do transistor,
iE = I C + I B .
Logo,
iC + iB = iE
i
iC + iB = C
α
iC
iB = − iC
α
1−α
iB = i
α C
Chamando
α
β= ,
1−α
iC = βiB .
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Operação na Região Ativa (cont.)
Também,
β
α=
β+1
O termo α é denominado ganho de corrente em base comum,
enquanto o termo β é denominado de ganho de corrente em
emissor comum. Ambos podem ser utilizados para representar
o modelo equivalente do transistor bipolar trabalhando na
região ativa.
Devido ao fato da corrente no coletor, na região ativa, ser
função da corrente de base, seu valor depende da
concentração de elétrons que cruzam a junção base-emissor.
Uma outra interpretação é considerar que a intensidade da
corrente de coletor depende do número de elétrons e lacunas
que se recombinam na base.
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Operação na Região Ativa (cont.)
Uma vez que a junção BE está polarizada diretamente, a
concentração de elétrons é proporcional a evBE /VT e a corrente
de coletor pode ser expressa como
vBE
iC = IS e VT ,
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Símbolos e Polaridades
Transistor do tipo NPN: Transistor do tipo PNP:
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O Transistor em Grandes Sinais
Modelos do Transistor Bipolar em Grandes Sinais:
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Exemplo
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Exemplo (cont.)
Solução:
Se o transistor está operando na região ativa (em modo ativo),
ele pode ser representado por um dos quatro modelos de
circuito mostrados previamente. Como o emissor está
aterrado, os modelos mostrados em (c) e (d) podem ser
empregados. Uma vez que a corrente de base IB é conhecida,
o modelo da Figura (d) se mostra mais adequado.
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Exemplo (cont.)
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Exemplo (cont.)
Solução (cont.):
No modelo equivalente empregado, Figura (a), determina-se
VBE a partir da característica exponencial do diodo D2 do
modelo empregado:
IB
VBE = VT ln
IS /β
10 × 10−6
−3
= 25 × 10 ln
10−17
= 690 mV = 0,69 V
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Exemplo (cont.)
Solução (cont.):
A seguir, determina-se o valor de VCE de
VCE = VCC − RC IC
onde
Assim,
VCE = 5 − 3 × 1 = +2 V.
Uma vez que VC = +2 V é maior do que VB = 0,69 V, o
transistor está, de fato, operando em sua região ativa, ou em
modo ativo.
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Exemplo (cont.)
Solução (cont.):
Substituindo a fonte de corrente de 10 µA por uma resistência
RB conectada entre a base a a fonte VCC = 5 V, como
mostrado na Figura (b), o valor da resistência deve ser
VCC − VBE
RB =
IB
5 − 0,69
= = 431 kΩ
10 × 10−6
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O Transistor em c.c.
Exemplo
O transistor mostrado
na Figura (a) tem
β = 100 e apresenta
um VBE = 0,7 V
quando IC = 1 mA.
Projete o circuito de
modo que uma
corrente de 2 mA
circule pelo coletor e a
tensão no coletor seja
de +5 V.
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O Transistor em c.c. (cont.)
Solução:
Como a corrente e a tensão de coletor foram dados, a
resistência que polariza o coletor é calculada por:
10 V
RC = = 5 kΩ.
2 mA
Uma vez que a corrente requerida no coletor e o valor do
ganho de corrente c.c. foram dados,
IC 2 mA
IB = = = 0,02 mA.
β 100
22 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
23 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
IC 2
IE = = = 2,02 mA.
α 0,99
VE − (−15) −0,717+15
RE = = = 7,07 kΩ.
IE 2,02
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O Transistor em c.c. (cont.)
A Figura (b)
ilustra os passos
para a solução
do problema.
25 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Exemplo
No circuito
mostrado na
Figura, a tensão
no terminal do
emissor foi
medida como
−0,7 V. Se
β = 50, calcule
IE , IB , IC e VC .
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O Transistor em c.c. (cont.)
Solução:
Como VB = 0 V e o valor de VE = −0,7 V, então VBE = 0,7 V.
O transistor pode estar operando ou na região ativa, ou na de
saturação. Assumindo o modo ativo, as correntes do transistor
são calculadas como:
IE :
−0,7 − (−10)
IE = = 0,93 mA
10 × 103
IC :
β 50
IC = αIE = IE = 0,93 = 0,91 mA
β+1 51
VC :
VC = 10 − 5 × 103 IC = 5,45 V
27 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Observe que
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O Transistor em c.c. (cont.)
Exemplo
Para o circuito
mostrado na Figura, se
VB = 1,0 V e
VE = 1,7 V, determine
os ganhos de corrente
α e β para o transistor.
Calcule também o
valor de VC .
29 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Solução:
Como VEB = VE − VB = 0,7 V, o transistor será considerado
como operando em modo ativo. Logo,
VB 1,0
IB = = = 10 µA
RB 100 × 103
e
10 − 1,7
IE = = 1,66 mA.
5 × 103
Resultando em:
IC = IE − IB = 1,65 mA.
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O Transistor em c.c. (cont.)
Os ganhos de corrente c.c., em EC e BC são:
IC 1,65 × 10−3
β= = = 165
IB 10 × 10−6
IC 1,65 × 10−3
α= = = 0,994
IE 1,66 × 10−3
Se a tensão de coletor é:
31 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Exemplo
Considere o circuito
mostrado na Figura (a).
Deseja-se determinar
as correntes em cada
ramo e as tensões
nodais. Considere
β = 100.
32 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Solução:
Uma vez que o
potencial da base é de
4 V e o emissor está
aterrado através da
resistência RE , a
junção base–emissor
está polarizada
diretamente.
Supondo VBE = 0,7 V:
VE 3,3
IE = = = 1 mA
RE 3,3 × 103
33 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
β 100
IC = αIE = IE = IE = 0,99IE = 0,99 mA
β+1 101
Aplicando a LKT:
IC IE 1 mA
IB = = = = 0,01 mA
β β+1 101
34 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
35 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Exemplo
Considere o circuito
mostrado na Figura (a).
Deseja-se determinar
as correntes em cada
ramo e as tensões
nodais, considere
β = 50.
36 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Solução
O problema é semelhante ao anterior, exceto que o potencial
da base é agora +6 V. Supondo novamente que a junção
base-emissor esteja polarizada diretamente:
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O Transistor em c.c. (cont.)
Como Q opera em modo de saturação:
IC 0,96
βforçado = = = 1,5
IB 0,64
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O Transistor em c.c. (cont.)
A Figura (c) resume os passos necessários para encontra os
valores desejados. A tensão VCE varia, usualmente, na
sat
faixa de 0,20 V a 0,45 V. Neste caso, VBE ≈ 0,8 V.
sat
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O Transistor em c.c. (cont.)
Exemplo
Considere o circuito
mostrado na Figura (a).
Deseja-se determinar
as correntes e tensões
em Q.
40 / 185
O Transistor em c.c. (cont.)
Solução:
Como VB = VE = 0 V,
então IE = 0 A. Como
a junção base-coletor
está polarizada
reversamente,
IC = 0 A. Com ambas
as junções polarizadas
reversamente, Q está
cortado e
VC = VCC = +10 V.
Logo, IB = 0 V.
Também, VBE = 0 V.
A Figura (b) resume a
sequência dos cálculos
realizados.
41 / 185
Análise Gráfica
Devido à característica não-linear da corrente de coletor em
um transistor bipolar, expressar o comportamento do transistor
graficamente pode ser mais intuitivo em alguns casos.
A relação iC × vBE é análoga àquela encontrada para os diodos
semicondutores, como mostrado nas Figuras a seguir,
incluindo a variação esperada com o aumento da temperatura.
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Análise Gráfica (cont.)
Gráficos semelhantes podem ser obtidos para iE × vBE e
iB × vBE , lembrando que:
vBE
iC = IS e VT
v
I BE
iB = S e VT
β
v
I BE
iE = C e VT
α
43 / 185
Análise Gráfica (cont.)
45 / 185
Análise Gráfica (cont.)
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Efeito e Tensão e Early
A modulação da largura da base devido à polarização reversa
da junção base-coletor é conhecida como Efeito Early1 ,
causando uma variação na corrente de coletor expressa por:
vBE
vCE
iC = IS e VT
1+ .
VA
1
James M. Early, "Effects of space-charge layer widening in junction
transistors", Proc. IRE, vol. 40, pp. 1401-1406, 1952
2
Na literatura, 50 V < VA < 300 V.
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Modelo c.c. completo do BJT
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Região de Operação do BJT
A operação segura de um BJT deve respeitar:
1 O limite de ICMAX ;
2 O limite da hibérbole para PQMAX ;
3 O limite estabelecido para a segunda ruptura do BJT;
4 A tensão VCEMAX aplicada (ruptura da junção BC),
de acordo com as Figuras mostradas.
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O BJT como Amplificador
Considere o circuito mostrado, no qual o sinal de entrada vI
pode excursionar entre 0 V a 1,5 V:
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O BJT como Amplificador (cont.)
X-Y Para 0 V < vI < 0,5 V o BJT está na região de corte: a
corrente de base é nula, bem como iC . Neste momento, a
tensão de saída é:
vO = VCC − RC iC = VCC .
VCC − VCESAT
iC =
RC
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O BJT como Amplificador (cont.)
Polarização do BJT
Polarizar um transistor é estabelecer um ponto de operação e
um deslocamento c.c. do sinal de entrada, de maneira a
garantir uma excursão linear e simétrica máxima (pico-a-pico).
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O BJT como Amplificador (cont.)
O ponto quiescente é caracterizado por uma tensão c.c. VBE à
entrada e uma tensão c.c. VCE , à saída. Considerando:
VBE
IC = IS e VT
(1.1)
VCE = VCC − RC IC (1.2)
dvO
Av ≡
dvI vI =VBE
Assim,
1 V BE
Av = − IS e VT RC
VT
Substituindo (1.1):
−IC RC
Av = (1.3)
VT
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O BJT como Amplificador (cont.)
De (1.2),
VCC − VCE
Av = − (1.4)
VT
Observe que o ganho máximo para um sinal positivo é obtido
localizando-se o ponto Q na borda da região de saturação,
permitindo que ele excursione até a borda da região de corte.
Neste caso,
VCC − VCESAT V
Av = − ' − CC
VT VT
3
A configuração EC é inversora.
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Exemplo
55 / 185
Solução
(a) Para a condição de polarização dada:
10 − 3,2
IC = = 1 mA,
6,8
logo:
VBE
1 × 10−3 = 10−15 e 0,025 ,
resultando em
VBE = 690,8 mV
(b)
10 − 3,2
Av = − = −272 V/V
0,025
e
V̂O = 272 × 5 × 10−3 = 1,36 V
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Solução (cont.)
(c) Para vCE = 0,3 V,
10 − 0,3
iC = = 1,617 mA
6,8
Para aumentar a corrente iC de 1 mA para 1,617 mA, vBE
deve aumentar em
1,617
∆vBE = 0,025 ln = 12 mV
1
(d) Para vO = 0,99VCC = 9,9 V,
10 − 9,9
iC = = 0,0147 mA
6,8
para diminuir a corrente iC de 1 mA para 0,0147 mA, vBE
deve diminuir em
0,0147
∆vBE = 0,025 ln = −105,5 mV
1
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Polarizando o BJT
58 / 185
Polarizando o BJT (cont.)
• A análise gráfica do circuito mostrado na Figura será
utilizada para entender, conceitualmente, a capacidade de
amplificação do transistor BJT. Na Figura, VBB e VCC são
as fontes de polarização e vi é a fonte de sinal.
vBE = VBB − RB iB
59 / 185
Polarizando o BJT (cont.)
e
vCE = VCC − RC iC .
As equações podem ser reescritas como
VBB 1
iB = + vBE
RB RB
e
VCC 1
iC = + v ,
RC RC CE
correspondendo às equações de duas retas de carga:
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Polarizando o BJT (cont.)
As escolhas de (VBB , RB ) e (VCC , RC ) determinam as
condições quiescentes da operação do transistor à entrada
(IB , VBE ) e à saída (IC , VCE ), respectivamente, levando o
transistor a trabalhar em modo ativo. Estas condições
estabelecem a operação em c.c. do transistor.
Devido à vi , Q se
desloca ao longo da
reta de carga,
estabelecendo os
limites para a variação
da corrente na base do
transistor. A corrente
total na base (iB )
representa a
componente de sinal
(ib ) superposta à
corrente quiescente
(IB ). 61 / 185
Polarizando o BJT (cont.)
iB = IB + ib
Observe que a fonte de sinal aparece como uma variação da
tensão vbe aplicada entre a base e o emissor,
62 / 185
Polarizando o BJT (cont.)
A variação da corrente
de sinal na base (ou da
tensão de sinal
aplicada à base) fará
aparecer uma variação
proporcional na
corrente de coletor
que, por sua vez,
causará o
aparecimento de uma
Observe que há uma
variação de tensão de
inversão entre o sinal
sinal entre o terminal
aplicado à entrada e
do coletor (terminal de
aquele obtido à saída e
saída) e o terminal de
que existe um ganho
emissor, comum.
de tensão, |AV | > 1.
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Polarizando o BJT (cont.)
64 / 185
Polarização do BJT
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Polarização do BJT (cont.)
Um circuito básico de polarização é mostrado na Figura. O
circuito mostrado em (a) fixa o valor da tensão base-emissor,
enquanto o circuito mostrado em (b) fixa o valor da corrente na
base.
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Polarização do BJT (cont.)
VCC − 0,7
IB ' ,
RB
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Circuito Auto Polarizado
Uma alternativa mais robusta é o circuito AUTO -P OLARIZADO,
no qual os resistores R1 e R2 formam um divisor de tensão
para a fonte VCC que polariza o terminal da base e um resistor
RE é acrescentado em série com o terminal do emissor
fornecendo uma realimentação negativa.
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Circuito Auto Polarizado (cont.)
Utilizando o Teorema de Thevenin para calcular o valor da
tensão em circuito aberto na base e a resistência equivalente
vista pela base, como mostrado na Figura (b),
R2 R1 R2
VBB = V RB =
R1 + R2 CC R1 + R2
A corrente de emissor é calculada a partir da malha de entrada
(base-emissor)
Então:
VBB
IE ' (1.11)
RE
Uma vez que as condições são garantidas se pode considerar
que a corrente IE é relativamente imune às variações de β.
Observe que (1.9) é responsável por minimizar as variações
em VBE (' 0,7 V), mas, quanto maior for o valor da tensão VBB ,
menor será o valor da tensão VCE , que definirá o valor da
tensão de saída e, correspondentemente, o ganho de tensão
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Circuito Auto Polarizado (cont.)
do amplificador. Há, claramente, uma restrição conflitante entre
os valores desejáveis para VBB e VCE . Como regra geral:
1
VBB = VCE = RC IC = V
3 CC
A segunda condição, (1.10), garante uma corrente IE menos
sensível às variações de β e implica utilizar baixos valores para
R1 e R2 . Contudo, o consumo de potência da fonte VCC será
elevado e a resistência de entrada do amplificador será
reduzida. Uma condição aceitável de projeto é fazer com que a
corrente que flui no divisor formado por R1 e R2 (I) seja muito
maior do que a corrente de base. Esta condição pode ser
satisfeita selecionando-se R1 e R2 para que
0,1IE ≤ I ≤ IE
71 / 185
Exemplos
Exemplo
Projete um circuito para ajustar o ponto quiescente Q com:
IC = 2,5 mA
VCE = 7,5 V
Considere 50 ≤ β ≤ 200.
72 / 185
Exemplos (cont.)
Passo 2: Encontrar RC e RE :
Aplicando a LKT à malha CE:
resultando em:
7,5
RC + RE = = 3 kΩ.
2,5 × 10−3
A escolha dos valores de RC e RE é livre, porém deve
estar atrelada à excursão desejada para o sinal de saída.
Sabe-se que: VBB = VBE + RE IE e VBE ' 0,7 V, mas
0,6 V ≤ VBE ≤ 0,8 V. Logo, ∆VBE ' 0,1 V.
Para que a polarização negativa atue de forma desejada,
VE = RE IE 0,1 V, ou VE > 10 × 0,1 > 1 V.
Desta forma, RE IE > 1 V, ou RE > 1/IE = 400 Ω. Como
condição de projeto, RE = 1 kΩ e RC = 2 kΩ.
73 / 185
Exemplos (cont.)
74 / 185
Exemplos (cont.)
Passo 4: Encontrar R1 e R2 :
Sabe-se que
RB = R1 k R2 = 5 kΩ
e
VBB R2 3,2
= = = 0,21.
VCC R1 + R2 15
O sistema de duas equações e duas variáveis pode ser
determinado analiticamente, encontrando-se os valores
R1 = 24 kΩ e R2 = 6,4 kΩ.
Ajustando para os valores comerciais mais próximos,
R1 = 24 kΩ e R2 = 6,2 kΩ.
75 / 185
Exemplos (cont.)
76 / 185
Exemplos (cont.)
Analisando o circuito (malha BE) determina-se a equação da
corrente de emissor em relação aos parâmetros do transistor e
dos resistores utilizados. A equação:
VEE − VBE
IE =
RE + RB /(β + 1)
VBB VBE ,
e
RB (β + 1)RE .
77 / 185
Exemplos (cont.)
Um circuito de implementação
simples, porém efetivo, é
também utilizado
amplificadores com
emissor-comum, como
mostrado ao lado. O resistor
RB fornece uma realimentação
negativa de corrente que ajuda
na estabilização do ponto de
polarização.
78 / 185
Exemplos (cont.)
Da análise do circuito observa-se que:
VCC = IE RC + IB RB + VBE
IE
= IE RC + RB + VBE
β+1
RB
VCB = IB RB = IE .
β+1
79 / 185
Exemplos (cont.)
80 / 185
Conteúdo
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
4 Exemplos
81 / 185
Uma Breve História
1925 Princípio de operação do FET proposto por Julius Lilienfeld
1930 Patente concedida a Julius Lilienfeld para um dispositivo
FET
1935 Primeira descrição do Insulated-Gate FET por Oskar Heil
(University of Berlin)
1947 O transistor bipolar de ponto de contato por Bardeen e
Brattain surge como uma tentativa de implementar o
primeiro transistor do tipo FET
1949 Invenção do transistor do tipo sandwich por Shockley
1951 Patente concedida a Schockley, Brattain e Bardeen para o
BJT
1952 Ian Ross e George Dacey obtiveram sucesso em construir
um dispositivo unipolar com estrutura similar à do JFET
82 / 185
Uma Breve História (cont.)
83 / 185
Uma Breve História (cont.)
84 / 185
O Transistor FET
Os Transistores de Efeito de Campo – Field Effect
Transistors são classificados como:
• Transistor de efeito de campo de junção (JFET)
• Transistor de efeito de campo do tipo MOSFET(
Metal-Oxide-Semiconductor )
• Modo Depleção (D - MOSFET)
• Modo Enriquecimento (E - MOSFET)
• Podem ser fabricados com canal n, ou p
• Os transistores MOSFET de enriquecimento são os mais
utilizados e denominados NMOS e PMOS
• Nos transistores MOSFET modernos a camada de metal foi
substituída por uma camada de polissilício (gatilho de
silício). Devido a isto o MOSFET é também denominado de
IGFET (Insulated Gate Field Effect Transistor)
85 / 185
Característica Construtiva
A estrutura física de um transistor MOSFET é mostrada na
Figura (a). A Figura (b) ilustra um corte transversal:
86 / 185
Característica Construtiva (cont.)
dispositivo. Por exemplo, um MOSFET de 5µ é um dispositivo
cujo canal tem de 5 µm de comprimento.
Como uma ideia geral das dimensões típicas destes
dispositivos, nos processos de 45 nm, L = 90 nm a 225 nm. Em
geral, as dimensões típicas são L = 0,1 µm a 3 µm,
W = 0,2 µm a 100 µm e tox = 2 nm a 50 nm.
Nos circuitos integrados, como a área ocupada pelo MOSFET é
importante, W e L devem ter a mesma ordem de grandeza.
Porém, nos dispositivos discretos, utilizados em amplificadores
analógicos, como a área ocupada não é uma grande
W
preocupação é elevado, resultando em um aumento do
L
ganho do dispositivo (L pode ser até 1000× maior do que W ).
O MOSFET, em geral, é considerado um dispositivo de três
terminais:
87 / 185
Característica Construtiva (cont.)
• Source (Fonte)
• Drain (Dreno)
• Gate (Porta, ou Gatilho)
88 / 185
Região de Corte
VG = VS = VD = 0
Como o MOSFET é formado por duas junções pn entre o dreno
e a fonte, se nenhuma tensão de polarização é aplicada ao
dispositivo, ele se encontra cortado, pois nenhuma corrente
flui do dreno para a fonte e a resistência do dispositivo é da
ordem de 1012 Ω.
89 / 185
Induzindo um Canal
Criando-se um CANAL: inversão do canal
Na Figura, observe que a aplicação de uma tensão VGS > 0 ao
dispositivo induz um canal abaixo da camada de óxido, devido
à exposição dos íons negativos em razão da repulsão das
lacunas do substrato em função da tensão aplicada entre o
gatilho e a fonte (Gate-Source).
90 / 185
Induzindo um Canal (cont.)
Como mostrado na Figura, à medida que VGS aumenta, os
elétrons livres dos semicondutores n+ do Dreno e da Fonte
são atraídos para dentro do canal. Quando a tensão de limiar4
é alcançada, VGS = Vt , ocorre o estabelecimento de um canal
de condução no dispositivo.
4
Tensão de limiar necessária para acumular um número suficiente de
elétrons livres no canal. Na literatura, threshold voltage. Alguns autores
utilizam o termo VTN para evitar confusão com o valor da tensão térmica VT .
91 / 185
Região Ôhmica – Triodo
Ao se aplicar uma tensão de pequeno valor ao longo do canal,
entre dreno e fonte (Drain-Source), VDS , mantendo VGS
constante e maior do que Vt , uma corrente começa a fluir pelo
canal, entre o dreno e a fonte, função de VDS , conforme
mostrado na Figura:
92 / 185
Região Ôhmica – Triodo (cont.)
Dispositivo Unipolar
O transistor MOSFET, diferente do transistor BJT, é um
dispositivo unipolar, isto é, a corrente depende apenas de um
único tipo de portador.
93 / 185
Região Ôhmica – Triodo (cont.)
Neste caso,
1 W
gDS = = µn Qn (2.1)
rDS L
onde µn representa a mobilidade dos elétrons no canal
induzido e Qn a amplitude da carga por unidade de área. Este
valor pode ser expresso em função da capacitância da camada
de óxido Cox e da diferença de potencial (vGS − Vt )
responsável por estabelecer o campo elétrico que causa a
inversão do canal.
W
iD = gDS vDS = µn Cox (v − Vt ) (2.3)
L GS
94 / 185
Região Ôhmica – Triodo (cont.)
Efeito de Campo
Nos transistores de efeito de campo, a largura do canal e a sua
corrente são variados pela aplicação de um Campo Elétrico ao
longo do canal. Desta forma, o FET é um dispositivo controlado
por tensão.
Capacitor Equivalente
Observe que um capacitor equivalente de placas paralelas é
formado entre o gatilho e a região do canal.
95 / 185
Região Ôhmica – Triodo (cont.)
Região Ôhmica não linear
O aumento de VDS não afeta a profundidade do canal próximo
à fonte, mas à medida em que vDS aumenta, o valor da tensão
dreno-gatilho vDG também aumenta, ou, por outro lado, a
tensão vGD diminui, diminuindo a largura do canal próximo ao
dreno. Quando vDS se torna suficientemente elevado e
vGD = (vGS − vDS ) ≤ Vt , ocorre o estrangulamento do canal
próximo ao dreno. A característica id × vDS se torna não linear.
Neste caso, mesmo que a tensão vDS continue a aumentar, o
valor da corrente iD não se altera substancialmente.
Qn (v ) = Cox (vGS − Vt − v )
96 / 185
Região Ôhmica – Triodo (cont.)
A corrente de dreno pode ser determinada por:
W vDS
Z
iD = µn Cox (vGS − Vt − v ) dv
L 0
" #
2
vDS
W
= µn Cox (vGS − Vt ) vDS −
L 2
" #
W v2
= kn0 (vGS − Vt ) vDS − DS (2.4)
L 2
Graficamente:
98 / 185
Região de Saturação – Ativa
O estrangulamento (pinched off) do canal próximo ao Dreno é
mostrado na Figura:
99 / 185
Região de Saturação – Ativa (cont.)
O estrangulamento do canal implica em um aumento na
resistência efetiva do canal, reduzindo o valor da corrente que
flui ao longo do canal, do Dreno para a Fonte. Desta forma, a
curva característica iD × vDS deixa de ser linear. O
estrangulamento causa uma saturação da corrente no canal,
próximo ao ponto de estrangulamento.
100 / 185
Região de Saturação – Ativa (cont.)
como pode ser observado na Figura à esquerda. Uma família
característica de curvas para vários valores de vGS é mostrado
na Figura à direita.
102 / 185
Região de Saturação – Ativa (cont.)
A expressão para a corrente de dreno na região de saturação
pode ser obtida a partir de (2.4), substituindo-se a condição
vDS = vGS − Vt :
1 0W
iD = k (v − Vt )2 (2.7)
2 n L GS
vGS < Vt
105 / 185
Transistor MOSFET Complementar
A tecnologia MOSFET permite a construção de dois transistores
complementares, um de canal n e outro de canal p sobre um
mesmo substrato.
106 / 185
Símbolo e Característica iD × vDS
Os principais símbolos utilizados para representar o NMOS:
107 / 185
Símbolo e Característica iD × vDS (cont.)
O circuito de polarização básico do MOSFET pode ser utilizado
para determinar a característica iD × vDS completa, bem como
a característica iD × vGS .
108 / 185
Símbolo e Característica iD × vDS (cont.)
Característica Não-Linear do MOSFET
A curva que separa as regiões do Triodo e de Saturação é o
lugar geométrico representado por vDS = vGS − Vt . Observe
que, substituindo o valor de vDS em (2.4), ou em (2.7), a
expressão para a corrente de dreno é dada por:
W 2
iD = kn0 v (2.8)
L DS
A equação (2.8) representa uma parábola.
109 / 185
Símbolo e Característica iD × vDS (cont.)
estrangulamento do canal, existe uma modulação da largura
do canal que o modelo completo deve levar em consideração:
1 VA 1
ro ' = , VA = ,
λID ID λ
1 0W
iD = k (v − Vt )2 (1 + λvDS ) (2.9)
2 n L GS
110 / 185
Símbolo e Característica iD × vDS (cont.)
Característica de saída completa
111 / 185
Análise CC – Polarização
112 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
Como VD = 0,5 V é maior do que VG = 0, o MOSFET opera na
região de saturação. Desta forma,
1 W
iD = µn Cox (v − Vt )2 .
2 L GS
Substituindo os valores dados,
1 32
400 = 100 (vGS − Vt )2 .
2 1
Resultando em
VGS − Vt = 0,5 V.
Assim,
VGS = Vt + 0,5 = 0,7 + 0,5 = 1,2 V.
113 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
114 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
Exemplo (Exemplo 4.3 - Sedra 5/e)
Projete o circuito a seguir de modo que o MOSFET opere com
ID = 80 µA. Encontre o valor de R e VD . O MOSFET tem
Vt = 0,6 V, µn Cox = 200 µA/V2 , L = 0,8 µm e W = 4 µm.
Despreze a resistência de saída.
115 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
implica que VGD ≤ Vt . Logo, o MOSFET está operando na
saturação. Assim,
1 W
iD = µn Cox (v − Vt )2 ,
2 L GS
ou
s s
2ID 2 × 80
VGS − Vt = = = 0,4 V.
µn Cox W /L 200 × (4/0,8)
Assim,
VGS = Vt + 0,4 = 1 V.
E a tensão de dreno,
VD = VG = 1 V.
116 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
O valor requerido para R é encontrado por
VDD − VD 3−1
R= = = 25 kΩ.
ID 0,080
117 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
118 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
O valor da resistência de polarização do dreno é encontrada
por:
VDD − VD 5 − 0,1
RD = =
ID 0,395
= 12,4 kΩ
120 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
Como a corrente de gatilho é virtualmente nula, a tensão de
gatilho é determinada a partir do divisor mostrado em (b):
RG2
VG = VDD = 5 V.
RG2 + RG1
VGS = 5 − 6ID .
Desta forma,
1 0W 1
iD = kn (vGS − Vt )2 = × 1 × (5 − 6ID − 1)2 ,
2 L 2
121 / 185
Análise CC – Polarização (cont.)
o que resulta na equação quadrática em ID :
18ID2 = 25ID + 8 = 0.
ID = 0,5 mA
VS = 0,5 × 6 = 3 V
VGS = 5 − 3 = 2 V
VD = 10 − 6 × 0,5 = 7 V
123 / 185
O MOSFET em grandes sinais (cont.)
Observe que:
• No ponto A, o MOSFET opera na região de corte, pois
vI < Vt .
• Entre os pontos A e B, o MOSFET opera na região de
saturação, onde vO ≥ vI − Vt .
• No ponto B, o valor de vO = vI − Vt .
• Entre os pontos B e C, o MOSFET opera na região do
triodo, onde vO ≤ vI − Vt
VDD 1
iD = − v (2.11)
RD RD DS
124 / 185
O MOSFET em grandes sinais (cont.)
Característica de transferência do MOSFET:
125 / 185
O MOSFET em grandes sinais (cont.)
Para operar como um amplificador linear, a excursão do sinal
de saída não deve ultrapassar a região linear da sua
característica, o que representa a aplicação de um sinal de
entrada que não cause distorção à saída do amplificador, ou
seja, um pequeno sinal.
Neste caso, o ganho do amplificador é obtido a partir da
equação (2.12)
dvO
AV = (2.12)
dv
I Q
126 / 185
O MOSFET em grandes sinais (cont.)
Região de Corte
vI ≤ Vt , e vO = VDD .
Região de Saturação:
1 W
iD = µCox (vI − Vt )2
2 L
1 W
vO = VDD − RD µCox (vI − Vt )2 (2.13)
2 L
127 / 185
O MOSFET em grandes sinais (cont.)
Região do Triodo:
W 1 2
iD = µCox (vI − Vt ) vO − vO
L 2
W 1 2
vO = VDD − RD µCox (vI − Vt ) vO − vO
L 2
W
vO ' VDD − RD µCox (vI − Vt ) vO
L
VDD
vO = (2.14)
1 + RD µCox WL (vI − Vt )
W 2vO
AV = −RD µCox (VIQ − Vt ) = − (2.15)
L vI − Vt
128 / 185
O MOSFET em grandes sinais (cont.)
1
rDS = (2.16)
µCox WL (vI − Vt )
Considerando (2.14):
rDS r
vO = VDD ' VDD DS (para rDS RD ) (2.17)
rDS + RD RD
129 / 185
Exemplo 4.9 - Sedra 5/e
Deseja-se polarizar o circuito
mostrado na Figura (c) para
estabelecer uma corrente de dreno
de 0,5 mA. O MOSFET apresenta as
características: Vt = 1 V e
kn0 W /L = 1 mA/V2 . Negligencie a
modulação do canal e utilize uma
fonte c.c. de 15 V. Calcule a variação
na corrente de dreno se o MOSFET for
substituído por outro com
kn0 W /L = 1,5 mA/V2 .
130 / 185
Exemplo 4.9 - Sedra 5/e (cont.)
VDD − VD 15 − 10
RD = = = 10 kΩ
ID 0,5
VS 5
RS = = = 10 kΩ
IS 0,5
Para encontrar VGS , basta aplicar a equação quadrática:
1 0W
ID = k /L(VGS − Vt )2
2 n
1
0,5 = (1)(VGS − 1)2
2
Resultando em:
VGS = Vt + 1 = 2 V
Como VS = 5 V, a tensão de gatilho vale
VG = VS + VGS = 5 + 2 = 7 V.
131 / 185
Exemplo 4.9 - Sedra 5/e (cont.)
As resistências do divisor resistivo são:
RG1 = 8 MΩ
e
RG2 = 7 MΩ.
Os valores calculados estão indicados na Figura.
132 / 185
Exemplo 4.9 - Sedra 5/e (cont.)
Observe que a excursão máxima do sinal de saída é de 5 V
(entre VD e VDD ), enquanto a excursão mínima é de −4 V
(entre VD e VD − (VG − Vt )).
Quando o NMOS é substituído por outro com Vt = 1,5 V, a
corrente de dreno passa a ser:
1
ID = (1)(VGS − 1,5)2
2
Como VG = 7 = VGS − RD ID , forma-se um sistema de duas
equações e duas variáveis. Resolvendo para ID :
ID = 0,455 mA.
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
4 Exemplos
134 / 185
A Transcondutância do BJT
O projeto do circuito de polarização é responsável por
estabelecer um ponto estável de operação para o transistor. A
partir das características em c.c. do circuito, determinam-se os
parâmetros do modelo c.a. e se realiza a análise de pequenos
sinais.
Por P EQUENOS S INAIS entende-se variações no sinal de
entrada de cerca de 10 % do valor de VT , a tensão equivalente
térmica da junção pn do transistor, aproximadamente 25 mV a
20 ◦C.
A corrente no terminal do coletor é
vBE
iC ' IS e VT (3.1)
Lembrando que
vBE = VBE + vbe (3.2)
135 / 185
A Transcondutância do BJT (cont.)
onde VBE é a tensão quiescente base–emissor do transistor e
vbe é a componente do sinal da tensão de entrada, vs , que
chega à base do transistor. Substituindo (3.2) em (3.1), tem-se
VBE +vbe
iC ' IS e VT
VBE vbe
' IS e VT
e VT
vbe
' IC e VT (3.3)
VBE
uma vez que IC = IS e VT .
Para a análise de pequenos sinais, onde vbe VT
(vbe ≈ 10 mV), a equação (3.3) pode ser aproximada pela Série
de Taylor truncada nos dois primeiros termos (aproximação de
1ªordem):
vbe
ic ' IC 1 + (3.4)
VT
136 / 185
A Transcondutância do BJT (cont.)
Observe que a corrente total no coletor representa uma
componente de sinal superposta à componente de polarização:
IC
iC = I C + vbe (3.5)
VT
IC
gm = (3.6)
VT
138 / 185
A Resistência de Base
A corrente total na base é dada por
iC I 1 IC
iB = = C + vbe (3.8)
β β β VT
Desta forma,
iB = IB + ib (3.9)
A componente de sinal em (3.9) é dada por
1 IC
ib = vbe (3.10)
β VT
139 / 185
A Resistência de Base (cont.)
De (3.11)
β
rπ = (3.13)
gm
também,
VT
rπ = (3.14)
IB
140 / 185
A Resistência de Emissor
A corrente total de emissor é dada por
iC I ic
iE = = C + (3.15)
α α α
Desta forma,
iE = IE + ie (3.16)
A componente de sinal em (3.16) é dada por
ic I IE
ie = = C vbe = vbe (3.17)
α αVT VT
α 1
re = ' (3.20)
gm gm
vbe = ib rπ = ie re
ie
rπ = re
ib
Determinando:
rπ = (β + 1) re (3.21)
142 / 185
Modelos Pequenos Sinais
143 / 185
Modelos Pequenos Sinais (cont.)
Embora os modeloshíbridos π simplificados sejam
convenientes para a análise de circuitos com transistores, em
algumas aplicações um modelo alternativo, denominado de
modelo T, mostra-se mais conveniente.
144 / 185
Modelos Pequenos Sinais (cont.)
e no caso do modelo T
145 / 185
Transcondutância do MOSFET
Seja o circuito conceitual equivalente para ilustrar o modelo
para pequenos sinais.
1 0W 2
iD =k VGS + vgs − Vt
2 n L
1 W 2
= kn0
(VGS − Vt ) + vgs
2 L
1 0W W 1 W 2
= kn (VGS − Vt )2 + kn0 (VGS − Vt ) vgs + kn0 vgs
2 L L 2 L
(3.22)
147 / 185
Transcondutância do MOSFET (cont.)
O primeiro termo é a componente devida à polarização,
enquanto os dois termos seguintes representam as
componentes de sinal.
Como o último termo é não-linear, indesejável em um
amplificador linear, ele pode ser desconsiderado quando for
muito pequeno. Neste caso, basta considerar:
1 0W 2 W
kn vgs kn0 (VGS − Vt ) vgs ,
2 L L
ou
vgs 2(VGS − Vt )
iD ≈ ID + id ,
148 / 185
Transcondutância do MOSFET (cont.)
onde
W
id = kn0 (VGS − Vt ) vgs
L
representa a parcela do sinal que aparece superposta à
componente de polarização da corrente do dreno representada
pelo primeiro termo de (3.22).
Transcondutância do MOSFET:
id W
gm = = kn0 (VGS − Vt )
vgs L
é definida como a transcondutância do MOSFET, em [S]
vD = VDD − RD iD (3.23)
vD = VDD − RD (ID + id )
= VDD − RD ID − RD id
= VD − RD id
151 / 185
Ganho de tensão AV (cont.)
Os modelos equivalentes π e T para pequenos sinais são
mostrados a seguir:
152 / 185
Análise de Pequenos Sinais
Os procedimentos para se realizar a análise de sinais para os
transistores BJT & MOSFET são resumidos a seguir:
1 Aplicar o Teorema da Superposição, eliminando a fonte de
sinal e deixando apenas a fonte de polarização.
2 Encontrar as correntes e tensões quiescentes (Q).
3 Determinar os parâmetros do modelo híbrido-π/T.
4 Aplicar o Teorema da Superposição, eliminando a(s)
fonte(s) de polarização e deixando apenas a fonte de sinal.
5 Substituir o transistor pelo seu modelo equivalente.
6 Considerar que os capacitores de acoplamento
apresentam, respectivamente, uma impedância
infinita/nula para a análise c.c./c.a..
7 Aplicar as técnicas de análise de circuitos para encontrar
os parâmetros relacionados aos ganhos de tensão e
corrente, bem como as resistências de entrada e de saída
do amplificador.
153 / 185
Conteúdo
1 O Transistor BJT
2 O Transistor MOSFET
4 Exemplos
154 / 185
Exemplo 1
Exemplo (Amplificador em Emissor–Comum)
Para o Amplificador mostrado na Figura, considerando que
β = 100, calcule o ganho de tensão c.a. para pequenos sinais.
Observe que na configuração EC o sinal é aplicado à base e a
saída está no coletor.
155 / 185
Exemplo 1 (cont.)
156 / 185
Exemplo 1 (cont.)
e a tensão à saída é:
157 / 185
Exemplo 1 (cont.)
Substituindo (i) em (ii):
rπ
vo = −Rc gm vi (iii)
rπ + RBB
1,087 × 103
Av = −3 × 103 0,092
1,087 × 103 + 100 × 103
= −2,97V /V
158 / 185
Exemplo 2
Exemplo (Amplificador EC com Realimentação c.c.)
Para o Amplificador mostrado na Figura, calcule o ganho de
tensão e corrente e as impedâncias de entrada e saída.
rπ = (β + 1)re ≈ βre .
159 / 185
Exemplo 2 (cont.)
A resistência de entrada do transistor é a resistência vista
pela base, ou Ri = rπ ' βre . A resistência de entrada do
amplificador (como vista pela fonte de sinal) é o paralelo da
resistência de entrada do transistor com RBB , onde
RBB = R1 k R2 . Logo, RiT ' RBB k βre , ou RiT ' RBB k rπ .
VA + VCE VA
ro = ' ,
IC IC
160 / 185
Exemplo 2 (cont.)
uma vez que VA VCE . Desta forma, RoT ' RC k ro ' RC (em
geral, r0 ≥ 10RC ).
Para calcular o ganho de tensão, observe que:
também:
vi vi
ib = = (ii)
βre rπ
Logo:
vi
vo ' −β Rc (iii)
rπ
Portanto, rearranjando e lembrando (3.20) e (3.21):
vo
Av = ' −gm RC (iv)
vi
161 / 185
Exemplo 2 (cont.)
Observe que o ganho depende dos parâmetros do transistor
(gm ), o que não é desejável. Também, note que o sinal
negativo em (iv) indica que o amplificador é inversor.
No nó de saída:
io
io ' βib logo 'β (vi)
ib
io io ib βRBB
Ai = = = (vii)
ii ib ii RBB + rπ
162 / 185
Exemplo 2 (cont.)
Nos casos práticos, RBB rπ , ou RBB ≥ 10(β + 1)re . Logo:
Ai ' β.
163 / 185
Exemplo 3
Exemplo (Amplificador EC com Degeneração de Emissor)
Para o Amplificador mostrado na Figura, calcule o ganho de
tensão e as impedâncias de entrada e saída.
Da malha de saída:
vout
gm vπ = − (i)
RC
Logo:
vout
vπ = − (ii)
gm RC
164 / 185
Exemplo 3 (cont.)
A corrente no resistor conectado ao emissor é formada pela
componente da corrente de base e de coletor. A corrente de
base é vπ /rπ e a de coletor é gm vπ . Desta forma:
vπ
vRE = + gm vπ RE (iii)
rπ
Da malha de entrada:
vin = vπ + vRE
vπ
= vπ + + gm vπ R E
rπ
1
= vπ 1 + + gm RE (iv)
rπ
165 / 185
Exemplo 3 (cont.)
Substituindo (ii) em (iv) :
vout g R
=− m C (v)
vin 1 + r1π + gm RE
RC
Av = − (vii)
RE
166 / 185
Exemplo 3 (cont.)
Estabilidade do Amplificador
Observe que o efeito do resistor RE é degenerar o valor do
ganho de tensão. Desta forma, o efeito da realimentação c.a. é
reduzir o ganho e, como consequência, estabilizar o
amplificador contra variações em seus parâmetros devido às
variações de β e da temperatura.
RL0
Av = − ,
RE0
167 / 185
Exemplo 3 (cont.)
O cálculo da resistência de entrada pode ser obtido
referindo-se a resistência de emissor ao circuito de entrada
(base), de acordo com a Figura.
Da malha de entrada:
vx = rπ ix + RE (β + 1)ix .
Desta forma:
vx
RiT = Rin = = rπ + (β + 1)RE .
ix
168 / 185
Exemplo 3 (cont.)
O cálculo da resistência de saída é realizado de forma
análoga, de acordo com a Figura.
Neste caso:
vπ
vin = 0 = vπ + + gm vπ R E ,
rπ
resultando em vπ = 0 e, portanto: gm vπ = 0. Assim, toda a
corrente ix flui por RC . Logo:
vx
RoT = Rout = = RC .
ix
169 / 185
Exemplo 4
Exemplo (Amplificador em Coletor Comum)
Determine a
impedância total de
entrada e os ganhos
de tensão, corrente e
de potência entregue à
carga RL para o
amplificador em CC
mostrado na Figura.
Assuma que β = 175 e
VBE = 0,7 V.
Observe que:
• No amplificador em CC o terminal do coletor é comum ao
sinal de entrada e de saída.
170 / 185
Exemplo 4 (cont.)
• O modelo-T é o mais indicado nesta configuração.
• Determinam-se os valores de corrente e tensão c.c. para
calcular os parâmetros do modelo-T.
• A carga efetiva do amplificador é RE k RL .
• A resistência efetiva do emissor é re + RE0 .
• Os ganhos e resistências do amplificador são
determinados em seguida.
171 / 185
Exemplo 4 (cont.)
VE
IE = = 14,2 mA (iv)
RE0
VT
re = = 1,76 Ω (v)
IE
vo Re ie Re 235
Av = = = ' = 0,992 (vii)
vi (re + Re )ie re + Re 237
172 / 185
Exemplo 4 (cont.)
O ganho de corrente é obtido a partir da relação:
vo
io R
Ai = = ve
ii i
RiT
Av vi RiT Ri 0,992 × 10,1
= = Av T =
R e vi Re 235
' 42,8 (viii)
O ganho de potência é:
174 / 185
Exemplo 4 (cont.)
Efeito TRANSISTOR
Quando o BJT foi descoberto, seus criadores observaram que
a sua resistência equivalente era diferente quando medida à
entrada e à saída do dispositivo. O dispositivo foi, então,
denominado de T RANSfer resISTOR.
Ro = re = 1,76 Ω (xi)
3
RoT = re k RE = 1,76 k 470 × 10 ' 1,76 Ω (xii)
Característica do Amplificador em CC
O Estágio CC tem uma elevada impedância de entrada e uma
baixa impedância de saída.
175 / 185
Exemplo 5
Exemplo (Amplificador Autopolarizado)
Determine o ganho de
tensão e a resistência
de entrada para o
MOSFET
autopolarizado em
Fonte Comum
mostrado na Figura.
Assuma Vt = 1,5 V,
kn0 (W /L) = 0,25 mA/V2 e
VA = 50 V.
176 / 185
Exemplo 5 (cont.)
quiescente e a tensão de dreno, considerando que VGS = VD ,
já que IG = 0, são:
1
ID = (0,25)(VGS − 1,5)2
2
= 0,125(VD − 1,5)2 (i)
VD = 15 − RD ID
= 15 − 10ID (ii)
ID = 1,06 mA VD = 4,4 V,
177 / 185
Exemplo 5 (cont.)
A transcondutância e a resistência de saída do modelo são
calculadas por:
W
gm = kn0 (V − Vt )
L GS
= 0,25(4,4 − 1,5) = 0,725 mA/V (iii)
VA
ro =
ID
50
= = 47 kΩ (iv)
1,06
178 / 185
Exemplo 5 (cont.)
Modelo híbrido-π:
RL0
vo z }| {
Av = = −gm (RD k RL k ro )
vi
= −0,725(10 k 10 k 47) = −3,3 V/V (vi)
179 / 185
Exemplo 5 (cont.)
(vi − vo )
ii =
RG
vi vo
= 1−
RG vi
vi 4,3vi
= [1 − (−3,3)] = (vii)
RG RG
Assim:
vi R 10
Rin ≡ = G = = 2,33 MΩ (viii)
ii 4,3 4,3
180 / 185
Exemplo 5 (cont.)
Observe que no amplificador inversor, quando vGS é máximo,
vDS é mínimo. Como na região de saturação vDS ≥ vGS − Vt ,
quando o sinal é máximo na entrada, vDS = vGS − Vt , ou:
min
VDS − |Av |v̂i = VGS + v̂i − Vt
| {z }
v̂o
4,4 − 3,3v̂i = 4,4 + v̂i − 1,5
∴ v̂i = 0,35 V (ix)
181 / 185
Exemplo 5 (cont.)
Observação Importante:
A limitação na amplitude do sinal de entrada é estabelecida
pela condição de contorno definida pela região de limiar entre
a saturação e o triodo.
5
Incluindo o efeito da corrente ii no cálculo do ganho de tensão Av , a
corrente que flui para a carga é ii − gm vgs , resultando em vo = (ii − gm vgs )RL0 .
Como,
vi − vo
ii = ,
RG
então,
1
1−
g m RG
Av = −gm RL0 ,
R0
1+ L
RG
0
mas, considerando que gm RG 1 e L/RG 1, a expressão para o ganho Av
R
se reduz a:
Av ' −gm RL0 .
182 / 185
Exemplo 6
Exemplo (Amplificador em Fonte Comum)
Para o amplificador em
fonte comum,
determine as
condições quiescentes
e o valor da tensão de
saída. Considere que o
dispositivo apresenta
ID = 200 mA para
VGS = 4 V, Vt = 2 V,
gm = 23 mS e
Vin = 25 mV.
820 × 103
R2
VGS = VDD = 15 = 2,23 V (i)
R1 + R2 5,52 × 106
183 / 185
Exemplo 6 (cont.)
Para as especificações do MOSFET, quando VGS = 4V ,
0 W ID 200 mA
kn = 2
= = 50 mA/V2 (ii)
L (VGS − Vt ) (4V − 2V )2
Assim,
W
ID = kn0 (VGS − Vt )2 = 50(2,23 − 2)2 = 2,65 mA (iii)
L
VDS = VDD − ID RD = 15 − (2,65)(3,3) = 6,26 V (iv)
Rd = RD k RL = 3,3 × 103 k 33 × 103 = 3 kΩ (v)
184 / 185
Exemplo 6 (cont.)
Resultando em
vo
Av = = −gm Rd = −(23 × 10−3 )(3 × 103 ) = 69 (vii)
vi
A tensão de saída é
185 / 185