Você está na página 1de 1

O Evolucionismo Cultural era a teoria social prevalecente no início da Antropologia

Sócio-Cultural. A mesma, representou a tentativa de formalizar o pensamento social


com linhas científicas, conforme a teoria biológica da evolução. Se organismos podem
se desenvolver com o passar do tempo de acordo com leis compreensíveis e
deterministas, parece então razoável que sociedades também o podem. A teoria do
evolucionismo cultural esteve fortemente presente em meados do século XIX até o
início do século XX, período em que as relações entre colonizadores e colonizados
estruturou o pensamento antropológico da época. Sób essa ótica, a inserção em
um grupo social ocorre pela identificação dos indivíduos com os interesses, valores,
símbolos ou objetivos que caracterizam um determinado grupo. Dessa forma, podemos
citar o grupo social de pessoas “negras”, que têm sua cultura como pico essencial para a
formação da identidade do nosso país verde-louro, porém, foi apenas a partir do século
XX que as manifestações, rituais e costumes de origens africanas começaram a ser
aceitas como expressões nacionais. Nesse sentido, o negro atuou positivamente para o
evolucionismo cultural, em vários aspectos, desde as artes, língua, religião, economia e
indústria. Com a chegada da ideia da evolução social: o Brasil precisava se adiantar na
escala do progresso, uma vez que era desprovido dos valores exigidos pelos países
europeus civilizados. O certo é que a imagem de índios e, sobretudo, de negros esteve
presente desde as primeiras reflexões brasileiras, mostrando a inferioridade dos grupos
não brancos. O que as anotações dos primeiros cronistas e viajantes não conseguiam
esconder era a constituição de um país composto por índios e negros.
Por fim, apesar de ser um grupo que é tratado como minoria, os negros se enquadram
na teoria do evolucionismo cultural por seu desenvolvimento unilinear e ascendente. Os
negros, foram os construtores dos alicerces da nossa nação, e atualmente, encontram-se
delas excluídos pela falta de empatia e pela não valorização vinda de outros povos e até
mesmo de outros grupos sociais. Desafricanizado pela escravidão, não sendo nativo
como índio, nem branco colonizador, só restou-lhe encontrar sua identidade como
brasileiro tendo papel decisivo na formação socioeconômica e cultural deste país em
todos os seus aspectos.

Você também pode gostar