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ANEXOS

ALGUMAS IDEIAS E MODELOS A SEREM TRABALHADOS

PROJETO:

CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

SEMED- SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO LAGOA


GRANDE-MG

ESCOLA MUNICIPAL CESÁRIO GALVÃO


ESCOLA MUNICIPAL DR. JOSÉ DRUMOND DE CASTILHO
ESCOLA MUNICIPAL JOSUÉ COSTA
CEMEI IOLANDA ALVES FERREIRA
CEMEI PROFESSORA CARMINDA CONCEIÇÃO DA SILVA
1- CARTAZES
2- CARTÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS ALUNOS E COMUNIDADE ESCOLAR
2-CARTÕES

3- ATIVIDADES
3- ATIVIDADES
4-BOTOM
4- BOTONS
5- PALITOCHES
6-INFORMATIVOS

Análise do Comportamento Aplicada (ABA)

Análise Comportamental Aplicada é o único tratamento cientificamente comprovado para


melhorar o funcionamento de indivíduos com autismo.
Crianças que recebem EIBI (Intervenção Comportamental Intensiva Precoce) apresentam
aumentos maiores no QI e no funcionamento adaptativo e menos comportamentos atípicos
e problemas sociais do que o grupo que recebe tratamento eclético (não ABA).
A terapia ABA pode contribuir com o aperfeiçoamento de habilidades sociais e de
comunicação, bem como manejar e reduzir ou comportamentos considerados negativos.
Esperamos poder contribuir para um crescimento coletivo, que terapeutas e família tenham
acesso ao conhecimento científico e possam, juntos, proporcionar uma melhor qualidade
de vida para os pequenos. A capacitação é de suma importância para os especialistas e
professores.

AUTISMO

O dia 2 de abril foi escolhido pela Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial de
Conscientização sobre o Autismo. O objetivo da data é informar a sociedade sobre este
transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta aproximadamente 70 milhões de
pessoas em todo o mundo.

O autismo é uma condição muito complexa e variada. Não existem duas pessoas autistas
iguais e devido à ampla gama de sintomas e diversos graus de suas manifestações, utiliza-se
o termo “Transtorno do Espectro Autista (TEA)”.

Há, no entanto, alguns fatores convergentes, que dizem respeito à dificuldade de interação
social e comunicação, comportamento repetitivo e hipersensibilidade a estímulos, todos
podendo se apresentar em diferentes graus de intensidade, associados ou não a outros
sintomas.

Segundo a Associação Americana de Autismo, este é um transtorno de desenvolvimento


que pode afetar gravemente os indivíduos durante toda a vida. Na maioria dos casos, a
constatação ocorre por volta dos três anos de idade e não há prevalência por etnia ou
classe social. Um dos pontos cruciais para melhoria da qualidade de vida da pessoa com
autismo é o diagnóstico e o início precoce do tratamento, que pode envolver diversos
profissionais, como neurologista, psiquiatra, psicólogo, nutricionista, dentista,
fonoaudiólogo, entre outros.

Inclusão

A Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764/12) criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que assegura o direito do autista a um
diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamentos pelo Sistema Único de Saúde; o
acesso à educação e à proteção social; ao trabalho e a serviços que propiciem igualdade de
oportunidades. Esta lei também estabelece que a pessoa com diagnóstico do espectro
autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais, garantindo a sua
proteção pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/15), que assegura, dentre
outros Direitos prioridade no atendimento à pessoa com deficiência, provisão de suportes
individualizados para atender suas necessidades específicas, respeito ao perfil vocacional e
ao interesse da pessoa, oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores.

Além disso, a Lei nº 8.213/91 assegura que as empresas com 100 ou mais empregados
observem cotas a serem preenchidas com empregados com deficiência, tudo como forma
de se garantir a efetiva inclusão destas pessoas na sociedade e no mercado de trabalho.
A inclusão social da pessoa acometida do TEA é amparada no princípio da dignidade da
pessoa humana e constitui direito fundamental assegurado na igualdade de tratamento a
todos os brasileiros.

Uma sociedade democrática e com Justiça Social pressupõe tratamento digno e equânime,
com a efetivação das garantias previstas em lei e a melhoria das políticas públicas voltadas
à educação e à inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista, pois é somente na
plena integração social do indivíduo, dentro de suas possibilidades e peculiaridades, que se
poderá construir a superação do problema. Isso demanda agir político, mas também, e
principalmente, ampliar a informação, mudar a cultura e transformar a consciência.

Autista na escola: 14 dicas para professores adaptarem suas aulas


Fonte: Envato

Mas como você pode, então, avaliar o aluno para entender como ele pode aproveitar
melhor as suas aulas?

Receber um aluno autista na sua turma vai exigir que você, como líder da sala de aula, saiba
antecipadamente algumas coisas. Baseada nos estudos de Temple Grandin, que é uma das
grandes autoridades científicas em autismo, nossa lista a seguir tem 14 dicas. Como o
número de alunos diagnosticados com autismo nas escolas vem crescendo e você pode
precisar de cada uma delas.

Índice

1 – Muitos autistas pensam visualmente

Quando há um autista na escola, é importante que quem ensina saiba que muitos não
pensam com a mesma linguagem das crianças neurotípicas. Alguns autistas pensam, por
exemplo, com fotos, desenhos e outros códigos visuais. Para crianças pequenas, por
exemplo, algumas noções básicas como “para cima” ou “para baixo” ainda estão sendo
ensinadas. Trabalhe bem os substantivos, afinal, eles criam imagens bem definidas. Mas
também demonstre utilizando brinquedos.

Você pode utilizar cartões com os termos “para cima” e “para baixo” ao mesmo tempo em
que mostra, por exemplo, um avião decolando (para cima) e pousando (para baixo).

Esse tipo de hábito pode funcionar muito bem se o autista mostrar mais interesse em
coisas mostradas do que as faladas.

2 – Evite instruções verbais muito longas


Muitos autistas têm grande dificuldade em memorizar sequências. Por isso, estruture um
modelo de respostas e tomadas de decisão que a criança consiga lembrar. Isso deve
funcionar, principalmente, se a sequência tiver mais do que três etapas. Imagine como esse
modelo pode funcionar, por exemplo, se você for ensinar à criança como pedir algo para
alguém. Desde o momento em que ela aborda a outra pessoa até a hora de dizer
“obrigado” e deixar o local.

3 – Trabalhe as habilidades da criança como uma forma de prepará-la para o futuro


Autistas podem apresentar algumas manias e alguns hiperfocos. Isso significa que eles vão
colocar muito esforço e interesse em algumas áreas específicas. Como, afinal, usar isso para
levá-lo numa direção que beneficie seus próximos anos? Talvez ele ame demais um certo
tipo de desenho animado? Você pode incentivá-lo a aprender mais sobre aquele universo
de maneira prática. É um autista que ama o som que algo faz quando toca o vidro? Talvez
ele possa descobrir que aquilo vira música.

Algumas habilidades vão parecer mais “úteis” que outras, mas tudo pode se transformar
num caminho de aprendizado. Lembre-se que um dia esse autista vai crescer e precisar
disputar seu próprio espaço na sociedade e no mercado de trabalho.
4 – As mesmas habilidades podem servir para as outras disciplinas

Do mesmo modo que as áreas de interesse podem ajudar a descobrir mais coisas que o
autista gosta, elas podem auxiliar nas matérias não tão agradáveis. Por isso, é importante
que você, como professor, traga exemplos daquele universo para explicar as teorias das
demais matérias. O seu aluno ama trens, mas odeia matemática? Peça para ele calcular
distâncias de trens entre uma cidade e outra.

5 – Escrever pode ser o terror do autista na escola

Infelizmente, muitos autistas têm dificuldades motoras. Por isso, a escrita pode ser
assustadora. Afinal, todas as outras crianças vão começar a disputar quem tem a letra mais
bonita. Nesse caso, pode ser que você precise permitir que esse aluno autista utilize um
computador ou tablet para fazer as tarefas. É uma das formas em que você pode diminuir a
frustração do autista. Além disso, lembra que falamos sobre os recursos visuais? Os
dispositivos podem oferecer não só a escrita como vários outros recursos interessantes.

6 – Alguns autistas têm ecolalia

Algumas crianças aprendem a ler melhor com lições de fonética, enquanto outras
memorizam as palavras inteiras. Porém, se a criança tem ecolalia, que é aquele hábito de
repetir palavras ou sílabas, o método precisa ser adaptado. Elas provavelmente vão
aprender melhor se você utilizar cartões visuais ilustrados sobre as palavras. É muito
importante que tanto a palavra quanto a imagem estejam do mesmo lado do cartão. É bem
parecido com o nosso exemplo do avião que vai para cima e para baixo.

Certifique-se de que a criança está vendo a palavra e ouvindo o som ao mesmo tempo.

7 – Preste atenção em como o aluno autista reage aos sons


Um autista na escola pode sofrer com a quantidade de sons que existe do início ao fim do
período de aula. Tem as campainhas indicando início e fim, cadeiras que arranham no chão,
gritos e vários outros. Se em algum momento você vir a criança colocando a mão sobre os
ouvidos, é porque aquilo está incomodando. A criança pode criar resistências a horários e
ambientes onde ela sabe que algum som está por ser ouvido.

Nesses casos, a opção é combinar com a escola adaptações que minimizem o impacto. As
cadeiras, por exemplo, podem ter as pernas completadas com materiais que não permitam
o atrito com o chão. E se for possível, a escola precisa permitir que o aluno se isole durante
o horário do intervalo num lugar de sua preferência.

8 – O mesmo vale para as luzes

Assim como a sensibilidade aos sons, alguns autistas também podem se sentir
incomodados com a luz. Uma dica de adaptação é colocar o aluno próximo da janela, onde
ele não dependa das luzes artificiais das lâmpadas, se esse for o motivo do incômodo.

9 – Como ajustar a hiperatividade

A hiperatividade é uma comorbidade bem comum em autistas. Isso pode, de fato,


atrapalhar o andamento da aula. Mas você sabia que existe um tipo de colete acolchoado
para acalmar o sistema nervoso? Converse com a família sobre para que eles solicitem ao
médico orientação em relação a essa técnica. Mas atenção: o colete não deve ser usado por
mais do que 20 minutos, pois do contrário o sistema nervoso pode ficar acostumado com
isso e passar a não ter mais efeito.

10 – A recepção mono-canal
Alguns autistas não verbais simplesmente não conseguem absorver informações que sejam
visuais e auditivas ao mesmo tempo. O que não tem nada a ver com ser surdo.

Para esses alunos, não peça que eles te ouçam e olhem para você ao mesmo tempo. Ou
você entrega uma tarefa por som ou por visual. Porém, mantenha-se informado com a
família da criança se algo está sendo feito para melhorar o processamento nervoso que leva
à recepção mono-canal.

11 – Alguns autistas não são verbais

Ser um autista não verbal não significa que a criança não é capaz de falar. Apenas que ela
não desenvolveu a fala como seu meio mais lógico e pronto de se comunicar. Enquanto
educador, fique tranquilo que o processo de evolução não está nas suas mãos, pois existem
outros profissionais focados nisso. Porém, você pode ajudar nesse processo.

A criança precisa entender que palavras tornam as coisas reais. Por isso, se ela pedir algo,
dê exatamente o que ela pedir. Assim, se aquilo que você deu não corresponde ao que ela
quer, isso pode facilitar que a criança aprenda como se comunicar para conseguir o que ela
quer.

Além disso, você pode se deparar com crianças que falem de maneira mais vogal, ou seja,
não conseguem compreender nem falar as consoantes mais fortes como D ou L. Nesse
caso, vai ser preciso aplicar alguma técnica fonográfica para trabalhar essa limitação.

12 – Quando o ensino envolver o computador, a tela pode fazer a diferença

Apesar de a tecnologia ter evoluído bastante, alguns monitores podem apresentar uma
cintilação que os autistas mais visuais vão perceber e ficar incomodados. Em geral, telas de
notebooks e tablets não fazem isso. Mas se a escola só tiver computadores mais antigos e
algum for mais novo, reserve-o para o seu aluno autista.
13 – Até o papel pode fazer diferença para o autista na escola
Alguns autistas podem ter dificuldade de ler em papel onde o contraste seja baixo. Por isso,
se for possível, invista em papeis coloridos com a impressão em preto. Porém, não use
cores muito luminosas, como alguns tons de amarelo.

14 – Cuidado com a generalização

Vários conceitos são ensinados às crianças de forma generalizada, por exemplo, que se
deve dizer obrigado às pessoas. Mas nem todos os autistas vão entender a ideia da
generalização. Se você for ensinar que não se deve atravessar a rua fora da faixa e com o
sinal aberto, é importante ensinar várias vezes e em situações e lugares diferentes. Do
contrário, o autista pode acabar entendendo que só se deve aplicar a regra ensinada numa
determinada situação.
Autista na escola, um lugar a ser cada vez mais ocupado
Hoje as nossas dicas foram voltadas para professores, assim como outros profissionais que
lidam diariamente com os autistas na escola. Mas o processo de tornar o hábito de estudar
coletivamente cada vez mais confortável depende, também, de outras pessoas fora da
escola. A família e os terapeutas também vão cumprir um papel essencial.
Além disso, nunca é demais lembrar que não existe padrão de comportamento autista. O
espectro do autismo é bem amplo e para cada um deverá ser dada oportunidades e auxílios
diferentes.
Fonte: Envato

SEMED- Secretaria Municipal de Educação de Lagoa Grande-MG

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