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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO

COORDENAÇÃO DO CST EM SEGURANÇA DO TRABALHO


CAMPUS III

DISCIPLINA – ENGENHARIA DE
SEGURANÇA

AVA L I A Ç Ã O E C O N T R O L E D O S R I S C O S .

P R O F E S S O R E S P. L U C A S C E L E S T I N O D E A . J Ú N I O R
AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS.

1. INTRODUÇÃO;

2. DEFINIÇÃO;

3. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS;

4. ANÁLISE DE RISCOS.
1. INTRODUÇÃO

A demanda crescente por técnicas mais eficientes de prevenção e


controle de perdas são justificadas por três fatores principais, são estes:
tecnológicos, econômicos e sociais.

 TECNOLÓGICOS: este fator se manifesta através de processos


operacionais mais complexos, avançados e de grandes dimensões que
objetivam atender a demanda pelo produto ou serviço;

 ECONÔMICOS: este fator se caracteriza pelo aumento da produção em


escala e constantes redução de custos operacionais;

 SOCIAIS: é caracterizado através da preocupação da corporação com a


questão sócio ambiental ou pela proximidade destas plantas fabris da
comunidade.
2. DEFINIÇÃO

• RISCO: Combinação da probabilidade de ocorrência


e da(s) consequência(s) de um determinado evento
perigoso. (OHSAS 18002:2000)

• RISCO TOLERÁVEL: Risco que foi reduzido a um


nível que pode ser suportado pela organização,
levando em conta suas obrigações legais e sua
própria política de SSO. (OHSAS 18002:2000)
2. DEFINIÇÃO

• PERIGO: Fonte ou situação com potencial para provocar danos em


termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do
local de trabalho, ou uma combinação destes. (OHSAS 18002:2000)

• PERIGO: situação ou condição de risco com probabilidade de causar


lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de
controle. (NR 10)

EXEMPLOS:
• Malha de cobre do cabeamento elétrico aparente (“desencapada”);
• Piso molhado;
• Vazamento de fluido inflamável ou tóxico, seja de uma tubulação, tanque,
vaso ou qualquer recipiente.
2. DEFINIÇÃO

• ATO INSEGURO: Ação ou omissão • CONDIÇÃO INSEGURA: Condição


que, contrariando preceito de do meio que causou o acidente ou
segurança, pode causar ou contribuiu para a sua ocorrência.
favorecer a ocorrência de acidente. (NBR 14280:2001)
(NBR 14280:2001) EXEMPLO:
EXEMPLO:
3. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS

“O risco principal das instalações e serviços em eletricidades é o


choque elétrico.” Porém a NR 10 chama a atenção para outros riscos, os
riscos adicionais, conforme preconizado no item abaixo:

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas


medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente
quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade,
umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de
segurança.

De acordo com a NR 9: consideram-se riscos ambientais os agentes


físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho.

NOTA: em Higiene Ocupacional ainda considera os riscos ergonômicos e


mecânicos.
3. RISCOS ADICIONAIS

- ALTURA: De acordo com a NR 35,


considera-se trabalho em altura toda
atividade executada acima de 2,00 m (dois
metros) do nível inferior, onde haja risco de
queda.

- CONFINAMENTO: De acordo com a NR 33,


é qualquer área ou ambiente não projetado
para ocupação humana contínua, que possua
meios limitados de entrada e saída, cuja
ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir
a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
3. RISCOS ADICIONAIS

- CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS: a exposição a campos


eletromagnéticos de frequências acima de aproximadamente 100 kHz, pode
conduzir a uma absorção significativa de energia e a um aumento de
temperatura. Em geral, a exposição a um campo eletromagnético uniforme
(onda plana) resulta em uma deposição e distribuição de energia altamente
não uniforme dentro do corpo, que precisa ser avaliada por medidas
dosimétricas e por cálculos.

- EXPLOSIVIDADE: a explosividade, também designada por


inflamabilidade, consiste no desencadeamento de um processo de
combustão (reação de uma substância com o oxigênio) ao ultrapassar uma
determinada temperatura (ponto de inflamação), por ação do calor ou de
catalisadores.
3. RISCO FÍSICO - RUÍDO

• RUÍDO: é definido como um som indesejável. O som representa vibrações


mecânicas da matéria através da qual ocorre o fluxo de energia na forma de
ondas sonoras.

FONTES
• Rádios, televisores em alto volume, alto-falantes,
várias pessoas falando ao mesmo tempo e ruídos
provenientes das ruas.
• Descargas livres de automóveis;
• Máquinas e motores de indústrias em
funcionamento permanente.
3. RISCO FÍSICO - VIBRAÇÃO

• VIBRAÇÕES : A vibração é um movimento oscilatório de um corpo,


devido a forças desequilibradas de componentes rotativos e
movimentos alternados de uma máquina ou equipamento.

FONTES
• Equipamentos que não dispõem de dispositivo de
amortecimento;
• Máquinas ou equipamentos sem manutenção;
3. RISCO FÍSICO - CALOR

• CALOR: Forma de energia que se transfere de um


sistema para outro em virtude de uma diferença de
temperatura entre os mesmos.

FONTES
• Superfícies quentes de motores, máquinas e
equipamentos;
• Fornos industriais;
• Fusão de metais;
3. RISCO FÍSICO – RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE

• RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: Não tem poder de ionização. Apenas


podem ativar todo o conjunto de átomos que recebem esta carga de
energia. São classificadas pelo comprimento de onda de nanômetros a
quilômetros

FONTES
• Processos de soldagem elétrica;
• Processos de Corte a “quente.” Exemplo: uso de
maçaricos ou oxi-corte.
3. RISCO FÍSICO – RADIAÇÃO IONIZANTE

• RADIAÇÃO IONIZANTE: São emissões de energia em diversos


níveis, passando pelo raio-X, raio gama e partículas alfa e beta,
capazes de contato com elétrons de um átomo, retirando-os,
provocando a ionização dos mesmos.

FONTES

• Máquinas de raio “X” em clínicas e hospitais;


• Testes radiográficos para realização de inspeções em
estruturas industriais.
3. RISCO QUÍMICO

“São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo
através da pele ou por ingestão.”
3. RISCO QUÍMICO - POEIRA

“Aerossóis sólidos formados por desagregação mecânica de corpos sólidos.”

“As partículas geradas tem em geral


diâmetros maiores que um mícron.”
Podem ser:

- Poeiras minerais

- Poeiras de madeira

- Poeira em geral
3. RISCO QUÍMICO - FUMOS

“Aerossóis sólidos formados por condensação de vapores,


geralmente metálicos.”

“As partículas geradas tem em


geral diâmetros maiores que um
mícron.”
Exemplo:
- Fumos de solda
3. RISCO QUÍMICO - NÉVOA

“Aerossóis constituídos por partículas líquidas, independente da


natureza e do diâmetro das partículas, formadas por desagregação
mecânica de corpos líquidos.”

- Névoa de Tinta.
3. RISCO QUÍMICO - NEBLINA

Aerossóis líquidos, formados por condensação de vapores.


3. RISCO QUÍMICO - VAPORES

São substâncias que se encontram no estado gasoso como resultado


de algum tipo de alteração no seu estado normal e temperatura
ambiente.

Exemplos:

- Vapores Orgânicos Voláteis: proveniente de tintas, resinas e


solventes.
3. RISCO QUÍMICO - Gás

“Não possuem formas e volumes próprios e tendem a se expandir


indefinidamente. À temperatura ordinária, mesmo sujeitos à
pressão fortes, não podem ser total ou parcialmente reduzidos ao
estado líquido.”

Exemplos: GLP, oxigênio


3. RISCO BIOLÓGICOS

São bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre


outros presentes no ambiente de trabalho capaz de provoca doenças
ocupacionais.
3. RISCOS ERGONÔMICO

NOTA: em Higiene Ocupacional ainda considera os riscos ergonômicos e


mecânicos.

• ERGONÔMICOS: proveniente de local inadequado (“ergonomicamente”


inadequado), assim como atitudes e hábitos profissionais prejudiciais a saúde
(posturas inadequadas).

EXEMPLOS:

1. Mesa para operadores de informática com quinas vivas;


2. Assentos sem ajuste de altura;
3. Postos de trabalho em pé sem possibilidade de descanso sentado.
3. RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTE

Diversas situações no ambiente do trabalho que são responsáveis por


uma série de lesões diferentes. Exemplo de situações: máquinas sem
proteção, instalações elétricas não conforme, equipamentos e/ou
ferramentas defeituosas, etc...
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS QUALITATIVOS GERAIS:

 Check-lists: Utilizados para identificar fontes de riscos e


agravantes em processos e instalações já existentes,
através de listas de especificações técnicas e operacionais
dos processos, equipamentos e procedimentos.

 Análise Preliminar de Perigos (APP): Método simplificado,


é Utilizado para identificar fontes de perigo, consequências
e medidas corretivas simples, sem aprofundamento técnico,
resultando em tabelas de fácil leitura.
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS QUALITATIVOS GERAIS:

 Análise “What-If?”: Normalmente utilizada nas fases


iniciais de projetos. Trata-se de um método especulativo
onde uma equipe busca responder o que poderia acontecer
caso determinadas falhas surjam.

 Matriz de Riscos: Consiste numa matriz onde se busca


verificar os efeitos da combinação de duas variáveis. Um
exemplo clássico é o das reações químicas avaliando-se os
efeitos da mistura acidental de duas substâncias existentes.
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS MAIS DETALHADOS


 Análise de Modos de Falhas e Efeitos: Analisa como as
falhas de componentes específicos de um equipamento ou
subsistema do processo se distribuem ao longo do sistema,
entendido este como um arranjo ordenado de componentes
interrelacionados. A estimativa quantitativa das probabilidades
de falhas é feita pela técnica de árvore de falhas.

 Dow e Mond Index: Métodos desenvolvidos pela Dow e ICI


para identificar, quantificar e classificar as diferentes seções
do processo de acordo com o potencial de risco de incêndios
e explosões, providenciando informações para o projeto e
gerenciamento de instalações perigosas.
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS MAIS DETALHADOS

 HAZOP (Hazard and Operability Studies): É um dos


métodos mais conhecidos na análise de riscos na indústria
química, onde uma equipe busca, de forma criativa, identificar
falhas de riscos e problemas operacionais em subsistemas do
processo. Verifica-se, por exemplo, o que acontece quando se
adiciona mais, menos ou nenhuma substância num tanque de
reação. Supostamente, além de se ter um amplo diagnóstico
dos riscos existentes, as que passam pelo HAZOP aumentam
seu nível de confiabilidade.
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS DE ÁRVORES

 Análise de Arvore de Falhas: um método dedutivo que visa


determinar a probabilidade de determinados eventos finais.
Busca-se construir a malha de falhas anteriores que culminam
no evento final, atribuindo-se uma taxa de falha a cada item
anterior que compõe a árvore, chegando-se então à
probabilidade final, através da lógica tipo e/ou e do uso da
álgebra booleana.
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS DE ÁRVORES

 Análise de Arvore de Eventos: é um método similar ao


anterior, porém indutivo, pois parte de falhas iniciais buscando
identificar as possíveis implicações nos estágios mais
avançados do processo.

 Análise de Causa e Efeito: É uma combinação dos dois


métodos anteriores. Parte-se de um evento intermediário, e
então busca-se chegar ao conjunto de eventos anteriores
(causas) e, posteriores (efeitos).
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS MAIS DETALHADOS

 Análise de Consequências: É considerada uma técnica final


para se avaliar a extensão e gravidade de um acidente. A
análise inclui: a descrição do possível acidente, uma
estimativa da quantidade de substância envolvida, e, quando
for do tipo emissão tóxica, calcular a dispersão dos materiais -
utilizando-se de modelos de simulação computadorizados - e
avaliar os efeitos nocivos. Os resultados servem para
estabelecer cenários e implementar as medidas de proteção
necessárias.
4. ANÁLISE DE RISCO

MÉTODOS MAIS DETALHADOS

 TIC – Técnica de Incidente Crítico: A Técnica de Incidentes


Críticos é um método para identificar erros e as condições
inseguras, que contribuem para os acidentes com lesão, tanto
reais como potenciais, através de uma amostra aleatória
estratificada de observadores participantes, selecionados
dentro de uma população. Esses observadores participantes
são selecionados dos principais departamentos da empresa,
de modo que possa ser obtida uma amostra representativa de
operações, existentes dentro das diferentes categorias de
risco.

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