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Fundamentos e Objeto Da Audioria
Fundamentos e Objeto Da Audioria
OBJETO DA AUDITORIA
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Prof. Ivan Tesck
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
957.45
L163f Laffin, Nathália
Fundamentos e objeto da auditoria / Nathália Laffin. Indaial:
UNIASSELVI, 2018.
83 p. : il.
ISBN 978-85-53158-01-0
1. Auditoria
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Nathália Laffin
APRESENTAÇÃO.....................................................................01
CAPÍTULO 1
Introdução À Auditoria.........................................................09
CAPÍTULO 2
Fundamentos e Processos de Auditoria.............................25
CAPÍTULO 3
Normas de Auditoria e Parecer do Auditor.......................43
CAPÍTULO 4
Demonstrações Contábeis....................................................59
APRESENTAÇÃO
Vivemos em uma época digital, onde o dinamismo é palavra chave na vida
e rotina das pessoas. A informação – seja de qual tipo – é amplamente distribuída
e acessível em qualquer lugar do mundo a qualquer instante. Esse cenário tem
impacto direto na economia. A globalização de conteúdos e informações demanda
a necessidade de transformação das pessoas e empresas para se manterem
competitivas nesse novo contexto em que se inserem.
Bons estudos!
C APÍTULO 1
Introdução À Auditoria
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
ConteXtuaLiZação
O contexto social de um mundo globalizado se configura, cada vez mais, de
maneiras específica nas mudanças que ocorrem nas organizações, trazendo para
os mercados consumidores, diferentes consequências. As instituições sociais,
sejam de natureza pública ou privada, precisam acompanhar as transformações
do ambiente externo como premissa básica de continuidade de suas atividades e
de manutenção do patrimônio administrado.
Conceito de Auditoria
O contador, ao realizar suas atividades, possui fundamentos teóricos e
práticos de orientação de gestão patrimonial que contribui de forma singular para
administração de um patrimônio. Dentro das diferentes atribuições e atividades
realizadas, a auditoria corresponde a uma área da contabilidade, que dá ênfase à
qualidade dos processos, otimização dos recursos e também verifica a integridade
dos eventos contábeis.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
A auditoria contábil, ainda que seja uma das diferentes áreas de estudo da
grande ciência que é a contabilidade, tem fundamental importância para a informação
gerada, pois assegura que esta segue padrões e exigências tanto legais quanto
gerenciais, além de representar com fidedignidade um determinado patrimônio.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
Dessa forma, escritórios de auditoria foram abertos no Brasil e cada vez mais
auditores brasileiros estavam sendo treinados. A primeira associação de auditores
surgiu em meados de 1960 e chamou-se “Instituto dos Contadores Públicos do
Brasil”, que em 1971 passou a se chamar “Instituto dos Auditores Independentes
do Brasil”, depois de “Instituto Brasileiro de Contadores” (IBRACON). Segundo
Jund (2002, p. 5):
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
ObJetiVos da Auditoria
Em simples palavras, o objetivo da auditoria é verificar a autenticidade dos
registros contábeis de um determinado dado em período de tempo específico,
ou seja, busca-se, com o exame dos registros contábeis, expressar uma opinião
sobre a propriedade desses registros, assegurando que eles representem
adequadamente um determinado dado.
De acordo com Attie (2010, p. 11), “o objetivo principal da auditoria pode ser
descrito, em linhas gerais, como sendo o processo pelo qual o auditor se certifica
da veracidade da totalidade das demonstrações contábeis preparadas pela
companhia auditada”.
A forma pela qual esse objetivo será atingido está relacionada ao tipo de
auditoria que é realizado, tema que será abordado na seção seguinte.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
Atividade de Estudos:
TiPos de Auditoria
De forma geral, existem dois tipos de auditoria:
a) Auditoria interna
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
e) Tempestividade
Atividades de Estudos:
1) O que é auditoria?
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ALGumas Considerações
Neste capítulo, trouxemos fundamentos iniciais sobre a auditoria,
perpassando seu conceito, seus objetivos, sua evolução histórica diante da
evolução da sociedade e quais os tipos de auditoria existentes.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO À AUDITORIA
ReFerÊncias
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2009.
SÁ, Antônio Lopes de. Curso de auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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C APÍTULO 2
Fundamentos e Processos
de Auditoria
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
ConteXtuaLiZação
No capítulo anterior, foi visto que o objeto de estudo da contabilidade é o
patrimônio, e para assegurar a integridade deste são utilizados fundamentos
teóricos e práticos que geram informações úteis e fidedignas ao usuário da
informação contábil. Neste contexto, vimos que existe uma área da contabilidade
que é responsável pela verificação e estudo das rotinas contábeis de uma
entidade: a auditoria.
Demonstrações Contábeis
no atendimento
das necessidades
informacionais dos
usuários externos que
As demonstrações contábeis vão de acordo com a Estrutura Conceitual não se encontram
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (00–R1), são “demonstrações em condições de
cujo propósito reside no atendimento das necessidades informacionais dos requerer relatórios
especificamente
usuários externos que não se encontram em condições de requerer relatórios planejados para
especificamente planejados para atender as suas necessidades peculiares” atender as suas
(CPC, 2011, s.p.). Desta forma, retratam os efeitos patrimoniais e financeiros necessidades
peculiares
que ocorrem em uma determinada entidade durante um período de tempo,
geralmente (mas não exclusivamente) um ano.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
• valor preditivo;
• valor confirmatório.
Valor preditivo significa que a informação pode ser utilizada pelos usuários
para resultados futuros, enquanto valor confirmatório serve como um feedback
para informações anteriores, confirmando-as ou corrigindo-as. Uma informação
pode ser, ao mesmo tempo, preditiva e confirmatória quando apontar resultados
passados que podem refletir tendências futuras.
• ser completa;
• ser neutra;
• ser livre de erro.
Uma informação completa é aquela que fornece ao usuário tudo o que ele
precisa para compreender o fenômeno que está sendo reportado, incluindo todas
as descrições e explicações necessárias.
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
Para ser neutra, a informação precisa ser desprovida de viés, seja na sua
seleção ou apresentação, ou seja, deve ser isenta de qualquer tipo de manipulação
que aumente a probabilidade dessa informação ser recebida por seus usuários de
modo favorável ou desfavorável.
Por fim, a informação livre de erro significa que não há erros ou omissões
no evento que está sendo retratado e que o processo utilizado para produção da
informação foi selecionado e aplicado livre de erros. Essa é uma característica
na qual grandes esforços são produzidos, pois nem todas as informações são
reconhecidas com facilidade, por exemplo, a estimativa de preço de um produto.
Essa não pode ser qualificada como algo exato ou inexato, contudo, o que a
normatização orienta é que o montante estimado para esse item seja descrito
clara e precisamente como sendo uma estimativa, que a natureza e as limitações
do processo sejam devidamente reveladas e que nenhum erro possa ter sido
cometido no processo de desenvolvimento dessa estimativa.
É importante atentar para o fato de que, para ser útil, a informação É importante atentar
precisa ser, ao mesmo tempo, relevante e fidedigna. Não importa o grau para o fato de que,
para ser útil, a
dos esforços realizados para gerar uma informação com tempestividade informação precisa
se essa informação não reporta, com fidedignidade, o evento, assim ser, ao mesmo tempo,
como não importa se um determinado registro é evidenciado com relevante e fidedigna.
exatidão, mas não corresponde a uma realidade atual.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Fonte: A autora.
Para Attie (2010, p. 5), “a ação da auditoria não pode se limitar àquilo que
está registrado nos livros oficiais, mas também àquilo que pode ter sido omitido
nos registros principais”. Nesse sentido, como a auditoria das demonstrações
contábeis tem seu foco em atestar a representatividade destas, o trabalho
e esforço do auditor estão centrados em verificar se foram observadas, nas
atividades que produzem as demonstrações, as características qualitativas
fundamentais para sua publicação.
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Ética ProFissionaL
Um auditor independente deve seguir as orientações previstas na legislação
em que atua e obedecer aos parâmetros instituídos socialmente, que norteiam
tanto a vida social quanto profissional. No caso específico das profissões, cada
uma tem seu código, que confere ao ser humano as diretrizes para sua conduta
no exercício da profissão. Müller (2003, p. 22) entende que a ética:
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
De acordo com seu art. 1º, o Código de Ética Profissional “tem por objetivo
fixar a forma pela qual se devem conduzir os Contabilistas, quando no exercício
profissional”. Para Müller (2003, p. 26), “o objetivo do código de ética para
o profissional é habilitá-lo a adotar uma conduta pessoal, de acordo com os
princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade”.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
O trabalho executado pelo auditor deve ser realizado de tal forma que
tenha e mereça toda credibilidade possível, não havendo quaisquer sombras de
dúvidas quanto à honestidade e à moralidade do auditor. A seguir, será abordada
a profissão do auditor, que exige obediência e princípios éticos profissionais de
independência, integridade, eficiência e confidencialidade:
Resumindo, a técnica não sobrevive sem a ética. Por mais que o contador
domine todas as ferramentas e técnicas da contabilidade, jamais será um
profissional completo sem obediência aos ditames éticos que regem a profissão.
Nesse processo de humanização do profissional contábil, o CEPC exerce papel de
suma relevância, norteando a conduta esperada pela sociedade dos verdadeiros
contadores.
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
I- Verificar:
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Uma afirmação é uma informação passada pela empresa e que será escopo
de averiguação da auditoria, por exemplo, o Balanço Patrimonial da Empresa
ABC representa a posição patrimonial e financeira da Empresa ABC em um dado
momento. Esta é uma afirmação de ABC em relação ao seu patrimônio e sua
posição financeira.
AnáLise da AFirmação
O primeiro passo realizado num processo de auditoria é a análise da
informação. A análise da informação compreende: revisão analítica, planejamento,
conhecimento e conteúdo.
AVaLiação da AFirmação
A avaliação da afirmação é a determinação dos métodos e medidas
utilizados para o levantamento e recolhimento de evidências. Alguns fatores
podem influenciar nessa determinação, como o nível de efetividade e qualidade
dos controles internos, a subjetividade do item estudado, a integridade dos
administradores etc.
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
Obtenção de ELementos
ComProbatÓrios
A obtenção de elementos comprobatórios implica a escolha e aplicação dos
procedimentos de auditoria. É a fase de concretização dos trabalhos. Nesse
momento, o auditor reúne os elementos comprobatórios por meio da utilização de
testes.
Formação de OPinião
A emissão de opinião é o último passo a ser cumprido num processo de
auditoria. Com base nas informações obtidas nas outras três etapas, o auditor tem
conteúdo suficiente para opinar acerca das demonstrações contábeis em análise.
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Capítulo 2 FUNDAMENTOS E PROCESSOS DE AUDITORIA
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5) O que é um processo auditorial? Quais são as suas etapas?
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ALGumas Considerações
A auditoria das demonstrações contábeis é de fundamental interesse
para toda a sociedade. Ainda que estes demonstrativos sejam produzidos para
representar fielmente o patrimônio e a saúde financeira da empresa, o processo
de auditoria garante a todos os interessados na informação contábil que aquilo
que foi publicado é, de fato, um reflexo da empresa. Desta forma, descrevemos
passo a passo o processo de auditoria das demonstrações contábeis.
ReFerÊncias
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
1-11, 1996.
ITO, Elisabeth Yukie Horita; NIYAMA, Jorge Katsumi; MENDES, Paulo César de
Melo. Controle de qualidade dos serviços de auditoria independente: um estudo
comparativo entre as normas brasileiras e as normas internacionais. Revista Unb
Contábil, Brasília, n. 11, p. 312-328, jan. 2008.
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C APÍTULO 3
Normas de Auditoria e Parecer
do Auditor
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
ConteXtuaLiZação
O avanço das ciências e das comunicações marca o fenômeno da
globalização. A conversa existente entre diferentes locais e setores do mundo
permite que as informações sejam de rápido e fácil acesso. Laffin (2011) destaca
que esse avanço traz novas contribuições para os processos produtivos e
decisórios. Além disso, em muitas instituições, estas novas tecnologias têm
alterado de forma substancial os processos produtivos e gerenciais.
Normas de Auditoria
As normas de auditoria estão alicerceadas nas normas que regem a
profissão contábil como um todo, entretanto, por sua especificidade, apresentam
regulamentações específicas. Neste capítulo, abordaremos as normas de
auditoria dentro do contexto das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Normas BrasiLeiras de
ContabiLidade
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) são elaboradas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e apresentam consonância com as
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
Fonte: A autora.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Fonte: A autora.
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
de auditoria. A NBC PA 11, que entrará em vigor em 2019, é legislação que tem o
intuito de exercer revisão pelos pares, ou seja, é um processo de acompanhamento
do controle de qualidade dos trabalhos realizados pelos auditores independentes.
O objetivo da revisão dos pares, de acordo com a própria resolução, é o de “avaliar
os procedimentos adotados pelo contador que atua como auditor independente
com vistas a assegurar a qualidade dos trabalhos de auditoria e asseguração
desenvolvidos” (BRASIL, 2009, s.p.).
Desta forma, as normas que tratam sobre independência têm os objetivos de:
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
O parecer sem ressalva possui uma redação padronizada com três parágrafos
para evitar expressões que deem margem para dupla ou má interpretação por
parte dos usuários da informação contábil. É um documento conciso e diz apenas
o necessário para atender às normas de auditoria (FRANCO; MARRA, 2009).
O parecer com ressalva indica que o auditor conclui que o efeito produzido por
qualquer discordância ou restrição na extensão dos trabalhos não é significativa o
suficiente para emissão de parecer adverso ou abstenção de opinião.
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
Para Franco e Marra (2009), um parecer com ressalva pode ser ocasionado
pelos seguintes fatos:
c) Parecer adverso
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
DESTINATÁRIO:
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
Assinatura do auditor
Nome do auditor-responsável técnico
Nº de registro do Contador no CRC
(Quando houver)
Nome da empresa de auditoria
Nº de registro cadastral no CRC
Atividades de Estudos:
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 3 NORMAS DE AUDITORIA E PARECER DO AUDITOR
ALGumas Considerações
Neste capítulo, abordamos as normas de auditoria, perpassando as
características e finalidades das normas técnicas e profissionais.
ReFerÊncias
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2009.
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C APÍTULO 4
Demonstrações Contábeis
A partir da perspectiva do saber fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ConteXtuaLiZação
As demonstrações contábeis são o meio pelo qual as entidades “conversam”
com seus usuários. É por elas que são transmitidas todas as informações que
dizem respeito às atividades econômicas e financeiras de uma entidade em
um dado momento do tempo. Ou seja, fornecem informação sobre a posição
patrimonial e financeira, o resultado e fluxo financeiro de uma entidade.
Portanto, para que um auditor possa realizar seus trabalhos com diligência, é
necessário que conheça quais as demonstrações contábeis atualmente exigidas
e como devem ser elaboradas em consonância com as leis que as regem.
Assim, neste capítulo, abordaremos as demonstrações contábeis exigidas em
conformidade com a Lei 11.638/07 e com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis
brasileiro.
Demonstrações Contábeis:
CaracterÍsticas da InFormação
ContábiL
Como vimos no Capítulo 2, as demonstrações contábeis são “demonstrações
cujo propósito reside no atendimento das necessidades informacionais dos
usuários externos que não se encontram em condições de requerer relatórios
especificamente planejados para atender às suas necessidades peculiares” (CPC
00 – R1). Ou seja, evidenciam os efeitos patrimoniais e financeiros que ocorrem
em uma entidade em um dado momento do tempo.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Fonte: A autora.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fonte: A autora.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Fonte: A autora.
• Balanço Patrimonial;
• Demonstração do Resultado;
• Demonstração do Resultado Abrangente;
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
• Demonstração dos Fluxos de Caixa;
• Notas explicativas e demais informações comparativas com período anterior.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
a) Balanço Patrimonial
Essas contas são distribuídas entre três grandes grupos: Ativo, Passivo e
Patrimônio Líquido e devem ser incluídas sempre que o tamanho, natureza ou
função de um item ou agregação de itens similares apresentados separadamente
for relevante na compreensão da posição financeira da entidade.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e Financiamentos
Adiantamentos Fornecedores
Estoques Obrigações Fiscais
Obrigações Sociais e Trabalhistas
Ativo não Circulante
Outras Obrigações
Ativo realizável a longo prazo
Clientes Passivo não Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Investimentos
Fornecedores
Investimentos em outras sociedades
Provisões
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Móveis e utensílios
Capital social
(-) Depreciação acumulada de móveis e utensílios
Reservas de Capital
Instalações
Ajustes de Avaliação Patrimonial
(-) Depreciação acumulada de instalações
Reservas de Lucros
Intangível Ações em tesouraria
Direitos de uso de imagens Prejuízos acumulados
(-) Amortização de direitos de uso de imagens
Total do Ativo Total do Passivo
Fonte: A autora.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Fonte: A autora.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A DFC pode ser elaborada sob duas formas: o método direto e o método
indireto. A diferença entre os métodos está na forma de evidenciar as atividades
operacionais.
Atividades Operacionais
(+) Recebimento de clientes
(+) Recebimento de desconto de duplicatas ou outros títulos de crédito em função de vendas a
prazo
(+) Juros, inclusive sobre o capital próprio
(+) Dividendos recebidos
(-) Pagamentos a fornecedores
(-) Juros pagos
(-) Pagamento de despesas operacionais
(-) Pagamento de despesas antecipadas
(+/-) Outros recebimentos ou pagamentos relativos às atividades operacionais
(=) Caixa gerado ou consumido nas atividades operacionais (1)
Atividades de investimento
(+) Recebimento de venda de ativos imobilizados e intangíveis
(+) Recebimento de venda de participações societárias
(+) Amortização de empréstimos concedidos a acionistas e/ou empresas controladas e coligadas
(-) Pagamentos por aquisição de ativos imobilizados e intangíveis
(-) Pagamento por aquisição de participações societárias
(-) Empréstimos concedidos a acionistas e/ou empresas controladas e coligadas
(+/-) Outros recebimentos ou pagamentos relativos às atividades de investimento
(=) Caixa gerado ou consumido nas atividades de investimento (2)
Atividades de financiamento
(+) Recebimento por venda de ações ou integralização de capital
(+) Recebimento de debêntures emitidas
(+) Recebimentos de empréstimos de curto e longo prazo
(-) Pagamentos de dividendos
(-) Pagamento de juros sobre o capital próprio
(-) Resgates de debêntures
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
Fonte: A autora.
Desta forma, uma Demonstração dos Fluxos de Caixa elaborada pelo método
indireto pode ser visualizada a seguir:
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Atividades operacionais
Lucro Líquido do Exercício
(+) Depreciação, amortização e exaustão
(+) Despesas com a constituição de provisões
(+) Transferências de despesas antecipadas para o resultado
(-) Reversão de provisões
(-) Despesas antecipadas pagas no exercício
(+/-) Ganho ou perda de equivalência patrimonial
(+/-) Perda ou ganho de capital
(+/-) Outras receitas e despesas que não envolvam numerário
(+/-) Aumento/diminuição em bens e direitos do Ativo Circulante
(+/-) Aumento/diminuição em obrigações do Passivo Circulante
(=) Caixa gerado ou consumido nas atividades operacionais (1)
Atividades de investimento
(+) Recebimento de venda de ativos imobilizados e intangíveis
(+) Recebimento de venda de participações societárias
(+) Amortização de empréstimos concedidos a acionistas e/ou empresas controladas e coligadas
(-) Pagamentos por aquisição de ativos imobilizados e intangíveis
(-) Pagamento por aquisição de participações societárias
(-) Empréstimos concedidos a acionistas e/ou empresas controladas e coligadas
(+/-) Outros recebimentos ou pagamentos relativos às atividades de investimento
(=) Caixa gerado ou consumido nas atividades de investimento (2)
Atividades de financiamento
(+) Recebimento por venda de ações ou integralização de capital
(+) Recebimento de debêntures emitidas
(+) Recebimentos de empréstimos de curto e longo prazo
(-) Pagamentos de dividendos
(-) Pagamento de juros sobre o capital próprio
(-) Resgates de debêntures
(-) Pagamentos por resgate ou reembolso das próprias ações
(+/-) Outros recebimentos ou pagamentos relativos às atividades de financiamento
(=) Caixa gerado ou consumido nas atividades de financiamento (3)
Fonte: A autora.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fonte: A autora.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Atividades de Estudos:
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
a) Receitas.
b) Custo dos produtos vendidos.
c) Dividendos a pagar.
d) Despesas financeiras.
e) Receitas financeiras.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
( ) Pagamento de dividendos.
( ) Recebimento de vendas.
( ) Recebimento pela captação de empréstimos.
( ) Recebimento pela emissão de ações.
( ) Pagamento de salários.
( ) Pagamento à vista pela compra de ativo imobilizado.
( ) Pagamento de juros de financiamentos.
( ) Pagamento à vista de fornecedores de MP.
( ) Recebimentos de empréstimos concedidos.
( ) Pagamento de JSCP.
( ) Dividendos recebidos.
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Fundamentos e ObJeto da Auditoria
ALGumas Considerações
No desenvolver deste curso, falamos sobre a área da contabilidade que
estuda a auditoria. Perpassamos conhecimentos sobre conceituação, objetivos,
fundamentos, regulamentações e normas, ética e postura do profissional, registros
e exigências para ser um auditor e muitas outras informações. Neste capítulo,
em específico, trabalhamos as principais demonstrações contábeis exigidas
atualmente no Brasil.
Esses são apenas alguns exemplos que podem ser citados para explicar
a necessidade do profundo conhecimento, pelo auditor, das características e
particularidades de cada uma das demonstrações contábeis.
ReFerÊncias
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e alterações. Dispõe sobre
as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/
leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 4 fev. 2018.
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Capítulo 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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