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GRUPO: JOAQUIM NEWTON, KALYNE SARAIVA,

LARA PINHEIRO, ISABELLA


CAMPOS
Turma T34

Sofreu grande dominação colonialista portuguesa no período das grandes navegações

Até o século XIX, período das principais guerras de independência, com influência no desenvolvimento dos
estados e políticas públicas

PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) é formado por antigas colônias como, Angola, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Possuem em comum:
História de independência de Portugal da década de 1970
Luta para organizar o país, conseguir autonomia econômica e um sistema político socialista
Independência tardia que influenciou diretamente a qualidade dos Sistemas Públicos de Saúde (SPS)
Moçambique
Moçambique conquistou sua independência após uma luta armada de libertação
que durou 10 anos.

Embora independente e com uma Constituição definida, inclusive com direito a saúde universal,
ainda enfrentou 16 anos de Guerra Civil até 1992.

Entre 1981 e 1988, 291 unidades sanitárias foram destruídas e 686 foram temporariamente fechadas.

Milhões de pessoas deslocaram‑se das zonas rurais para as zonas urbanas, implicando uma pressão
sobre os serviços sociais e de saúde.

Em 1992, um acordo de paz foi feito.

Moçambique entrou numa fase de reconstrução das infraestruturas sociais destruídas durante a
guerra.
Em 1995, o governo lançou o Programa de Recuperação do Setor da Saúde (HSRP), um programa
de investimento setorial apoiado pelo Banco Mundial. Tinha como objetivo:
Reduzir a mortalidade infantil (3º maior coeficiente/78.5) e materna (489 a cada 100.000 e 2º do
PALOP’s) aos níveis da África subsaariana até o ano 2000.

O programa também contribuiu para o estabelecimento de uma plataforma para a parceria do país
com agências internacionais atuando na área da saúde que até hoje é imprescindível para manter a
saúde pública.

O setor de saúde passou a elaborar seus Planos Estratégicos do Setor Saúde (PESS), documentos
que expressam a sua visão de médio e longo prazo. Esses documentos também servem de
instrumentos para a negociação de recursos necessários para a prossecução das atividades.
Nos anos seguintes, Moçambique operou numa política global estruturada, que priorizava os
cuidados de saúde primários e a resposta à crise do HIV/AIDS (7,4/1000 hab sob risco/ o maior
dos PALOP’s e o 4º no mundo)

Nos últimos 10 anos, o setor registou progressos na melhoria do acesso aos cuidados de saúde
primários.

Cerca de 1.700 unidades de saúde compõem a rede pública de atenção.

Permitiu a expansão constante dos serviços de saúde e infraestrutura, especialmente em áreas


com déficit de cobertura, reduzindo desigualdades de acesso aos serviços de saúde.
Cabo Verde
É um arquipélago composto por 10 pequenas ilhas e foi colônia
portuguesa até 1975.
Cerca de 500 mil habitantes, com a maioria de sua população
composta por jovens.
Apesar de enfrentar longos períodos de seca, sua economia é
baseada na agricultura.
Durante o século XX a escassez de alimentos foi responsável pela
morte de mais de 200 mil pessoas.

Com princípios e diretrizes semelhantes aos da constituição e do sistema público de saúde brasileiro, a constituição da
República e a lei de bases sobre a saúde de cabo
verde garantem o direito universal à saúde

e a integralidade e a equidade na prestação dos cuidados de saúde



da constituição
Direito á saúde: artigo71
“Todos têm direito a saúde e o dever de defender e promover, independente de sua condição econômica”

Propõe três níveis de atenção -


primário, secundário e terciário,

Com um modelo financiado pelo Estado, Seguro Social e desembolso direto dos
usuários, reforçado por apoio internacional,
observa-se uma sobrecarga na utilização dos serviços públicos, agravada pela
escassez de profissionais, também presente na rede privada

3 MÉDICOS A CADA 10 MIL HABITANTES


Conforme preconizado no país, a APS é definida como



centro ordenador e porta de entrada do
Sistema de Saúde em Cabo Verde, o que é reconhecido pelos gestores que a
apontam como uma das principais prioridades de governo:

“A atenção primaria é aquela que é essencial às pessoas, aquilo que pode,


e deve, ser feito em qualquer ponto do país, independente da concentração de recursos ou não.”

Entretanto, essa proposição não se concretiza uma vez que parte importante do financiamento governamental do
país ainda é direcionada aos hospitais e à folha de pagamento de seus funcionários.

Guiné-Bissau
Localiza-se no oeste da África e foi colônia de Portugal até 1974.

Divide-se em 8 regiões e um setor autônomo: Cidade de Bissau, capital política, econômica,


e administrativa. Além dessa divisão, existe também uma administração
sanitária, a qual divide-se em 11 regiões.
Sua população é avaliada em aproximadamente 1 743 652 habitantes, destacando-se como
predominantemente jovem e como uma ampla diversidade cultural, étnica e religiosa.
A sua economia é baseada na agricultura e na pesca.
O setor de saúde da Guiné-bissau é pautado na seguinte norma:
Assembleia Nacional Popular da Constituição da República /1996
Título I – Artigo 15º,
O qual define a questão da saúde da maneira a seguir:

"A saúde pública tem por objetivo promover o bem-estar físico e mental das populações e a
sua equilibrada inserção no meio sócio-ecológico em que vivem. Ela deve orientar-se para a
prevenção e visar a socialização progressiva da medicina e dos sectores médico-
medicamentosos”


Situação de saúde do país

Coeficiente de mortalidade infantil (< 5 anos): 92.5

Mortalidade materna (cada 100.000 nascidos
vivos): 549
Hiv (a cada 1000 hab.): 2,5
Malária (a cada 100 hab.): 117,1
Expectativa de vida ao nascer: 58.9 anos
Taxas de mortalidade por aspectos ambientais (a
cada 100.000 hab.):
Acesso inseguro a água: 48.9
Poluição do ar: 105.2
Acidente de trânsito: 27

Assim, fica evidente que, apesar de a legislação do país defender o acesso à saúde como meio de atingir o bem-estar
da população, essa acessibilidade não vem obtendo um alcance satisfatório.
O sIstema de saúde da guiné-bissau subdivide-se em:

Público: é de cunho patrimonial, contratual e depende do estado para funcionar.


Privado com fins lucrativos: oferta de serviços de saúde e de venda de medicamentos desvinculado do Estado,
ficando a cargo das instituições privadas e possuindo um custo elevado aos pacientes.

Privado sem fins lucrativos: fica a cargo, principalmente, de ONGS e da Igreja Católica, os quais promovem
recursos humanos e estratégias para a saúde.
Há também uma divisão administrativa do país em 8 regiões
de saúde, dentre as quais duas, em razão da localização,
subdividiram-se em 4, totalizando-se 11 regiões de saúde. Há, ainda, uma subdivisão dessas 11 RS em 114 áreas de saúde(AS),
que são o nível mais próximo da comunidade e abarcam entre 5.000 e 12.000 habitantes cada.
Contudo, 66% da população ainda vive a mais de 5km de distância dos centros de
Cuidados Primários de Saúde (CPS) e existe, em média, 0,7 médicos a cada 10.000 pessoas, o que precariza, ainda mais, o acesso a esse
direito.

Com relação às políticas de saúde, foi criado o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (PNDS) em 1997, ficando vigente até 2007,
quando foi substituído pelo PNDS II. Algumas de suas metas foram alcançadas, mas a maior parte da situação se manteve ou piorou. O
PNDS II enfrenta diversos empecilhos, como a centralização administrativa, a qual impede uma visualização ampliada das necessidades de
cada região.

Angola
Situa-se na África
Subsaariana
Marcada pelo deficiente
acesso à alimentação,

à água potável,
ao saneamento básico,
à educação,
entre outros serviços
Sistema Nacional de Saúde (SNS)
- Universalista e gratuito
- Constituição da Republica de 2010
(Artigo 77):
Garante a saúde e a proteção social
- Co-pagamento (taxas moderadas)
- Dividido em três níveis (primário,
secundário e terciário)
Primário: Postos/Centros de saúde e Hospitais Municipais
Atividades preventivas e curativas de doenças e lesões, tais como educação para a
saúde, consultas pré e pós-natal, planejamento familiar, vacinação, entre outros.
- Problemáticas: Péssimas condições sanitárias (Guerra Civil, 1975)
Escassez de profissionais de saúde
Distribuição fortemente desigual de verbas do sistema entre as províncias
- Consequências: Baixa expectativa de vida
Alta mortalidade
Pesado fardo de doenças transmissíveis

Semelhanças:

Diferenças

Programas sofrem com Apresentam menor


o subfinanciamento e SUS x SNS Palops cobertura e
problemas de gestão possuem menor
Todos são universais número de médicos
E em sua maioria por montante de
gratuitos habitantes

SANINE, Patricia Rodrigues; GAYOSO, Maísa Vitória ; DOMINGUE,



Flávia Seullner; CARVALHO, Elga Mirta;
CASTANHEIRA, Elen Rose; SPAGNUOLO, Regina Stella. Sistemas de saúde cabo-verdiano: proposições e
desafios. 1. ed. Mato Grosso do Sul: Rev. Saúde Pública de Mato Grosso do Sul, 2020. v. 3.

DE SOUZA SANTOS, Claudia Conceição Eduardo. Os sistemas de saúde nos países de língua portuguesa na
áfrica: semelhanças e diferenças entre si e o sus.. Vitória de Santo Antão: Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão, 2017.

PAES-SOUSA, RÔMULO, CHAVANE, LEONARDO e COELHO, VERA SCHATTAN P.. DIVERSIDADES E CONVERGÊNCIAS
NOS INDICADORES DE SAÚDE NO BRASIL E EM MOÇAMBIQUE. Novos estudos CEBRAP [online]. 2019, v. 38, n. 2
[Acessado 13 Fevereiro 2023], pp. 291-320. Disponível em: <https://doi.org/10.25091/S01013300201900020005>. Epub 05
Set 2019. ISSN 1980-5403. https://doi.org/10.25091/S01013300201900020005.

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